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Para calibrar as previs˜oes da velocidade do vento a 10 m providas pelo modelo num´erico Eta, propˆos-se 3 modelos de p´os-processamentos estat´ıstico: EMOS espacial, EMOS espa¸co-temporal e GOP dinˆamico.

Inicialmente, decidiu-se que seria necess´ario o uso de todas as covari´aveis dispon´ıveis, em vista que, apenas os membros do ensemble n˜ao explicavam razoavelmente o fenˆomeno. O restante das covari´aveis dispon´ıveis s˜ao compostas pelos valores observados passados (bloco AR) e pela latitude, longitude e altura do relevo dos locais das esta¸c˜oes de monitoramento meteorol´ogico (bloco AUX). Em geral, modelos de calibra¸c˜ao corrigem vari´aveis meteorol´ogicas em um horizonte de previs˜ao distante. No entanto, utilizar valores observados passados restringiu demasiadamente o horizonte m´aximo de previs˜ao e assim, as aplica¸c˜oes foram restritas `a horizontes curtos.

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Figura 3.19: Previs˜oes 6, 12, 18 e 24 horas `a frente para a velocidade do vento a 10 m de altura para o Estado de Minas Gerais. PN: Previs˜ao num´erica proveniente do modelo Eta. PP: Previs˜ao pontual calibrada proveniente do ajuste do modelo GOP dinˆamico. ME: Margem de erro, definida como metade do comprimento do intervalo de credibilidade 95% da previs˜ao probabil´ıstica.

Figura 3.20: Mapa contendo a localiza¸c˜ao das regi˜oes enumeradas.

Projetou-se dois distintos modos de aplica¸c˜ao para avaliar a capacidade de refino que os modelos propostos possuem. Um deles, considerou a calibra¸c˜ao em um hor´ario espec´ıfico (12 UTC) e foi nomeado por aplica¸c˜ao “di´aria” e o outro, concentrou-se em calibrar sequencialmente ao longos das horas, nomeado por aplica¸c˜ao “hor´aria”.

Na aplica¸c˜ao “di´aria”, os modelos propostos conseguiram refinar as previs˜oes num´ericas de modo que os crit´erios de erro (rEQM e EAM), reduzissem. Os resultados mais significativos com rela¸c˜ao ao EAM, por exemplo, ocorreram nos meses de janeiro (ver˜ao), reduzindo de 2,2 para 0,75 (redu¸c˜ao de 66%), e outubro (primavera), de 2,6 para 1,2 (redu¸c˜ao de 53%) a partir do ajuste do modelo GOP dinˆamico. As previs˜oes pontuais e intervalares foram muito semelhantes entre os modelos propostos. Nenhum dos modelos se sobressaiu. Foi visto que, em geral, os modelos propostos conseguem diminuir medidas de erro. Contudo, de forma espec´ıfica, tiveram dificuldades em prever velocidade do vento ligeiramente mais altas (> 5 m/s). Isto pode ser justificado devido `a haver poucos registros nesta faixa de velocidade. Assim, at´e 5 m/s, os modelos propostos tiveram desempenho razo´avel.

Na aplica¸c˜ao “hor´aria”, observou-se que o rEQM e o EAM das previs˜oes do modelo num´erico Eta possuem certa periodicidade. Mesmo assim, os modelos propostos obtiveram resultados significativamente melhores do que o modelo Eta e conseguiram suavizar este efeito peri´odico. Pode-se citar como resultados relevantes a diminui¸c˜ao do EAM em janeiro (ver˜ao), de 3,4 para 0,75 (redu¸c˜ao de 78%), e em agosto (inverno) de 3,4

para 0,8 (redu¸c˜ao de 76%) a partir do ajuste do modelo GOP dinˆamico. Comparando o desempenho das previs˜oes probabil´ısticas entre os modelos propostos a partir do IS, os modelos espa¸co-temporais tˆem vantagem. Isto pode se dar ao fato de que o modelo espacial n˜ao ´e h´abil para lidar com os efeitos sazonais que este tipo de vari´avel cont´em impl´ıcito, mencionados na Se¸c˜ao1.2.5e ilustrados na Figura1.4. Outro ponto importante ´

e o fato de que o aumento do comprimento do per´ıodo de treinamento n˜ao prejudica a estima¸c˜ao dos parˆametros. Esta ´e uma discuss˜ao recorrente na literatura de p´os- processamento estat´ıstico (consulteRaftery et al.(2005);Gneiting et al.(2005) eGneiting

(2014)). Al´em disto, estes modelos conseguem lidar com efeitos sazonais de maneira intuitiva, sem custos adicionais. Nesta aplica¸c˜ao, nenhum dos modelos propostos teve dificuldade para prever velocidades mais altas (> 5 m/s).

Por fim, comparou-se o custo computacional de aplica¸c˜ao dos modelos. O modelo EMOS espa¸co-temporal, apesar de bons crit´erios, ´e demasiadamente custoso computacionalmente para este tipo de aplica¸c˜ao. Isto ocorre devido `a grande quantidade de parˆametros que necessitam de m´etodos computacionais intensivos para serem estimados, requerendo uma maior quantidade de itera¸c˜oes do algoritmo MCMC, como apresentado na Tabela 3.3. Al´em disto, como apontado pelas Figuras 3.5 e 3.13, a distribui¸c˜ao a posteriori de β1, parˆametro que representa a rela¸c˜ao dispers˜ao-proficiˆencia

(Se¸c˜ao 2.1.2) e ´e exclusivo da classe de modelos EMOS em geral, est´a distribu´ıda muito pr´oxima `a zero, implicando em uma n˜ao significˆancia. Uma poss´ıvel justifica `a essa irrelevˆancia pode ser dar dada pelo fato de que os membros do ensemble de previs˜oes num´ericas do modelo Eta mostram-se est´aveis, oscilando pouco, como apresentado na Figura 3.1, e consequentemente, retornam uma variˆancia amostral reduzida. Em contraponto, o modelo GOP dinˆamico chega a ser 2 vezes mais computacionalmente eficiente. Estruturado sob um MLD com covariˆancias estoc´asticas e aprendizado por descontos a partir de uma evolu¸c˜ao estoc´astica Beta-Gama, este modelo proposto conseguiu combinar qualidade de previs˜oes, conforme os crit´erios rEQM, EAM, ICW e IS, com um tempo computacional vi´avel para o tipo de aplica¸c˜ao operacional o qual, fora idealizado. Al´em disso, a possibilidade da varia¸c˜ao do parˆametro de variˆancia ao longo do tempo σ2

por quest˜oes de comparabilidade entre modelos, elucidadas na Se¸c˜ao 3.2, pode auxiliar em um melhor desempenho sem acarretar preju´ızos no tempo de processamento devido `

a sua estima¸c˜ao ser feita de forma sequencial. Assim, conclui-se que dentre os modelos propostos, o modelo GOP dinˆamico ´e o mais aconselh´avel para o p´os-processamento estat´ıstico operacional das previs˜oes do modelo num´erico Eta para a velocidade do vento a 10 m.

Cap´ıtulo 4

Considera¸c˜oes Finais e Trabalhos

Futuros

O presente estudo teve a finalidade de calibrar previs˜oes num´ericas fornecidas pelo modelo de mesoescala Eta para a velocidade do vento a 10 metros de altura em Minas Gerais. Devido a escala em que o modelo Eta trabalha, suas previs˜oes podem apresentar erros sistem´aticos quando deseja-se prever em locais espec´ıficos, como apontado pela Figura 1.3. Assim, propˆos-se modelos estat´ısticos que fa¸cam o p´os-processamento para campos meteorol´ogicos completos. Como inova¸c˜ao, adicionou-se a dinˆamica temporal aos modelos de p´os-processamento, em vista que, muitos fenˆomenos meteorol´ogicos evoluem ao longo do tempo com certa sazonalidade devido ao for¸camento solar e/ou esta¸c˜oes do ano. Al´em disso, utilizou-se a t´ecnica de aumento de dados (Tanner e Wong,

1987), para definir Processos Gaussianos latentes capazes de acomodar a “censura” da vari´avel meteorol´ogica de estudo. Desta forma, contornou-se a limita¸c˜ao do uso exclusivo de vari´aveis meteorol´ogicas com distribui¸c˜ao sim´etrica e com dom´ınio em R nos modelos de calibra¸c˜ao espacial, comentados na Se¸c˜ao2.2. A inser¸c˜ao deste procedimento, determinado por (2.7) e (2.8), na literatura do p´os-processamento estat´ıstico trar´a o advento de novas aplica¸c˜oes deste tipo (e.g. calibra¸c˜ao espacial da velocidade do vento e precipita¸c˜ao).

Os modelos de p´os-processamento propostos, nomeados por, GOP dinˆamico (Se¸c˜ao

Lineares Dinˆamicos Bayesianos (MLD, West e Harrison, 1997). Ambos tˆem como base o modelo MOS (Se¸c˜ao 2.1.1; Glahn e Lowry, 1972) o qual, foi primordial para o desenvolvimento das sucessoras vers˜oes. Outros m´etodos de p´os-processamento usuais n˜ao foram utilizados no presente trabalho devido `a quest˜oes t´ecnicas e pr´aticas espec´ıficas como, por exemplo, o modelo MOC (Mao et al., 1999), o qual sup˜oe que os erros sistem´aticos s˜ao Normalmente distribu´ıdos, quando, na pr´atica, n˜ao s˜ao, principalmente em vari´aveis com distribui¸c˜ao assim´etrica, como discuteLange(2005), e, ocasionalmente, este modelo pode resultar valores negativos para a previs˜ao da velocidade do vento, sendo necess´ario a anexa¸c˜ao de um truncamento determin´ıstico nas previs˜oes. O modelo Bayesian Model Average (BMA,Raftery et al.,2005), detalhado no ApˆendiceA, juntamente com sua extens˜ao temporal Dynamic Model Average (DMA, Raftery et al.,

2010) n˜ao foram utilizados por´em, s˜ao de interesse para investiga¸c˜oes futuras. Embora o DMA n˜ao tenha sido aplicado no contexto do p´os-processamento estat´ıstico de previs˜oes num´ericas de vari´aveis meteorol´ogicas, ´e um modelo de mesma natureza dos que foram propostos neste trabalho. No entanto, encaixar as devidas adapta¸c˜oes para vari´aveis assim´etricas seria computacionalmente custoso para a estima¸c˜ao dos parˆametros desta classe de modelos. Al´em disso, o BMA e seus derivados s˜ao indicados para quando se possui um superensemble, i.e., um ensemble composto por ensembles de distintos

modelos num´ericos, em vista que, os membros de um mesmo ensemble podem ser

altamente correlacionados, diferindo pouco entre si, como ocorreu na aplica¸c˜ao espec´ıfica deste trabalho, elucidado na Figura 3.1. Ainda sobre os modelos propostos, foram desenvolvidos com o princ´ıpio de genericidade, aplic´avel em diferentes tipos de vari´aveis num´ericas cont´ınuas positivas ou com dom´ınio definido em R. As exce¸c˜oes s˜ao fenˆomenos meteorol´ogicos que s˜ao medidos em graus (e.g. dire¸c˜ao do vento) e que est˜ao definidos em um intervalo fechado (e.g. umidade relativa do ar), requerendo transforma¸c˜oes espec´ıficas. Ademais, contemplam covari´aveis auxiliares e permitem a calibra¸c˜ao para locais espec´ıficos ou para todo o campo meteorol´ogico de estudo.

Com respeito aos resultados obtidos, os modelos espa¸co-temporais propostos apresentaram vantagem na aplica¸c˜ao que dispunha de um efeito sazonal definido, com os resultados exibidos na Se¸c˜ao 3.4.2, em compara¸c˜ao com o modelo espacial proposto.

Quando este efeito n˜ao est´a presente, como na aplica¸c˜ao apresentada na Se¸c˜ao 3.4.1, n˜ao h´a diferen¸cas significativas de resultados entre os modelos mais robustos com o que possui somente a componente espacial. Indicando que, de fato, os modelos espa¸co- temporais beneficiaram-se da sazonalidade intr´ınseca da vari´avel de estudo. Os modelos propostos mostraram-se h´abeis na aplica¸c˜ao que considera o tempo em horas com rela¸c˜ao ao fornecimento de previs˜oes de velocidades mais altas (> 5 m/s) em vista que, ocorrem com pouca frequˆencia.

Um grande limitador de desempenho dos modelos de p´os-processamento propostos foi a ausˆencia de informa¸c˜oes locais mais detalhadas (e.g. relevo, orografia e rugosidade), fazendo com que fosse necess´ario o uso de uma componente autorregressiva, limitando largamente o horizonte de previs˜ao. Em geral, os modelos de calibra¸c˜ao trabalham em previs˜oes de longo prazo diferentemente de como fora empregado neste trabalho devido `as restri¸c˜oes de desempenho demonstradas na Tabela 3.2. A velocidade do vento a 10 metros de altura do solo mostrou-se demasiadamente inst´avel, sendo fortemente influenciada por aspectos de microescala (e.g. proximidade com corpos d’´agua e com ´

areas urbanas; Warner, 2010) os quais, se levados em considera¸c˜ao, presumivelmente, beneficiar˜ao a qualidade da calibra¸c˜ao. Em vista que o Estado de Minas Gerais possui um relevo bastante acidentado (Amarante et al., 2010) em uma ´area de 586.852,35 km2

(Minas Gerais, 2018), restringir a regi˜ao de aplica¸c˜ao para locais com caracter´ısticas topogr´aficas semelhantes pode auxiliar em uma estima¸c˜ao mais fidedigna dos efeitos espaciais.

Por fim, pretende-se estender a aplica¸c˜ao dos modelos de p´os-processamento propostos no presente trabalho para outras vari´aveis meteorol´ogicas, independente da simetria da distribui¸c˜ao (e.g. precipita¸c˜ao, temperatura de superf´ıcie (2 m), press˜ao atmosf´erica e velocidade do vento em outras altitudes), e compar´a-los com os existentes na literatura em contextos admitidos por estes.

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Apˆendice A

Outros Modelos de

P´os-Processamento Estat´ıstico

A.1

Bayesian Model Average

O m´etodo Bayesian Model Average (BMA, Raftery et al., 1997) ´e uma abordagem Bayesiana para combinar modelos estat´ısticos concorrentes e possui uma ampla aplica¸c˜ao nas ciˆencias sociais e da sa´ude. Sua vantagem em rela¸c˜ao a outras t´ecnicas, como a an´alise de regress˜ao convencional, ´e a pondera¸c˜ao de m´ultiplos modelos, n˜ao considerando um ´

unico modelo como o melhor. Suponha M = {M1, ..., Mm} um conjunto discreto e finito

de modelos dispon´ıveis, ent˜ao, a distribui¸c˜ao a posteriori da vari´avel de interesse Y dado o conjunto de dados D ´e: p(Y |D) = m X k=1 p(Y |Mk, D)P (Mk|D). (A.1)

Em suma, o BMA ´e a distribui¸c˜ao de mistura resultante da m´edia das distribui¸c˜oes a posteriori de Y dado cada modelo Mk ponderada pela probabilidade a posteriori dos

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