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A proposta desta pesquisa consistiu em realizar uma análise das representações construídas sobre o agir do aluno no discurso/texto do professor em relatórios produzidos em situação de avaliação. Com esse propósito, direcionamos nosso olhar para o contexto de produção desses textos, buscando associar os aspectos ligados à sua estruturação enunciativa – modalizações e vozes, bem como a ocorrência/emergência de metáforas na dinâmica dialógica que se estabelece no decorrer da situação discursiva do relatório.

Salientamos primeiramente que, como se trata de uma pesquisa que trabalha com dados empíricos – textos/discursos – não temos, portanto, acesso direto às representações. Logo, formulamos hipóteses sobre essas representações, que, como destacou Bronckart (1999), nunca serão capazes de oferecer um caráter de vinculação direta, mas, sim, constituir-se em um norte para a tomada de decisões em relação às análises. Nesse âmbito, compreendemos que o agir do aluno e a possibilidade de sua representação delineada a partir dos textos é de fundamental importância para os objetivos a que nos propusemos.

Nessa perspectiva, no sentido de compreendermos o contexto objetivo e sociossubjetivo de produção do relatório, atentamos para o depoimento das professoras e relacionamos o impacto da situação adversa encontrada – como a falta de tempo, de preparação etc. – e a influência desses determinantes nas representações construídas sobre o agir do aluno. Por conseguinte, concluímos que possivelmente ocorreu certa repercussão nesse aspecto, pois não havia momento adequado, sobretudo ambiente e local próprio para a elaboração dos relatórios. De forma que as educadoras demonstraram indignação e descontentamento, tendo em vista os fatores que as impediam de produzir um relatório em condições satisfatórias. Consideramos que existe, sim, um vínculo entre essa situação de produção e a manifestação das vozes, modalizações e metáforas, que se refletem na construção e reconstrução de representações sobre o agir do aluno.

Mais ainda, destacamos o processo tumultuado que as professoras enfrentaram ao longo do ano letivo em que se desenvolveu esta pesquisa, mormente devido às diversas greves por melhores condições de trabalho. Ademais, toda essa conjuntura possivelmente repercutiu – de modo mais ou menos incisivo – nos diversos relatórios que essas professoras precisavam produzir. Ressaltamos, porém, que um novo momento se anuncia, visto que hoje as professoras

dispõem de um dia na semana para o planejamento e elaboração de documentos pertinentes ao trabalho pedagógico.

Enfim, levando em conta toda essa situação de produção, levantamos o seguinte questionamento: como as representações do agir do aluno são construídas e reconstruídas ao longo do contexto discursivo do relatório? Com essa preocupação direcionamos nossa análise e percebemos que é sobre essa dinâmica discursiva que podemos realizar algumas conclusões. Uma das primeiras observações em relação a essas representações, tracejadas ao longo do relatório, sinaliza para a manifestação de vozes que assumem (ou não) a responsabilidade enunciativa, em uma espécie de polifonia, visto que muitas vezes o enunciador busca outras vozes para dialogar ou para junto com ele compactuar da voz da instituição. Não obstante, essas vozes denotam a inquietação com o aluno que não se adapta ao modelo de “bom comportamento”, manifestam ainda certa preocupação para que esse aluno “avance” em sua aprendizagem e aconteça um acompanhamento da família.

Portanto, em linhas gerais, diante do posicionamento enunciativo assumido (ou não) pela enunciadora, marcado por modalizações e pela ênfase das metáforas linguísticas recorrentes

‘licenciadas’ pela metáfora conceitual APRENDIZAGEM É UMA VIAGEM, realizamos as

seguintes conclusões:

a enunciadora partilha com outras vozes a avaliação, especificamente quando emprega as modalizações deônticas, a metáfora conceitual APRENDIZAGEM É UMA VIAGEM e seus desdobramentos, assim como: “avançar na aprendizagem”; “acompanhar o ritmo”; “a continuidade da parceria família- escola”; “é importante que a família continue dando o apoio” etc.;

o discurso polifônico que coloca em cena outras vozes e com a família procura apoio ao partilhar as dificuldades encontradas. Sob essa ótica é visível o diálogo que a enunciadora espera estabelecer com os vários destinatários – pais, escola, coordenação, entre outros – contudo, prioritariamente é com a família que pretende consolidar uma comunicação em que o aluno é colocado no centro dessa interação;

no processo dialógico com os pais ressaltamos a força expressiva que as modalizações deônticas têm em relação ao domínio da obrigação, de valores e regras socialmente constituídas. Dessa forma é notadamente empregada no

sentido de acentuar o caráter de responsabilidade da família na ação de educar e no seu engajamento com esse compromisso;

mediante o uso de modalizadores destaca qualidades e faz comparações, há uma ênfase nos adjetivos quantificadores e nos julgamentos subjetivos, portanto, na representação de um aluno idealizado, em um processo dinâmico que se constrói e reconstrói ao longo do texto/discurso;

o mundo objetivo é igualmente bastante realçado pelas modalizações lógicas, com a finalidade de afirmação, de certeza e verdade dos argumentos enunciados;

a enunciadora expõe uma certa tensão no que concerne à aprendizagem, entre o

que o aluno já é “capaz” ou não de realizar. Essa marcação é apreendida na

utilização dos modais pragmáticos: a intencionalidade (o querer-fazer), a capacidade (o poder-fazer). Nesse aspecto as metáforas se sobressaem profundamente.

Atentando para os aspectos descritos acima, insta dizer que a análise das modalizações nos permitiu verificar a grande força subjetiva encontrada na superfície textual dos relatórios analisados. Vemos que elas se expressam em modalizadores, especialmente apreciativos (adjetivos, advérbios), pois traduzem um julgamento peculiar ao apresentar um aspecto bastante positivo do agir do aluno, que na maioria das vezes é considerado um aluno exemplar. Assim, esse agir é representado baseado no critério de verdade do enunciador (ou da instituição), pautado no "arquétipo" construído e reconstruído na dinâmica profissional, em que se moldam os valores e se formam os conceitos – muitas vezes imperceptíveis. Em tal situação, é relevante assinalar a preocupação da professora com a aprendizagem do aluno, com o seu comportamento, demonstrando, assim, uma característica social e culturalmente estabelecida de professora acolhedora e protetora. Como se percebe, as representações constituídas no relatório revelam não apenas a voz do professor/enunciador, mas também outras vozes que podem ser percebidas no contexto discursivo.

Nossa análise nos permitiu ainda destacar a metáfora conceitual APRENDIZAGEM É UMA VIAGEM, principalmente no que tange à construção de representações que o professor realiza ao avaliar o agir do aluno e relatar acerca de seu desenvolvimento como um caminho,

com objetivos a atingir. Nesse sentido não podemos deixar de considerar a situação de produção e a emergência de metáforas sistemáticas que se estabilizam ao longo do discurso do professor e se entrelaçam às modalizações e às vozes colocadas em cena.

Por conseguinte, através das análises realizadas, observamos que as categorias empregadas se entrelaçam na circunstância discursiva do relatório, pois estão intimamente ligadas. No momento em que as vozes se pronunciam nesse discurso, as modalizações também são articuladas no sentido de enfatizar determinado aspecto que o enunciador/professor intenciona realçar ou enfatizar. Sob esse ângulo as modalizações são construídas nas relações enunciativas estabelecidas com os destinatários, a depender das intenções, razões, finalidades, capacidades e julgamentos que pretendem constituir. Assim, vimos que as instâncias enunciativas são – implícita ou explicitamente – movimentadas em todo o percurso textual/discursivo.

Apreciando o contexto de produção, tivemos a ocorrência de metáforas linguísticas a partir dos enunciados que têm a motivação da metáfora conceitual APRENDIZAGEM É UMA VIAGEM e seu submapeamento APRENDIZAGEM É CAMINHO, em que as modalizações e o posicionamento enunciativo contribuem enormemente para enfatizar ou atenuar a sua força expressiva. Portanto, nessa análise focalizamos como as metáforas e as modalizações estão intimamente ligadas, uma afetando a outra, visto que ambas as instâncias se influenciam mutuamente.

Finalmente, considerando que nos textos/discursos são construídas e reconstruídas as representações do agir do aluno, buscamos nas categorias de análise sinalizadas anteriormente apreender essas representações, por vislumbrar que as conclusões das análises possam revelar configurações da ação de linguagem do professor, acarretando contribuições para o processo de ensino e aprendizagem desenvolvido nas escolas. Além disso, esperamos um respaldo positivo em relação à importância desse estudo no domínio da linguagem e de sua implicação para futuras investigações.

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