• Nenhum resultado encontrado

3 OS REFERENCIAIS TEÓRICOS DA INVESTIGAÇÃO

3.3.1 O estado da arte

3.3.1.2. Dados de estudos investigativos

Nesta reflexão sobre o estado da arte, onde apresentamos aspectos históricos- conceituais sobre a abordagem por competências na organização de currículos, especialmente no campo da formação profissional técnica, trazemos a seguir dados de estudos investigativos. A fonte utilizada foi a pesquisa em sites de busca, especialmente no google, acerca do tema Abordagem por Competências no Brasil, onde identificamos estudos que demonstram a repercussão e sua atualidade no meio educacional, nos diferentes níveis de formação. Interessante é identificar o fato de que dois eixos marcam os trabalhos analisados: o resgate da origem do termo competência e a variedade de conceituação apresentada, que, em análise, recebem a manifestação, os acordos e desacordos, a crítica e a aceitação a este enfoque que marca a relação entre trabalho e educação, bem como os processos de reforma educacional em vários países.

Exibimos a seguir alguns dos estudos identificados em sites na internet que tratam da temática, e que possibilitaram o aprofundamento do tema. A pesquisa tem relação com o campo da educação profissional, procurando enfatizar as produções na área da saúde – Currículo e Competência na Educação Profissional em Saúde. Realizamos pesquisa também na biblioteca virtual em saúde (bvs), relacionando os temas trabalhados, autore(a)s, o ano de publicação, quando citado, e seus comentários sucintos sobre o tema abordado, indicando suas respectivas fontes.

1. Duas perspectivas diferentes em relação à abordagem por competências no ensino: os casos do Brasil e do Quebec. Autores: Olgaises Cabral Maués – UFPA, Calixte Wondje- ULAVAL, Clermont Gauthier, ULAVAL.

“A abordagem por competências ocupa um espaço preponderante nos discursos atuais sobre as reformas educacionais em todos os continentes. Fenômeno na moda, manobra capitalista ou estratégia pedagógica pertinente, todos os qualificativos e os juízos mais diversos lhe são associados, de modo que vem se tornando cada vez mais difícil não somente conhecer a natureza e os fundamentos desse enfoque, mas também compreender por que há interpretações tão diferentes a seu respeito».

Fonte: www.anped.org.br/reunioes/25/olgaisesmauest08.rtf ). Acesso em fevereiro, 2011.

2. As Competências Profissionais em Saúde e as Políticas Ministeriais. Autoras: Cláudia

Maria da Silva Marques; Emiko Yoshikawa Egry. Ano 2011

“No Brasil, a formação dos trabalhadores de enfermagem adota a perspectiva das competências profissionais. O presente estudo, exploratório e descritivo, teve por objetivo conhecer a potencialidade crítico-emancipatória da competência, conforme descrita pelos Ministérios da Educação e da Saúde (MEC e MS)”. Fonte:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000100026. Acesso em fevereiro, 2011.

3. Noção de Competência e Organização Curricular. Autora: Dolores Araújo. Ano 2005.

“Este artigo é uma revisão teórica acerca das diversas concepções sobre competência, assim como dos princípios norteadores da organização de currículos baseados em competências. Contextualiza o tema no campo da saúde, inspirada na perspectiva do “currículo por competência”, seguindo a tendência organização curricular nestes moldes. A Escola Estadual de Saúde Pública, vinculada à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em seu papel de promover a formação de profissionais de saúde, propõe-se a implementar, nos cursos por ela programados, um núcleo temático comum, que deve ser criado com base nas competências profissionais básicas para trabalhadores do SUS”.

Fonte:http://www.saude.ba.gov.br/rbsp/volume31/P%C3%A1ginas%20de%20Suplemento_Vol31%2 032.pdf. Acesso em fevereiro, 2011.

4. Competência: distintas abordagens e implicações na formação de profissionais de saúde. Autores: Valéria Vernaschi Lima. Ano 2005.

“Este texto apresenta algumas das principais concepções sobre currículos orientados por competência, analisando essas distintas abordagens em função do referencial teórico que as fundamenta, de suas dimensões constituintes e das conseqüentes implicações na organização curricular. Aponta, no novo significado trazido pela abordagem dialógica de competência, um caminho para a integração da teoria e da prática na formação de profissionais de saúde ».

Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 2832005000200012&nrm=iso&tlng=pt . Acesso em fevereiro, 2011.

5. A Educação Profissional pela Pedagogia das Competências e a Superfície dos Documentos oficiais. Autora: Marise Nogueira Ramos. Ano 2002.

“O texto analisa a reforma da educação profissional em curso no Brasil desde 1997, a partir do decreto nº 2.208 e das Diretrizes e Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de nível técnico, sob duas perspectivas. A primeira apreende o tensionamento do conceito de qualificação pela noção de competência, demonstrando o enfraquecimento de sua dimensão social e a despolitização de seu conteúdo. A segunda discute os limites epistemológicos, pedagógicos e metodológicos das orientações curriculares para a educação profissional baseada em competências. Demonstra as incoerências internas ao discurso oficial e se contrapõe aos seus princípios pela perspectiva materialista-dialética”.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/es/v23n80/12939.pdf. Acesso em fevereiro, 2011.

6. Indicações teórico-metodológicas para a elaboração de currículos na educação profissional de nível técnico em saúde. Autora: Marise N. Ramos

“Este texto volta-se especificamente para as Escolas Técnicas de Saúde do SUS, com o objetivo de auxiliá-las na re-elaboração de seus planos de curso, de modo que o atendimento às determinações legais ocorra sob uma perspectiva crítica, constituindo-se como oportunidade para o repensar coletivo das práticas pedagógicas”. Fonte: http://www.observatorio.nesc.ufrn.br/texto_forma14.pdf. Acesso em fevereiro, 2011.

7. O Modelo das Competências Profissionais no Mundo do Trabalho e na Educação: Implicações para o Currículo. Autora : Neise Deluiz. Ano : 2001

A autora faz uma discussão crítica sobre a abordagem por competências, enfatizando o modelo das competências e a gestão do trabalho, o modelo das competências e as políticas educacionais, o modelo das competências e as implicações para o currículo.

Fonte: http://www.senac.br/INFORMATIVO/BTS/273/boltec273b.htm. Acesso em fevereiro, 2011.

8. Competências na Educação Profissional - é possível avaliá-las? Autora : Léa

Depresbiteris.

A autora elucida alguns conceitos, dentre eles o de “complexo” e “competências”, discutindo em seguida uma breve história do surgimento do termo “competências” na educação profissional; educação profissional e as competências; a avaliação das competências – todo cuidado é pouco; competências na educação profissional - é possível avaliá-las? Fonte:http://www.senac.br/informativo/BTS/312/boltec312a.htm. Acesso em fevereiro, 2011.

9. Educação profissional no Brasil: novos rumos. Autor: Ruy Leite Berger Filho. Ano

1999.

“As mudanças profundas pelas quais vem passando o mundo, nesta segunda metade do século, produziram transformações na prática social e no trabalho. A educação, que por muito tempo as desconheceu, não pôde mais ficar alheia a elas. Por isso verificamos em todo o planeta uma grande inquietação nos meios ligados ao setor educacional, provocando reformas que buscam sua adequação às novas exigências”. O autor faz uma análise das legislações e regulamentações em vigência a partir da LDB/96.

Tivemos a oportunidade de citar no nosso trabalho, diversos autores brasileiros, canadenses e europeus, que contribuem para sistematização do conhecimento sobre abordagem por competências nos currículos de formação profissional, entretanto, nessas referencias procuramos enfatizar autores brasileiros que se reportam às competências na educação profissional, especialmente no campo da saúde pública, de forma a identificar como o tema da investigação proposta repercute na realidade brasileira.

Com o propósito de contribuir para a reflexão, evidenciando as práticas curriculares na formação profissional técnica, como o nosso trabalho pode constituir-se como inovador? Identificando, desde uma realidade educacional, especialmente na educação profissional técnica na saúde, a presença e a influência da Abordagem por Competências nos currículos de formação profissional técnica na área da saúde. Esta é a temática e a reflexão que queremos promover nesta tese, olhando para a construção, organização e desenvolvimento curricular, a partir de referenciais teóricos, do prescrito e do praticado na área de educação profissional na ESP-CE. Creditamos como importante nesta tese, a contribuição que ela oferece sobre a organização de currículo por competências na formação profissional técnica, possibilitando um novo ângulo de análise sobre o tema investigado; sobretudo com a evidência de autore(a)s internacionais que nos permitiram alargar a compreensão da temática trabalhada.