• Nenhum resultado encontrado

A problemática do governo das sociedades assumiu especial destaque na sequência de vários escândalos financeiros internacionais e, tendo em conta o crescente interesse por esta temática, é importante investigar até que ponto as boas práticas e as atitudes e perceções dos gestores das empresas contribuem para o reforço das relações de confiança com as diferentes partes interessadas, isto é, se o governo das sociedades consegue atenuar os conflitos de agência entre gestores e acionistas. Pelo facto de os gestores terem poder no que diz respeito à escolha do nível de elisão fiscal a aplicar na empresa, e porque é um tema pertinente no que concerne a reguladores, investigadores que lidam com questões tributárias, investidores e autoridades tributárias que procuram entender os estímulos que impulsionam ou impedem atividades de elisão fiscal (Kraft, 2014), é sensato fazer uma associação entre o governo das sociedades e a elisão fiscal.

Estudos anteriores defendem que, de facto, o governo das sociedades tem influência sobre a elisão fiscal, sendo esta uma decisão tomada pela administração (Desai & Dharmapala, 2006; Chen et al., 2010; Lennox et al., 2013). Uma vez que é de esperar que uma taxa efetiva de imposto mais baixa reflita uma carga fiscal mais reduzida, resultante de atividades relacionadas com a elisão fiscal, a interpretação dos resultados obtidos foi feita com recurso à taxa efetiva de imposto (Kovermann & Velte, 2019).

Para avaliar o impacto da corporate governance na taxa efetiva de imposto, foi utilizada uma amostra final constituída por dados de 556 empresas cotadas em bolsa de 18 países europeus para o período compreendido entre 2009 e 2018. Foram utilizadas três medidas da ETR: GAAPETR que é definida como o rácio entre o gasto fiscal total e o resultado antes de impostos; CASHETR que é calculada a partir do quociente entre o montante de impostos pagos e o resultado antes de impostos; CASHETR5, baseada em Dyreng et al. (2008), e que se refere à CASHETR, mas está mensurada para o período de 5 anos, o que permite fazer uma análise sob uma perspetiva a longo prazo.

Os resultados obtidos na presente investigação mostram que, de facto, o governo das sociedades tem influência sobre a taxa efetiva de imposto e, consequentemente, sobre as práticas de elisão fiscal das sociedades. Concretamente, a pontuação global do governo das sociedades, a dimensão e o número de reuniões do conselho de administração variam de forma positiva com a taxa efetiva de imposto. Por outro lado, uma maior remuneração dos administradores executivos, bem como uma maior percentagem de comparência nas

48 reuniões do conselho de administração aumentarão a possibilidade de envolvimento em atividades de elisão fiscal. Entre a independência do conselho de administração e a ETR foi encontrada uma relação positiva e negativa, dependendo da maneira como o efeito da taxa efetiva de imposto é capturado e avaliado. De uma maneira geral, os resultados encontrados são consistentes com a literatura existente e hipóteses formuladas. De seguida, quando são adicionadas as variáveis representativas da governance do país, é possível constatar que os resultados se mantêm constantes face às evidências reportadas anteriormente, à exceção da variável associada à dualidade de funções do CEO que ganha relevância estatística, permitindo inferir que a simultaneidade dos dois cargos (CEO e presidente do conselho de administração) tende a reduzir os impostos efetivamente pagos. Por fim, os resultados obtidos em torno das variáveis de governance ao nível do país permitem concluir que uma estrutura eficaz do país a este nível poderá impedir certos mecanismos de elisão fiscal. No entanto, contrariamente ao esperado, esta relação apenas se verifica com os indicadores referentes à eficácia do governo e qualidade regulamentar.

A presente dissertação introduz vários contributos à literatura existente. Para o nosso conhecimento, o conjunto específico de variáveis utilizadas nesta investigação é inovador, seja em relação às três medidas da ETR, seja em relação aos diversos mecanismos, sob as dimensões associadas ao conselho de administração e CEO’s, que representam e afetam o governo das sociedades. Adicionalmente, este estudo também analisa a interação entre variáveis associadas à governance ao nível empresarial e ao nível do país e a sua relação com a taxa efetiva de imposto, perante a proposta de Zeng (2019). Por último, a amostra recolhida engloba empresas europeias cotadas em bolsa e abrange um período alargado e recente, estabelecido entre 2009 e 2018.

Naturalmente, a investigação apresenta algumas limitações. A principal preocupação resulta do facto de a elisão fiscal ser avaliada através de dados extraídos das demonstrações financeiras, uma vez que a informação fiscal, proveniente das autoridades tributárias, tem acesso restrito e não se encontra publicamente disponível. Por outro lado, futuras investigações, que apresentem amostras internacionais, deverão ter em consideração não só a taxa efetiva de imposto como também a taxa estatutária. Por fim, seria interessante aprofundar a investigação da interação entre as variáveis de governance do país e governance das empresas, seja a partir de outra amostra ou, então, com base noutro modelo econométrico, pelo facto de os resultados encontrados não estarem totalmente de acordo com a literatura existente.

49

Apêndice

Este apêndice expõe a definição, segundo Kaufmann et al. (2010), dos seis Indicadores de Governance Mundial, utilizados na presente dissertação:

1) Voz e Responsabilidade: mede o grau em que os cidadãos de um país são capazes de participar na seleção do seu governo, bem como liberdade de expressão, de associação e de imprensa;

2) Estabilidade Política e Ausência de Violência: mede as perceções da probabilidade de o governo vir a ser desestabilizado ou derrubado, seja por inconstitucionalidade, seja por meios violentos, incluindo o terrorismo.

3) Eficácia do Governo: mede a qualidade dos serviços públicos, o grau da sua independência perante pressões políticas, a qualidade da formulação e implementação de políticas, bem como a credibilidade do compromisso do governo com tais políticas;

4) Qualidade Regulamentar: mede as perceções da capacidade do governo de formular e implementar políticas e regulamentos que permitem e promovem o desenvolvimento do setor privado.

5) Estado de Direito: mede o grau em que os agentes têm confiança e respeitam as regras da sociedade, e em particular a qualidade da execução de contratos, a polícia e os tribunais, bem como a probabilidade de crime e violência.

6) Controlo da Corrupção: reflete perceções sobre até que ponto o poder público é exercido para fins privados, incluindo formas pequenas e grandes de corrupção.

50

Referências Bibliográficas

Adhikari, A., Derashid, C., & Zhang, H. (2006). Public policy, political connections, and effective tax rates: Longitudinal evidence from Malaysia. Journal of Accounting and Public

Policy, 25(5), 574–595.

Aggarwal, R., Erel, I., Stulz, R., & Williamson, R. (2007). Do U.S. firms have the best corporate

governance? 1–37.

Ajinkya, B., Bhojraj, S., & Sengupta, P. (2005). The association between outside directors, institutional investors and the properties of management earnings forecasts. Journal of

Accounting Research, 43(3), 343–376.

Akhtar, S., Akhtar, F., John, K., & Wong, S. W. (2019). Multinationals’ tax evasion: A financial and governance perspective. Journal of Corporate Finance, 57, 35–62.

Anderson, R. C., & Reeb, D. M. (2004). Board composition: Balancing family influence in S&P 500 firms. Administrative Science Quarterly, 49(2), 209–237.

Andrejovska, A. (2019). Effective tax rate in the context of the economic determinants.

Montenegrin Journal of Economics, 15(2), 31–40.

Armstrong, C. S., Blouin, J. L., Jagolinzer, A. D., & Larcker, D. F. (2015). Corporate governance, incentives, and tax avoidance. Journal of Accounting and Economics, 60(1), 1– 17.

Armstrong, C. S., Blouin, J. L., & Larcker, D. F. (2012). The incentives for tax planning.

Journal of Accounting and Economics, 53(1–2), 391–411.

Badertscher, B. A., Katz, S. P., & Rego, S. O. (2013). The separation of ownership and control and corporate tax avoidance. Journal of Accounting and Economics.

Barros, V., & Sarmento, J. M. (2020). Board Meeting Attendance and Corporate Tax Avoidance: Evidence from the UK. Business Perspectives and Research.

Belz, T., von Hagen, D., & Steffens, C. (2019). Taxes and firm size: Political cost or political power? Journal of Accounting Literature, 42, 1–28.

Berle, A. A., & Means, G. C. (1932). Berle, A. A., dan G. C. Means. 1932. The Modern Corporation and Private Property.pdf. In New York: Mac-millan.

Bhagat, S., & Bolton, B. (2013). Director ownership, governance, and performance. In

Journal of Financial and Quantitative Analysis (Vol. 48).

Blaylock, B. S. (2016). Is Tax Avoidance Associated with Economically Significant Rent Extraction among U.S. Firms? Contemporary Accounting Research, 33(3), 1013–1043.

51 Blaylock, B., Shevlin, T., & Wilson, R. J. (2012). Tax avoidance, large positive temporary

book-tax differences, and earnings persistence. Accounting Review, 87(1), 91–120. Bonetti, P., Magnan, M. L., & Parbonetti, A. (2016). The Influence of Country- and Firm-

level Governance on Financial Reporting Quality: Revisiting the Evidence. Journal of

Business Finance and Accounting.

Cadbury, A. (1992). The Financial Aspects of Corporate Governance. The Committee on the

Financial Aspects of Corporate Governance.

Chan, K. C., & Li, J. (2008). Audit committee and firm value: Evidence on outside top executives as expert-independent directors. Corporate Governance: An International Review,

16(1), 16–31.

Chen, S., Chen, X., Cheng, Q., & Shevlin, T. (2010). Are family firms more tax aggressive than non-family firms? Journal of Financial Economics.

Cheng, S. (2008). Board size and the variability of corporate performance. Journal of

Financial Economics, 87(1), 157–176.

Chou, H. I., Chung, H., & Yin, X. (2013). Attendance of board meetings and company performance: Evidence from Taiwan. Journal of Banking and Finance, 37(11), 4157–4171. Chrisman, J. J., Chua, J. H., Kellermanns, F. W., & Chang, E. P. C. (2007). Are family

managers agents or stewards? An exploratory study in privately held family firms.

Journal of Business Research, 60(10), 1030–1038.

Chua, J. H., Chrisman, J. J., & Sharma, P. (2003). Succession and Nonsuccession Concerns of Family Firms and Agency Relationship with Nonfamily Managers. Family Business

Review, 16(2), 89–107.

Chung, S. G., Goh, B. W., Lee, J., & Shevlin, T. (2019). Corporate Tax Aggressiveness and Insider Trading. Contemporary Accounting Research, 36(1), 230–258.

Clausing, K. A. (2007). Corporate tax revenues in OECD countries. International Tax and

Public Finance, 14(2), 115–133.

CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) (2003). “Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades”. Instituto Português de Corporate Governance.

Core, J. E., Holthausen, R. W., & Larcker, D. F. (1999). Corporate governance, chief executive officer compensation, and firm performance. Journal of Financial Economics. Crocker, K. J., & Slemrod, J. (2005). Corporate tax evasion with agency costs. Journal of

52 Dahya, J., & McConnell, J. J. (2005). Outside directors and corporate board decisions.

Journal of Corporate Finance.

Davis, A. K., Guenther, D. A., Krull, L. K., & Williams, B. M. (2016). Do socially responsible firms pay more taxes? Accounting Review, 91(1), 47–68.

Deli, D. N., & Gillan, S. L. (2000). On the demand for independent and active audit committees. Journal of Corporate Finance.

Denis, D. K., & McConnell, J. J. (2003). International Corporate Governance. The Journal of

Financial and Quantitative Analysis.

Desai, M. A., & Dharmapala, D. (2006). Corporate tax avoidance and high-powered incentives. Journal of Financial Economics, 79(1), 145–179.

Desai, M. A., & Dharmapala, D. (2009). Corporate tax avoidance and firm value. Review of

Economics and Statistics, 91(3), 537–546.

Desai, M. A., Dyck, A., & Zingales, L. (2007). Theft and taxes. Journal of Financial Economics,

84(3), 591–623.

Dyreng, S. D., Hanlon, M., & Maydew, E. L. (2008). Long-run corporate tax avoidance.

Accounting Review, 83(1), 61–82.

Ernstberger, J., & Grüning, M. (2013). How do firm- and country-level governance mechanisms affect firms’ disclosure? Journal of Accounting and Public Policy, 32(3), 50–67. Fama, E. F. (1980). Agency Problems and the Theory of the Firm. Journal of Political

Economy.

Fama, E. F., & Jensen, M. C. (1983). Corporations and Private Property: A Conference Sponsored by the Hoover Institution. Journal of Law and Economics, 26 No. 2(2), 301– 325.

Florackis, C. (2008). Agency costs and corporate governance mechanisms: Evidence for UK firms. International Journal of Managerial Finance, 4(1), 37–59.

Frank, M. M., Lynch, L. J., & Rego, S. O. (2009). Tax reporting aggressiveness and its relation to aggressive financial reporting. Accounting Review.

Givoly, D., Hayn, C. K., & Katz, S. P. (2010). Does Public Ownership of Equity. The

Accounting Review, 85(1), 195–225.

Graham, J. R., Hanlon, M., Shevlin, T., & Shroff, N. (2014). Incentives for Tax Planning and Avoidance: Evidence from the field. Accounting Review.

Gupta, S., & Newberry, K. (1997). Determinants of the Variability in Corporate Effective Tax Rate. In Journal of Accounting and Public Policy.

53 Halioui, K., Neifar, S., & Abdelaziz, F. Ben. (2016). Corporate governance, CEO compensation and tax aggressiveness: Evidence from American firms listed on the NASDAQ 100. Review of Accounting and Finance, 15(4), 445–462.

Hanlon, M., & Heitzman, S. (2010). A review of tax research. Journal of Accounting and

Economics, 50(2–3), 127–178.

Hanlon, M., & Slemrod, J. (2009). What does tax aggressiveness signal? Evidence from stock price reactions to news about tax shelter involvement. Journal of Public Economics,

93(1–2), 126–141.

Hermalin, B. E., & Weisbach, M. S. (1991). The Effects of Board Composition and Direct Incentives on Firm Performance. Financial Management.

Hoi, C. K., Wu, Q., & Zhang, H. (2013). Is corporate social responsibility (CSR) associated with tax avoidance? Evidence from irresponsible CSR activities. Accounting Review,

88(6), 2025–2059.

Hu, H. W., Tam, O. K., & Tan, M. G. S. (2010). Internal governance mechanisms and firm performance in China. Asia Pacific Journal of Management.

Huseynov, F., & Klamm, B. K. (2012). Tax avoidance, tax management and corporate social responsibility. Journal of Corporate Finance, 18(4), 804–827.

Huseynov, F., Sardarli, S., & Zhang, W. (2017). Does index addition affect corporate tax avoidance? Journal of Corporate Finance, 43, 241–259.

IPCG. (2018). Código de Governo das Sociedades, 1–38. Disponível em https://cgov.pt/images/ficheiros/2018/codigo_de_governo_das_sociedades_ipcg_vf .pdf. Acedido a 20/03/2020.

Jamali, D., Safieddine, A. M., & Rabbath, M. (2008). Corporate governance and corporate social responsibility synergies and interrelationships. Corporate Governance: An

International Review, 16(5), 443–459.

Jensen, M. C. (1993). The Modern Industrial Revolution , Exit , and the Failure of Internal Control Systems President of the American Finance Association. The Journal of Finance. Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the Firm: Managerial. Journal of

Financial Economics, 3, 305–360.

Jiménez-Angueira, C. E. (2018). The effect of the interplay between corporate governance and external monitoring regimes on firms’ tax avoidance. Advances in Accounting, 41, 7- 24.

54 Jiraporn, P., Kim, J. C., & Kim, Y. S. (2011). Dividend payouts and corporate governance

quality: An empirical investigation. Financial Review, 46(2), 251–279.

John, K., & Senbet, L. W. (1998). Corporate governance and board effectiveness. Journal of

Banking and Finance.

Johnson, J. L., Daily, C. M., & Ellstrand, A. E. (1996). Boards of Directors: A Review and Research Agenda. Journal of Management, Vol. 22, pp. 409–438.

Jones, S., Baker, M., & Lay, B. F. (2016). The relationship between CSR and tax avoidance: an international perspective. Australian Tax Forum, 32(August 2016), 95–127.

Kang, H., Cheng, M., & Gray, S. J. (2007). Corporate Governance Board Composition.

Corporate Governance, 15(2), 194–208.

Kaufmann, D., Kraay, A., & Mastruzzi, M. (2010). The Worldwide Governance Indicators: A Summary of Methodology, Data and Analytical Issues. In World Bank Policy Research

Working Paper.

Khurana, I. K., & Moser, W. J. (2013). Institutional shareholders’ investment horizons and tax avoidance. Journal of the American Taxation Association, 35(1), 111–134.

Kim, J. B., Li, Y., & Zhang, L. (2011). Corporate tax avoidance and stock price crash risk: Firm-level analysis. Journal of Financial Economics, 100(3), 639–662.

Klein, A. (2002). Audit committee, board of director characteristics, and earnings management. Journal of Accounting and Economics, 33(3), 375–400.

Kovermann, J., & Velte, P. (2019). The impact of corporate governance on corporate tax avoidance—A literature review. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation,

36, 100270.

Kraft, A. (2014). What Really Affects German Firms’ Effective Tax Rate? International

Journal of Financial Research, 5(3), 1–19.

La Porta, R., Lopez-de-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1998). Law and finance.

Journal of Political Economy.

La Porta, R., Lopez-De-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). Legal determinants of external finance. Journal of Finance.

La Porta, R., Lopez-De-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. W. (2000). Agency problems and dividend policies around the world. Journal of Finance, 55(1), 1–33.

Lanis, R., & Richardson, G. (2011). The effect of board of director composition on corporate tax aggressiveness. Journal of Accounting and Public Policy, 30(1), 50–70.

55 Lanis, R., & Richardson, G. (2012). Corporate social responsibility and tax aggressiveness:

An empirical analysis. Journal of Accounting and Public Policy, 31(1), 86–108.

Lanis, R., & Richardson, G. (2018). Outside directors, corporate social responsibility performance, and corporate tax aggressiveness: An empirical analysis. Journal of

Accounting, Auditing and Finance.

Lanis, R., Richardson, G., Liu, C., & McClure, R. (2019). The Impact of Corporate Tax Avoidance on Board of Directors and CEO Reputation. In Journal of Business Ethics (Vol. 160).

Lee, N., & Swenson, C. (2012). Are Multinational Corporate Tax Rules as Important as Tax Rates? International Journal of Accounting.

Lennox, C., Lisowsky, P., & Pittman, J. (2013). Tax Aggressiveness and Accounting Fraud.

Journal of Accounting Research.

Lin, Y. fen, Yeh, Y. M. C., & Yang, F. ming. (2014). Supervisory quality of board and firm performance: A perspective of board meeting attendance. Total Quality Management and

Business Excellence, 25(3–4), 264–279.

Liu, X., & Cao, S. (2007). Determinants of Corporate Effective Tax Rates: Evidence from Listed Companies in China. The Chinese Economy, 40(6), 49–67.

McClure, R., Lanis, R., Wells, P., & Govendir, B. (2018). The impact of dividend imputation on corporate tax avoidance: The case of shareholder value. Journal of

Corporate Finance.

McGill, G. A., & Outslay, E. (2004). Lost in translation: Detecting tax shelter activity in financial statements. National Tax Journal.

McGuire, S. T., Wang, D., & Wilson, R. J. (2014). Dual class ownership and tax avoidance.

Accounting Review.

Meisel, N. (2004). Governance culture and development: A different perspective on corporate governance. In OECD Development Centre Studies Foreword.

Mills, L., Erickson, M. M., & Maydew, E. L. (1998). Investments in TaxPlanning. Journal of

the American Taxation Association, Vol. 20, pp. 1–20.

Minnick, K., & Noga, T. (2010). Do corporate governance characteristics influence tax management? Journal of Corporate Finance, 16(5), 703–718.

Nowland, J., & Simon, A. (2018). Is poor director attendance contagious? Australian Journal

56 Ntim, C. G., & Osei, K. A. (2011). The Impact of Corporate Board Meetings on Corporate

Performance in South Africa. African Review of Economics and Finance.

OCDE. (2004). Os Princípios da OCDE sobre o Governo das Sociedades. Organização Para

a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

OECD. (2005). Using the OECD principles of corporate governance: A boardroom perspective. 1–158. Retrieved from:

http://www.oecd.org/daf/ca/corporategovernanceprinciples/40823806.pdf

Păunescu, R. A., Vintilă, G., & Gherghina, Ş. C. (2016). Exploring the Link between Corporate Governance Characteristics and Effective Corporate Tax Rate: A Panel Data Approach on U.S. Listed Companies. Journal of Financial Studies and Research, 2016, 1–16.

Peng, M. (2004). Outside directors and firm performance during institutional transitions.

Strategic Management Journal, 25(5), 453–471.

Porcano, T. (1986). Corporate Tax Rates: Progressive, Proportional, or Regressive. Journal

of the American Taxation Association.

Rego, S. O. (2003). Tax-Avoidance Activities of U.S. Multinational Corporations.

Contemporary Accounting Research, 20(4), 805–833.

Rego, S. O., & Wilson, R. (2012). Equity Risk Incentives and Corporate Tax Aggressiveness. Journal of Accounting Research, 50(3), 775–810.

Richardson, G., & Lanis, R. (2007). Determinants of the variability in corporate effective tax rates and tax reform: Evidence from Australia. Journal of Accounting and Public Policy. Richardson, G., Lanis, R., & Taylor, G. (2015). Financial distress, outside directors and corporate tax aggressiveness spanning the global financial crisis: An empirical analysis.

Journal of Banking and Finance, 52, 112–129.

Sáenz González, J., & García-Meca, E. (2014). Does Corporate Governance Influence Earnings Management in Latin American Markets? Journal of Business Ethics, 121(3), 419–440.

Sartori, N. (2011). Effects of Strategic Tax Behaviors on Corporate Governance. SSRN

Electronic Journal.

Schmidt, A. P. (2006). The persistence, forecasting, and valuation implications of the tax change component of earnings. Accounting Review, 81(3), 589–616.

Schwartz-Ziv, M., & Weisbach, M. S. (2013). What do boards really do? Evidence from minutes of board meetings. Journal of Financial Economics, 108(2), 349–366.

57 Seidman, J. K., & Stomberg, B. (2017). Equity compensation and tax avoidance: Disentangling managerial incentives from tax benefits and reexamining the effect of shareholder rights. Journal of the American Taxation Association, 39(2), 21–41.

Shackelford, D. A., & Shevlin, T. (2001). Empirical tax research in accounting. Journal of

Accounting and Economics.

Shevlin, T. (1999). Research in taxation. Accounting Horizons, 13(4), 427–441.

Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A Survey of Corporate Governance. The Journal of

Finance.

Sikka, P. (2010). Smoke and mirrors: Corporate social responsibility and tax avoidance.

Accounting Forum.

Slemrod, J., & Yitzhaki, S. (2000). Tax Avoidance, Evasion, and Administration. National

Bureau of Economic Research.

Stickney, C. P., & McGee, V. E. (1982). Effective corporate tax rates the effect of size, capital intensity, leverage, and other factors. Journal of Accounting and Public Policy. Vafeas, N. (1999). Board meeting frequency and firm performance. Journal of Financial

Economics.

Vintila, G., Păunescu, R., Gherghina, Ş., & Gherghina, Ş. (2017). Determinants of effective corporate tax rate. Empirical evidence from listed companies in Eastern European Stock Exchanges. Theoretical and Applied Economics, XXIV(Special), 37–46.

Wahab, N. S. A., & Holland, K. (2012). Tax planning, corporate governance and equity value. British Accounting Review, 44(2), 111–124.

Watson, L. (2012). Corporate Social Responsibility and Tax Aggressiveness: An Examination of Unrecognized Tax Benefits. SSRN Electronic Journal.

Watts, R., & Zimmerman, J. . (1986). Positive Accounting Theory. Prentice Hall: Cambridge. In Prentice Hall.

White, H. (1980). A Heteroskedasticity-Consistent Covariance Matrix Estimator and a Direct Test for Heteroskedasticity. Econometrica.

Wilde, J. H., & Wilson, R. J. (2018). Perspectives on corporate tax planning: Observations from the past decade. Journal of the American Taxation Association, 40(2), 63–81.

Wilson, R. J. (2009). An examination of corporate tax shelter participants. Accounting Review,

84(3), 969–999.

Yermack, D. (1996). Higher market valuation of companies with a small board of directors.

58 Ying, Z. (2011). Ownership Structure, Board Characteristics and Tax Aggressiveness.

Search.

Zeng, T. (2019). Relationship between corporate social responsibility and tax avoidance: international evidence. Social Responsibility Journal, 15(2), 244–257.

Zimmerman, J. (1983). Taxes and firm size. Journal of Accounting and Economics, Vol. 5 No. 1, pp. 119-149.

Documentos relacionados