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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1° – Toda referência a árbitros de futebol equivalerá a árbitros e árbi- tros assistentes de ambos os gêneros.

Art. 2° – Os árbitros de futebol exercem a sua atividade em conformi- dade com o disposto no § único, do art. 88, da Lei 9.615/98, ou seja, não terão qualquer vínculo empregatício com as entidades desportivas diretivas onde atuarem, e sua remuneração como autônomos exonera tais entidades de quaisquer responsabilidades trabalhistas, securitárias e previdenciárias.

Art. 3° – A condição de árbitro é incompatível com o exercício de qualquer função ou cargo em clubes ou entidades diretivas de futebol ligadas à CBF.

Art. 4° – Os árbitros estão obrigados a respeitar as normas de conduta de sua atividade e os demais deveres resultantes da sua qualidade de agen- tes desportivos, especialmente os estabelecidos no Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD.

Art. 5° – A inclusão na Relação Nacional de Árbitros de Futebol - RENAF implica sua irrevogável concordância e dever de obediência aos estatutos da CBF; suas normas internas, especialmente as emitidas pela Comissão de Arbitragem, às normas legais que regem o futebol brasileiro, bem assim aos estatutos CONMEBOL, FIFA e às normas internacionais de futebol. Art. 6° – Os árbitros têm por missão primordial cumprir e fazer cumprir regras de futebol, os regulamentos das competições e as normas que regulam esta modalidade desportiva.

Art. 7° – Os deveres de urbanidade, boa conduta e elevada postura moral devem ser mantidos para além do exercício específico das funções do árbitro.

CAPÍTULO II – DOS DIREITOS e DEVERES SEÇÃO I – DOS DIREITOS

Art. 8° – São direitos dos árbitros:

I – Exercer suas atividades com total independência, conquanto sempre e necessariamente no exercício de sua atividade, com observância total das leis e normas em vigor.

II – Receber a credencial de entidade nacional dos árbitros de fute- bol.

III – Receber as importâncias estabelecidas na Tabela das Taxas de Arbitragem, definidas pelas entidades organizadoras da com- petição.

IV – Ser indicado para a Lista Internacional, Aspirante-Fifa, Master, Especial, CBF-1, CBF-2 e CBF-3 em conformidade com as normas emanadas pela FIFA, CONMEBOL e pela CA-CBF. V – Pedir reconsideração de ato à CA/CBF das decisões que afe-

tem seus interesses diretos.

VI – Requerer licença temporária, bem como desligamento da rela- ção anual, nos termos do presente Regulamento;

VII – Requerer, da CA/CBF, as cópias dos seus testes escritos e físi- cos, após a divulgação dos resultados.

VIII – Receber da CA/CBF as comunicações e circulares sobre as leis de jogo, orientações etc.

IX – Participar dos cursos de atualização e aperfeiçoamento realiza- dos para os integrantes da RENAF dentro do número de vagas estabelecidos pela CA/CBF.

SEÇÃO II – DOS DEVERES Art. 9° – São deveres dos árbitros:

I – Cumprir e fazer cumprir as Leis do Jogo, o Regulamento das Competições e as Normas da Arbitragem, mantendo conduta compatível com os princípios desportivos de lealdade, probida- de, verdade e retidão em tudo o que diga respeito à direção de jogos e às relações de natureza desportiva, econômica e social.

II – Atuar em todos os jogos para os quais for designado, para man- ter o compromisso assumido quando de sua inscrição na RENAF. III – Confirmar às Comissões Estaduais de Arbitragem e à CA/CBF, pela via de comunicação mais rápida e eficaz, especialmente via internet, bem assim, neste caso urgente e diretamente à CA/CBF, por telefone, quando a impossibilidade de compareci- mento decorrer de fato extraordinário e próximo ao jogo. Nessa hipótese, posteriormente, deve encaminhar à CA-CBF, por es- crito, a correspondente justificativa;

IV – Solicitar dispensa de escalas, sempre via Comissão Es- tadual de Arbitragem, preferencialmente, com 72 horas de antecedência da realização das partidas. Nos casos de força maior, sobretudo aqueles emergenciais, avisar a CEAF e a CA/CBF no ato do surgimento do impedimento. Em caso de impedimento por questão de saúde, o corresponden- te atestado médico deverá ser enviado imediatamente por telefax, encaminhando o original por meio de malote ou correio, ficando claro que o retorno do árbitro à atividade dependerá também de apresentação de atestado de liberação subscrito por médico. V – Comparecer ao estádio com antecedência mínima de duas ho-

ras do horário marcado para o início do jogo para o qual for designado; verificar imediatamente a existência das condições à sua realização e adotar as medidas necessárias para suprir as deficiências encontradas, mencionando-as, se houver, no relatório de jogo.

VI – Cumprir as Normas de Conduta da Arbitragem.

VII – Utilizar os equipamentos e uniformes oficialmente aprovados pela CA/CBF.

VIII – Elaborar o Relatório da partida, mencionando todos os inciden- tes ocorridos antes, durante e após o jogo, bem como o com- portamento dos jogadores, treinadores, médicos, massagistas, dirigentes e demais agentes desportivos passíveis de sanções disciplinares, administrativas/ jurídicas, descrevendo-os de modo fiel e claro, de modo a possibilitar a decisão adequada. IX – Remeter o relatório do jogo no prazo previsto pela legislação

vigente, sendo que os originais e demais vias deverão ser en- caminhadas, até as 9 horas do primeiro dia útil após o jogo. Se houver sistema de transmissão de dados on-line, eles deverão ser enviados à Central de Processamento de Dados, imediata- mente após o encerramento do jogo.

X – Comparecer para depor em inquéritos e processos disciplina- res, sempre que notificado para tal.

XI – Comparecer, se possível, as atividades da CA/CBF para rece- ber orientação de aprimoramento, bem como para realização de todos os exames, cursos e testes de qualquer natureza. XII – Não emitir qualquer opinião em público, sem autorização prévia

da CA/CBF, sobre matérias de natureza técnica e/ou disciplinar, relativamente ao sistema específico da arbitragem das compe- tições profissionais, bem como a jogos em que tenha atuado, ou em que, especialmente, tenham atuado outros árbitros ou outros agentes da arbitragem.

XIII – Abster-se de praticar quaisquer atos em sua vida pública ou que nela possam repercutir que sejam incompatíveis com a dig- nidade indispensável ao exercício das funções de árbitro. XIV – Respeitar a dignidade de todos os participantes na competi-

ção, não ofendendo, por igual, a quaisquer outros agentes des- portivos.

XV – Realizar todos os exames médicos que lhes sejam solicitados, apresentando-os sempre quando previsto.

XVI – Se designado para competições ou cursos internacionais ou nacionais, o árbitro poderá ser submetido a uma avaliação física para análise de suas condições atuais, com a CA/CBF infor- mando a quem de direito o resultado.

XVII – Comunicar à CA-CBF, via CEAF local, sobre qualquer participa- ção em competições não oficiais.

XVIII – É terminantemente vedado aos árbitros.

a) Permitir acesso e, muito menos, permanência no vestiário de pessoas que não as designadas para funcionar na partida. Caso isso ocorra deverá constar, obrigatoriamente, no relató- rio do jogo a identificação das pessoas presentes, bem como os motivos que justificaram o acesso e/ou permanência. b) Utilizar ou permitir que utilizem rádio ou aparelhos celulares

em campo e no vestiário, antes e/ou no intervalo da partida. c) Fazer uso de fumo ou bebida alcoólica em qualquer depen-

dência do estádio.

XIX – Na ocorrência de quaisquer fatos que violem as normas aci- ma referidas ou ainda que contrariem o comportamento ético e moral exigível e, pois, compatível com o desporto, a CA/CBF deverá ser imediatamente informada.

XX – Para ser utilizado em designações das competições nacionais pela CA/CBF, o integrante da RENAF terá que cumprir todas as exigências emanadas pela respectiva comissão e pela ENAF- CBF com vistas ao seu aprimoramento.

Seção III – DAS TAXAS E DIÁRIAS

Art. 10 – Os valores das taxas de arbitragem, diárias e ressarcimento su- geridas para cada temporada serão informados às Federações estaduais envolvidas.

Art. 10 – Os dados financeiros devem ser informados no campo especi- fico da súmula eletrônica ou, se não disponível, preenchida em planilha especifica e enviada à CA/CBF no prazo determinado.

Seção IV – DO SEGURO DA ARBITRAGEM

Art. 11° – O seguro de vida e acidentes pessoais em favor dos compo- nentes da arbitragem da partida deverá ser feita pela CBF.