A Lippia sidoides é uma planta nativa da Caatinga que foi domesticada pela Universidade Federal do Ceará e hoje é explorada comercialmente pela empresa PRONAT, instituição nacional incubada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Ceará da Universidade Federal do Ceará. A PRONAT possui 10 ha de alecrim-pimenta e já exporta o seu óleo essencial para os EUA, onde o quilo custa US$ 60,00. Com o aumento do interesse econômico, por esta espécie, pelas indústrias farmacêuticas e de cosméticos, e uma vez que não possui sementes botânicas, nota-se uma grande necessidade de se conservar, o máximo, a sua variabilidade genética, visto que a L.
sidoides pode vir a sofrer uma forte pressão antrópica no seu habitat natural, a Caatinga.
E quanto mais permitirmos que as perdas se acumulem, maiores serão os prejuízos das futuras gerações, tanto os já conhecidos quanto daqueles que serão certamente descobertos mais tardes.
Diante disso, precisa-se conservar tais recursos fora do local de ocorrência, ou seja, ex situ. Nesse caso, o importante é que esta espécie seja conservada por métodos convencionais e biotecnológicos. A conservação de germoplasma in vitro constitui um método valioso para a conservação dos recursos genéticos vegetais, uma vez que facilita o intercâmbio de germoplasma, auxilia no melhoramento genético, reduz a erosão genética e promove a produção de matrizes livres de patógenos.
Porém antes de se realizar a conservação in vitro é necessário dominar as técnicas de micropropagação da espécie. O presente trabalho permitiu definir as condições para o estabelecimento e multiplicação in vitro de L. sidoides. O desenvolvimento dos melhores métodos de conservação in vitro de L. sidoides associados de outras estratégias para apoiar a área de recursos genéticos de plantas medicinais, contribuirá sobre maneira para a sustentabilidade do ecossistema Caatinga.
ANEXOS
TABELA 1A. Composição do meio MS (MURASHIGE & SKOOG, 1962).
Componentes Concentração (mg.L-1) Macronutrientes
CaCl2.2H2O 440
KH2PO4 170
KNO3 1.900
NH4NO3 1.650
MgSO4.7H2O 370
Micronutrientes
CoCl2.6H2O 0,025
CuSO4.5H2O 0,025
H3BO3 6,20
KI 0,83
MnSO4.4H2O 22,3
Na2MoO4.2H2O 0,25
ZnSO4.7H2O 8,6
FE-EDTA
FeSO4.7H2O 27,85
Na2 EDTA.2H2O 37,25
Vitaminas e Aminoácidos
Ácido Nicotínico 0,50
Glicina 2,00
Piridoxina – HCl 0,50
Tiamina – HCl 0, 10
Mio-inositol 100
Sacarose (g.L-1) 30
Fonte: Caldas et al. (1998)
TABELA 2A. Composição do meio B5 (GAMBORG et al., 1968).
Componentes Concentração (mg.L-1) Macronutrientes
CaCl2.2H2O 150
KNO3 2.500
MgSO4.7H2O 250
NaH2PO4.H2O 150
(NH4)2SO4 134
Micronutrientes
CoCl2.6H2O 0,025
CuSO4.5H2O 0,025
H3BO3 3
KI 0,75
MnSO4. H2O 10
Na2MoO4.2H2O 0,25
ZnSO4.7H2O 2
FE-EDTA
FeSO4.7H2O 27,8
Na2 EDTA.2H2O 37,2
Vitaminas e Aminoácidos
Ácido Nicotínico 1,0
Glicina 2,00
Piridoxina – HCl 1,0
Tiamina – HCl 10
Mio-inositol 100
Sacarose (g.L-1) 20
Fonte: Pasqual et al. (1997b)
TABELA 3A. Composição do meio WPM (LLOYD & MCCOWN, 1980).
Componentes Concentração (mg.L-1) Macronutrientes
CaCl2.2H2O 96
Ca(NO3)2.4H2O 556
KH2PO4 170
K2SO4 990
MgSO4.7H2O 370
NH4NO3 400
Micronutrientes
CuSO4.5H2O 0, 25
H3BO3 6,2
KI 0,75
MnSO4. 4H2O 22,3
Na2MoO4.2H2O 0,25
ZnSO4.7H2O 8,6
FE-EDTA
FeSO4.7H2O 27,8
Na2 EDTA.2H2O 37,2
Vitaminas e Aminoácidos
Ácido Nicotínico 0,5
Piridoxina – HCl 0,5
Tiamina – HCl 1,0
Mio-inositol 100
Sacarose (g.L-1) 20
Fonte: Pasqual et al. (1997b)
TABELA 4A. Resumo da análise de variância das variáveis porcentagem de contaminação fúngica (%), número de brotos e folhas, número de folhas por brotos de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações de hipoclorito de sódio e tempo de imersão. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
1/ Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100);
2/ Dados transformados para raiz de (x + 0,5);
** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 5A. Resumo da análise de variância das variáveis porcentagem de oxidação (%), de contaminação bacteriana (%) e de sobrevivência (%) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações de cefotaxima no meio de cultura MS modificado. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de variação GL QM
Oxidação1/ Contaminação bacteriana 1/ Sobrevivência 1/
Cefotaxima 4 490,172* 728,207* 1256,413**
Resíduo 20 182,829 267,271 79,81
CV(%) 29,11 53,93 90,51
1/ Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100)
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F; ** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
Fonte de GL QM
variação Contaminação fúngica1/ Número de
brotos2/ Número de
folhas 2/ Número de folhas por brotos2/
Hipoclorito de sódio (H) 3 865,662ns 0,692 ns 4,992 ns 1,229*
Tempo (T) 3 1064,556 0,428 3,026 0,801
HxT 9 1627,056 0,381 1,858 0,506
Resíduo 48 1265,344 0,353 1,995 0,448
CV(%) 82,06 43,74 62,15 43,25
TABELA 6A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento dos brotos (cm), número de folhas, porcentagem de oxidação (%), de raiz (%) e de sobrevivência (%) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, nos meios MS, WPM e B5. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de GL QM
Variação Número de brotos2/
Comprimento
dos brotos Número de folhas2/
Oxidação1/ Porcentagem
de raiz1/ Sobrevivência1/
Meios 2 2,349ns 0,123ns 54,94ns 322,917ns 281,250* 666,667ns Resíduo 12 1,025 0,058 31,28 484,375 78,125 250,00 CV(%) 46,54 47,77 46,95 105,64 117,85 51,28
1/ Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100);
2/ Dados transformados para raiz de (x + 0,5);
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 7A. Resumo da análise de variância das variáveis porcentagem de oxidação (%), comprimento dos brotos (cm), porcentagem de sobrevivência (%) e de vitrificação (%) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham.) in vitro, em função de diferentes concentrações de dois antioxidantes. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de GL QM
variação Oxidação1/ Comprimento
dos brotos Sobrevivência 1/ Porcentagem vitrificação1/
Tratamentos 4 1202,021*
*
2,571** 1543,857** 1879,253**
Resíduo 15 152,114 0,457 266,766 284,571
CV(%) 77,28 34,44 41,77 77,93
1/ Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100);
** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 8A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento de brotos (cm), número de folhas, massa (g) de folha fresca (MMF) e seca (MFS) e porcentagem de calo (%) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações de BAP e AIB no meio de cultura MS. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
1/ Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100);
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F; ** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 9A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento dos brotos (cm), número de folhas, porcentagem de raiz (%), massa (g) de folha fresca (MFF) e seca (MFS) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações de ANA no meio de cultura MS. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
4/ Dados transformados para raiz de (x + 0,01);
** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 10A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento dos brotos (cm), número de folhas, massa (g) de folha fresca (MFF) e seca (MFS) deexplantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações de cinetina e ANA no meio de cultura MS. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de GL QM
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F; ** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 11A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento dos brotos (cm), número de folhas, porcentagem de raiz (%), massa (g) de folha fresca (MFF) e seca (MFS) de explantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações AIA no meio de cultura MS. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de GL QM
2/Dados transformados para arco seno da raiz de (x/100);
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
TABELA 12A. Resumo da análise de variância das variáveis número e comprimento dos brotos (cm), número de folhas, massa (g) de folha fresca (MFF) e seca (MFS) deexplantes de alecrim-pimenta (Lippia sidoides) in vitro, em função de concentrações GA3 no meio de cultura MS. São Cristóvão-SE, UFS, 2005.
Fonte de GL QM
variação Número de brotos1/
Comprimento dos brotos
Número de folhas1/
MFF MFS GA3 4 0,021 ns 0,023 ns 0,105 ns 0,006 ns 0,00003 ns Resíduo 20 0,022 0,017 0,149 0,003 0,00002 CV (%) 8,94 29,90 11,02 25,92 18,51
1/ Dados transformados para raiz de (x + 0,5);
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.