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2 A CRISE AMBIENTAL: ENFOQUE NAS VISÕES SISTÊMICA E COMPLEXA

2.1 A CRISE HÍDRICA: DO GLOBAL AO LOCAL

2.1.2 Conferências e fóruns internacionais e a discussão da água como

O reconhecimento da existência de uma crise ambiental em âmbito global, ocorrido no período posterior à Segunda Guerra Mundial, mobilizou a ONU para a realização das primeiras conferências com inserção da temática como destaque. Os problemas relacionados à água entraram em discussão no conjunto de temas prioritários abordados na Conferência de Estocolmo, em 1972, com ênfase nos processos de degradação, que já a estavam afetando nas dimensões qualitativa e quantitativa (LE PRESTRE, 2005). A partir de então, a questão passaria a ocupar um espaço de maior destaque, culminando com o primeiro evento específico, realizado em 1977 na cidade de Mar del Prata, Argentina. A Conferência das Nações Unidas sobre Água reuniu um grande contingente de países exclusivamente em torno da discussão do tema (CAPRILES, 2003; MARINHO; MORETTI, 2017; RIBEIRO, 2008; VARGAS, 2000).

A conferência de Mar del Plata teve como desdobramento uma série de compromissos que deveriam ser transformados em ações para a prevenção de uma crise que poderia, dentre tantos prejuízos, comprometer o abastecimento humano. Uma das metas estabelecidas seria levar água e saneamento básico a todos os habitantes do planeta, até o final da década de 1980, estabelecida no evento como "Década Internacional do Fornecimento da Água Potável e do Saneamento", que acabou fracassando (RIBEIRO, 2008). A premissa dessa meta presente no relatório da conferência, conforme Vargas (2000), era de que a nenhum povo poderia ser negado o direito à água potável em quantidade e qualidade, a despeito de sua realidade socioeconômica e seu processo de desenvolvimento.

Passados 15 anos, uma nova conferência mobilizaria a temática, em Dublin, na Irlanda, a Conferência Internacional sobre a Água e Meio Ambiente. Realizada alguns meses antes da ECO-92, no Rio de Janeiro, esta teria como resultado um plano de ação, com base em quatro princípios, que consubstanciaram a Declaração de Dublin: i) a água, um bem finito e vulnerável, fundamental para as condições de vida, do desenvolvimento humano e do equilibro ecossistêmico; ii) a

promoção da gestão hídrica com a participação de todos os atores, envolvendo governos, sociedade civil, usuários, contemplando todos os níveos, do local ao global; iii) a mulher teria um papel de salvaguarda da água, devendo ser inserida nos processos de gestão para participar ativamente na tomada de decisão; iv) o reconhecimento do valor econômico da água, para reorientar o seu uso de forma equitativa (CAPRILES, 2003; MARINHO; MORETTI, 2017; RIBEIRO, 2008).

A conferência de Dublin acabou ganhando caráter preparatório à Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento e Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, incluindo entre seus temas principais a água e desenvolvimento. Sua realização foi considerada um marco na história ambiental, tomando-se por base algumas questões, dentre elas o reconhecimento de que a redução da pobreza e de doenças estaria diretamente vinculada à questão da água. E também a necessidade protetiva e preventiva em relação aos desastres naturais e promoção do desenvolvimento urbano sustentável (CAPRILES, 2003).

Por outro lado, um dos princípios orientadores do documento de Dublin, o referente à dotação de valor econômico à água como forma de protegê-la, foi visto com reservas. O argumento de que essa concepção transferiria o poder de valoração às dinâmicas de mercado foi um dos aspectos levantados, além do fato de que o uso racional por parte das pessoas deveria ser alcançado por meio de uma coerção, pelo mecanismo de cobrança, e não pela sensibilização promovida pela educação (RIBEIRO, 2008). Além disso, o acesso à água tornar-se-ia ainda mais difícil às populações pobres, considerando a obrigatoriedade de pagamento pela satisfação de uma necessidade básica humana (OLIVEIRA; CARVALHAL, 2012; RIBEIRO, 2008).

A questão hídrica voltaria, então, à atenção global na Conferência do Rio de Janeiro, meses mais tarde, tendo a temática “Água e Desenvolvimento” espaço privilegiado de discussão durante a programação. Neste contexto, foram reforçadas as recomendações à promoção de políticas públicas por parte dos governos voltadas ao objeto, as quais constam no capítulo 18 da Agenda 21 Global, um dos documentos produzidos no evento (MARINHO; MORETTI, 2017). A gestão integrada dos recursos hídricos, contemplando também a sua proteção no tocante à qualidade da água e dos ecossistemas aquáticos foi enfatizada. Da mesma forma, outros aspectos como o:

[...] abastecimento de água potável e saneamento; água e desenvolvimento urbano sustentável; água para produção sustentável de alimentos e desenvolvimento rural sustentável; impactos da mudança do clima sobre os recursos hídricos (MMA, 1992, p. 227-228).

As discussões em torno do problema dos recursos hídricos, no âmbito de conferências específicas, foram retomadas em Paris, em 1998, com a realização da Conferência sobre a Água e Desenvolvimento Sustentável. Nesta edição, a importância da participação das minorias e o papel das ONGs nos processos de gestão da água receberam destaque (VEIGA, 2007), incluindo as instituições locais, de forma democrática e transparente, sendo considerado como um importante avanço. Sobretudo, ao gerar uma declaração ministerial e um plano de ação voltados ao aprimoramento dos conhecimentos acerca da temática, contemplando igualmente investimento tanto à formação de recursos humanos como institucionais. O documento também contemplou diretrizes para a promoção sustentável da gestão hídrica, apontando possibilidades de estratégias, além de reforçar a opção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento territorial e gestão (RIBEIRO, 2008).

Ainda dentro do âmbito das conferências internacionais, já em meio ao desdobrar de edições do Fórum Mundial da Água, a ser contextualizado nesta sequência, a comunidade internacional participaria da Conferência Internacional Sobre Água Potável, no ano de 2001, em Bonn, Alemanha. Conhecido como “Dublin+10”, o evento contou com uma consulta pública preliminar mundial por meio da internet, e incluiu múltiplos segmentos da sociedade dos diversos países, de técnicos, empresários e representantes governamentais a sindicatos, lideranças dos povos indígenas e de ONGs, juntamente com tomadores de decisão. A participação plural teria sido o seu ponto alto, pela introdução de uma agenda marcada pelo diálogo amplo (FRANCO, 2002).

As contínuas discussões acerca da questão hídrica em âmbito internacional conduziram o tema a tal dimensão de relevância pela popularidade alcançada que ainda na década de 1990 criou-se um novo espaço, com a constituição do Fórum Mundial da Água (FMA). Este foi concebido pelo Conselho Mundial de Recursos Hídricos – World Water Council (WWC) para, a cada três anos, reunir diversos atores envolvidos com o tema na busca de soluções conjuntas. (BARBAN, 2009; MARINHO; MORETTI, 2017; ZORZI; TURATTI; MAZZARINO, 2016). Desde 1997 já foram realizados oito edições, começando por Marakesh,

Marrocos; Haia, Holanda (2000); Quioto, Japão (2003); Cidade do México, México (2006); Istambul, Turquia (2009); Marselha, França (2012); Daegu e Gyeongju, Coréia do Sul (2015), e no ano de 2018, no Brasil, em Brasília (FMA, 2018).

Fundado em 1996 e com sede permanente em Marselha, o WWC abrange cerca de 400 instituições provenientes de 70 países, integrando representantes de governos, da academia, sociedade civil, de empresas e organizações não governamentais. Seu objetivo, ao idealizar o fórum, foi fomentar discussões dialógicas em torno de processos decisórios a respeito dos recursos hídricos com ênfase na sustentabilidade de uso destes. A estratégia a ser empreendida seria a adoção de uma metodologia participativa para contemplar um conjunto de atores vinculados aos diferentes setores, propondo-se a garantir um processo de discussão democrático (FMA, 2018).

Em suas oito edições, indicadas na Figura 4, a seguir, o fórum teve como temáticas centrais “Um olhar para a água, a vida e ao ambiente” (1997), “Da Visão à Ação” (2000), “O Fórum como a diferença” (2003), “Ações locais para uma mudança global” (2006), “Superando divisões de água (2009); “Tempo de soluções” (2012), “ Água para o nosso Futuro” (2015) e “Compartilhando água” (2018) (FMA, 2018). As discussões, dentre tantas temáticas, abrangeram questões prioritárias, relacionadas a desafios como a superação da falta de saneamento básico, como forma de garantir a todos o acesso à água em qualidade e quantidade em todas as regiões do planeta. Outro importante aspecto é a falta de efetividade das políticas para a gestão compartilhada, participativa, transparente e capaz de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos (ZORZI; TURATTI; MAZZARINO, 2016).

Figura 4 - Distribuição geográfica das sedes das oito edições do FMA

Fonte: FMA (2018).

A construção de uma governança para a gestão dos recursos hídricos que garanta sua disponibilidade para todos, sob um enfoque de sustentabilidade, é um discurso recorrente nos debates sobre o tema em eventos gerais e, sobretudo, nos fóruns mundiais. Da mesma forma, a defesa de valoração econômica da água, por representantes do setor privado vem sendo sinalizada como meio para a preservação dos mananciais hídricos em âmbito internacional (SILVA et al., 2012; SILVA; CUNHA; KRINSKI, 2016). Nesta direção, o WWC tem contado com o apoio do Banco Mundial para a realização dos fóruns e aproximação do setor governamental com investidores privados, buscando estimular a parceria público- privada para a gestão da água (MARINHO; MORETTI, 2016).

A realização dos fóruns, segundo Werneck (2018), constitui-se como uma plataforma de discussão acerca da temática água, participativa e democrática, com o objetivo de debater e garantir influência nos processos decisórios sobre recursos hídricos. Indo em outro viés, no entanto, Barlow (2015, p. 37-40) afirma que:

[...] teoricamente, eles existem para facilitar o diálogo entre os vários depositários e proporcionar uma administração mais sustentável dos recursos de água. Mas um olhar mais minucioso revela que eles promovem a privatização e a exportação de recursos e serviços de água por meio de vínculos estreitos com corporações de água e instituições financeiras globais.

Desta forma, o pleito de privatização de serviços de saneamento básico, incluindo a água, manifestado por setores do mercado, tem sido o elemento central à

resistência de representantes de ONGs, do segmento acadêmico, dos povos tradicionais e movimentos sociais em relação às articulações do Fórum Mundial da Água. Barban (2009), Malvezzi (2006), Martins (2018) e Mattos, Alves e Grion (2018) destacam o conflito de interesses envolvendo membros representantes do WWC, vinculados ao mercado da água, que interferem nas discussões orientados para um consenso em torno de ações privatizantes, vindo de encontro ao interesse coletivo. Estes representam as grandes corporações, já conhecidas como ‘os barões da água’, que comandam os serviços de água em locais de escassez (BARLOW; CLARKE, 2003; PINTO, 2017).

A tese de privatização da água contrasta flagrantemente com o seu significado como um bem coletivo e um direito humano (BARBAN, 2009; ZORZI, TURATTI, MAZZARINO, 2016). Sua defesa traz como estratégia a argumentação conservacionista do meio ambiente, sob a lógica neoliberal, tendo por de trás o interesse do crescimento econômico (MARINHO; MORETTI, 2017). Alia-se a esse discurso o argumento da falta de recursos financeiros por parte do setor público para a implementação de ações voltadas à gestão hídrica, como a ampliação ou universalização dos serviços de água e esgoto, ao passo que os grupos privados seriam a melhor opção para tornar o processo eficiente (DI MAURO, 2014).

Num contexto de interesses conflitantes no que concerne às soluções para a atual crise hídrica global, importa trazer neste subcapítulo, mesmo que resumidamente, alguns dos resultados do 8º Fórum Mundial da Água, realizado entre 18 e 23 de março de 2018, em Brasília. Cumprindo um protocolo habitual em sua oitava edição e primeira no hemisfério sul, o FMA deliberou, no conjunto de seus documentos, a Declaração Ministerial, com os resultados dos debates. Essa reforça a urgência na promoção de políticas nacionais ao combate do déficit de saneamento e acesso à água, necessidade comum a todos os fóruns anteriores. Manifesta igualmente o reconhecimento do papel da ONU como promotora da cooperação internacional em torno dos recursos hídricos, destacando a Agenda 2030, especialmente o item 6 dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), cujo teor recai sobre a temática hídrica (ONU, 2015). E recomenda, em meio a tantos outros aspectos, a mobilização de recursos financeiros a serem dotados para a gestão integrada dos recursos hídricos, com maior ênfase nos países em desenvolvimento (MATTOS; ALVES; GRION, 2018; FMA, 2018).

Entre os apontamentos feitos no final do FMA, Mattos, Alves e Grion (2018) destacam como crucial a questão de financiamento para a efetivação da gestão hídrica nos territórios. Sobre esse quesito, alertam que a tendência à incorporação desse processo por entes privados ganha evidência ao considerarem a falta de clareza e explicitação no documento. Conforme os autores Mattos, Alves e Grion (2018, p. 16), a Declaração Ministerial do FMA:

[...] não deixa claro qual o tipo de financiamento será direcionado para iniciativas de gestão dos recursos hídricos, abrindo margem para uma ampliação da participação do setor privado, abrindo margem para ampliação das concessões e privatizações do serviço.

Na contramão da agenda oficial estabelecida pelo WWC com a realização do FMA, povos tradicionais, movimentos sociais, organizações não governamentais e ativistas vêm realizando o Fórum Alternativo Mundial da Água, FAMA. A iniciativa é desenvolvida no mesmo período do FMA, com edições ocorridas nos anos de 2006, 2012, 2015 e 2018, tendo como principal bandeira de luta a resistência contra a privatização da água e a manutenção do seu caráter de direito fundamental e que, portanto, não deve ser transformado em mercadoria. O fórum alternativo também questiona a legitimidade do fórum “oficial”, como espaço político responsável por promover as discussões e debates em relação à problemática hídrica em âmbito global (FAMA, 2018; MARTINS, 2018; MATTOS; ALVES; GRION, 2018).

Em sua edição de 2018, que reuniu em torno de 7 mil participantes, provenientes de diversos países, o FAMA debateu uma série de temáticas, orientadas pelo slogan “A água é um direito e não uma mercadoria”. Como síntese, produziu sua Declaração Final, assinada por 36 organizações, apresentando o contexto histórico contemporâneo no qual o modelo de produção capitalista é considerado como o principal indutor da economia em nível global. Para tanto, tem o suporte de corporações, cujo objetivo é estabelecer controle sobre a água para privatizá-la, mercantilizá-la e assumir sobre ela a titularidade. Tal perspectiva, se instaurada em escala global, poderá acarretar o agravamento dos problemas socioambientais, contribuindo para o fomento ainda maior das desigualdades (FAMA, 2018; MATTOS; ALVES; GRION, 2018).

Colocando-se, portanto, numa posição antagônica ao FMA, o fórum alternativo mostrou-se com escopo muito claro, indo de encontro à concepção que

compreende a privatização como solução para a questão. Por essa razão, seus representantes, conforme Martins (2018), Mattos, Alves e Grion (2018), sustentam a defesa da água como um bem comum, de modo que os processos decisórios sobre o seu gerenciamento devam ocorrer com transparência e, sobretudo, sejam participativos, incluindo os mais diversos setores da sociedade, como forma de garantir a preservação da vida no planeta.

Evocando princípios que dão um sentido transcendente à água, dentre tantos outros aspectos, o documento do FAMA afirma que:

[...] as diversas lutas em defesa das águas dizem em alto e bom som que água não é e nem pode ser mercadoria. Não é recurso a ser apropriado, explorado e destruído para bom rendimento dos negócios. Água é um bem comum e deve ser preservada e gerida pelos povos para as necessidades da vida, garantindo sua reprodução e perpetuação. Por isso, nosso projeto para as águas tem na democracia um pilar fundamental. É só por meio de processos verdadeiramente democráticos, que superem a manipulação da mídia e do dinheiro, que os povos podem construir o poder popular, o controle social e o cuidado sobre as águas, afirmando seus saberes, tradições e culturas em oposição ao projeto autoritário, egoísta e destrutivo do capital (FAMA, 2018, p. 5).

Da mesma forma, a declaração final do FAMA destaca que a concentração e centralização de riqueza e poder, características próprias do capitalismo, são expedientes para acumular e intensificar seus mecanismos de exploração do trabalho e ampliação da sua apropriação sobre os recursos naturais, comprometendo os modos de vida tradicionais (MARTINS, 2018). E também chama a atenção para o atual momento de crise do sistema capitalista e de seu modelo político, fundamentado pela ideologia neoliberal, “[...] na qual se busca intensificar a transformação dos bens comuns em mercadoria, através de processos de privatização, precificação e financeirização” (FAMA, 2018, p. 1).

A estratégia neoliberal, para conformação dos interesses do capitalismo, usa o conceito de ‘escassez de recursos’ como forma de respaldar moral e politicamente uma nova configuração institucional, o que justificaria a apropriação e mercantilização da água. Em tal perspectiva, tratar-se a escassez como indução a um novo marco regulatório dos recursos hídricos não é algo nada casual ou gratuito (IORIS, 2009). Ao contrário, segundo Ioris (2009, p. 34):

[...] permite que toda uma racionalidade de viés ainda mais explicitamente capitalista seja sobreposta aos procedimentos de uso e conservação (trata- se da transição do recurso hídrico como mero repositório de ‘valor de uso’ para detentor, em si mesmo, de ‘valor de troca’).

Assim, o caráter econômico da água tem sido reforçado ao longo dos fóruns e conferências internacionais, como relatam Petrella (2002) e Silva, Cunha e Krinski (2016), fazendo parte do teor dos documentos produzidos nestes. Não se trata, portanto, de algo novo, num processo que vem sendo incorporado como política pelos governos, com o apoio do Banco Mundial (SILVA; CUNHA; KRINSKI, 2016). Apelando-se para o sentido de escassez, como supramencionado, confere-se à água como “[...] um recurso econômico escasso, um bem vital econômico e social. Como petróleo ou qualquer outro recurso natural, deve ser submetido às leis do mercado e aberto à livre competição” (PETRELLA, 2002, p. 51). O nivelamento dos recursos hídricos com os demais, por sua vez, faz parte de uma lógica que busca influenciar governos na gestão do patrimônio hídrico em seus países numa perspectiva mercantil, de modo a torná-la como um processo normal e aceito nestes com naturalidade (SILVA; CUNHA; KRINSKI, 2016).

As discussões e experiências internacionais acerca da gestão de recursos hídricos tiveram influência direta no modelo implementado no Brasil e suas bases legais, sobre as quais se discorre a seguir.