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5. CONCLUSÃO

O PAPEL INTERVENTIVO DO YOGA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E CULTURA DE PAZ NO AMBIENTE ESCOLAR

5. CONCLUSÃO

5. CONCLUSÃO

Neste estudo, procurou-se avaliar a contribuição do Yoga na promoção da saúde e cultura de paz no ambiente escolar e investigar se, com a prática do Yoga, houve mudanças na vida de alunos de escola pública, apresentando esta prática oriental como estratégia educativa em saúde que promove a paz no ambiente escolar.

Na introdução, contextualizou-se o tema da pesquisa e apresentou-se a hipótese do estudo “a prática do Yoga, na escola pública, reduz a violência no ambiente escolar e promove uma cultura de paz”, que foi confirmada conforme os resultados obtidos. Os objetivos descritos nesse capítulo foram atingidos na íntegra, como os questionamentos elaborados respondidos, conforme os resultados indicados no capítulo anterior.

Na revisão da literatura, relatou-se a evolução do conceitos de saúde e promoção da saúde e foram descritas inúmeras experiências de escolas promotoras de saúde no Brasil. Em seguida, contextualizou-se a problemática da violência no Brasil e o seu reflexo nas escolas. Chama-se a atenção para o sexo da violência, considerando-a “macho”, pois, conforme as estatísticas, são os homens os responsáveis por mais de 90% dos atos violentos. Foi proposta, em seguida, a criação de uma cultura de paz por meio do Yoga. Finalizou-se o capítulo, apresentando todo o sistema dessa prática milenar e seus benefícios para a saúde e paz na escola.O Yoga emerge como prática potencial de educação em saúde capaz de cuidar e curar o homem de sua “normose”, pois a prática educativa em saúde começa no íntimo de cada ser humano. Assim, o Yoga promove o autoconhecimento, a conscientização, o equilíbrio, a unificação, a harmonia, a paz de que todos precisam.

Esta pesquisa caracterizou-se como um estudo quase experimental na sua abordagem quantitativa e uma pesquisa-ação na qualitativa. Participaram deste estudo 31 alunos e 8 professores da escola pública José de Barcelos no estudo quantitativo e nove estudantes do sexo masculino no qualitativo. Os dados quantitativos demonstraram que tanto os alunos do grupo experimental quanto os do grupo controle, como também os professores, diminuiram os escores de percepção

5. CONCLUSÃO

 

da violência, evidenciando que o Yoga pode reduzir os índices de violência nas escolas. Chamou atenção o fato de os alunos não se perceberem violentos, o que foi comprovado nos discursos durante as entrevistas. Em relação aos dados qualitativos, por meio da Análise do Discurso, interpretou-se as falas dos sujeitos que revelaram em três categorias de análise (O que representa o Yoga, De lodo a lótus: benefícios e mudanças percebidas, e O Yoga na promoção da saúde e paz na escola) mudanças nos comportamentos dos estudantes.

De maneira geral, como já dito, os alunos não se percebiam violentos. Dos nove alunos entrevistados, oito se afirmaram não violentos, mas todos se consideravam estressados e ansiosos. Esta percepção equivovocada, decorre, possivelmente, da “normose”, pois xingar, falar palavrões, bater, riscar carteiras e paredes, humilhar colegas etc., para os alunos, parecia ser comportamento normal. A intervenção de um ano com a prática de Yoga pôde modificar a realidade desses alunos, deixando-os mais calmos, conscientes, com maior aceitação de si dos outros, como também mais tolerantes.

Vale ressaltar o fato de o grupo que não objeto da intervenção com a prática do Yoga haver mudado seu comportamento. Acredita-se que esse fenômeno decorre da mudança de comportamento do grupo-alvo da intervenção com o Yoga, pois, como diz o provérbio chinês, “o poder das asas de uma borboleta pode ser sentido do outro lado do mundo”. Assim, aposta-se que essa foi a razão da mudança de comportamento ocorrida em toda a turma de Informática 3, inclusive percebida pelos professores.

De fato, é necessária uma mudança no presente para que os homens das gerações futuras sejam mais inteiros, conscientes, saudáveis, felizes, e que a educação respeite mais as individualidades e diferenças de cada sujeito; um sujeito consciente, mas que também se ache autor “do processo de transformação da sua consciência em ação” (Cavalcante, 2001, p. 48).

Salienta-se, como aspecto limitante desta pesquisa, o número de sujeitos da pesquisa quantitativa, que participaram deste estudo, dificultando a generalização dos dados. Outro fator que pode-se considerar limitante é o fato de a pesquisa não ter envolvido a família para uma mais apurada triangulação dos dados.

5. CONCLUSÃO

Espera-se que este trabalho venha a contribuir para a divulgação desta rica ciência milenar, uma vez que representa a alternativa para a continuidade da vida humana no nosso planeta.

No Brasil, conforme Chrispino e Dusi (2008), “experiências importantes vêm sendo realizadas, como a do Programa de Mestrado da Universidade Católica de Brasília/Observatório da violência, que já produz uma série de pesquisas focada na violência escolar” (p. 600). Os autores propuseram uma política pública para a redução da violência escolar e promoção da cultura de paz. Assim, propõe-se, também, à Secretaria da Educação do Município de Fortaleza, a ampliação do programa de atividades holísticas que acontecem nos espaços públicos, inserindo o Yoga como uma estratégia de saúde e promoção de uma cultura de paz na escola.

Por fim, sugere-se que esta pesquisa seja desenvolvida em mais escolas, para que os resultados sejam mais consistentes, aumentando o número da amostra. Orienta-se que todos os seres humanos, principalmente os homens, conheçam e vivenciem essa atividade psicofísica e espiritual. Certamente, muitos benefícios e mudanças acontecerão em suas vidas, como vimos nos relatos apresentados. É cuidando que se vive. O Yoga implica o cuidado do corpo, da mente e do espírito. Ele convida a atenção para todos estes aspectos humanos sem esquecer que somos seres integrantes deste grande universo. Por tal razão, o Yoga cuida também do nosso Planeta. O Yoga, além de ser holístico, é ecológico. A vivência de um paradigma holístico é premente para nossa sobrevivência, homens e mulheres. Namastê! 10