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1 “Desembarques” do difusionismo: reminiscências

4. Conclusão: reconhecimento?

Revendo papéis e arquivos, deparamo-nos com o fato de que trajetórias de algumas problemáticas aqui alu- didas se cruzam, embora não tenham gerado discussões públicas em torno de possíveis convergências nas suas an- gulações. São questões que emanam do próprio processo circulatório das obras de pesquisadores, suscitando o de- bate mais do que o anúncio de questões, visando avanços na formulação dos conceitos mestres que orientam suas trajetórias de pesquisas. Há um amplo material da pesqui- sa latino-americana que reúne marcas sobre cruzamentos dos conceitos que nortearam o seu desenvolvimento, e

3 Os trabalhos do Pentálogo são editados em livros, já tendo sido publica- dos os seguintes temas: “Transformações da midiatização presidencial: corpos, relatos, negociações, resistências” – Difusão Editora (2012); “Pentálogo III – Internet: viagens no espaço e no tempo” – Cópias San- ta Cruz Editora (2013); “A rua no século XXI: materialidade urbana e virtualidade cibernética” – Edufal (2014); “Dicotomia público/privado: estamos no caminho certo?” – Edufal (2015); “Vigiar a vigilância: uma questão de saberes” – Edufal (2016); e “A circulação discursiva, entre produção e reconhecimento” – Edufal (2017). As comunicações do Co- lóquio Semiótica das Mídias podem ser encontradas em http://ciseco. org.br/anaisdocoloquio/

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algumas delas apontam para possíveis cruzamentos, con- vergências, divergências cujo exame pode ser útil para o avanço do estudo da comunicação midiática como um ob- jeto de investigação, particularmente, os pontos de tensão entre os conceitos de mediação e de midiatização. Claro que diferenças com que os contextos acadêmicos tratam a história e o percurso destes conceitos têm a ver com os

ethos de suas realidades geoacadêmicas e as demandas do

seu tecido social. Possivelmente, sociedades organizadas em torno de uma densa presença das instituições formu- lam junto à pesquisa acadêmica engajamentos e também respostas sobre questões que envolvem suas dinâmicas, como se pode ver, por exemplo, na tradição da pesquisa comunicacional anglo-saxônica. Diferente desta caracte- rística é o percurso realizado pela pesquisa comunicacio- nal na América Latina, cujo processo histórico mostra sua condição, por longo tempo, de um lugar receptor de mo- delos e de produtos editoriais enquanto instância de cons- trução de agendas e de prática social, como foi o caso do funcionalismo. Entendemos que os conceitos de mediação e de midiatização nos moldes aqui elaborados represen- tam respostas aos efeitos da “ação social organizada” nas diversas práticas de instituições brasileiras, a partir de modelos analíticos que apontam graus de autonomia e de não repetição face às últimas novidades trazidas pela “mala postal”. É neste contexto que este artigo reflete so- bre os caminhos destes dois conceitos que nos parecem ser as vigas centrais do edifício da pesquisa comunicacio- nal no Brasil e cujo processo de solidificação se realiza na experimentação de observações, perguntas e sistematiza- ções a partir do próprio contato com as práticas sociais. Sem dúvida que estes conceitos são apropriados por bio- grafias das instituições e dos indivíduos que caminham pela pesquisa, contribuindo para a definição de estilos, identidades e proposições de coletivos institucionais dis- tintos. Não se trata de submeter os conceitos às apostas

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sobre disputas dos seus graus de densidade, viabilidade, consistência, etc., mas de situá-los a partir dos movimen- tos dos seus trajetos e considerando a singularidade e potencialidade dos mesmos para a descrição de proces- sos. Há muito por ser feito, e o que se fez neste artigo são considerações que mostram deslocamentos e avanços de itinerários aprimorando mapas, cartografias e hipóteses de trabalho. Nestas condições, “a mediação tecnológica da comunicação deixa de ser meramente instrumental para se converter em estrutural: a tecnologia remete hoje não à novidade de alguns aparelhos, mas a novos modos de per- cepção de linguagem, a novas sensibilidades [...]” (MAR- TÍN-BARBERO, 2004a, p. 228 e 229).

Há uma sintomatologia que emana de processos observacionais indicando marcas de um cenário de comu- nicabilidade no qual os meios se apresentam como outro tipo de operador:

[...] as pessoas estão cada vez mais isoladas, mais sozinhas, também nos países latinos, e os meios começam a ter uma importân- cia enorme em termos do que chamamos de ‘cultura a domicílio’. As pessoas já não tinham dinheiro para sair, mas a televisão lhes provê de tudo. [...] Eu já estava repen- sando estas questões, tinha que fazer uma mudança que não era ir das mediações aos meios, mas perceber que a comunicação se adensava diante da nova tecnicidade [...] (MARTÍN-BARBERO, 2009, p. 152 e 153).

Estas observações apontam para uma mutação mais complexa ao “reconhecer que a comunicação estava mediando todos os lados e as formas da vida cultural e so- cial dos povos. Portanto, o olhar não se invertia no sentido de ir das mediações aos meios, senão da cultura à comuni- cação” (MARTÍN-BARBERO, 2009, p. 153).

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Martín-Barbero especifica novas angulações epis- temológicas ao indicar também que “a noção de comu- nicação sai do paradigma da engenharia e se liga com as ‘interfaces’, com os ‘nós’ das interações, com a comunica- ção-interação, com a comunicação intermediada” (2009, p. 153). O trajeto das mediações às interfaces enseja as hibridizações de vários níveis que vão além da especifici- dade de cada meio, o que vai ensejar o surgimento de uma nova ecologia comunicacional. Ocorrem cruzamentos de trajetórias entre as noções de Gomes (2017) sobre a mi- diatização – ao lembrar que agora vivemos também em um entorno “comunicativo”, com suas linguagens, escri- turas e gramáticas – e as observações de Martín-Barbero: “a concepção de comunicação vai se tornando muito mais capaz, ‘epistemologicamente’, de dar conta do que ocorre, com as tecnologias de comunicação transformando-se de instrumento pontual em ecossistema cultural” (MARTÍN- -BARBERO, 2009, p. 159).

Ao mesmo tempo que a televisão é afastada de uma noção segundo a qual exerceria função substitutiva ou de complementaridade da política, chama-se a atenção para a importância que assume a transformação da cena midiá- tica, de uma dimensão representacional para uma hora na qual “a mídia passa não a substituir, mas sim a constituir, a fazer parte da trama, tanto do discurso como da ação da política [...]” (MARTÍN-BARBERO, 2004a, p. 252).

Isso significa que a televisão não seria entendida por uma atividade de difusão de representações. Mais que isso, ela é geradora da própria política, uma vez que “nos meios se faz, e não só se diz sobre a política” (MARTÍN- -BARBERO, 2004b, p. 31).

Neste aspecto, a formulação barberiana acentua, de um lado, a importância que têm os meios como atores deste ecossistema, por ele lembrado. E, de outro, enfatiza a dimensão construtivista do seu trabalho ressituando, de alguma forma, as configurações do conceito de mediação.

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Os meios que ora eram subsumidos pela cultura aqui são reconhecidos pela força da especificidade de suas ope- rações significantes. São formas de reconhecimento que emanam da própria reflexão que assim aponta a potência que podem representar a revisão de conceitos e a incorpo- ração de outros a um determinado modelo investigativo.

As trajetórias de Eliseo Verón e de Jesús Martín- -Barbero condensam e simbolizam ações, projetos, amiza- des e processos observacionais que se realizam a partir da densidade das suas biografias. Suas obras são compar- tilhadas em várias temporalidades e contextos, reunindo a história de iniciativas cujas ações e resultados estiveram sempre em sintonia com a importância da qualificação das condições de produção de conhecimento sobre os processos comunicacionais na América Latina. Das espe- cificidades dos seus trajetos não se podem pedir pactos ou programas comuns, considerando as singularidades dos objetos e as especificidades dos modelos que orientaram suas investigações. Mas pode-se dizer que suas formula- ções se contatam nos cruzamentos dos processos em que circularam seus escritos. E destes cruzamentos se exterio- rizam manifestações de reconhecimento, em termos ana- líticos, da importância que têm os aparelhos conceituais que manejam em seus projetos investigativos.

Em sua última obra (2013), Verón situa o entendi- mento que tem sobre o conceito de mediação:

Se toda comunicação é mediada no senti- do de que implica necessariamente uma materialização mediante forma sonora, vi- sual, ou do tipo que for, está claro que não há comunicação sem mediação. [...] Neste contexto {da midiatização} devemos dis- tinguir cuidadosamente entre ‘mediação’ e ‘fenômeno midiático’. A mediação é um as- pecto definitório da comunicação em geral e resulta de uma materialidade sensorial, inevitável do suporte. De outra forma, te-

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mos um fenômeno midiático tão somente a partir do momento em que os signos pos- suem, em algum grau, as propriedades de autonomia tanto da fonte como do destino e a persistência no tempo. [...] Em síntese: a comunicação humana é necessariamente ‘mediada’ em todos os seus níveis, desde o micro até o macro, simplesmente porque o sentido somente pode circular materializa- do: desde este ponto de vista, a conversação cara a cara entre dois indivíduos é tão ‘me- diada’ como a circulação planetária de uma partida de futebol. A diferença crucial é que na transmissão da partida de futebol a se- miosis humana está midiatizada e na con- versação humana não está (VERÓN, 2013, p. 144 a 147).

Há mais de uma década, Martín-Barbero observa a importância da materialidade significante para se enten- der as complexidades por que passam as reconfigurações das mediações. E, num gesto de reconhecimento, atualiza referência a momento (1987), também já mencionado em “Dos meios às mediações”, no qual Verón lança as primei- ras hipóteses sobre a midiatização, a partir de estudos so- bre o papel do “corpo significante” na construção de vín- culos entre a televisão e os receptores:

[...] se a televisão exige da política negociar as formas de sua mediação, é porque este meio proporciona pela primeira vez o ‘eixo de mirada’ (Verón, 1987) desde o qual a po- lítica não só pode penetrar o espaço domés- tico, como reintroduzir em seu discurso a corporeidade, a gestualidade e a teatralida- de, isto é a materialidade significante de que é feita [...] (MARTÍN-BARBERO, 2004, p. 32).

Trajetos destes conceitos se fazem no meio de his- tórias de “migração intelectual”, em anos próximos, atra-

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vés de biografias que se visitam em contextos fronteiriços: filosóficos, socioantropológicos e semióticos. E nos reen- contros que travaram, segundo os pinçamentos tácitos ao longo dos seus escritos, dizem que a boa teoria se faz no ir e vir das observações, das perguntas, mas também de reconhecimentos. Essas são trajetórias cujos processos seguiremos, pois ficam como legado para gerações futuras de pesquisadores, compartilhando processos e achados que continuarão a emergir destas obras tão caras para os estudos de comunicação.

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