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O estágio profissional tem como objetivo complementar a formação acadêmica dos estudantes. Trata-se de uma atividade que pode ser obrigatória ou opcional de acordo com as diretrizes curriculares do curso de graduação. É através desta atividade que o aluno pode colocar em prática os conteúdos apreendidos em sala de aula.

Para o IEL7 (2010), o estágio é o ato educativo escolar supervisionado,

ele é desenvolvido no ambiente de trabalho e tem como objetivo principal a preparação do aluno para o trabalho produtivo. Além de ter sua importância no processo educativo e na formação do aluno, pois prepara este para a vida profissional valorizando a função social da parte concedente do estágio. Sua prática está vinculada ao projeto pedagógico do curso, bem como suas atividades devem estar relacionadas com seu desenvolvimento educacional.

A primeira norma que diz respeito a atividade de estágio é mencionado no art. 4º do Decreto nº 20.294, de 12 de agosto de 1931 ao "permitir que a Sociedade Nacional de Agricultura admitisse, mediante acordo com o Ministério da Agricultura, nas escolas, alunos estagiários recebendo para isso, uma dotação anual por estudante matriculado" (FILHO, 2008, p. 1). Foi a partir daí que outras normas em relação a atividade de estágio foram publicadas.

Melo (2010), afirma que a prática do estágio auxilia os estudantes a vivenciar o dia a dia da profissão escolhida. Visto que é através da prática no mercado de trabalho que os estudantes entram em contato com a realidade vivida durante a realização do estágio, fazendo novos contatos, ganhando experiência e desenvolvendo habilidades interpessoais todos os dias. Abaixo Lavall e Barden (2014, p. 44) mencionam que:

A reprodução da realidade do mercado de trabalho também é facilitada pelo estágio não obrigatório, fazendo com que ele traga diversas contribuições para a vida dos estudantes. A vivência da profissão proporciona ao educando desenvolver diversas competências e habilidades exigidas pela profissão, aproximando-o do mercado de trabalho e fazendo com que ele esteja preparado para assumir as suas funções como profissional após a graduação

A primeira ideia dos estudantes ao entrar num curso de graduação é que ele possa ao final deste curso entrar para o mercado de trabalho. Para os alunos do curso de Geografia bacharelado não é diferente. As exigências do mercado empresarial em relação aos conteúdos técnicos da Geografia fazem com que o aluno procure por uma oportunidade de estágio para poder complementar a vida acadêmica e desenvolver suas habilidades na área técnica. Se este aluno não desenvolve tais técnicas, ele pode acabar ficando de fora do mercado de trabalho, ou acabam procurando por oportunidades que não estejam relacionados aos objetivos da Geografia. Para um aluno que tenha realizado a prática de estágio e outro que não tenha, provavelmente é mais fácil que o aluno que tenha realizado consiga um emprego na área de Geografia após concluir o curso, para o aluno que não desenvolve as práticas no mercado de trabalho, para este, só resta estudar para passar em um concurso público. Alguns conseguem abrir suas próprias empresas, outros partem para o trabalho de ensino.

Em poucas palavras, a prática do estágio é muito importante para adquirir experiência profissional, para melhorar o currículo, além de ajudar a desenvolver habilidades e competências ajudando os estudantes na escolha da formação selecionada, e assim proporcionar a prática benéfica para sua futura vida profissional após conclusão do curso.

5.1 Aspectos legais do estágio

Segundo a lei nº 11.788 de 25/09/2008, o estágio é um ato educativo supervisionado, ele é desenvolvido no ambiente de trabalho, tendo como objetivo a preparação do aluno que está regularmente frequentando o ensino superior. O estágio pode ser obrigatório ou não obrigatório, que são determinadas pelas diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. A atividade de estágio não obrigatório é opcional e acrescida à carga horária regular e obrigatória. Por fim, o estágio visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional, é a prática dos conteúdos curriculares, objetivando o desenvolvimento do estudante para a vida cidadã e para o trabalho. Segundo o Art. 2º da referida lei:

Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme

determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do

curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade

opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

§ 3o As atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica

na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.8

Dessa maneira, o estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, onde o estudante adquiri contato com sua futura profissão.

A atividade complementar desenvolvida no ambiente de trabalho faz com que o aluno entenda o dia a dia da sua profissão, colocando em prática o que aprende em sala de aula. Além da oportunidade de conhecimento, o estudante pode formar sua network – adquirir uma rede de relacionamento importante para sua futura empregabilidade ou para abertura de seu futuro negócio.

De acordo com o Art. 3° da lei apresentada, o estágio não cria vínculo empregatício de nenhuma natureza, tendo que o estagiário apresentar:

I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;

II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino;

III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.

Nessa ressalva, o estudante busca a empresa que pretende estagiar e a coordenação do curso para apresentar o termo de compromisso de estágio.

Resumindo, a lei nº 11.788/2008 aborda como deve ser o estágio, menciona que no local de trabalho deverá ter um supervisor responsável para orientar o trabalho dos estagiários. Ora, em tese, o contrato de estágio dá direito a seguro de acidentes. A mesma lei atenta que o estágio não obrigatório deve ser remunerado (o estágio obrigatório não é remunerado) chama-se de bolsa auxilio, além do pagamento do auxílio transporte. Para efeito de legalidade do estágio, o mesmo deverá possuir documentos obrigatórios: termo de compromisso, relatório semestral de atividades e termo de conclusão de estágio. É importante considerar que, na época da realização de provas na universidade, o estagiário tem direito a trabalhar apenas metade da jornada diária. Por fim, o prazo máximo para realização do estágio para cada vinculo concedente é de 2 anos, nesse caso o estagiário tem direito ao recesso, de 30 dias para cada ano.

Portanto, o estágio não obrigatório proporciona oportunidade de crescimento – o aluno que estagia é diferenciado, traz as experiências do dia a

dia do estágio para a sala de aula, melhora a reflexão e sua capacidade de análise. Este processo de aprendizagem e crescimento na realização do estágio pode ser a porta para o primeiro emprego adquirindo experiência profissional antes de concluir o curso. Sendo o estágio uma ação relevante no processo de formação é preciso entender como ele ocorre no curso de Geografia Bacharelado, da UFRN. É interessante, aliás, que a universidade proporcione aos seus alunos excelentes campos de estágio.

6. O curso de graduação em Geografia bacharelado da UFRN, campus

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