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3.4 Consolidação urbana e as Novas Perspectivas de desenvolvimento Urbano – Período de 1991 a

O Período proposto de analise foi marcado pelo inicio do funcionamento da fábricas de cimento, a Cimento Mato Grosso S.A, empresa hoje ligada ao grupo Votorantin Cimentos. A década compreendida de 1991 a 2000, apesar das novas perspectivas econômicas, apresentou um momento de acomodação populacional, algo que pode parecer incoerente, pois neste mesmo período houve o surgimento de dois novos bairros, sendo o Jardim Petrópolis

98 surgindo no inicio da década com a implantação da Cohab Marzagão e segundo bairro o Jardim Carolina que se consolida na primeira metade da década, sendo formado pelo conjunto de três loteamentos; Loteamento Jardim Tropical, Loteamento São Jorge e Loteamento Jardim Carolina, sendo este ultimo loteamento que acabou por identificar este novo bairro que surgia.

O padrão de organização do espaço urbano Nobrense para este período possuía aspectos, médio-baixo padrão de organização urbana (CNEC, 1997 p.401), aspecto este promovido pelo momento de decadência econômica representada pela baixa diversificação de seus usos e pelas precárias condições de infra-estrutura urbana e de moradia observada em grande parcela da cidade. As indústrias no município se localizam as margens da BR-163, afastadas do centro urbano, não se configurando como distrito industrial.

3.4.1 – Aspectos políticos do período

Este período se inicia na metade do governo de Amélio Dalmolin, eleito em 15 de novembro de 1988. Já nas eleições de 1992 foram eleitos; para prefeito Lidia Barbosa Nogueira, tendo como vice Lira Queiroz de Carvalho. A eleição de Lidia foi personificada ao nome do irmão, Dr. Luiz Gonzaga Nogueira Barbosa, político muito querido pela população nobrense, mas que por força de decisão judicial não pode sair novamente candidato a prefeito, encabeçando assim sua “irmã” ao preito eleitoral, se sagrando vitoriosa, apesar de a população não ter conhecimento da mesma. Esta eleição é marcada pelo retorno do grupo político capitaneado por Dr Luiz, mas que não duraria por muito tempo, com a morte do mesmo no ano de 1994.

Para essa legislatura foram eleitos os vereadores; Ranulfo Lopes de Andrade (presidente da câmara 1993/94), Edson Luiz Pinto (presidente da câmara 1995/96), Odonel Real da Silva, José Inácio Guimarães, André Avelino Bezerra (vice-presidente 1993/94), Irineu Langer (vice-presidente 1995/96), Ademir Messias da Silva, Ney José de Campos, Manoel Firmino Pinho, Devair Valim de Melo.

Nas eleições de 1996 foram eleitos para prefeito; Devair Valim de Melo e vice- prefeito Jorge Araujo Martins “Jorge peru”. Para essa legislatura foram eleitos; Odonel Real da Silva - PFL (presidente da câmara 1997/98) eleito com 264 votos, Wanderley de Almeida

99 “Dena” - PDT (presidente da câmara 1999/2000) eleito com 218 votos, Esmeraldo Almeida da Silva – PSDB 264 votos, Lucio Leite de Almeida – PTB com 232 votos, Waner Rondon – PPB com 215 votos, Celso Tadeu Antoniacomi – PTB, 206 votos, Jose Ely Queiroz – PSDB 184 votos, Jaques Santana da Silva – PSC 183 votos, Silvana Ferreira Silva de Almeida – PSDB 180 votos, Daniel Oliveira Leite – PFL 175 votos, Duirço Ribeiro Sampaio – PPB 162 votos.

Este período foi um dos mais conturbados politicamente na história recente do município de Nobres, onde o chefe do executivo municipal deste período Devir Valim de Melo responde até os dias de hoje por improbidades administrativas exercidas naquela ocasião administrativa, sendo os votos pelo mesmo conquistado na última eleição terem sido considerados nulos, por ser considerado inelegível. As acusações vão desde desvios de recursos do FUNDEF a emissão de cheques sem fundos em nome da prefeitura. O mesmo não conseguiu se reeleger nas eleições de 2000. Outras tentativas frustradas foram no ano de 2004 e 2008. Todo esse problema político acabou por influenciar economicamente o município que se viu nesse período em franca estagnação.

3.4.2 – Aspectos socioeconômicos para o período

A população nobrense neste momento apresenta características de miscigenação tendo sua composição de origem das mais diversas regiões do Brasil, estando presente nas mais diversas áreas da produção sócio espacial nobrense.

De acordo com o Censo demográfico do ano 2000 (IBGE) residiam no município de Nobres naquele ano 14.942 habitantes, sendo distribuídos em 7.693 homens e 7.249 mulheres, sendo que deste total 3.007 habitantes residiam na zona rural e 11.935 habitantes residiam no núcleo urbano sendo este na cidade e nas vilas dos distritos. Segundo Florentino(2000) a taxa de crescimento médio no município levando em conta os anos de 1998, 1999 e 2000 foi de ( -) 0,53%. Continuando com o autor, a população do município apresenta neste período uma população consideravelmente jovem, estando 41% da sua população na faixa etária de 0 a 14 anos. O município apresenta ainda uma população acima de 60 anos corresponde a 4,5% da população total.

100 Em relação à ocupação territorial, o município apresenta neste período uma densidade demográfica na área urbana de 422 hab/km². Em relação á área rural a densidade demográfica chaga a casa de 0,78 hab/km², ocorrendo em áreas do município densidade abaixo de 0,5 hab/km². Tomando como Referência a população geral, o município apresenta uma densidade demográfica de 3,8hab/km² (Florentino,2000 p.69)

No gráfico abaixo temos a distribuição percentual da população do município de Nobres, distribuídos percentualmente em habitantes da zona rural e urbana.

Figura 23 - Situação demográfica do município de Nobres Fonte: Censo demográfico, 2000 - IBGE

Organização: Anderson Boaventura da Cunha

Observamos que a taxa de urbanização nobrense, levando em consideração a população residente na cidade de Nobres é de 80% dos habitantes residentes no total do município, e a população rural corresponde 20% da população total do município. Tomando como referência os dados compreendidos ao distrito de Nobres, área onde a cidade de Nobres faz parte administrativamente dentro do município, a população urbana chega a 92% contra 8% população residindo na zona rural ao entorno da cidade.

Continuando com Florentino (2000), observa-se neste período que na composição da população nobrense, há a presença de trabalhadores envolvidos com atividades rurais e garimpos, sendo em sua maior parte residindo principalmente na periferia da cidade. Suas atividades são desenvolvidas em geral em propriedades rurais e garimpos da região,

80% 20%