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CIDADÃOS GENETICAMENTE INFORMADOS: GENES E IDENTIDADES

O início do século XXI foi marcado por um amplo debate em torno das novas descobertas genéticas e sua influência na vida das pessoas, transformando-se em um campo de disputa em que estão presentes elementos biológicos, históricos, sociais e políticos. No Brasil, torna-se pública a pesquisa “Retrato Molecular do Brasil” que teve como objetivo buscar as origens genéticas dos brasileiros a partir do sequenciamento de partes do DNA mitocrondrial e do cromossomo Y. O estudo mostrou que pessoas consideradas (autoclassificadas) como brancas possuíam carga genética (adquirida da mãe) de índios e pretos, muito mais do que de brancos. O geneticista Sérgio Pena, com o resultado da pesquisa, afirmava em jornais “que não existem brancos no Brasil” que somos uma grande mistura racial, fruto da mistura gênica entre ameríndios, europeus e africanos, gerando o Homo brasilis. Divulgada em plena efervescência das discussões sobre implantação de políticas afirmativas, a pesquisa, para uns, reforçava o mito da democracia racial e, para outros, era a prova biológica do que o pensamento social brasileiro há tempos afirmava: somos um povo, uma nação miscigenada.

A era genômica enterraria definitivamente a ideia de raça biológica (PENA, 2002), o mundo estava caminhando cada vez mais para uma humanidade sem raça, ou, com afirmou Gilroy (2007), a genômica gerou uma crise na raciologia, e, neste contexto, raça tornar-se-ia menos significativa. As relações entre seres humanos e natureza são reconstruídas pelo impacto da revolução do DNA e dos desenvolvimentos tecnológicos que a impulsionam. O genoma pode reificar a ideia de raça, mas também pode ser um elemento que aponte para uma superação da raça, anunciando uma era pós-raça, em que os pressupostos que a identificavam são reformulados (GILROY, 2007; RABINOW, 1999).

Neste contexto, ideias de raça pautadas em fenótipos são substituídas por ideia baseadas no “gene”, no não visto (HARAWAY, 2000). O gene ganha grandes proporções nos dias atuais quando tudo, ou quase tudo, pode ser explicado pela leitura do código genético, a nova chave para os segredos da vida, a esperança da caixa de Pandora128. Nesta pesquisa,

128Em uma das versões do mito grego a caixa de Pandora quando aberta traria muitas desgraças, mas a deusa

conseguiu guardar a esperança e por séculos permaneceu como uma promessa de dias melhores para os homens.

todas as pessoas entrevistadas acreditam que os avanços da genética podem trazer melhorias para a saúde dos falciformes.

Seria tão bom, assim, né! Se essas pesquisas encontrassem logo a cura para gente. O governo deveria mesmo investir nisso. Tanta roubalheira e a gente aqui, ainda sofrendo. Queria que essas pesquisas pudessem salvar mais vidas. Mas, assim, que não ultrapassem o designo de Deus, né! Mas, o homem é muito inteligente né! Pode ser que daqui a alguns anos isso aconteça (Pérola, 2011).

No Brasil, é nítido o aumento de pesquisas que abordam o campo da genética e da raça, principalmente no campo da genética de populações. Santos e Maio (2002) apontam que, desde a década de 50 do século XX, a genética experimentou notável expansão no Brasil, mas é na segunda metade deste século que emergem pesquisas sobre dinâmicas gênicas em situações de “mistura racial”. Os atuais estudos da nova genética sobre o Homo brasilis seriam uma continuidade de trabalhos outrora desenvolvidos por geneticista brasileiros nas décadas de 1960 e 70, utilizando marcadores genéticos clássicos como grupo sanguíneos (Rh) e proteína séricas (Gm).

Em disputas estão às interpretações sobre sistemas classificatórios no Brasil baseado, segundo Nogueira (1955), entre a marca (cor) e a origem (ancestralidade/ biológica). Por essa lógica, pensando nas políticas públicas para pessoa com falciforme, o que estaria em jogo é a ancestralidade, a origem africana da mutação gênica, o gene falciforme é africano, por isso a doença é prevalente entre negros e seus mestiços. A miscigenação volta à tona nas pesquisas sobre ancestralidade no âmbito internacional (RABINOW; ROSE, 2006) e nacional. Em 2011, o livro Racial Identities, Genetics Ancestry, And Health In South America: Argentina, Brazil, Colombia, and Uruguay, organizado por Sahra Gibbon, Ricardo Ventura Santos e Mónica Sans, objetiva discutir a importância das pesquisas sobre “mistura genética”, no campo da saúde, ancestralidade e identidades étnicas raciais.

A América do Sul fornece um cenário singular para examinar as pesquisas sobre genética de populações, seja pela questão da chamada “miscigenação racial”, pela presença variada de doenças ou pelas diferentes condições do meio. Nesse sentido, a região não apenas apresentaria um significado importante para o estudo sobre a heterogeneidade genética e a questão da identidade racial, como também para o mapeamento e identificação da

suscetibilidade gênica a determinadas doenças, o desenvolvimento de

farmacogenéticos e a melhor compreensão sobre a interação entre a contribuição biológica e do meio para a ocorrência de doenças e a respostas a certos medicamentos. (SOUZA, 2012, p.01, grifo nosso)

Nesse sentido, espera-se que, num futuro próximo, os bônus das descobertas genômicas possam contribuir para melhoria de vidas de milhares de pessoas que, de um modo ou de outro, são acometidos por doenças genéticas. No caso da doença falciforme, é uma necessidade, uma vez que, a cada dia, aumenta o número de pessoas diagnosticadas através da triagem neonatal. O cuidado em saúde dessas pessoas passa pela dimensão sociocultural, e o aconselhamento genético assume papel relevante no processo de comunicação, de tradução da condição genética e suas consequências para vida das pessoas. Se em pouco mais de uma década de implementação da triagem neonatal, o número de pessoas identificadas com traço e doença falciforme aumentou consideravelmente, imaginemos daqui a 20, 30 anos. Apesar das falhas, a triagem, cada vez mais, tende a ser realizada em todo território nacional e, se o AG/orientação é uma das garantias do programa, então, é preciso repensar essa prática.

A estratégia de expandir o AG/orientação delegando a outros profissionais de saúde a responsabilidade por esse serviço tem se mostrado problemática, para o caso da doença falciforme, tanto pelo desconhecimento dos profissionais diretamente envolvidos com o atendimento às pessoas com falciforme, como pela falta de recursos humanos, como mostrado nesta tese. Deixar esse serviço nas mãos de hematologistas sobrecarrega esses profissionais que já são responsáveis pelo atendimento de várias doenças hematológicas. Assim, compartilho com os estudos que vêm apontando a necessidade de criar a profissão de aconselhador genético ou, para melhor dizer, um “orientador/educador genético” nas unidades especializadas, uma vez que milhões de brasileirinho/as e seus familiares serão informados sobre a presença do gene falciforme em seus corpos.

O AG/orientação se configura como processo educativo e, como apontam as pesquisas, esse é um dos desafios para nova genética, traduzir a linguagem genética para as pessoas. Assim como em outros países, ter profissionais com formação nas áreas das ciências humanas e filosofia, ajudaria nesse processo comunicativo e, ampliaria o leque para a profissão. Ainda, como vem ocorrendo em outros países, o AG pode ser oferecido também por pessoas com condição genética alterada, o que aproximaria profissional e paciente por meio da experiência (HEATH; RAPP; TAUSSIG, 2004). Como venho apontando, o AG/orientação não se limita a repassar informações sobre probabilidades genéticas, origem das doenças e riscos reprodutivos, mas também informa sobre outras esferas da vida, como a identidade racial. Nesse sentido, uma boa compreensão das relações raciais no Brasil muniria os profissionais na compreensão dessa dimensão nas classificações das pessoas. A política brasileira de saúde para doença/traço falciforme tem se pautado em dimensões biológicas, o pertencimento étnico racial a partir da presença do gene falciforme, como em dimensões

sociais, quando utiliza dados do IBGE baseados na autoclassificação das pessoas para justificarem a necessidade de políticas públicas e o combate ao racismo. Exaltar a raça sem desmerecer a miscigenação tem sido uma alternativa viável para a política que, em avaliações recentes, aparece como uma das políticas com melhores resultados para aumento da sobrevida das pessoas com falciforme e melhor qualidade de vida.

Os resultados de um teste genético podem ser considerados como (bio)revelações (NETO; SANTOS, 2011). No campo da ancestralidade, as pesquisas (a cada dia cresce o número de empresas oferecendo teste de ancestralidade) têm demonstrado o quanto os fatores históricos e políticas têm contribuído para essas revelações, afinal, a antropologia já apontava que a interpretação é contextualizada e determinada histórica, cultural e politicamente. Pensando nos testes genéticos para doença e traço falciforme, a (bio)revelação, no aconselhamento/orientação genética, tem mostrado que, se o genoma humano, enquanto código, é único (universal), também tem mostrado que o gene (falciforme) é compartilhado (através da miscigenação) com milhares de pessoas em todo mundo, quer seja no passado (origem da mutação no continente africano), que no futuro, como cidadãos geneticamente informados e consciente de sua condição.

Nesse sentido, o gene falciforme formaria uma comunidade biossocial (RABINOW, 1999), em que, mesmo se reconhecendo o fator miscigenação, construir-se-ia um elo, um pertencimento à África (e para alguns uma negritude). Se o próprio teste é uma (bio)revelação, ele toma outras dimensões, quando interpretado e informado. Nesse processo (que se dá no AG), contam o contexto e os sujeitos envolvidos e não só uma realidade genética. Por isso, como mostrado nesta pesquisa, as revelações são diferentes para cada pessoa, assim como a importância delas em suas vidas. A genetização da vida é relativa e contextual.

Nessa grande comunidade, imaginemos o número de pessoas diagnosticadas através das triagens genéticas, incentivadas por organismos nacionais (Ministério da Saúde) e internacionais (OMS)129. Qual papel caberia às pessoas? Estariam elas ligadas por um gene? Isso fará diferenças em suas vidas? Essas são perguntas que, por enquanto, não há uma resposta. Mas, nesse labirinto biossocial, alguns caminhos indicam saídas por meio de uma cidadania genética, uma educação em genética. Como já apontava Oliveira (1995), a nova genética não pode ser abordada apenas como mais um tema da biologia, de maneira fria, distante da realidade. É preciso um olhar que forneça subsídios que favoreçam reflexões mais

129Existem várias comunidades de pessoas com falciforme na internet onde se compartilham experiências em

vários níveis.

amplas sobre os mecanismos de biopoder. Ou seja, uma alfabetização genética para a população.

Essa cidadania intensifica a inter-relação entre desenvolvimento de tecnologias genéticas, sociedade e construções de identidades, sendo este um conhecimento com potencial poder transformador para ações coletivas de determinados grupos sociais e, como recurso, para remediar injustiças historicamente produzidas. Nesse aspecto, as políticas de saúde para população, com ênfase na doença/traço falciforme, apresentam-se como uma ação política em busca de amenizar as injustiças sofridas pela população negra, e as associações de pessoas com falciforme (grupo biossocial) tiveram/têm participação efetiva. Como apontou Taussig (2009), apesar de se pregar a universalidade genômica, verifica-se que, sua compreensão e prática são localizadas. Nesse caminho, a história e o contexto sociocultural brasileiro, principalmente, no que se refere à saúde e as relações raciais, teve papel importante na compreensão da doença falciforme enquanto uma doença genética.

Como aponta Buchanan (2000), problemas éticos e morais sempre estarão presentes, quando o assunto é genética130, por isso aposta na inclusão da uma “ética de la intervención genética em uma empresa más amplia de teorização ética” (Ibid., p.13). É possível se ter igualdade de oportunidades baseada no gênero, na raça, na sexualidade, mas também numa condição genética, quando se pensa em uma atenção à saúde mais justa. Para o caso da doença falciforme, em que por enquanto, o que está em jogo não são intervenções genéticas complexas, mas a garantia de intervenções simples, como medicações e tratamentos, é possível pensar a partir de uma justiça genética inclusiva.

Com bem enfatizou Bruno Latour (2001), na ciência, não somente os homens estão imbuídos de historicidade, mas também o estão as coisas, objetos das investigações. Assim, o gene falciforme possui uma historicidade.

130

No campo dos estudos étnicos podemos citar com exemplo de conflitos o caso do resgate do sangue dos índios Yanomami, recolhido na década de 1960 no Brasil e na Venezuela; as disputas em torno da biopirataria; patrimônio genético de povos tradicionais.

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