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DECISÕES/DESPACHOS MEDIDA CAUTELAR N o 1.477/RJ

No documento SESSÃO PÚBLICA SESSÃO ADMINISTRATIVA (páginas 116-118)

PUBLICADOS EM SESSÃO

DECISÕES/DESPACHOS MEDIDA CAUTELAR N o 1.477/RJ

RELATOR: MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS

DECISÃO: 1. A Coligação Frente Popular ajuizou medida cautelar, com pedido de concessão de liminar para emprestar efeito suspensivo a recurso especial interposto contra acórdão que concedeu direito de resposta. Tendo em vista a ausência de plausibilidade jurídica da tese sustentada, indeferi a liminar requerida.

Em razão de não ter a autora o endereço da requerida, determinei a notificação da requerente para suprir a falha, a qual ficou inerte.

2. Realizadas as eleições em 3.10.2004, julgo prejudicada a medida cautelar.

Publique-se. Intime-se. Brasília, outubro de 2004.

Publicado na sessão de 14.10.2004. *MEDIDA CAUTELAR No 1.525/MG

RELATOR: MINISTRO CARLOS VELLOSO DECISÃO: Vistos.

Medida cautelar, com pedido de liminar, para conceder efeito suspensivo a recursos especiais interpostos de acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais que reformou sentença para indeferir registro de candidatura.

Deferi a liminar.

Em sessão de 7.10.2004, esta Corte, por unanimidade, deu provimento ao REspe no 24.448 para deferir o registro de candidatura, e em 11.10.2004, foram julgados prejudicados os recursos especiais nos 24.451 e 24.452. Isso posto, a presente cautelar perdeu o seu objeto, razão pela qual lhe nego seguimento.

Publique-se em sessão.

Brasília, 14 de outubro de 2004. Publicado na sessão de 14.10.2004.

*No mesmo sentido a Medida Cautelar no 1.524/MG, rel.

RECURSO ESPECIAL No 22.146/PI

RELATOR: MINISTRO CAPUTO BASTOS

A douta Procuradoria-Geral Eleitoral assim sumariou o feito (fls. 219-220):

“(...)

1. Trata-se de recurso especial eleitoral interposto pela Coligação A Vez do Povo (PCdoB/PSDB/PT) em face do acórdão proferido pelo Tribunal Regional Eleitoral que manteve a sentença que julgou improcedente a ação de impugnação a registro de candidato proposta pela recorrente e deferiu a candidatura do Sr. José Medeiros da Silva ao cargo de prefeito no Município de Manoel Emídio/PI, ao entendimento de que o mesmo afastou-se de suas funções como secretário municipal tempestivamente. 2. No presente apelo especial, alega a recorrente que o aresto hostilizado violou expressamente o disposto no art. 3o da Lei Complementar no 64/90, arts. 332 e 333, inciso I, do Código de Processo Civil e o art. 5o, inciso LV, da Constituição Federal. Aduz para tanto que, inobstante o recorrido tenha se afastado de suas funções como secretário municipal em 2.6.2004, ou seja, tem tempo hábil, emitiu cheque com a data de 27.6.2004 para a aquisição de 6 (seis) cartuchos de tinta para impressoras junto à empresa Ásia Computadores, exercendo, assim, funções inerentes ao referido cargo fora do prazo de desincompatibilização.

(...)”

Foram opostos embargos de declaração (fls. 203-207), os quais restaram rejeitados (fl. 209).

Decido.

O v. acórdão recorrido tem a seguinte ementa (fl. 117): “Registro de candidatura. Prefeito. Impugnação. Desincompatibilização. Secretário municipal. Portaria de exoneração. Cheque pós-datado.

A desincompatibilização do candidato está provada mediante portaria da lavra do prefeito municipal, confeccionada em 2 de junho de 2004, que o exonerou do cargo de secretário municipal.

O cheque pós-datado, emitido pelo candidato em período em que ainda não estava obrigado a desincompatibilizar-se não é prova de que o mesmo continuava a desempenhar suas funções na administração municipal, não restando caracterizada, portanto, qualquer inelegibilidade.

Recurso improvido”.

No voto do ilustre relator, juiz Bernardo de Sampaio Pereira, é de ler-se (fl. 123):

“(...)

Sustenta a recorrente que o cheque de fl. 23, datado de 27.6.2004, seria prova de que o recorrido continuaria a desempenhar a sobredita função, mesmo estando obrigado, nesse período, a permanecer afastado do cargo que ocupava. Consta da fl. 58 dos autos, entretanto, Portaria no 67/2004, da lavra do prefeito municipal, confeccionada em 2 de junho de 2004, na qual o mesmo exonerara o recorrido.

Em relação ao cheque apresentado, vislumbra-se em seu canto esquerdo a expressão ‘bom para 27.6.2004’, típica de instrumentos pós datados (sic). Constam ainda dos autos, nota fiscal da compra e recibo de pagamento, nos quais se lê a data de 27.5.2004 e declaração do representante da empresa Ásia Computadores de que a compra se deu, efetivamente, em maio de 2004, tendo sido o pagamento efetivado mediante cheque pós-datado. Ora, mesmo tendo sido apresentado o cheque em junho de 2004, se sua assinatura ocorrera em maio do mesmo ano, período no qual o recorrido ainda não estava obrigado a desincompatibilizar-se, não há que se cogitar de inelegibilidade. Ademais, demonstrado está que sua exoneração se deu em 2.6.2004, portanto mais de 4 meses antes do pleito, como exige a lei, e que a compra referida ocorrera de fato em maio, embora o pagamento tenha ocorrido mediante instrumento pós-datado.

(...)”

Irrepreensível o fundamentado no voto do ilustre relator, uma vez que, conforme se depreende dos autos, o recorrido comprovou sua desincompatibilização em tempo hábil, em obediência às prescrições legais. Ademais, conforme assentou a Corte Regional, não obstante o cheque ter sido apresentado em junho de 2004, este foi emitido em maio do mesmo ano, ou seja, período este em que o recorrido ainda não estava obrigado a se desincompatibilizar. Destarte, a simples emissão de cheque pós-datado pelo recorrido, não configura que este permanecia desempenhando as funções inerentes ao cargo de secretário municipal.

A esse respeito, assim se pronunciou o Ministério Público Eleitoral, no parecer da lavra do vice-procurador-geral eleitoral, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, cujos fundamentos adoto (fls. 220-221):

“(...)

5. Efetivamente, da análise dos autos, verifica-se que o recorrido afastou-se de suas funções como secretário municipal em 2.6.2004 (fl. 35), isto é, dentro do prazo legal. Ademais, a transação entre a referida empresa de informática e o Município de Manoel Emídio/PI foi levada a efeito em 27.5.2004, conforme declaração de fl. 60, ocasião em que o recorrido ainda podia atuar na Secretaria Municipal. Dessarte, a data em que o cheque foi emitido para a compra dos cartuchos, qual seja, 27.6.2004, deve ser considerada como mera formalidade, pois o que deve ser levado em conta, na espécie, é a data em que a compra e venda foi realizada, porquanto pode-se inferir dos autos que o referido título de crédito foi pós-datado.

(...)”

Com essas considerações, nego seguimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 6o, do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral.

Publique-se em sessão.

Brasília, 14 de outubro de 2004. Publicado na sessão de 14.10.2004.

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL No 22.590/BA

RELATOR: MINISTRO CARLOS VELLOSO DECISÃO: Vistos.

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia reformou sentença para deferir o pedido de desmembramento da Coligação Continuar é Preciso, composta pelo Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e Partido Social Liberal (PSL), para as eleições proporcionais, em acórdão assim ementado (fls. 50-55): “Eleitoral. Recurso em registro de candidato. Desmembramento de coligação. Inexistência de prejuízo. Possibilidade. Provimento.

Constatando-se que o desmembramento de coligação não causa qualquer tipo de prejuízo às demais agremiações partidárias, não há que se decretar a nulidade do desligamento, pelo que, dá-se provimento ao presente recurso”.

No recurso especial, fundado na ressalva da Súmula-TSE no 11, alega a recorrente violação aos arts. 14 da Constituição Federal, 8o da Lei no 9.504/97 e 21 da Resolução-TSE no 21.608/2004 (fls. 59-66).

Sustenta, ao lado de sua legitimação recursal, a impossibilidade do desmembramento da coligação, “haja vista a inegável fraude revelada pelo conjunto dos documentos, e a flagrante incompatibilidade cronológica do quanto narrado na inicial”.

Contra-razões às fls. 68-70.

Dispensado o juízo de admissibilidade, como determina o art. 52, § 2o, da Resolução-TSE no 21.608/2004, subiram os autos.

Parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral pelo não- conhecimento do recurso e, se conhecido, pelo seu não- provimento (fls. 75-79).

Decido.

Razão não assiste à recorrente.

Do parecer do Ministério Público, destaco: “(...)

4. Preliminarmente, verifica-se que a recorrente não indica, expressamente, quais normas legais teriam sido violadas pelo aresto recorrido, atraindo, assim, o enunciado da Súmula-STF no 284 (...).

(...)

6. Ainda que superado esse óbice, observa-se que a recorrente impugna alegada irregularidade ocorrida em assembléia partidária de agremiação partidária distinta, inconformando-se com a determinação de desmembramento de coligação realizada fora do prazo para registro.

7. Essa colenda Corte, entretanto, tem rejeitado a legitimação da coligação em casos similares, servindo de exemplo o seguinte precedente:

‘Eleições 2004. Registro. Recurso especial. Negativa de seguimento. Impugnação. Irregularidade em convenção. Ilegitimidade ativa ad causam de qualquer candidato, coligação ou partido político alheio àquela convenção. Precedentes.

Não possui legitimidade a coligação para impugnar registro de candidaturas de outra agremiação partidária, por irregularidades em convenção.

Trata-se de questão interna do partido que só seus membros podem questionar.

Agravo regimental. Argumentos que não infirmam a decisão.

Desprovimento’.

(AREspe no 22.534/SP, rel. Min. Luiz Carlos Madeira, pub. 13.9.2004.)

Correto o parecer, cujas razões adoto.

Do exposto, nego seguimento ao recurso especial (RITSE, art. 36, § 6o).

Publique-se em sessão.

Brasília, 14 de outubro de 2004. Publicado na sessão de 14.10.2004.

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL No 22.889/RJ

RELATOR: MINISTRO LUIZ CARLOS MADEIRA

No documento SESSÃO PÚBLICA SESSÃO ADMINISTRATIVA (páginas 116-118)

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