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A crescente globalização da economia é caracterizada por mudanças rápidas e descontínuas em mercados, produtos, serviços, processos produtivos e tecnologias. Como consequência, as organizações são frequentemente pressionadas a adaptar seus ambientes de negócios às novas exigências da economia. Nesse contexto, a inovação e a tecnologia convertem-se em fontes estratégicas essenciais para vantagens competitivas sustentadas, auxiliando as empresas a superarem esses cenários complexos e incertos decorrentes da globalização.

Segundo “O Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil” (IBGE, 2003-2006, p. 42), “as atividades de informática representam a utilização de métodos e técnicas desenvolvidas para o tratamento automático da informação, com o uso do computador. Os produtos e serviços de informática visam a promover a disponibilização do dado para o usuário, passando pelas fases de análise do projeto, captura, tratamento qualitativo, armazenamento e disseminação. Pode-se afirmar que, sem o domínio da informática ou de parte de seus produtos e serviços, é impossível o acesso à informação por meios eletrônicos”.

As tecnologias da informação e da comunicação (TIC) constituem não apenas uma nova indústria, mas o núcleo dinâmico de uma revolução tecnológica. Ao contrário de muitas tecnologias que são específicas de processos particulares, as inovações derivadas de seu uso têm a característica de permear, potencialmente, todo o tecido produtivo.

Os dois segmentos das TIC – software e serviços de telecomunicações – embora sejam economicamente independentes, mantêm grande influencia recíproca. Por um lado, os serviços de telecomunicação constituem a infra-estrutura essencial para o desenvolvimento da indústria global de software e serviços. Por outro, o segmento de software representa uma das principais fontes de inovações para serviços de telecomunicações.

Apesar da mútua influência, os dois setores apresentam uma dinâmica distinta em relação ao investimento: enquanto o setor de telecomunicações é intensivo em capital e caracterizado por grandes empresas de infraestrutura e serviços, o segmento de software é

intensivo em recursos humanos qualificados, apresenta uma estrutura industrial mais heterogênea e não requer grandes investimentos em capital.

4.2.1 Panorama do Mercado de TI (Tecnologia da Informação)

De acordo com o Gartner (2010), o mercado de TI está em franca expansão e, na América Latina, o Brasil é o país que puxa esse crescimento, gerando muitas oportunidades para as empresas de Tecnologia da Informação ( Figura 3).

Figura 3 - Mercado de TI Fonte: Gartner/2010

Em relação ao mercado de BI (Business Intelligence) na América Latina e, especificamente o Brasil, o crescimento previsto está na faixa de 16,7% entre 2010 e 2014, distribuídos entre os seguintes segmentos, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.:

 Bancos e Seguros.

 Setor público: especialmente em infraestrutura, transporte e logística.  Farmácias e laboratórios.

Figura 4 – Mercado de BI (Business Intelligence)

Fonte: IDC, Panorama Brasileiro de Software, Panorama e Tendências, 2009-2010

4.2.2 Consultoria (principais atividades)

O mundo contemporâneo tem passado por diversas mudanças, principalmente em função da velocidade de transformação do mercado, onde a quebra dos paradigmas se torna primordial para a sobrevivência das organizações.

Percebe-se que as mudanças nas organizações ocorrem principalmente por necessidade de novas exigências de mercado, onde as empresas são levadas a reduzir custos e inovar processos e produtos, a fim de se manterem competitivas dentro de seus setores de atuação.

Diante deste contexto, as empresas recorrem às consultorias para suprir, com mais rapidez, as seguintes lacunas:

• Para que forneçam conhecimentos e capacidades: quando a empresa não possui pessoa capaz de enfrentar problemas que exigem técnicas ou métodos específicos. • Quando precisam de ajuda intensiva e temporária: um exame profundo dos

problemas principais da empresa exigiria plena atenção dos diretores, pessoas que normalmente têm pouco tempo disponível, pois estão envolvidos com a direção do

dia a dia. Assim, os consultores só intervêm pelo tempo necessário e deixam a empresa quando o trabalho estiver terminado.

• Para obter um ponto de vista independente e imparcial: os colaboradores de uma empresa podem estar muito influenciados por suas experiências, interesses, tradições ou hábitos para conseguirem propor soluções viáveis ou tomar decisões corretas. Por outro lado, graças a sua independência, o consultor pode ser imparcial em situações que nenhuma pessoa que trabalha na empresa conseguiria.

• Quando há necessidade de um especialista: alguns trabalhos são muito especializados para que seja necessário à empresa manter um elemento contratado permanentemente. Nestes casos, os consultores podem atender às necessidades sem onerar quadro de pessoal da empresa.

• Para fornecer argumentos à Direção: um diretor pode saber exatamente o que deseja e qual será sua decisão, mas às vezes prefere ou precisa das informações e argumentos de um consultor para fundamentar e justificar sua decisão.

• Quando há inovações e modernizações a serem implantadas: algumas atividades exigem acréscimos de conhecimento e métodos. O consultor pode assumir provisoriamente a atividade nova e, posteriormente, transferir as técnicas necessárias a alguém do quadro permanente da empresa.

• Em casos urgentes: determinadas providências não podem esperar para serem adotadas somente quando houver gente da empresa disponível para atendê-la. • Treinamento de pessoal: muitas empresas não têm departamento de treinamento.

Estas podem recorrer à consultoria para que elabore e aplique programas de capacitação do pessoal.

• Análises e avaliações com os diretores: o consultor pode orientar os executivos da empresa para a avaliação de projetos, processos ou análise de dados estratégicos.

A Empresa “X”, objeto do estudo de caso, presta serviços de consultoria em Tecnologia da Informação. O setor de tecnologia é classificado pelo IBGE (IBGE, 2007) como “serviços de informação”. Segundo a Pesquisa Anual de Serviços divulgada pelo IBGE (IBGE, 2007, anexo Relação de Atividades no Âmbito da PAS), as atividades que compreendem os serviços de tecnologia da informação são:

• Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda - inclusive desenhos de páginas para Internet (web design), desenvolvimentos de projetos e modelagem de banco de dados.

• Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis (permitem adaptações às necessidades de um cliente ou mercado particular).

• Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não-customizáveis (compreende sistemas operacionais, aplicativos para empresas e para outras finalidades, jogos de computador, licenciamento ou a permissão de uso dos programas não-customizáveis).

• Consultoria em tecnologia da informação (acompanhamento, gerência e fiscalização de projetos de informática, análise para as necessidades do cliente e especificação técnica do sistema, definições das configurações dos equipamentos, consultoria para integração de sistemas e atividades para atualizações de web sites, customização de programas de informática).

• Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação (recuperação de panes, instalação de equipamentos e programas, disponibilidade para os clientes de modificações necessárias aos sistemas a fim de atender alterações técnicas).

De acordo com as atividades descritas acima, a Empresa “X”, apresentada neste estudo de caso, se enquadra em sua totalidade podendo ser considerada como empresa cujas atividades compreendem os serviços de tecnologia da informação.

4.3 MOTIVADORES PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA: O QUE LEVOU

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