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Com as devidas teorias esclarecidas e as informações coletadas, torna-se necessária a análise sobre a relevância das afirmações acima. Além disso, é crucial para a conclusão do estudo uma abordagem autoral sobre a capacidade preditiva que cada teoria apresenta. Nenhuma das teorias consegue explicar o mundo real em sua totalidade, uma vez que é primordial, para que uma teoria seja simplificada, a seleção de afirmações relevantes de

acordo com cada teórico. É com essa premissa que foi feita a seguir avaliação das contribuições teóricas para o objeto desse estudo.

O Realismo Ofensivo de Mearsheimer separa cinco premissas para justificar as reações dos Estados no cenário internacional: os Estados como principais atores de um sistema anárquico, todos com alguma capacidade bélica, com o objetivo principal da sobrevivência na incerteza e agindo de forma racional para alcança-lo. A Tianxia determina a prosperidade entre nações pela inclusão de todos e a concepção de uma liderança justa, eleita de forma legítima e que represente os corações dos povos e abrangendo tudo aquilo Sob o Paraíso. O Institucionalismo liberal, por fim, limita suas premissas em três: a não prioridade da Alta Política sobre a Baixa Política, a maior importância de atores internacional que não os Estados e o redirecionamento de conflitos bélicos para resoluções pacíficas por meio da racionalidade. Ao considerar teorias distintas, observa-se, na perspectiva das três teorias supracitadas, os cenários para ascensão da China.

A teoria chinesa Tianxia apresenta aspectos inovadores, apesar de existir há milênios nos âmbitos social e político chinês. Inova sobretudo quando nos referimos às teorias clássicas Ocidentais de Relações Internacionais, como o Realismo, o Liberalismo e suas vertentes. A intenção de universalizar todos os valores para que todas as nações possam fazer parte do Império sob o Paraíso apresenta de forma clara o objetivo da teoria: que todos estejam sob a mesma liderança. O processo de transição, no entanto, do ambiente internacional anárquico para um Reino de respeito mútuo não se dá de forma clara.

O Filho do Paraíso, primeiramente, seria o líder ideal de todas as nações, acontecimento improvável, principalmente se não houvesse tentativa de impor a universalização de certos valores. As diferenças entre os povos são a própria essência da divisão territorial, da resistência à quebra de tradição, do nacionalismo. Qualquer instabilidade no processo de expansão psicológica do Império faria que as mentes das nações se voltassem para o mais previsível, seguro e historicamente lógico: seu próprio território. Ademais, o líder ideal para o Império deve ascender quando salvar os povos de uma catástrofe (perigo iminente) ou para manter a ordem. O conceito de catástrofe, nesse caso, é amplo e subjetivo, bem como o conceito de ordem.

Durante a Guerra Fria, por exemplo, o significado de ordem para os soviéticos e para os estadunidenses não poderia ser mais discordante, considerando-se principalmente os modelos de organização interna. A ordem imposta pelos Estados Unidos na América Latina, com o apoio às ditaduras capitalistas para manter o controle do Ocidente difere da própria ordem interna norte americana à época, na qual pregava-se um mundo democrático,

politicamente e economicamente livre. De forma parcial, cada nação interpretará ordem ou a ausência dela de formas distintas, tornando a ascensão de um Imperador legítimo extremamente difícil, se não impossível.

O processo de transição do mundo atual para um no qual todos estejam sob a mesma mentalidade exige, de forma fulcral, cidadãos com pensamento cosmopolita. Dessa forma, a abrangência da teoria Tianxia necessita de educação universal incessante, para que os povos entendam e aceitem o conceito teórico de globalidade. O respeito mútuo entre nações, nesse caso, difere da tolerância entre elas, uma vez que tolerância é estabelecida de forma conjuntural, podendo se esgotar a qualquer momento, enquanto respeito se dá de forma estrutural. Assim, assuntos como as mudanças climáticas e a sustentabilidade podem ser possíveis formas de dar início ao pensamento coletivo entre os povos, uma vez que a percepção e valorização do próximo será realidade quando houver um problema mútuo a ser resolvido, no qual todos identifiquem um objeto como problema, e que não haja mais que uma maneira de o resolver. Vê-se hoje, no entanto, exatamente o oposto. Destacam-se diferenças entre os povos, entre elas, apresentam-se a intolerância religiosa, o ódio ao refugiado, o racismo. O pensamento cosmopolita atual, além de ínfimo, é limitado aos semelhantes, em uma extensão do darwinismo social, usado para argumentar a superioridade cultural do Ocidente e impor a Ordem Mundial hegemônica. Torna-se inviável a solidariedade cosmopolita.

Apesar de uma teoria que apresenta um modelo ideal de paz, é essencial avaliar de que forma pode-se usá-la para outras finalidades. Naturalmente, o antigo Império do Meio, China, considera seu território como o centro geográfico da Tianxia: o início do futuro pacífico entre as nações. Da mesma forma, pode-se encontrar similaridades no objetivo final chinês com o “Destino Manifesto” norte americano. Ainda que comparação anacrônica, cabe aqui destacar o avanço estadunidense em sua expansão territorial e na imposição de valores no cenário internacional seguindo a justificativa de uma benção de Deus e uma responsabilidade norte-americana de expandir esses valores ao mundo.

O idealismo pregado nos discursos oficiais serviram de pretexto e justificativa desde a independência do país, para a conquista de territórios mexicanos, para o forçoso imperialismo liberal do século XIX, para a ocupação norte-americana de territórios do Oriente Médio nos séculos XX e XXI, sobretudo pós crises do petróleo, e tem justificado ofensivas até os dias atuais. A China, analogamente, poderia utilizar da mesma forma possíveis ocupações e expansões territoriais por meio de sua teoria. Justificaria invasões com o argumento de estar livrando aquela região de uma catástrofe, restabelecendo a ordem ou

levando justiça àquele povo. Para que não pareça nação ofensiva, mas sim protetora, a Tianxia destacaria a “obrigação natural” chinesa de intervenção, com o objetivo último da paz e do respeito mútuo primeiramente no Oriente para depois poder expandir-se ao Ocidente.

A teoria, por fim, acredita na evolução da mentalidade humana. Destaca uma organização que nunca existiu em sua plenitude, porém com obstáculos que podem ser considerados inatingíveis no mundo atual. A primeira dificuldade a ser ultrapassada refere-se justamente aos instintos primários do ser humano: a resistência à mudança, a aproximação com semelhantes e abominação dos diferentes. A Tianxia mostra como o mundo pode ser e, apesar de não ser claro o processo que levará à paz, mostra possibilidade paralela àquelas Ocidentais.

Considerar a família como primeira organização política possível e disseminadora de valores auxiliam no que é chamado transição harmônica, na qual as famílias ensinam nações e nações ensinam o Império e, da mesma forma, o caminho inverso é realizado. É imprudente descartar ou relevar essa teoria em países do Ocidente. O estudo aprofundado dela provavelmente traria abordagens inovadoras tanto para a academia quanto para futuros líderes e, mesmo não determinando claramente como superar barreiras aparentemente inquebráveis, estimula revisão e readaptação de conceitos importantes em todos os âmbitos da sociedade. Ademais, a análise aprofundada traria clareza na atuação da China na Ásia, de forma regional, e nas OI’s das quais participa, em âmbito global.

Quanto ao Realismo Ofensivo, a abordagem apresentada reflete a ascensão da China como conflitiva, sobretudo em relação aos Estados Unidos. As boas relações econômicas só funcionariam como pacificadoras enquanto fossem positivas e enquanto ganhos econômicos fossem maiores que ganhos políticos. A ascensão da China com discurso multilateral e com iniciativas inclusivas de países em desenvolvimento e desenvolvidos pode argumentar que não há perspectiva de que os fluxos econômicos atuarão de forma negativa enquanto a China ascender. O governo chinês mantém aparência de país pacífico e durante sua ascensão pode conseguir aliados mais relevantes que inimigos, resultando na ausência de conflitos nos pontos de contato citados por Mearsheimer.

As cinco premissas que constituem a teoria consideram, primeiramente, os Estados como principais atores internacionais. A presença de transnacionais atualmente com maior poder econômico e político que alguns Estados, podem, no entanto, ter atuação determinante na ascensão pacífica chinesa. Com o intermédio do Estado, empresas alteram decisões para que não haja conflitos bélicos, uma vez que isso poderia prejudicar o fluxo financeiro internacional. Mais que um desejo de paz e prosperidade, o interesse coorporativo

interviria na soberania estatal para que sua vontade seja realizada. É necessário, todavia, apontar que conflito não significa de fato prejuízo econômico. Há empresas que lucram exatamente com a fabricação de armamentos, veículos, explosivos e tecnologias, isto é, sobrevivem de conflitos. As transnacionais, dessa forma, podem agir tanto a favor quanto contra a ascensão pacífica da China.

A teoria de Mearsheimer traz certa previsibilidade, sobretudo para o Ocidente, devido à força da escola Realista na academia. Conceitos como a Anarquia Internacional, o Dilema de Segurança e a Lógica da Autoajuda são familiares e, por isso, são aceitos com certa credibilidade. Os pontos de contato apontados especificamente para o conflito entre China e Estados Unidos são visíveis, principalmente ao considerar o Mar do Sul da China e a Coreia do Norte nos últimos dois anos, com a proximidade midiática em relação às tensões. A veracidade com os fatos presentes revela forte capacidade preditiva do Realismo Ofensivo frente às outras duas estudadas nesse trabalho.

A presença estadunidense em todos os continentes destaca a agressividade do país, não só hodiernamente, mas sobretudo pós-Primeira Guerra, quando há maior expansão ideológica às Américas e ao mundo. Como já apontado pela teoria do Realismo Ofensivo, a expansão de outra potência regional não é considerada positiva pelos Estados Unidos, sempre as respondendo com agressividade. A reação americana, mais que estratégia de política externa, tem respaldo da própria população, demandante de liderança relativa. Pode-se argumentar que a repetida retórica de “melhor país do mundo” fez que a maioria não se contentasse com a segunda posição. Donald Trump na presidência, após campanha isolacionista e nacionalista, é clara resposta à demanda popular. Culpar diretamente a China como responsável pela decadência dos Estados Unidos faz jus às previsões do Realismo Ofensivo.

De forma assertiva, o medo da não sobrevivência referido pela teoria, resultado do ambiente anárquico, abrange contínua procura por aumento de poder relativo. Vê-se, nesse aspecto, que as alianças são estabelecidas com esse objetivo último, sem jamais terem caráter altruísta. A tentativa de exclusão da China pelos Estados Unidos, dessa forma, determina parcerias para contenção do avanço de influência chinesa, seja com o Tratado Transpacífico, o apoio estadunidense às demandas dos outros países quanto aos territórios do Mar do Sul da China, o acionamento do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC para conter o fluxo econômico chinês e inclusive a sugestão de Mearsheimer de uma aliança Russo-americana, de fato, demonstram tais preocupações.

A contenção via Rússia, em especial, é historicamente exemplar, visto que durante boa parte do século XX ambos foram responsáveis pela dicotomia da influência global. A junção de esforços reafirmaria a capacidade norte-americana de contenção a qualquer custo; no entanto, o que se vê é afastamento dos dois países, enquanto China e Rússia se mantém em constante diálogo, tanto bilateralmente quanto via BRICS. Ainda como hegemonia no Ocidente, vê-se os Estados Unidos como inimigo a ser derrubado, sendo mais perigosa sua recuperação que a ascensão chinesa.

A teoria da Interdependência Complexa possivelmente se mostra a mais próxima da realidade. De fato, a complexidade das relações mostra que há uma infinidade de variáveis que atuam no Sistema Internacional, a favor e contra a paz, sendo que a interdependência entre países é mais resistente aos conflitos que a ausência dela. O uso de uma teoria para enxergar as relações internacionais, no entanto, deve buscar, de forma determinante, quais são as conexões que realmente importam, para que as separemos de variáveis inúteis e para que haja resultado satisfatório. A Interdependência Complexa, no entanto, mostra o mundo como ele está, não como ele é, não atribuindo à teoria característica atemporal.

Ainda assim, ao analisar a relação entre Estados Unidos-China, vê-se que, apesar da forte interdependência entre ambos os países, há clara tensão nas ações, tanto nos discursos estadunidenses anti-China quanto nos conflitos geoestratégicos no Mar do Sul da China e na Coreia do Norte. A crescente parceria econômica de empresas norte-americanas em território chinês e o fornecimento de mão-de-obra barata pela China aos Estados Unidos, criando, como a teoria afirma, benefícios mútuos, não possibilitou a afirmação de paz entre os dois. Pelo contrário, ainda no governo Obama maiores impostos foram cobrados das empresas que produziam em território estrangeiro, rechaçando a lógica interdependente em prol de retórica nacional e patriótica.

Além do fator econômico, fatores distintos atuam no posicionamento de um país frente ao outro no cenário internacional. Os laços econômicos estabelecidos entre China e Estados Unidos não refletem pontos determinantes, como a Política Externa chinesa no longo prazo, a divergência de pensamento entre o Ocidente e o Oriente, a possível repulsa cultural de um pelo outro, a forma de governo comunista e centralizadora chinesa. Nenhum desses fatores, a não ser pelo econômico, atuam a favor da sobrevivência pacífica entre os dois países. É necessário enxergar a economia como ponto facilitador, mas jamais determinante para a paz. Como o poder traz segurança e estabilidade a um Estado, esse deve sempre ser considerado como principal objetivo a ser atingido. O fato de Estados adaptarem suas ações a favor da economia só demonstram que, em um sistema capitalista, o capital é mais uma forma

de demonstração de poder. Uma vez que o capitalismo deixar de existir, deixa de existir com ele o acúmulo de poder via economia, mas mantém-se o antigo objetivo por acúmulo de poder.

A teoria neoliberal também afirma que não há no mundo complexo atual, prevalência da alta política à baixa política. Essa premissa afirma que a segurança da soberania nacional não é mais primordial, visto que OI’s e a própria complexidade econômica faz a agenda política dos Estados divergirem ao organizarem o que de fato necessita de mais atenção, variando de segurança nacional a desenvolvimento interno, multilateralismo, sustentabilidade, etc. Essa afirmação é facilmente rechaçada quando considerarmos que nenhum Estado priorizaria a sustentabilidade do mundo se a sua segurança nacional já não estivesse relativamente garantida. Qualquer situação que tenha sua soberania ameaçada redirecionará todas as suas prioridades à manutenção de seu status quo. Isso porque sem Estado não há desenvolvimento interno, nem multilateralismo, nem sustentabilidade. A soberania é, por definição, instituição que não conhece superior e, por isso, jamais será abdicada voluntariamente. A alta política só dará espaço à baixa política quando estiver relativamente segura ou quando essa auxiliar na alta política.

É essencial destacar neste estudo que teorias do mundo social e teorias das ciências exatas diferenciam substancialmente e, nesse caso, de forma positiva. Enquanto as teorias de ciências exatas não podem ser modificadas ou não tem a possibilidade de modificar ações humanas futuras, as teorias do mundo social são agraciadas com essa característica. A capacidade preditiva de uma teoria de Relações Internacionais destaca o que há e o que pode haver; no entanto, diferente das ciências exatas, podem ser utilizadas para alertar líderes das nações, bem como a forma que OI’s operam para que, face a uma previsão catastrófica, modifiquem suas ações para fazer frente às evidências negativas. As tensões atuais são claras, podem ser vistas por qualquer um com acesso a informação e não parecem apontar para aumento de cooperação. Quando uma teoria prevê a ascensão da China de forma conflitiva, entretanto, nova análise de mundo poder ser feita, e as ações conjuntas podem evitar futura guerra que a própria teoria havia afirmado. Isso não descarta seu valor preditivo, mas sim faz que ela tenha tido verdadeiro propósito positivo à humanidade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram discutidas nesse trabalho de conclusão de curso a presença chinesa na Política Internacional, partindo da abertura chinesa para o Ocidente, de forma forçosa, no século XIX, sua ascensão no século XXI e seus possíveis resultados, sob a ótica de três teorias: o Realismo Ofensivo, a Tianxia e o Institucionalismo Liberal. Com essa base, três cenários futuros foram estipulados, e avaliou-se, finalmente, a capacidade preditiva de cada teoria.

Para atingir o objetivo de dissertar historicamente desde o início do século XIX (Primeira Guerra do Ópio) até primórdios do séc. XXI sobre a China enquanto potência ascendente, buscando possíveis causas para sua ascensão estipulou-se o Século da Humilhação chinesa, período de 1839 a 1949 responsável pela inserção forçosa na Política Internacional bem como presente atualmente na memória coletiva chinesa. A fim de explicar brevemente as principais teorias das RI que possam explicar os possíveis desdobramentos da ascensão de uma potência no Sistema Internacional: o Realismo Ofensivo, a Tianxia e o Institucionalismo Liberal, bem como analisar comparativamente de que forma essas teorias abordam a ascensão Chinesa utilizou-se do capítulo quatro para estabelecer as premissas e conceitos básicos de cada teoria, e do último subtópico do capítulo para que, de forma mais autoral, fossem comparadas as capacidades preditivas das teorias.

Entre as limitações para realização da pesquisa destacam-se as próprias limitações de um trabalho acadêmico, sendo necessárias as sugestões para pesquisas futuras neste capítulo e a falta de fontes primárias sobre a teoria Tianxia, visto que o autor não tem o mandarim como idioma dominante. Quanto às teorias, optou-se por três para que houvesse abordagem razoável sobre cada, porém a limitação do número possibilita outras teorias importantes para análise da ascensão chinesa, entre elas o Construtivismo, a Tianxia Americano e outras teorias Orientais que certamente enriquecerão a academia Ocidental.

O presente estudo não teve como finalidade buscar a certeza dos acontecimentos futuros, mas abordar perspectivas diferentes para que, de forma positiva, aja sobre o modo da academia de ciências sociais lidarem com a ascensão chinesa. Não se pode, por exemplo, de forma alguma, ignorar o passado recente chinês, sobretudo a partir do século XIX, para realizar análise sobre o país no presente. O Século da Humilhação deve ser considerado tanto nos debates da academia quanto nos próximos artigos acadêmicos por fazer parte da atual memória coletiva chinesa. Se o Partido Comunista Chinês, em plena ascensão, utiliza-se das humilhações chinesas com a vinda dos Ocidentais e do Japão como parte da educação de seus

cidadãos, deve-se considerar que é algo lembrado e relembrado por um quinto da população mundial. Por esse motivo, recomenda-se novos estudos sobre o impacto do Século da Humilhação nas decisões políticas chinesas de âmbito internacional.

A questão recorrente sobre o Mar do Sul da China também foi considerada como relevante neste trabalho, porém abordada com certa limitação. A questão geopolítica da região envolve países limítrofes, questões de Direito Internacional, Política Internacional e teorias sobre Hegemonia, uma vez que trouxe os Estados Unidos para a questão. Recomendam-se novos estudos mais focados nesse conflito, abordados de uma perspectiva distinta, como com a atuação de Organizações Internacionais ou no conflito ou a efetividade do Direito do mar.

O realismo defensivo de Waltz, responsável pelo início do neorrealismo nas Relações Internacionais também é sugerido, tanto de forma a compara com o Realismo Ofensivo quanto a analisá-la como mais coerente representante realista para ascensão chinesa. É necessário, por fim, a intensificação dos estudos sobre a China por ser potência ascendente no século XXI e pela clara influência presente e futura nas Relações Internacionais Contemporâneas.

REFERÊNCIAS

ALMOND, Mark. O Livro de Ouro das Revoluções: movimento políticos que mudaram o mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Harpercollins Brasil, 2016. 256 p.

ANTHONY H. CORDESMAN. Center For Strategic And International Studies. China’s Nuclear Forces and