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3.4. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA ASSISTIVA

3.5.3. MODELO DE ACESSIBILIDADE EM GOVERNO ELETRÔNICO (e-MAG)

3.5.3.3. CONTEÚDO

São 12 recomendações nesta seção que serão apresentadas a seguir.

1) Recomendação 3.1 – Identificar o idioma principal da página

O principal idioma utilizado nos documentos deve ser identificado ao usuário em todas as páginas do sítio. Isso auxilia na acessibilidade do conteúdo e também permite melhor indexação pelos motores de busca.

2) Recomendação 3.2 – Informar mudança de idioma no conteúdo

Os elementos que possuírem conteúdo com idioma diferente do idioma principal da página devem ser identificados aos usuários. Isso não se aplica a nomes próprios e termos técnicos, desde que sejam compreendidos no contexto.

3) Recomendação 3.3 – Oferecer um título descritivo e informativo à página

Esta recomendação indica que o título deve representar o conteúdo principal da página e deve ser descritivo e informativo, pois é a primeira informação lida pelos leitores de tela.

4) Recomendação 3.4 – Informar ao usuário sobre sua localização na página

Esta recomendação afirma que devem ser utilizados mecanismos que possibilitem ao usuário orientar-se dentro de um conjunto de páginas e permitir que ele saiba aonde se encontra no momento. Um dos recursos indicados é o de “migalhas de pão” (breadcrumbs), no qual são disponibilizados links navegáveis no formato de listas hierárquicas que mostrem aos usuários qual o caminho percorrido até chegar à página em que ele se encontra no presente momento.

Como por exemplo: “Você está em: Página Inicial (primeira página percorrida – funciona como link) > Biblioteca (segunda página percorrida – funciona como link) > Acervo (posição atual – não funciona como link)”.

5) Recomendação 3.5 – Descrever links clara e sucintamente

Os links devem ser identificados clara e sucintamente de forma que façam sentido mesmo estando fora do contexto da página. Os links que remetem a outro sítio devem informar isso ao usuário. Segundo esta recomendação, “É preciso tomar cuidado para não utilizar a mesma descrição para dois ou mais links que apontem para destinos diferentes. Da mesma forma, links que remetem ao mesmo destino devem ter a mesma descrição” (BRASIL, 2014b, p. 45).

6) Recomendação 3.6 – Fornecer alternativa em texto para as imagens do sítio

É imprescindível a descrição em texto para as imagens da página. Se houver banners ou imagens que reproduzam texto em seu conteúdo também devem ser reproduzidos em texto escritos. Para imagens simples deve ser feita descrição sintética, mas para imagens mais complexas que exijam descrições longas deve-se oferecer a descrição no próprio contexto ou mesmo criar um link para a descrição longa após a imagem, porém deve ficar claro para o usuário que o link remete para a descrição longa da imagem. No caso dos gráficos simples a informação pode estar descrita na própria página.

7) Recomendação 3.7 – Utilizar mapas de imagens de forma acessível

“Um mapa de imagens é uma imagem dividida em áreas selecionáveis definidas por elemento AREA. Cada área é um link para outra página Web ou outra seção da página atual. É um recurso em desuso, mas pode ser útil na acessibilidade de infográficos, por exemplo” (BRASIL, 2014b, p. 51).

Podem ser de dois tipos: 1) lado do cliente; 2) lado do servidor. Porém, é indicado usar o tipo “lado do cliente”, pois ele permite que sejam feitas descrições (por meio do atributo “alt”, na linguagem) para cada uma das zonas ativas, ou seja, para cada link do mapa, o que o torna acessível. Já o tipo “lado do servidor” permite criar

descrições apenas para o mapa como um todo (não é possível gerar um atributo “alt” para cada zona ativa). Nesse caso, é indicado criar links redundantes relativo a cada região ativa do mapa de imagem para que ele se torne acessível.

8) Recomendação 3.8 – Disponibilizar documentos em formatos acessíveis

O formato HTML é o preferido para a disponibilização de documentos. No entanto, podem ser utilizados arquivos para download no formato ODF (Open Document Format), desde que se tomem os cuidados necessários para que sejam acessíveis. Para arquivos em PDF (Portable Document Format) devem ser fornecidas opções alternativas em HTML ou ODF. Segundo a recomendação:

O ODF (Open Document Format) é um formato aberto de documento adotado pela e-PING (Arquitetura de Interoperabilidade em Governo Eletrônico) que pode ser implementado em qualquer sistema. O ODF engloba formatos como: ODT (Open Data Text) para documentos de texto, ODS (Open Data Sheet) para planilhas eletrônicas, ODP (Open Data Presentation) para apresentações de slides, entre outros (BRASIL, 2014b, p. 52).

Programas como o OpenOffice, BrOffice, Google Docs, Abiword e SatrOffice já utilizam estes formatos. O Microsoft Office, versão 2010, inclui suporte para ODF. No entanto, para as versões anteriores do Microsoft Office é preciso instalar um Add-in gratuito para suporte aos formatos ODF.

9) Recomendação 3.9 – Em tabelas, utilizar títulos e resumos de forma apropriada

Esta recomendação indica a utilização de títulos para tabelas, que deve ser definido pelo elemento “CAPTION” e deve ser o primeiro elemento a ser utilizado após a declaração do elemento “TABLE”. Para as tabelas extensas, deve ser apresentado um resumo dos seus dados por meio do atributo “summary”, declarado no elemento “TABLE”.

A recomendação indica um tutorial “Tabelas Acessíveis”30, na seção do e-MAG no Portal do Programa de Governo Eletrônico.

30 Disponível pelo endereço <http://www.governoeletronico.gov.br/eixos- deatuacao/governo/acessibilidade/material-de-apoio>

10) Recomendação 3.10 – Associar células de dados às células de cabeçalho

Esta recomendação diz respeito à utilização apropriada dos elementos de cabeçalho e de células de dados para tabelas de dados simples e tabelas mais complexas para torna-las mais acessíveis. Por ser uma recomendação com informações muito técnicas de programação, não serão detalhados aqui os elementos indicados para a associação das células de dados e de cabeçalho. Para estas informações, sugere-se acessar BRASIL (2014b, p. 53).

11) Recomendação 3.11 – Garantir a leitura e compreensão das informações

Esta recomendação indica que os textos dos sítios devem ser de fácil leitura e compreensão. Não devem exigir dos usuários nível de instrução mais avançado do que o de ensino fundamental completo. Quando isso for preciso, devem ser disponibilizadas informações suplementares que expliquem o conteúdo principal, ou versões simplificadas do conteúdo em texto. Assim, são sugeridas algumas técnicas que auxiliam nesse processo:

• Desenvolver apenas um tópico por parágrafo;

• Utilizar sentenças organizadas de modo simplificado para o propósito do conteúdo (sujeito, verbo e objeto, preferencialmente); • Dividir sentenças longas em sentenças mais curtas;

• Evitar o uso de jargão, expressões regionais ou termos especializados que possam não ser claros para todos;

• Utilizar palavras comuns no lugar de outras pouco familiares; • Utilizar listas de itens ao invés de uma longa série de palavras ou

frases separadas por vírgulas;

• Fazer referências claras a pronomes e outras partes do documento; • Utilizar, preferencialmente, a voz ativa (BRASIL, 2014b, p. 57). 12) Recomendação 3.12 – Disponibilizar uma explicação para siglas, abreviaturas e palavras incomuns

Devem ser disponibilizadas explicações ou formas completas de siglas, abreviaturas ou palavras incomuns (ambíguas, desconhecidas ou utilizadas de forma muito específica) nas suas primeiras ocorrências. Isso pode ser feito no próprio texto, por meio de um glossário ou, então, por meio da utilização do elemento “abbr”.