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107 construção civil empregava 10% da população, sendo que em sua grande maioria neste período os trabalhadores exerciam suas atividades sem registro trabalhista. Já o serviço público ocupava 8% da mão de obra do município e outras atividades 11%.

3.4.3 – A forma e a função urbana para o período

Em relação à forma urbana deste período, a cidade de Nobres apresentava padrão residencial na região central considerada como regular baixa, por haver quantidade considerável de habitações em estágios precários.

As áreas que apresentam os melhores padrões habitacionais na cidade se localizam na porção noroeste da cidade, sendo os condomínios fechados de propriedade do Grupo Votorantin, vilas residenciais destinadas à moradia dos funcionários da empresa. Essas propriedades apresentavam naquele momento pouco inter-relacionamento com a malha urbana da cidade, contribuindo em pouco com as atividades comerciais, consumindo pouco na cidade.

Em relação à configuração da cidade de Nobres temos o bairro Jardim Paraná, local onde se situa a prefeitura municipal de Nobres, área afastada do centro, com baixa taxa de ocupação naquele momento, mas se constituindo como um bairro de médio padrão de renda (CNEC, 1997 p.405).

Segundo ainda o relatório CENEC (1997) os piores padrões de urbanização na cidade de Nobres, se encontram nas demais áreas periféricas, onde se encontram os loteamentos de baixa renda como, Aglomerado (atual Jardim Carolina), Ponte de Ferro, Serragem, Sapolândia (atual Jardim Glória), Aeroporto, Petrópolis e COHAB Marzagão (hoje os dois formam um bairro só o Jardim Petrópolis), todos eles desprovidos de infra-estrutura urbana e com precárias condições de moradia, e grande número de casas construídas com materiais alternativos tais como palha, barro e lona plástica.

Segundo os dados do Censo, 1991(IBGE), a cidade de Nobres apresentava naquele momento 3.160 domicílios urbanos permanentes, sendo estimado que 35% das residências apresentam condições precárias. A cidade conta ainda com 300 casas populares divididas em

108 três conjuntos habitacionais (Florentino, 2001), sendo eles Cohab Jardim Paraná, COHAB Marzagão e COHAB Jardim Petrópolis.

Neste cenário cabe fazer algumas considerações em relação ao Bairro Jardim Petrópolis que teve sua consolidação com a construção de aproximadamente 164 casas através de convenio entre o executivo municipal sob a administração de Amélio Dalmolin e o governo do Estado de Mato Grosso na época sob o governo de Jaime Campos e financiamento junto a Caixa Econômica Federal. O Residencial denominado COHAB Marzagão, nome este dado pela localização do mesmo a margem esquerda da rodovia que liga a cidade de Nobres a comunidade Marzagão distrito de Rosário Oeste.

Na figura 30 temos a vista parcial da Avenida Marzagão, principal meio de ligação entre a cidade de Nobres com os distritos de Coqueiral e Bom Jardim, bem como com os principais pontos turísticos comercializados pelo município. Este ponto é o entroncamento da MT-241 com a BR- 163/364.

Figura 30 - Avenida Marzagão (MT-241), bairro Jardim Petrópolis Fonte: Anderson Boaventura da Cunha, 2010

Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011 .

109 O Bairro Jardim Petrópolis localiza-se a margem direita da rodovia BR 163/364 (Cuiabá-Santarém), estando à sombra da serra do “vai – quem – quer”, um dos pontos turísticos do município de Nobres. O bairro é o reflexo da nova tendência pensada pelos governantes da época em trazer a rodovia para dentro (novamente) da mancha urbana municipal, que tinha sido retirada quando da pavimentação da BR-163/364 na década de 1980.

O bairro é um dos que mais cresce em Nobres, sendo o principal foco do executivo municipal para os novos investimentos em habitações sociais, “casas populares”. O bairro conta com precária infra-estrutura, tendo em sua maior parte ruas sem pavimentação, sem esgoto e em alguns pontos sem água e luz. O bairro é formado pela já falada COHAB Marzagão, o Residencial “Pôr-do-sol” o loteamento Jardim Petrópolis, loteamento este ultimo que dá nome ao bairro.

Corrêa nos fala sobre essa camada da população no papel de agentes modeladores do espaço:

É na produção da favela, em terrenos públicos ou privados invadidos, que os grupos sociais excluídos tornam-se efetivamente, agentes modeladores, produzindo seu próprio espaço, na maioria dos casos independentemente e a despeito dos outros agentes. A produção deste espaço é, antes de, mais nada, uma forma de resistência, e ao mesmo tempo, uma estratégia de sobrevivência. Resistência e sobrevivência as adversidades impostas aos grupos sociais recém-expulsos do campo ou provenientes de áreas urbanas submetidas ás operações de renovação, que lutam pelo direito á cidade [...]. (CORRÊA, 1989, p.30)

Na figura a seguir é apresentada vista parcial de uma das unidades habitacionais da COHAB Marzagão ainda em partes com a fachada original preservada. Estas unidades apresentavam dois cômodos sendo um quarto, uma sala e cozinha junto e um banheiro. As residências foram financiadas pela Caixa Econômica Federal com prazo de pagamento de 15 anos.

110 Figura 31 - Vista parcial da Cohab Marzagão, 1997

Fonte: CNEC, 1997

Organização: Anderson Boaventura, 2011

Conjunto habitacional considerado neste período para população de baixa renda, na COHAB Marzagão observa-se muitos vazios urbanos, configurando um núcleo urbano de baixo-média densidade, sendo considerado junto com o jardim Carolina na época como extensos bolsões de pobreza. (CNEC, 1997)

Por ser área considerada periférica da cidade o bairro apresenta os menores valores por metro quadrado da cidade de terreno urbano, sendo a área visada pelo governo municipal de direcionamento de novos projetos habitacionais de cunho social pelo baixo custo das áreas nesta região. Isso nos faz recordar de Santos quando diz que "estrutura implica a inter -relação de todas as partes de um todo; o modo de organização ou construção” (1985, p.50). É o aspecto "invisível” construído pela inter-relação das diversas funções desempenhadas pelas/nas formas. Observa-se diante disso que a cidade necessitava deste novo espaço de expansão, mas essa expansão visava o atendimento a um público com poder aquisitivo baixo, mas que tivesse condições de pagar uma mensalidade, sendo necessariamente que os novos moradores desta nova área tivessem condições de assumir esta responsabilidade financeira. Diante disso observamos uma tendência no atendimento com moradia os trabalhadores com funções na fábrica de cimento, pois os mesmo teriam condição de pagamento desta mensalidade.

111 Figura 32 - Unidade habitacional da Cohab Marzagão, Bairro Jardim Petrópolis, 2010

Fonte: Anderson Boventura da Cunha, 2010 Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

Os moradores do bairro viveram por quase meia década com dificuldades de ligação com o centro da cidade, pois esta área por muito tempo permaneceu separada por uma barreira natural o “Rio Nobres”. A única via de ligação urbana era uma ponte de aço construída logo após a construção da COHAB Marzagão pelo qual tinha como função o atendimento dos pedestres que vinham da nova área urbana da cidade para o centro. Na figura a seguir temos o principal meio de ligação do bairro com o centro, até os idos dos anos de 1997 e 1998 quando com recurso do governo do Estado, na época sob o governo de Dante de Oliveira quando foi construída e inaugurada ponte de concreto sobre o Rio Nobres que até hoje serve como principal meio de ligação do bairro com a área central da cidade pela avenida Buriti.

112 Figura 33 - Ponte de Ferro sobre o rio Nobres, 2010

Fonte/Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

Logo abaixo temos figura da rotatória da Avenida Buriti no bairro ponte de Ferro que dá acesso a ponte sobre o rio Nobres principal e única via de ligação urbana do Bairro Jardim Petrópolis com o centro comercial da cidade de Nobres. A avenida foi pavimentada durante a primeira gestão do Prefeito Flávio Dalmolin. Por ser uma área de várzea e a obra desde a sua pavimentação não aparentar uma qualidade satisfatória, a via tem aspectos de deteorização.

Após a sua abertura a Avenida Buriti possibilitou investimentos públicos e privados nesse trecho que vai da ponte até o entroncamento com a Avenida Marechal Rondon que acarretou a criação do Bairro Ponte de Ferro. Neste trecho da avenida no sentido Centro- Jardim Petrópolis encontra-se principalmente pequenas chácaras na sua margem esquerda, já no outro lado algumas residências podem ser observadas. Este bairro apresenta desafios para a construção de prédios ou estabelecimento de empreendimentos, por ser uma área de várzea como já dito anteriormente, recebendo as águas de chuvas de toda área mais alta da cidade (bairros: São José e Carolina e parte do centro)

113 Figura 34 - Rotatório da Avenida Buriti ligação entre o Centro da cidade e o bairro Jardim Petrópolis

Fonte: Anderson Boaventura da Cunha, 2010 Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

Este período também foi marcado pela criação do bairro Jardim Carolina, que surgiu primeiramente a base de três loteamentos chamados de Aglomerado, Jardim Carolina, São Jorge e Topical. Esta nova área de ocupação na cidade teve seu maior interesse comercial a partir do anuncio de que iria ocorrer à mudança pelo poder publico municipal do terminal Rodoviário do município, que seria construído com recursos do governo do Estado, sob então o governo de Jaime Campos na região onde hoje se encontra o bairro Jardim Carolina, fazendo assim impulsionar a venda dos terrenos do lugar, por assim acreditar os compradores na época os compradores que com essa mudança do terminal rodoviário, bem como com a presença já anteriormente da prefeitura e do fórum nas proximidades da localidade aconteceria uma valorização das propriedades ali estabelecidas. Na figura a seguir temos o terminal rodoviário “Jaime Campos” sendo a porta de entrada do bairro Jardim Carolina que se encontra ao fundo.

114 Figura 35 - Vista do termina rodoviário de Nobres “Jaime Campos”

Fonte: Anderson Boaventura, 2010 Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

O terminal que surgiu com toda pompa de ser a referência de expansão urbana, não surtiu efeito no primeiro momento, pelo seu pouco fluxo de passageiros, que em sua maior parte se utilizavam de ponto de ônibus nas imediações da antiga rodoviária. Situação esta ocorrida pela distância do mesmo que se encontrava em área retirada em relação ao centro da cidade e principalmente em relação aos bairros como Serragem, Aeroporto e Jardim Glória, que preteriam a rodoviária ao se utilizar do ponto de ônibus pela comodidade que isso lhes proporcionava.

O novo bairro que surgiu passou a abrigar família com baixo poder aquisitivo, com moradias precárias, ou construídas com materiais alternativos. Na primeira parte dos anos 2000 o bairro começa a apresentar modificações estruturais e sociais com a construção de moradias permanentes e a diminuição das moradias construídas com materiais alternativos.

115 Figura 36 - Vista da rua 02 no Bairro Jardim Carolina, fundo com a Rodoviária

Fonte: CNEC/Set1996 – ago/1997 Organização: Anderson Boaventura

Tendo como base o relatório produzido pelo grupo de trabalho responsável pelos estudos do zoneamento sócio econômico ecológico do Estado de Mato Grosso em relação ao município de Nobres, identificaram nos idos de 1996 a 1997 como sendo o Bairro Jardim Carolina (na época conhecido como aglomerado) uma área de expansão, sendo ela a única na cidade naquele momento. O seu padrão de ocupação foi considerado baixo com uma baixa densidade residencial conforme pode ser visto na figura acima da rua 02 no fundo da rodoviária(ver figura 31).

Em relação as suas vias, o município apresenta em seu território estimativamente 200 km de estradas vicinais, sendo ainda entrecortado o município por duas rodovias estaduais a MT-240 que liga a BR-163/364 (Boteco Azul) a localidade Sete Placas, município de Santa Rita do Trivelato, totalizando 160 km. A outra rodovia é a MT-241 que liga a cidade de Nobres ao distrito Marzagão no município de Rosário Oeste, passando pela Vila Bom Jardim (hoje distrito), e pelo distrito de Coqueiral, com uma extensão aproximada de 70 km (FLORENTINO, 2001 p.73), ambas as rodovias estaduais não são pavimentadas. A cidade ainda é cortada no sentido sul-norte pela BR-163/364, pavimentada, percorrendo pelo

116 território do município cerca de 40 km. A rodovia que liga Nobres à Cuiabá, capital do Estado e com a região norte mato-grossense.

Em relação aos equipamentos de atendimento a população nobrense neste período se encontravam distribuídos por toda a cidade. No bairro Jardim Paraná se localiza a prefeitura municipal, o Fórum, a Exatoria e a escola municipal de 1º grau Profª Niva Matos de Oliveira (hoje o prédio abriga a Assistência Social do Município). No bairro Aglomerado (hoje Jardim Carolina) temos a rodoviária e o cemitério municipal. Já no bairro São Jose, encontramos a igreja matriz “São Sebastião”, a biblioteca municipal (derrubado o prédio para dar lugar à nova praça da matriz), a câmara municipal e a escola Estadual de ensino fundamental (antigo 1º grau) Inocência Rachid Jaudy. No centro encontramos o Pronto Socorro municipal, a escola Estadual de ensino fundamental e médio (antigo 1º e 2º graus) Professor Nilo Póvoas e o Clube Social. No bairro Ponte de Ferro temos o estádio municipal “Balizão” e a Feira-Livre (área derrubada para dar lugar a estacionamento), e a escola Estadual de ensino fundamental (antigo 1º grau) Dr. Fábio Silvério de Farias. Já no bairro Sapolândia (hoje Jardim Glória) a escola Estadual de ensino fundamental e médio (antigo 1º e 2º graus) Mario Abraão Nassardem. No bairro Aeroporto temos a escola particular de ensino Fundamental (antigo 1º grau) SESI.

Diante das informações obtidas da cidade de Nobres em relação a este período estudado observamos uma estagnação econômica no município, que acabava por influenciar no tipo de estrutura social e na condição das moradias utilizadas pela população. Observamos em relação aos conjuntos habitacionais direcionados a população de poder aquisitivo baixo, a segregação sócio-territorial característica básica deste modo capitalista de produção do espaço, onde a se tinha infra-estrutura precária com aparente descaso por parte do poder publico em relação ao que acontecia a população local. Fator preponderante para este momento é o estabelecimento da configuração urbana nobrense que viria a sofrer novas modificações na segunda metade da primeira década dos anos 2000, com o surgimento de novas áreas de expansão urbana.

117 Este tópico vem a complementar o tópico 3.4, onde construiremos algumas referências em relação à principal empresa extrativista no município, a cimento Mato Grosso S.A, empresa ligada ao grupo Votorantim. Segundo Singer (1977), a ocupação do Brasil se fez de várias formas, pois nem todas as regiões do país apresentavam as mesmas facilidades para a produção de artigos para o mercado mundial.

Construir esse momento no trabalho se deu pela necessidade de transcrever o processo histórico deste principal empreendimento instalado na cidade, que proporcionou além de impostos e empregos o reconhecimento em nível nacional e internacional do município, por estar localizado em seu território uma das unidades fabris da Votorantim, um dos maiores grupos econômicos da América Latina.

3.5.1 – O Grupo Votorantim

A fábrica de Cimento Itaú é uma empresa do Grupo Votorantim, que teve sua origem a partir de uma fábrica de tecidos fundada em 1918, Sorocaba, São Paulo e que vem diversificando suas atividades ao longo dos anos, tornando-se uma das maiores empresas da América Latina (Votorantim, 1999, p.51). Apesar de ser uma empresa genuinamente brasileira sua área de abrangência econômica se estende com suas atividades em mais de 20 países, distribuídos nos continentes americano, europeu, africano e asiático.

Na America do norte a empresa apresenta 6 fábricas de cimento e 150 unidades de cimento e agregados (brita e areia). Já na América do sul, sua participação se estende além do Brasil, na Bolívia, Chile, Paraguai, Argentina, Uruguai e Peru. O grupo Votorantim ainda é dono de 21,2% na CIMPOR, empresa portuguesa que tem atuação em 11 países europeus, além do continente africano e asiático.

Na figura a seguir observamos o grupo VOTORANTIN no espaço mundial, empregando cerca de 35 mil profissionais, sendo que sua área de atuação vai além do cimento, estando presente na mineração e metalurgia, siderurgia, celulose e papel, suco concentrado de laranja, auto geração de energia e no mercado financeiro.

118 Figura 37 - O Grupo Votorantim no mundo, 2011

Fonte: Votorantin Cimentos S.A

Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

O Grupo Votorantim é líder no mercado nacional brasileiro na produção de materiais básicos de construção, sendo detentor de cerca de 40% da participação no mercado de cimento no Brasil. Nesse ramo econômico a companhia é considerada uma da s 10 maiores empresas na produção de cimento no mundo, sendo que toda essa grandiosidade econômica construída ao longo dos seus 75 anos de existência.

Na figura 33 temos a distribuição espacial no território Brasileiro dos centros de produção de cimento do grupo Votorantin, bem como a informações referentes aos investimentos na ampliação fabril com a construção de novas plantas industriais a serem construídas. Em relação a sua capacidade de produção a empresa apresenta; 36 milhões de toneladas de cimento por ano produzido, bem como a produção de 12 milhões de m³ de concreto por ano e cerca de 29 milhões de toneladas de agregados (areia e brita) produzidos ano. Diante desses dados ela se consolida como uma multinacional Brasileira.

119 Figura 38 - Mapa de localização das unidades da Votorantin Cimentos, 2011

Fonte: Votorantin Cimentos S.A. 2011 Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

Nas figuras acima podemos visualizar a interligação de Nobres com o mundo por meio da relação de fluxos econômico estabelecidos por esta empresa que tem atuação internacional. Nobres, é observado no cenário nacional e internacional como um dos tentáculos econômico desta multinacional brasileira.

3.5.2 – O Grupo Votorantim em Nobres- MT

Entende-se que um dos percussores na exploração do cimento no território nobrense foi Monsenhor Henrique que em 1940 identificou através de pesquisa em laboratório na cidade de São Paulo, calcário próprio para a fábricasção de Cimento na antiga fazenda Tombador. Anos mais tarde vieram geólogos na região e confirmaram a existência de calcário próprio para a fábricasção de cimento. O Grupo Santa Rita, empresa italiana, adquiriu primeiramente a área da família Moreira e começou a construção da planta industrial da

120 Cimento Portland Mato Grosso S/A, que anos depois seria vendida ao grupo Itaú, o projeto reformulado no ano de 1984, sendo que nesse período a empresa modificou o programa, ampliando e modernizando o parque industrial que estava sendo construído, ocorrendo o seu Star-Up no dia 16 de agosto de 1991, com um custo total de implantação de 150 milhões de dólares. A partir de 1997 a empresa passou a fazer parte do Holding Votorantim Cimentos, que englobou o Grupo Itaú.

Figura 39 - Vista Parcial da Unidade fabril de cimento da Votorantim em Nobres – MT Fonte: CIMAG

Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

A unidade fabril de Nobres, em destaque acima na figura 34, está entre as mais modernas e compactas fábricas de Cimento da América Latina. Tendo assumido importante papel no mercado industrial na região-centro norte do Brasil, atendendo não só a região centro norte do Brasil, indo além em comercializando com mercado internacional, Bolívia e Paraguai. Além disso, a fábrica tem como finalidade a produção de materiais e insumos necessários a produção de cimento para atendimento da demanda da fábrica de cimento localizado no estado de Rondônia. A seguir temos figuras com dados referentes à fábrica ITAÚ de propriedade da Cimento Mato Grosso S.A:

121 Figura 40 – Dados da implantação da Cimento Mato Grosso S.A – Nobres, MT

Fonte: CIMAG, 2010

Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

A unidade fabril cimento Mato Grosso S.A, apresenta uma área total de extração (mina) e produção (fábrica) de 62 ha, produzindo cimento Itaú CP IV e CP II Z. Até o ano de 2009 a indústria produzia calcário agrícola, mas que pelo aumento da demanda no consumo de cimento no Estado de Mato Grosso, bem como os investimentos por parte do governo federal no setor energético tais como a construção das Usinas Hidrelétricas de Giral e Santo Antonio ambas localizadas em Rondônia, obrigou a empresa a colocar seu parque industrial totalmente a disposição da produção de cimento. Na figura a seguir temos os dados dos principais produtos produzidos e sua quantidade bem como sua área de atuação comercial.

Implantação do Projeto - 1984 INVESTIMENTOS GLOBAIS - $150 milhões de dólares 218 Funcionários Start-up - 16 de agosto de 1991

122 Figura 41 – Dados da Produção e mercado consumidor da Cimento Mato Grosso S.A – Nobres, MT

Fonte: CIMAG, 2010

Organização: Anderson Boaventura da Cunha, 2011

Na figura 37 a seguir, temos uma vista parcial da área da fábrica e da mina, a partir de imagem orbital do ano de 2005 disponibilizada pelo Google Earth, esta visualização possibilita ter uma idéia do tamanho do empreendimento no território nobrense. No último ano a empresa ampliou sua produção influenciada pelo aumento da demanda apresentada pelo