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No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos fi-nanceiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7, e utilizado pela EDA

A EDA aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ati-vos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado. Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mer-cado, para os quais a EDA utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7, no entanto a EDA não o utiliza.

k) Inventários

Os inventários referem-se a materiais utilizados nas atividades internas de manutenção e conservação e na comercialização de telemóveis e acessórios, bem como combustíveis uti-lizados na produção de energia termoelétrica.

Os inventários são mensurados ao custo de aquisição, o qual inclui todos os custos de com-pra, custos de transformação e outros custos incorridos para colocar os inventários no local e condição necessária para o seu uso/consumo.

Os inventários são reduzidos por imparidade quando apresentam sinais de obsolescência técnica ou quando os equipamentos a que se referem são descontinuados.

O método de custeio utilizado é o custo médio ponderado.

l) Clientes e outras contas a receber

As rubricas de Clientes e outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamen-tos por imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade dos clientes e outras contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identifi-cadas são registadas na demonstração do rendimento integral, em Imparidade de contas a receber, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de impa-ridade diminuam ou deixem de existir.

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m) Caixa e equivalentes de caixa

O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses, e descobertos ban-cários. Os descobertos bancários são apresentados na Demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos obtidos, e são considerados na elaboração da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, como parte do valor de Caixa e equivalentes de caixa.

n) Capital social

O capital social apresentado corresponde ao capital social subscrito e realizado à data do relato financeiro.

As ações próprias são registadas ao custo de aquisição, se a compra for efetuada à vista, ou ao justo valor estimado se a compra for diferida. De acordo com o Código das sociedades comerciais a EDA tem de garantir a cada momento a existência de reservas no Capital pró-prio para cobertura do valor das ações próprias, limitando o valor das reservas a disponíveis para distribuição.

o) Passivos financeiros

A IAS 39 prevê a classificação dos passivos financeiros em duas categorias: i) Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados;

ii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros incluem Empréstimos obtidos (Nota 3p)) e Fornecedores e outras contas a pagar. Os fornecedores e outras contas a pagar são reconhecidos inicial-mente ao justo valor e subsequenteinicial-mente são mensurados ao custo amortizado de acordo com a taxa de juro efetiva.

Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extin-guem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.

p) Empréstimos obtidos

Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido dos custos de transação incorridos. Os financiamentos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração do rendimento integral consolidado ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa de juro efetiva.

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Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se a EDA possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro, sendo neste caso classificados no passivo não corrente.

q) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na Demonstração do rendimento integral, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios.

Imposto corrente

O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impos-tos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autónoma dos Açores a taxa a aplicar para a determinação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas é reduzida em 30%, correspondendo a uma taxa efetiva de 17,5%. Como estabelecido na lei das Finanças Locais, as empresas que integram o perímetro de consolidação estão sujeitas à derrama fixada pelos Municípios até ao mon-tante máximo de 1,5% do lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Foi ainda considerada a derrama estadual (2,5%) aprovada pela Lei nº 1-A/2010, aplicada às empresas com lucro tributável superior a 2.000.000 euros.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e corre-ção por parte da administracorre-ção fiscal durante um período de 4 anos.

Imposto diferido

Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base na De-monstração da posição financeira, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores contabilísticos nas de-monstrações financeiras.

Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficial-mente comunicada à data do balanço, e que se estima seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data da liquidação dos impostos diferidos passivos.

r) Benefícios aos empregados

A EDA concede benefícios pós-emprego aos seus empregados sob a forma de: i) plano de complemento de pensões de reforma aos empregados admitidos até 31 de Dezembro de 2002 (o qual inclui o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública ao

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seu serviço e reformados até Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço a si prestados); e ii) plano de contribuição definida para os empregados admitidos a partir de 1 de Janeiro de 2003.

As empresas do Grupo EDA, a SOGEO, a EEG e a SEGMA aderiram ao fundo de contribuição definida da EDA, a Futuro +, em Novembro de 2007 e inclui todos os empregados efetivos que não estejam abrangidos por qualquer um dos planos de benefício definido.

i) Plano de benefícios definidos da Electricidade dos Açores, S.A.

Os complementos de reforma atribuídos aos empregados constituem um plano de bene-fícios definidos, com fundo autónomo constituído junto da BANIF Pensões, para o qual são transferidas a totalidade das responsabilidades e entregues as dotações necessárias para cobrir os respetivos encargos que se vão vencendo em cada um dos períodos. A respon-sabilidade com o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública que prestaram serviço à EDA e foram reformados até 30 de Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço prestados à EDA, constituem uma responsabilidade equiparável a um benefício definido, para o qual não existe um fundo autónomo constituído, reconhecendo a EDA uma provisão nas suas demonstrações financeiras.

As responsabilidades com o pagamento das referidas contribuições são estimadas anual-mente por atuários independentes, sendo utilizado o método do crédito da unidade pro-jetada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de rating elevado denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com uma maturidade que se aproxima das da responsabilidade assumida.

O passivo reconhecido na Demonstração da posição financeira relativamente a responsabi-lidades com benefícios de reforma, corresponde ao valor presente da obrigação do bene-fício determinado à data do relato financeiro, deduzido do justo valor dos ativos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a custos de serviços passados, quando aplicável. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajustamentos de experiência e alterações aos pressupostos acima do maior valor entre 10% do valor dos ativos do plano ou 10% das responsabilidades são registados nos resultados do período, ao longo do período médio remanescente de vida de trabalho.

ii) Plano de contribuição definida

O plano de contribuição definida denominado por Futuro+ é gerido pela BPI pensões. A EDA foi a primeira entidade a constituir este fundo em Dezembro de 2005, com efeitos retroativos a 1 de Janeiro de 2003 para todos os empregados da EDA admitidos após essa data. Em Novembro de 2007, aderiram a este fundo as empresas do Grupo a SOGEO, a EEG e a SEGMA, abrangendo todos os seus empregados efetivos à data.

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