• Nenhum resultado encontrado

3.4. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA ASSISTIVA

3.5.3. MODELO DE ACESSIBILIDADE EM GOVERNO ELETRÔNICO (e-MAG)

3.5.3.6. FORMULÁRIO

São oito recomendações nesta seção que serão descritas a seguir.

1) Recomendação 6.1 – Fornecer alternativa em texto para os botões de imagem de formulários

Esta recomendação aponta que se houver botão tipo imagem com a mesma finalidade do botão tipo submit, deve-se fornecer uma descrição textual para o botão por meio do atributo “alt”.

2) Recomendação 6.2 – Associar etiquetas aos seus campos

As etiquetas de texto devem estar associadas aos seus campos correspondentes no formulário.

3) Recomendação 6.3 – Estabelecer uma ordem lógica de navegação

Segundo esta recomendação, “os elementos do formulário devem ser distribuídos corretamente através do código HTML, criando, assim, uma sequência lógica de navegação. Assim, os formulários devem primeiro ser codificados considerando a ordem lógica de navegação para depois serem organizados visualmente via CSS” (BRASIL, 2014b, p. 71).

4) Recomendação 6.4 – Não provocar automaticamente alterações no texto

Esta recomendação aponta que quando um elemento de formulário receber o foco, as mudanças na página devem ocorrer por meio do acionamento de um botão, ao invés, de iniciarem automaticamente para que não confunda ou desoriente o usuário.

5) Recomendação 6.5 – Fornecer instruções para a entrada de dados

Esta recomendação indica que quando for preciso que o usuário faça entrada de dados, devem ser fornecidas instruções de preenchimento juntamente com as etiquetas, quando necessário. Assim, em áreas de entrada de texto, só devem ocorrer a utilização de caracteres pré-definidos nas seguintes situações:

• O texto for incluído após a entrada de dados pelo usuário (por exemplo, sugerir um novo nome de usuário caso o escolhido já exista);

• A semântica do documento justifique a inclusão de texto pré-definido (por exemplo, uma loja virtual que só vende para determinado país já vem com o campo país preenchido);

• Os caracteres tenham sido fornecidos previamente pelo usuário (por exemplo, refinamento de busca)

(BRASIL, 2014b, p. 72).

Esta recomendação indica ainda que a entrada de dados seja facilitada, como por exemplo com a exclusão de caracteres especiais em campos numéricos, como em CPF, e a simplificação de campos.

6) Recomendação 6.6. – Identificar e descrever erros de entrada de dados e confirmar o envio das informações

Esta recomendação indica que quando um erro de entrada de dados for detectado automaticamente, deve-se identificar e descrever o item que apresenta erro para o usuário por meio de texto. E que, após a validação dos dados, deve aparecer uma tela de confirmação antes do envio do formulário para que o usuário possa verificar e editar as informações, se necessário, antes de enviá-las.

7) Recomendação 6.7 – Agrupar campos de formulário

Nesta recomendação é indicado que “os campos com informações relacionadas sejam agrupadas utilizando o elemento FIELDSET, principalmente em formulários longos. O agrupamento deverá ser feito de maneira lógica, associando o elemento LEGEND explicando claramente o propósito ou natureza dos agrupamentos” (BRASIL, 2014b, p. 79).

8) Recomendação 6.8 - Fornecer estratégias de segurança específicas ao invés de CAPTCHA

Segundo esta recomendação,

CAPTCHAs são utilizados para impedir que softwares automatizados, conhecidos como bots, executem ações que degradem a qualidade do serviço de um sistema, provocando danos em áreas e e-serviços de sítios em um curto espaço de tempo, podendo sobrecarregar servidores e deixar sítios indisponíveis por um dado período (BRASIL, 2014b, p. 81).

Então, esta recomendação indica uma combinação de diferentes estratégias para serviços mais seguros e acessíveis que possam substituir o uso de CAPTCHA, como os exemplos de:

1. Limites de conexão; 2. Monitoramento;

3. Consistência nas políticas de segurança;

4. Uso de técnicas de desenvolvimento de serviços e formulários seguros.

Esta recomendação é estabelecida devido ao fato de que o uso de CAPTCHA pode gerar problemas significativos para sítios e formulários, como os seguintes:

• Usabilidade: O ônus de detecção de problemas e invasões é delegado a pessoa, ao invés do sistema. Como CAPTCHAs são projetados para serem difíceis de ler e entender, tornam os serviços que os utilizam muito mais difíceis de usar.

• Acessibilidade: Os CAPTCHAS são inacessíveis por sua natureza, não são lidos, nem interpretados por leitores de tela. Isso efetivamente torna o serviço inutilizável por alguns grupos de pessoas. Mesmo CAPTCHAs que oferecem versões em áudio não resolvem completamente o problema, pois muitas pessoas podem possuir deficiência auditiva e visual.

• Segurança: Desenvolver um CAPTCHA internamente costuma gerar CAPTCHAS inseguros, com falhas já mapeadas por spammers. No entanto, ao utilizar CAPTCHAS de terceiros há outros problemas

a serem considerados:

1. Privacidade: O serviço de CAPTCHA pode incluir cookies, coletar estatísticas e mapear o comportamento de navegação das pessoas que acessam o serviço. Isto introduz preocupações com a privacidade significativas.

2. Performance: O uso de um serviço CAPTCHA incorre no desempenho do sítio. Se o serviço ficar indisponível, o mesmo acontece com o acesso ao serviço da página que utiliza o CAPTCHA (BRASIL, 2014b, p. 81).

Entretanto, se o uso de CAPTCHA for estritamente necessário, deverá ser fornecido, apenas após pelo menos duas tentativas do usuário de envio do formulário, como uma pergunta simples de interpretação, conhecido como CAPTCHA Humano. Esta pergunta não pode ser de difícil resolução possibilitando que seja respondida por pessoas de variadas culturas e níveis de instrução. Podem ser perguntas de senso comum, como por exemplo, “qual é a cor do céu?”, ou “o fogo é quente ou frio?”.

Mais detalhes sobre o CAPTCHA são indicados pelo documento Orientações para o uso do CAPTCHA no Governo Federal na seção do e-MAG31 (BRASIL, 2014b, p. 83).

3.5.4. CORRESPONDÊNCIA ENTRE DIRETRIZES DE