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Mapa 17 Densidade de Linhas de ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo da Região

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta dissertação teve por objetivo principal compreender as relações entre a organização sócio-espacial e a mobilidade urbana, averiguando as limitações impostas à rede de atuação do Sistema de Transporte Público Coletivo Urbano, sendo sua aplicação direcionada à Região Metropolitana Funcional de Natal. Desse modo, considera-se que este objetivo tenha sido cumprido, uma vez que a análise relacional entre as estruturas urbanas (de circulação, de produção e de reprodução) e a rede de transporte público coletivo revelou as influências que a organização sócio-espacial exerce sobre esta rede técnica.

Para tal fim, tratando, pois, de temas complexos, o primeiro desafio foi apreender as correlações entre os conceitos organização sócio-espacial e mobilidade urbana. A apreensão associada desses temas foi possível a partir da revisão de literatura de referências teóricas sobre a produção, funcionamento e desenvolvimento do espaço urbano, considerando-o, também, como o ambiente que promove e onde ocorre a circulação.

Neste sentido, a essência da orientação teórico-metodológica que é capaz de explicar o espaço como um constante processo produtivo social e, ao mesmo tempo, material, isto é, da organização sócio-espacial, está na análise das interações que ocorrem tanto nos sistemas de ações sociais, políticas e econômicas quanto nos sistemas de objetos por esses produzidos, e entre eles. Logo, o processo de circulação no ambiente urbano, ou seja, da mobilidade urbana requer, para a análise do seu funcionamento, além das interações no próprio sistema produtivo de circulação, a apreciação dos processos de produção e reprodução do ambiente urbano.

Limitando-se ao estudo dos fatores que influenciam o funcionamento do Sistema de Transporte Público Coletivo, a partir da sua rede técnica de atuação, o segundo desafio foi, então, construir modelos cartográficos explicativos para a organização sócio-espacial da Região Metropolitana Funcional de Natal, a partir da análise das interações espaciais entre as estruturas de produção, reprodução e circulação. Cabe destacar que as construções de tais análises consideraram, além das relações espaciais as relações sociais de produção.

Neste sentido, a construção desses modelos cartográficos explicativos ocorreu em etapas. A primeira etapa relacionou-se ao cumprimento do objetivo específico a) compreender a associação entre estrutura de circulação e distribuição populacional, considerando as variáveis densidade demográfica e rendimento médio mensal. Assim, a análise associada do conjunto de dados e informações sobre as estruturas de circulação e de reprodução revelaram que o processo de desenvolvimento, na Região Metropolitana Funcional de Natal, promoveu, ao longo do

tempo, a dispersão das áreas habitacionais pelo território e, ainda, promoveu o distanciamento das camadas mais pobres das imediações do eixo central, para zonas em que as possibilidades de circulação mostram-se comprometidas, diante das mínimas e, na maioria da vezes, inexistentes infraestruturas viárias.

A etapa seguinte referiu-se ao cumprimento do objetivo específico b) analisar as centralidades, a partir da identificação da formação e/ou consolidação de novas áreas centrais – na escala metropolitana – como polos geradores (ou intensificadores) de fluxos. Sobre este fim, as investigações realizadas apontam para a ocorrência do processo de formação de centralidades, com a identificação de mais de uma área central. Desse modo, foram identificadas cincos áreas centrais, sendo o Eixo BR-101e adjacências, sobretudo, a Zona Natal Central, a grande centralidade para a qual convergem os fluxos mais intensos de pessoas cotidianamente.

E por fim, a etapa final relacionou-se ao desenvolvimento do objetivo específico c) compreender os efeitos desta organização no Sistema de Transporte Público Coletivo a partir da sua rede física de atuação, limitando-se à categoria transporte regular (modal ônibus). Neste sentido, os resultados obtidos apontam para um ambiente que propicia obstáculos a rede física de atuação do Sistema de Transporte Público Coletivo, no que cerne as dificuldades de acesso e captação de usuários, extensão e tempo desprendido nos trajetos.

Neste sentido, diante da escassez de pesquisas que analisem a mobilidade urbana na Região Metropolitana Funcionam de Natal como um só sistema, tendo em vista que os municípios que a compõem apresentam uma correlação que não pode ser ignorada, espera-se que o presente trabalho tenha contribuído para mostrar o quão forte é essa correlação.

Logo, recomenda-se que o Poder Público convoque todos os agentes e instituições que participam da produção do espaço em toda essa Região para, em conjunto, pensar e construir um modelo de desenvolvimento urbano no qual as relações entre as estruturas de produção, reprodução e de circulação funcionem como um fator que contribua para o desenvolvimento integral da Região Metropolitana de Natal.

No entanto, cabe ressaltar que a inexistência de dados em alguns municípios bem como a limitação no acesso a dados em outros foi uma limitação enfrentada no desenvolvimento da presente pesquisa. Ademais, tendo em vista a complexidade dos temas abordados, esta pesquisa não pretende esgotar a discussão sobre Mobilidade urbana na Região Metropolitana de Natal.

Sugere-se, então, que novos trabalhos tenham como foco a influência da organização sócio-espacial nos demais modais de circulação. Estudos acerca da Mobilidade urbana dentro

das Zonas de Circulação evidenciadas pelo presente trabalho também contribuiriam para enriquecer essa discussão.

Outra proposta interessante seria a realização de uma pesquisa similar a esta, a partir da atualização dos dados do próximo Censo Demográfico, a ser realizado no ano de 2020. Tal contribuição proporcionaria reflexões acerca de como as ações contemporâneas, por parte da organização política, social e econômica, tem guiado os rumos de desenvolvimento urbano da Região Metropolitana Funcional de Natal, no que cerne a produtividade na ação de circulação, neste ambiente.

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APÊNDICE I

Breve descrição das seções do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) selecionadas para a realização desta pesquisa.

Seções Caracterização

C Indústrias de transformação

Esta seção compreende as atividades que envolvem a transformação física, química e biológica de materiais, substâncias e componentes com a finalidade de se obterem produtos novos. [...] As atividades da indústria de transformação são, frequentemente, desenvolvidas em plantas industriais e fábricas, utilizando máquinas movidas por energia motriz e outros equipamentos para manipulação de materiais. É também considerada como atividade industrial a produção manual e artesanal, inclusive quando desenvolvida em domicílios, assim como a venda direta ao consumidor de produtos de produção própria, como, por exemplo, os ateliês de costura. Além da transformação, a renovação e a reconstituição de produtos são, geralmente, consideradas como atividades da indústria [...] G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Esta seção compreende as atividades de compra e venda de mercadorias, sem transformação significativa, inclusive quando realizadas sob contrato. Inclui também a manutenção e reparação de veículos automotores. A venda sem transformação inclui operações (ou manipulações) que são usualmente associadas ao comércio, tais como: montagem, mistura de produtos, engarrafamento, empacotamento, fracionamento etc., quando realizadas pela própria unidade comercial. O comércio de mercadorias organiza-se em dois segmentos: atacado e varejo.

I Alojamento e

alimentação

Esta seção compreende as atividades de alojamento de curta duração e os serviços de alimentação. N Atividades administrativas e serviços complementares

Esta seção compreende uma variedade de atividades rotineiras de apoio ao funcionamento de empresas e organizações. As atividades de apoio administrativo geralmente compreendem: contratação e colocação de pessoas em empresas clientes; preparo de documentos e outros serviços de escritório; serviços de tele atendimento; serviços de cobrança para clientes; organização de viagens; e serviços de envasamento e empacotamento sob contrato. Compreendem ainda os seguintes tipos de serviços: locação e leasing operacional de meios de transporte sem condutor e máquinas e equipamentos sem operador; aluguel de objetos pessoais e domésticos; gestão de ativos intangíveis não-financeiros; vigilância; limpeza de prédios e domicílios e atividades paisagísticas.

O Administração pública, defesa e seguridade

social

Esta seção compreende as atividades que, por sua natureza, são normalmente realizadas pela Administração Pública e, como tal, são

atividades essencialmente não-mercantis, compreendendo a

administração geral (o executivo, o legislativo, a administração tributária, etc., nas três esferas de governo) e a regulamentação e fiscalização das atividades na área social e da vida econômica do país (grupo 84.1); as atividades de defesa, justiça, relações exteriores, etc.

P Educação

Esta seção compreende as unidades que realizam atividades de ensino público e privado, em qualquer nível e para qualquer finalidade, na forma presencial ou à distância, por meio de rádio, televisão, por correspondência ou outro meio de comunicação. Inclui tanto a educação ministrada por diferentes instituições do sistema regular de educação, nos seus diferentes níveis, como o ensino profissional e a educação continuada (exemplos: cursos de idiomas, cursos de aprendizagem e treinamento gerencial e profissional)

Q Saúde humana

e serviços sociais

Esta seção abrange as atividades de atenção à saúde humana e de serviços sociais. As atividades de atenção à saúde humana cobrem todas as formas de serviços relacionados à saúde humana prestados em hospitais, ambulatórios, consultórios, clínicas, centros de assistência psicossocial, unidades móveis de atendimento a urgências e remoções e, também, os serviços de saúde prestados nos domicílios

Apêndice II

Situação do trânsito na Região Metropolitana Funcional de Natal para os dias úteis (segunda- feira à sexta-feira), entre às 6:00 e 7:30, e entre às 18:00 e 19:30 horas.

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta manhã / noite

07:00 H 18:00 H

07:20 H 19:00 H

Quinta manhã / noite

Sexta manhã / noite

Fonte: Aplicativo Google Maps, 2017.

* As informações obtidas referem-se a dias aleatório, captadas entre os meses de setembro, outubro e novembro de 2017.

06:50 H 19:00 H