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A água é um recurso que possui pouca informação sobre seu uso, apesar de sua importância para a produção de alimentos e insumos utilizados na produção, bens e serviços ofertados na economia. Até mesmo os dados que existem acerca da disponibilidade hídrica no planeta não são consenso entre pesquisadores. No entanto, o que se sabe é que os recursos hídricos, assim como outros recursos naturais, precisam ser utilizados dentro de certas condições e limites que garantam que as gerações futuras também possam desfrutar de seu uso. Uma das maneiras de assegurar este acesso é através do desenvolvimento de estudos e pesquisas com o objetivo de compilar dados que se tornem úteis para aprimorar o conhecimento sobre o uso que se faz deste recurso.

Como solução à incoerência entre dados, uma metodologia padrão para calcular a apropriação de água por atividades antrópicas em seus diferentes níveis espaciais tem sido desenvolvida e propagada através de uma rede de pesquisadores ligados a esta temática - Water Footprint Network-, denominada como Pegada Hídrica. Sua contribuição para a geração de informações é inegável, além de propiciar um aumento da base de dados sobre este recurso.

O cálculo da pegada hídrica é um instrumento que permite verificar diferentes tipos de uso da água realizado em diversas esferas do sistema econômico, seja, por exemplo, o volume de água apropriado por um indivíduo, uma empresa, um setor da atividade produtiva ou por uma cultura agrícola em determinado período de tempo. A Pegada Hídrica, entretanto, serve como base metodológica e procedimental para o aprimoramento e aplicação de métodos que podem ser capazes de auxiliar no entendimento sobre o uso que se faz dos recursos hídricos, sem excluir o uso de outras metodologias. Neste trabalho, utilizou-se o conceito de Pegada Hídrica para calculá-la através da análise de insumo-produto.

A construção da análise a partir da matriz insumo-produto para a execução deste trabalho foi feita de modo similar a diversos estudos que aplicaram o modelo em pesquisas relacionadas a recursos naturais. Em sua maioria, estes trabalhos se utilizaram de perspectivas regionais e locais, cujo objetivo era quantificar o uso da água

dentro de um país através de um recorte espacial específico, seja uma região hidrográfica ou um Estado (uma divisão política).

Partindo desta perspectiva utilizada como modelo, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o percurso realizado pela água nas diferentes etapas do processo produtivo da economia brasileira. Isto foi possível através da construção de uma base de dados a partir do conceito de Pegada Hídrica desenvolvido por Hoekstra et al. (2011) e da análise da distribuição e uso da água pela economia propiciada pela matriz de insumo-produto.

Os diferentes tipos de água foram tratados de maneira separada de acordo com sua origem, seja ela água das chuvas ou água de captação, superficial ou subterrânea. A água das chuvas foi caracterizada e chamada de água verde e a água captada, água azul. Há também a água cinza, que é o volume de água necessário para diluir efluentes que são despejados em corpos hídricos. No entanto, após algumas ressalvas metodológicas, optou-se por utilizar somente as categorias azul e verde.

Estimou-se o uso da água verde na produção agrícola tendo como base dados sobre a necessidade hídrica média das culturas agrícolas – evapotranspiração das culturas25-, que mede tanto a água das chuvas quanto a irrigação. Em termos metodológicos, o uso de estimativas de evapotranspiração das culturas configura-se como uma limitação em termos de precisão dos resultados observados. Em busca de maior precisão nas estimativas sobre o uso de água na agricultura, sugere-se aprimorar estes dados, principalmente, ampliando o conjunto de culturas a serem analisadas.

Desenvolveu-se, inicialmente, uma análise do uso da água com parâmetros monetários, medido pelo volume de água incorporado em cada real empregado na produção. Verificou-se, também, como este volume de água se incorporou na demanda final da economia através de seus principais componentes: o Consumo das famílias, as Exportações, o Consumo da administração pública e a Formação bruta de capital. O modelo de insumo-produto permite que se façam análises de efeitos diretos e, também, indiretos. Esta é uma característica fundamental para que se possa verificar setores

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Variável que mede a necessidade hídrica das plantas em determinado período de tempo e que inclui tanto a água das chuvas, que incide sobre a planta, quanto a água de irrigação que complementa este cultivo. A melhor definição do termo se encontra no item 1.3.1, do capítulo 1.

mais intensivos no uso de recursos naturais, como é o caso da água. Embora usualmente empregado para análises econômicas, o modelo de insumo-produto tem se mostrado uma ferramenta útil, também, em estudos ambientais.

Excluindo os setores do segmento de serviços, a média aritmética de pegada hídrica setorial é de 16 trilhões de litros. Apenas 12 setores estão acima desta média, sendo cinco da indústria e sete da agricultura.

Quando se considera apenas os setores primários tem-se que a pegada hídrica setorial média é de 52 trilhões de litros, já para os setores secundários essa média é menor, cerca de 8 trilhões de litros.

A maior parcela da pegada hídrica da economia brasileira se deve ao setor de produção de Soja, apresentando uma Pegada Hídrica setorial de 139 trilhões de litros.

Além da Soja, outros 11 setores apresentam PH acima da média (16 trilhões de litros), são eles: Cana-de-açúcar, Fabricação de óleos vegetais; Pecuária e pesca, Beneficiamento de produtos vegetais, Fabricação de Açúcar, Álcool, Milho, Abate, Outros da agricultura, Arroz e Café. O que sugere que a pegada hídrica da economia brasileira é bastante concentrada em poucos setores.

Os resultados obtidos mostram que, diretamente, os setores agrícolas utilizam um volume de água superior quando comparado aos industriais, uma vez que o uso direto de água na agropecuária brasileira é, basicamente, água verde. Este resultado se mostra diferente quando se analisa, via insumo-produto, o percurso desta água nas etapas da cadeia produtiva. Nesta perspectiva, nota-se que a água utilizada no cultivo de insumos agrícolas percorre toda a cadeia produtiva e chega aos setores industriais e de serviços, incorporando-se a eles e contribuindo para suas Pegadas Hídricas. Ou seja, há predominância no uso de água verde, no entanto, os setores mais intensivos no uso deste tipo de água não se concentram apenas na agricultura. Como mostram os setores de Fabricação de óleos vegetais, Pecuária e Pesca, Beneficiamento de produtos vegetais, Fabricação de açúcar, Abate e Álcool, que respondem por um uso considerável de água verde, mesmo pertencendo ao ramo industrial, que diretamente utiliza apenas água azul em sua produção.

Observando-se o consumo de água no setor Cana-de-açúcar, que utiliza diretamente água verde em sua produção, e o setor Fabricação de açúcar, que faz uso de água azul diretamente em sua produção, pode-se concluir que, de fato, os efeitos indiretos estão presentes no consumo total de água efetuado por cada setor. A análise permitiu que se chegasse a indicadores monetários e físicos acerca do consumo de água para 71 setores da economia, mostrando que, por exemplo, para cada R$ 1.000 produzidos no setor Cana-de-açúcar, estão incorporados 4,36 milhões de litros de água verde (ou 4,36x106 L); em termos físicos, este valor significa que cada quilograma produzido pelo setor incorpora 146 litros (ou, também, 146 kg) de água verde.

Também como exemplo, foi possível estimar o volume de água azul incorporado na produção de Cana-de-açúcar. Para cada R$ 1.000 produzidos pelo setor, estão incorporados 2,55 mil litros de água azul, o que significa, em termos físicos, que para cada quilo produzido, está incorporado 0,1 litro ou 100 ml de água azul. Em cada quilo produzido no setor de Fabricação de açúcar, tem-se 1.459 litros de água verde e 21 litros de água azul incorporadas. Ou seja, em outras palavras, ainda que um setor utilize pouca água ou apenas um tipo de água diretamente em sua produção, é possível quantificar a água incorporada durante todas as etapas do processo produtivo. Com base em informações da Confederação Nacional das Indústrias sobre o uso da água nos setores industriais do Brasil (CNI, 2013), o setor automobilístico reduziu em cerca de 30% o uso de água captada utilizada diretamente em sua produção, o que equivale a cerca de 3.930 litros utilizados na produção de um veículo. Embora essa queda seja importante, em termos relativos ela é expressiva. O que este trabalho mostra é que um automóvel tem uma Pegada Hídrica azul de cerca de 23.500 litros de água, isso sem considerar a água verde utilizada no processo produtivo. Portanto, verifica-se que os efeitos indiretos das cadeias produtivas fazem este índice aumentar em praticamente cinco vezes.

Os resultados permitiram verificar o destino da água entre os componentes da demanda final também. Observou-se que de toda água consumida na economia em 2009, 38% esteve incorporada, como destino, nas Exportações e 52% destinaram-se ao Consumo das famílias, através do consumo de bens e serviços. Com isso é possível

constatar que um volume considerável da água utilizada na economia brasileira é exportado juntamente, de forma incorporada, com os produtos, o que sugere que a pauta exportadora do país é composta em grande parte por água. Isto porque o país se apresenta como um dos principais exportadores de produtos primários (agropecuários) e estes utilizam um volume apreciável de água verde em sua produção de forma direta. Considerando-se apenas a água azul, ainda que esta represente menos de 1% de toda água verde utilizada na economia, se trata de um recurso com esforço econômico, cujo valor que lhe é atribuído a diferencia da água verde. Cerca de 55% da água azul tem como destino o Consumo das famílias, que se dá basicamente via consumo de bens e serviços, e 33% se destinam às Exportações. Portanto, configura- se em um recurso estratégico e que sugere a importância da valoração de seu uso. Os resultados obtidos sugerem que o Brasil pode desempenhar papel importante no sentido de aliviar cenários de escassez hídrica através de suas relações comerciais. O país figura entre os principais produtores e exportadores de produtos primários, que são intensivos no uso da água.

Os resultados extraídos da análise são específicos para a estrutura econômica brasileira, ou seja, o cálculo da Pegada Hídrica via matriz de insumo-produto é voltado para a estrutura produtiva brasileira, tanto que estão baseados em estimativas de evapotranspiração realizadas para o cultivo em regiões do Brasil; portanto, consideram-se condições climáticas, ambientais e tecnológicas específicas para o país. Do mesmo modo, as informações sobre o coeficiente direto de uso da água das atividades industriais resultam de publicações dos próprios setores para a economia brasileira.

Os resultados obtidos nesta pesquisa conversam diretamente com a metodologia já consolidada e com os resultados divulgados internacionalmente, o que mostra que a metodologia teórico-empírica é robusta. É possível comparar os valores de Pegada Hídrica que foram obtidos através da matriz de insumo-produto com as publicações da rede de pegada Hídrica - Water Footprint Network, verificando que são estimativas bastante semelhantes26. O indicador de pegada hídrica física da Fabricação

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do açúcar, por exemplo, mostra que cada quilograma produzido neste setor incorpora 1480 litros de água. Segundo os dados da calculadora de Pegada Hídrica, são utilizados 1782 litros de água para produzir um quilograma de açúcar. Cada quilograma produzido no setor de Milho incorpora 926 litros de água; em termos de comparação, o indicador fornecido pela calculadora de Pegada Hídrica mostra que se utiliza cerca de 1222 litros de água em cada quilograma de milho produzido.

Neste sentido, a água verde se coloca como variável-chave, pois se trata de um recurso que depende diretamente da chuva, que é responsável por parte considerável da água utilizada na produção dos setores primários e que é incorporada, em grande parcela, aos setores secundário e terciário do país. Se se considera a relevância das perspectivas de mudanças climáticas globais (IPCC, 2014) e suas consequências sobre a atividade econômica dos países, é possível identificar fragilidades que nem sempre são de simples verificação. Analisando, por exemplo, a relação direta e a importância da produção de produtos primários (principalmente da agropecuária) na economia brasileira com a água das chuvas, pode-se verificar que se necessita de um volume considerável desta água para a realização da produção.

Então, diante de um cenário em que se admite um aumento da temperatura global, que exerceria impacto direto sobre os níveis de precipitações, seriam necessárias algumas adaptações no processo produtivo, como por exemplo, o uso de água azul (água captada) em maior volume para a produção agrícola. Embora esta pareça uma solução viável, há que se considerar que diante de menores níveis de precipitações haverá menor disponibilidade de água armazenada, seja esta superficial ou subterrânea, sem levar em consideração, ainda, que a adoção da prática de irrigação pode levar ao aumento de custos.

É neste contexto que a caracterização do uso da água permite valorar este uso através de diferentes setores, podendo facilitar a orientação de políticas públicas que visam identificar cadeias produtivas intensivas no uso deste recurso. A análise da

Pegada Hídrica através do modelo de insumo-produto se mostrou um instrumento que pode ser útil para a gestão dos recursos hídricos nas cadeias produtivas, pois permite identificar o percurso da água, desde os insumos, passando pela produção e chegando à demanda final de todos os setores da economia, processo que facilita a identificação de setores mais (ou menos) intensivos em termos de Pegada Hídrica. Além disso, existem regiões voltadas à produção agrícola e que, portanto, apresentam maior consumo e dependência de água verde - por exemplo, as regiões Centro-oeste e Sudeste do Brasil. Diante das perspectivas de mudanças climáticas, o uso deste tipo de instrumento pode significar a minimização de perdas, bem como o contorno das fragilidades no processo produtivo.

Não obstante, a função de produção, tendo a água como um de seus fatores, depende da tecnologia, da demanda e de fatores climáticos. A crença de que o avanço tecnológico servirá de escape para todo e qualquer tipo de fragilidade frente a fatores ambientais apenas reitera o que foi discutido, que pouco se sabe sobre o uso dos recursos hídricos. E, se se deseja caminhar para uma padronização da Pegada Hídrica entre os setores produtivos27, um primeiro passo é possuir informações setoriais sobre o consumo de água na economia.

Observando-se a economia sob a ótica das matrizes de insumo-produto, nota-se que todos os setores estão interligados e se relacionam de maneira direta e indireta. O modelo permite enxergar a economia através das cadeias produtivas que compõem suas atividades, tanto pelo lado dos insumos utilizados na produção quanto através dos produtos que são gerados, que são os bens e serviços ofertados na economia. Quando se insere os recursos naturais nesta análise, como é o caso da água no modelo estudado neste trabalho, verifica-se que o consumo realizado por diferentes setores resulta de efeitos diretos e indiretos que ocorrem no processo produtivo. Isto ocorre porque o pressuposto da análise é a existência observada de uma interdependência entre os setores. Ainda que um setor utilize diretamente em sua produção um volume de água desprezível, é necessário considerar o funcionamento de toda sua cadeia produtiva, pois além da etapa de produção do bem ou serviço

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diretamente, há outras atividades envolvidas para garantir que este bem ou serviço seja levado até o consumidor final.

Durante o trajeto entre os produtores e consumidores finais, existem diferentes tipos de consumos intermediários, quais sejam insumos agrícolas, produtos primários, serviços, dentre outros. O transporte de cargas e mercadorias é um bom exemplo de como este processo ocorre, pois utiliza-se combustível para que o veículo se desloque até o seu destino, por sua vez este combustível (biodiesel, por exemplo) necessitou de água em sua produção, já que é resultado de um insumo agrícola. Então, quando se considera a interdependência entre os setores, em termos de consumo de água, todos incorporam uma porção deste recurso, direta ou indiretamente. É este o detalhamento do consumo (incorporação) de água setorial a que se propôs este trabalho.

A análise de insumo-produto não se distancia do funcionamento dos ecossistemas, pois mostra que qualquer ação realizada por um indivíduo – ou setor -, exercerá influência sobre os demais. Trata-se de uma relação similar ao que ocorre nas cadeias alimentares, em que diante de distintos níveis tróficos - produtores, consumidores (primários, secundários etc.) e decompositores – há uma relação de interdependência entre as populações que a compõem, em que as primeiras servem de alimento para as posteriores, e assim sucessivamente. E, nesta relação, há fluxos de energia e matéria em diferentes níveis, assim como ocorre no funcionamento da economia, através de fluxos monetários e de bens e serviços.

Recomendações

A proposta deste trabalho foi utilizar um modelo de insumo-produto com parâmetros monetários para verificar o uso da água na economia brasileira; tal análise possibilitou verificar, também, o consumo de água em termos físicos. Avanços na metodologia e no estudo realizado nesta pesquisa podem ser alcançados com as pesquisas sugeridas a seguir:

- Utilizar um modelo de insumo-produto híbrido, que pode significar um avanço em relação a este tipo de análise;

- Estimar a evapotranspiração para regiões específicas do país para a composição da água verde, que contribuiria para uma maior precisão dos resultados sobre o uso da água na agricultura;

- Incorporar estimativas sobre água cinza, que pode contribuir para a verificação da geração de efluentes por setor via cadeias produtivas;

- Obter informações sobre o volume de água utilizado na irrigação de cada cultura agrícola, que pode auxiliar no aprofundamento do estudo em termos de desagregar os setores da agricultura na matriz de insumo-produto;

- Utilizar um modelo de insumo-produto internacional sobre o fluxo internacional de água através da pauta exportadora dos países;

- Analisar o comportamento das famílias avaliando a distribuição do seu consumo de água incorporado, levando-se em consideração as distintas classes de renda; eventualmente, a distribuição do consumo de água pode se apresentar ainda mais acentuada que distribuição de renda no Brasil.

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