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Alguns autores mencionados no decorrer deste trabalho são cautelosos e pouco confiantes com relação às práticas e ações socioambientais do meio corporativo. Alegam que a sustentabilidade não é devidamente aplicada nos momentos de busca por resultados imediatos. A empresa precisa repensar seu papel se quiser manter-se. A responsabilidade socioambiental é resultado dos questionamentos e das críticas que as empresas receberam nas últimas décadas, no campo social, ético, ambiental e econômico por adotarem uma política baseada estritamente na econom ercado (ASHLEY et al, 2002 apud STAUB, 2008). Os públicos mais conscientes conqui

or outro lado, a legitimidade do movimento de responsabilidade socioambiental empres

nsabilidade socioambiental empresarial, também é questionada por Jones (1996 pud STAUB, 2008), ao argumentar que os administradores privados não compreendem e tomam decisõe

ia de m

staram o papel de influir sobre as atividades das empresas e condicionar a atividade destas à sua satisfação. Nesse sentido, os diversos públicos, tais como o consumidor, o investidor, o líder de opinião, a mídia, as ONGS, o governo, têm condições de afetar o mundo de forma significativa e positiva ao mudar os atributos de sucesso que exigem das empresas. (BELIZÁRIO, 2005 apud STAUB, 2008).

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arial é questionada. Não é razoável imaginar que as empresas sejam capazes de atender as demandas socioambientais e, ainda assim, manter níveis suficientes de sucesso em um ambiente de negócios cada vez mais hostil. Outros argumentos contrários apresentam sérios óbices à viabilidade de ações empresariais que não visem ao lucro, sob o risco de paralisar os negócios e aumentar proibitivamente os preços. (ANSOFF, 1981; GRAY, 2004 apud STAUB, 2008).

A função institucional das empresas, quanto à responsabilidade de operacionalizar práticas de respo

a

s acerca das demandas socioambientais, cujas ações deveriam ser desempenhadas por organizações como o governo, a igreja, as entidades de classe e as organizações sem fins lucrativos. Diante dessa discussão, é preciso reconhecer a complexidade do tema em questão e construir estratégias de ação que respeitem as diversas condições sociais, econômicas e culturais de cada região.

Há o entendimento de que as empresas que optaram por inserir a sustentabilidade em suas práticas administrativas e negociais, de forma coerente com a noção de desenvolvimento sustentável, vivenciam o desafio de serem pioneiras e inovadoras, tendo que conviver e lucionar as dificuldades e incertezas que advém desta situação. Por um lado, a busca por resulta

om isso, o risco ambiental passa a ser motivo de impacto no risco estratégico das empres

ade de construir um ambiente institucional que considere os consensos sobre as rioridades da sociedade, envolvendo em seu planejamento e gestão, os seus públicos de interes

e ainda está na fronteira do conhecimento.

so

dos econômico-financeiros positivos continuará impulsionando as empresas. Por outro, para que o aspecto sustentabilidade seja incorporado à gestão empresarial, faz-se necessário que os resultados extrapolem a mera busca de satisfação dos acionistas e que sejam agregados elementos novos à gestão, tal como, a efetiva incorporação do risco ambiental nos processos de concessão de crédito agrícola.

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as e menosprezá-lo pode acarretar sérios prejuízos financeiros e até inviabilizar os negócios no longo prazo. Por outro ângulo, os bancos, como parceiros financeiros das empresas, dependem do resultado econômico que elas apresentam. Na medida em que o risco ambiental compromete o valor dos ativos financeiros das empresas e a sua capacidade de pagamento, indiretamente, provoca-se prejuízos no desempenho econômico das instituições financeiras.

O gerenciamento dos impactos sociais e ambientais provocados pelas ações empresariais aliado à necessid

p

se, aumenta a complexidade da gestão estratégica das empresas. Esse contexto demonstra a necessidade de se desenvolver ferramentas, sobretudo, tendo como parâmetro a regulamentação legal existente, que auxiliem as empresas a darem conta do gerenciamento integrado de tantas questões, ao mesmo tempo em que o conceito de sustentabilidad

Diante destas declarações, identifica-se na presente pesquisa que a gestão da sustentabilidade dos recursos naturais pelo Banco do Brasil somente será possível através de planejamento a longo prazo, sendo como prioridade a prática das políticas desenvolvidas, sobrepondo a busca de melhoria de imagem e conceito publicitário.

O Banco do Brasil, como um dos principais agentes financeiros e correspondente do governo na concessão de crédito agrícola ao setor da soja, conforme mencionado no Quadro 2 e no decorrer da presente pesquisa, tem maior responsabilidade em praticar ações referentes à sustentabilidade ambiental, sobretudo, na produção de soja no cerrado, por se tratar do principal financiador de custeio no setor. No entanto, foi detectado que as ações desta instituição estão em sua ma ria, simplesmente formuladas, porém, pouco praticadas. Há avanço importante do ponto de vist

visão desta organização financeira, referente às questões ambientais e sociais, é tratada como i

anos ambientais”. Tal declaração é incomp tível com os discursos de responsabilidade socioambiental em que a instituição se diz envolv

ontribuir para a mitigação das consequências sofridas pela pressão em que os recursos ambientais são submetidos no setor da soja. Conclui-se, que há considerável distância entre as normatizações da

io

a da normatização teórica, mas em alguns casos foram desenvolvidas de forma geral e superficial, sendo incapazes de contribuir efetivamente para a preservação e sustentabilidade dos recursos naturais utilizados na produção de soja no cerrado brasileiro, deixando subentendido que foram desenvolvidas com o principal objetivo de atender os trâmites legais e em defesa da imagem.

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nstrumento de barganha, desvirtuando o foco original que tais questões devem seguir, pois estão sendo usadas para interesse da expansão comercial, bem como, marketing e publicidade. É preciso mais pluralidade, menos carga ideológica e mais agilidade para lidar com a questão socioambiental e o desenvolvimento sustentável, por se tratar de assunto que envolve vários temas ao mesmo tempo.

Na discussão dos resultados (item 4.2) representante do Banco do Brasil menciona “que não é responsabilidade das instituições financeiras pelos d

a

ida. Essa divergência de informações e falta de atuação resulta na ausência de credibilidade da população em relação à real atuação do BB na questão ambiental, como por exemplo, os relatos do consultor técnico e engenheiro agrônomo, no qual menciona “que atua no setor da soja há muitos anos e nunca foi abordado por parte do Banco do Brasil a respeito de projetos voltados para a Responsabilidade Socioambiental”.

respon

ento das localidades em que atua, tendo em vista a complexidade na organização territorial, na distribuição e investimento dos recursos gerados na agricultura em grande escala, e dos sin

com políticas públicas que encaram o cerrado, antes de tudo, como uma fronteira agrícola. Ao mesmo tempo emerge na população e nos rep

sabilidade socioambiental e o respectivo âmbito de atuação. Entende-se que somente com a efetiva prática das normas elaboradas e publicadas será possível atingir a transparência, a ética e o respeito ao meio ambiente, ao invés da mera publicidade existente, priorizando, com isso, os lucros e deixando em segundo plano a sustentabilidade dos recursos ambientais.

Não foi identificada uma estrutura de análise de risco ambiental, portanto, para que esta instituição adquira maior credibilidade na Responsabilidade Socioambiental e participação no desenvolvim

ais da falta de incentivo em alguns casos por parte do governo, se faz necessário a atuação direta e efetiva nas questões sociais, culturais e ambientais, estabelecendo proximidade com a população. Tal processo tem como ponto facilitador os trabalhos elaborados e publicados existentes.

A integridade dos ecossistemas naturais e a continuidade da exploração das superfícies já incorporadas pela produção de soja no cerrado brasileiro dependem de decisões a serem tomadas proximamente. Tal discussão foi motivadora de inspiração ao presente trabalho. A aceleração do ritmo da ocupação humana está relacionada, de forma direta,

resentantes políticos locais em geral, assim como nas instituições de pesquisa e em organizações da sociedade civil. É necessária a consciência de que a produção de commodities tem papel relevante, no entanto, não deve ser praticada de forma que sejam esgotadas as possibilidades de desenvolvimento oferecidas pelo cerrado.

A regulamentação legal da área ambiental no Brasil avançou consideravelmente, porém, o efetivo cumprimento não ocorre em proporções capazes de contribuir para a exploração sustentável dos recursos naturais utilizados, em especial no setor agrícola de grande escala. Esta situação ocorre, principalmente, através da morosidade da fiscalização.

Segundo o que foi exposto pela Agenda 21 Brasileira e o Ministério do Meio Ambiente – MMA, conclui-se também, que a produção de soja em grande escala não é inviável no cerrado

brasileiro, sua expansão é uma considerável fonte de matérias-primas e divisas para o país. A estratégia para uma agricultura sustentável baseia-se na definição dos rumos que devem tomar o crescim nto agrícola nestas áreas. Isto é possível através da integração participativa de

necessário que as instituições financeiras, em especial o Banco do Brasil, não vejam a questão

rais e a ação antrópica, a questão ambiental alcançou outra magnitude e aceitação devido às inúmeras constatações e publicações científicas que de

rência, diversas empresas têm mudado estrateg

e

instituições financeiras e demais instituições públicas e privadas, em todas as esferas de poder (Federal, Estadual e Local). Sobretudo no poder local, onde as ações e projetos efetivamente são executados; localizada a população interessada, principalmente, representada por consumidores capazes de intervir nos processos relativos ao setor.

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ambiental como gargalo ao processo de concessão de crédito agrícola, e sim como um diferencial para a sustentabilidade e manutenção do setor. Pois, se os recursos naturais forem preservados e mantidos, como exemplo a capacidade de fornecimento de recursos hídricos ás lavouras, o abastecimento de alimentos estará garantido às gerações futuras.

Portanto, pode-se dizer que houve avanço no que se refere à participação das instituições financeiras na questão ambiental, embora muito ainda haja por fazer. Apesar da dificuldade em discernir a importância relativa entre fenômenos natu

monstram a degradação ambiental e a necessidade urgente de quebra de paradigmas, na relação com a natureza. Neste tema, não há hoje um caráter emocional, pelo contrário, existem dados concretos, que apontam para a importância da adoção de novos comportamentos na relação entre as atividades produtivas e os recursos naturais.

No ambiente empresarial brasileiro, a situação conjuntural, em que programas governamentais ligados à área social são instrumentalizados, ocorre o favorecimento da atuação socialmente responsável das empresas. Em decor

icamente suas formas de gestão. Segundo Aligleri et al (2003 apud STAUB, 2008), as empresas cada vez mais, percebem que há necessidade de um comportamento administrativo que associe a viabilidade dos empreendimentos com a sustentabilidade. A necessidade que persiste é a de aprimorar permanentemente esse processo com o objetivo de equilibrar o agir econômico em busca do lucro ao da sustentabilidade socioambiental.

Foi identificado durante a presente pesquisa, que raramente os bancos exigem critérios e requisitos durante o processo de concessão de crédito agrícola, e comenta serem poucos os casos em que os agricultores submetem o uso das terras à análise de seu potencial agronômico, localiz

ade citados na presente pesquisa detêm grande capacidade de suporte desenvolvidos ara contribuir ao avanço da participação socioambiental das corporações financeiras. No ntanto, não foi possível identificar por parte do Banco do Brasil no processo de concessão de rédito agrícola, uma busca de aplicação prática destas ferramentas disponíveis, capaz de iabilizar a preservação dos recursos naturais utilizados na produção de soja do cerrado rasileiro.

ando culturas e pastagens em função de um conjunto de fatores que raramente, se submete à análise sistemática, gerando o que a engenharia agronômica chama de conflito de uso. Causando muitas vezes sinais de estresse ambiental, aproximando-se perigosamente de um ponto de estrangulamento (ABRAMOVAY, 1999).

Os modelos de avaliação da responsabilidade socioambiental e critérios de sustentabilid p e c v b