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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento Leitura cultural no ensino de literatura (páginas 83-92)

Ao falarmos de ensino de leitura e de literatura, defendemos que a leitura e a literatura não podem estar dissociadas. Desde a antiga Roma, a leitura é uma prática ligada ao ensino e servia como forma de instrução, participando, assim, da educação e tornando-se modelar para a produção de discursos. A leitura de grandes autores desempenhava um papel importante na formação literária. Para a pretensão que tivemos neste trabalho, foi preciso, portanto, discutir que, para haver uma leitura frutífera de qualquer obra literária, não se deve ficar preso apenas ao enredo da obra. Além de demonstrar conhecimento do enredo do texto, faz-se necessário possuir uma sensibilidade e desenvolver uma percepção para os diferentes usos da linguagem. Nesse sentido, é importante também perceber o como o enredo foi construído. No caso de poemas, a forma como a disposição das palavras é feita pode estar apontando para uma construção de sentido em que forma e conteúdo estejam interligados.

Formar um leitor capaz de perceber a forma de uso da linguagem é formar um leitor ativo que tem a habilidade de perceber e atribuir significados não explícitos no texto de forma a construir interpretações da obra. Essa é uma tarefa que pode ser feita em sala de aula se houver um desprendimento de métodos já arraigados como forma única de ensino e estudo da literatura. Como sabemos, a leitura é um hábito decorrente do exercício e nem sempre se constitui um ato prazeroso, porém, necessário não só para a vida escolar do estudante como também em sua vida social, profissional e intelectual.

Por isso, estabelecer o contato entre o aluno e o texto deve ser a tarefa principal da escola. Na prática de ensino de leitura, por exemplo, diante das inúmeras oportunidades de acesso ao texto escrito, não seria viável o apego a uma determinada prática de modo a excluir outras que podem trazer um melhor resultado. A forma de acesso à leitura já passou por diversas transformações. Se no passado – nas sociedades gregas e romanas, de acordo com Zilberman (2001) – esse acesso era feito de forma oral e pública para proporcionar prazer e instrução, é somente no século III d.C. que a prática da leitura silenciosa se difunde. Isso foi possível em decorrência de “uma transformação de ordem técnica: substituição do volumen ou rolo pelo códex, formato aproximado ao que tem hoje o livro” (ZILBERMAN, 2001, p. 64). Depois, “no final da Idade Média, nos séculos XIV e XV, o aparecimento do ‘livro unitário’, ou seja, a presença dentro de um mesmo livro manuscrito, de obras compostas em língua vulgar por um único autor” (CHARTIER, 2002, p. 22) trouxe mais inovação. É só no século XV, entretanto, que se desenvolveu a técnica de reprodução do escrito mais utilizada até hoje:

a invenção da imprensa.

Atualmente, a grande discussão gira em torno da possibilidade do desaparecimento do livro impresso em decorrência do surgimento do texto virtual. Apesar de ser possível, não acreditamos que aconteça, mas, se ocorrer e trouxer melhores condições de acesso e maior frequência na prática de leitura, a mudança deve ser bem-vinda.

No mundo contemporâneo, não é mais suficiente, portanto, que o professor imponha ao aluno a prática de memorização de conteúdos para depois “despejá-los” numa prova como se fosse formar uma enciclopédia. Muito mais importante do que saber determinados assuntos, é saber onde pesquisá-los. O professor tem a responsabilidade de tornar isso possível. Aplicar uma metodologia que torne o texto – impresso ou digital – o método por excelência do ensino-aprendizagem é de fundamental importância, ainda mais no ensino de literatura. Aqui foi proposta uma forma de trabalhar com o texto, mas nada impede que cada professor aplique na sala de aula a forma que melhor se adequar a sua realidade, com a condição de que o texto literário esteja sendo lido.

Levantar questionamentos acerca do que é ensinado na escola e de como se ensina se torna uma atividade fácil diante da ineficiência do ensino-aprendizagem que se tem verificado; difícil, entretanto, é manifestar-se coerentemente propondo soluções para os problemas enfrentados, principalmente no ensino de Língua Portuguesa. Isso passa pela forma como é vista e valorizada a leitura. Pela necessidade que temos da leitura é muito fácil reconhecer sua importância para a educação. Acreditamos que não há dúvida de que todos os professores, mesmo não tendo a prática de leitura individual, ou mesmo não propondo ao aluno tal prática em seu plano de ensino, entendem que a leitura é imprescindível na formação do aluno.

Não basta, contudo, entender seu valor. É necessário colocá-la em prática, e para isso deve-se levar em consideração qual a concepção de leitura o professor adota na sua prática de ensino. Se a considera um ato isolado, ou se a considera como um ato social de diálogo com o autor do texto, com outras pessoas, com a cultura, com o mundo; se ler significa apenas ver as letras do alfabeto e juntá-las em palavras, ou estudar a escrita, decifrar e interpretar o sentido, reconhecer e perceber as relações semânticas existentes entre o estético e o cultural. A concepção de leitura que o professor carrega faz a diferença em sua aplicação e na interpretação de textos, ainda mais quando se fala de textos literários.

Nos textos literários, a concepção de que a leitura é um ato social de diálogo entre indivíduos e não um ato solitário se torna necessária, tendo em vista a forma como podem ser interpretados. Nesse tipo de texto, o leitor deve ter iniciativa interpretativa, construindo a obra

com o autor ao colocar suas impressões, pois o texto literário possibilita múltiplas e variadas leituras. Contudo, tais leituras devem ser conduzidas pelo texto e não pela simples vontade do leitor.

Formar um leitor crítico, portanto, deve ser o objetivo perseguido pela escola. Em nossa proposta, essa criticidade é ampliada para uma formação politizada, ao formar um leitor cultural. Por essa perspectiva, os assuntos que podem ser abordados em sala de aula, tendo como suporte de discussão o texto literário, vão para além da literatura sem colocá-la de lado. Como vimos, atrelar forma e conteúdo de modo a permitir uma discussão em que sejam tratados assuntos relativos à nossa formação enquanto cidadãos inseridos num contexto social e cultural é uma de suas principais características. Assim, o caráter educativo da literatura toma uma configuração mais ampla, uma vez que pode questionar certezas presentes na sociedade e caracterizá-las como de fundamento ideológico.

Segundo Zilberman (2008), “a leitura do texto literário constitui uma atividade sintetizadora, permitindo ao indivíduo penetrar o âmbito da alteridade, sem perder de vista sua objetividade e história” (p. 53). Assim, experiências não vividas no dia-a-dia podem ser adquiridas pelo contato com o texto literário. O reconhecimento do outro enquanto sujeito diferente permite uma abertura para o diálogo que leva a uma convivência pacífica entre os indivíduos. Sendo assim, o papel do ensino da literatura não pode se limitar apenas a transmitir “um patrimônio já constituído e consagrado” (ZILBERMAN, 2008, p. 52), como comumente se faz. Sua função hoje deve se estender também para a formação de leitores e essa tarefa vai além da decodificação da matéria escrita, pois a leitura deve ser entendida como uma atividade que propicie experiências únicas com o texto literário.

Assim, para se efetivar uma formação de leitura literária desejável, é necessário um envolvimento não só do professor como também do aluno leitor. Este cumpre a tarefa de ler o texto, aquele deve cumprir seu papel de intermediador da leitura. Com o objetivo de verificar como essa relação se dá na sala de aula, nossa pesquisa nas escolas de ensino médio da cidade de Itabaiana/SE concluiu que a prática de leitura se faz presente, mas, no que se refere à leitura de obras literárias, ainda é muito incipiente. Apesar de os dados apontarem, por exemplo, que os alunos leem todas ou quase todas as obras indicadas pelo professor de literatura, as obras indicadas para leitura muitas vezes se limitam àquelas que são cobradas no vestibular.

Isso pode ter relação com a forma como o professor lida com a literatura na sala de aula. Apesar de, segundo os alunos, a leitura fazer parte das aulas, a forma de abordagem é predominantemente historiográfica. Assim, em vez de valorizar o texto como instrumento de

ensino, trabalha-se mais sobre as escolas literárias e suas características e sobre a vida e obra de autores representativos de cada uma delas. Não estamos defendendo que esse método seja desprezado. Pelo contrário, sua função de “construir, consolidar e manter o cânone, e assim uma identidade nacional” (OLIVEIRA, 2000, p. 42) foi e é bem executada até hoje. Entretanto tal abordagem de ensino deve ir para além dessa finalidade. É preciso tomá-la como suporte de leitura, isto é, como um meio para se ler o texto literário, para beber da literatura em sua fonte, e não como um fim em si mesmo. Nesse sentido, de acordo com o que vimos discutindo, parece que nas escolas pesquisadas temos um pequeno avanço: o texto literário aparece, mas ainda num estágio inicial.

Desprender-se de uma prática de ensino de literatura que atravessou séculos e ainda permanece no seio da escola é uma tarefa difícil na medida em que estamos acostumados a essa forma de ensino. Entretanto, tentar melhorar as condições que proporcionariam uma melhor formação do aluno é tarefa de todos que estão envolvidos direta ou indiretamente com a educação. Fazer com que os alunos apenas memorizem determinados conteúdos – quando poderiam estar desenvolvendo sua competência discursiva através do contato direto com o texto – parece não ser uma das melhores soluções.

Como vimos defendendo, a leitura dos textos literários é o ponto de partida para se conhecer a literatura. Em função da falta de contato com o texto, alguns teóricos como Zilberman (2008) e Todorov (2009) argumentam que ela entrou em crise. E “o ensino de literatura seria um dos responsáveis por esse fracasso”, por isso “a literatura deixou de ser educativa” (ZILBERMAN, 2008, p. 50). Propor uma metodologia de ensino de literatura que se paute na leitura do texto literário e daí resulte uma formação politizada talvez possa parecer utópico, contudo nossa proposta tentou discutir como o estético se relaciona ao conteúdo cultural de forma a dar um suporte maior de discussão a respeito das identidades.

Consideramos, entretanto, que a proposta de leitura aplicada nos poemas de Jorge de Lima é apenas uma das possíveis formas de se trabalhar com o texto e pode ser realizada em conjunto com os alunos. Cabe ao professor interagir com eles e ficar atento às descobertas, às dúvidas, ao intercâmbio das informações e ao tratamento das mesmas. Por meio de pesquisa, o professor pode ajudar, problematizar, incentivar, relacionar. Ao mesmo tempo, pode coordenar as trocas de informações e de descobertas que os alunos possam relatar.

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