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RELATOR: MINISTRO CAPUTO BASTOS O egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Minas

No documento SESSÃO PÚBLICA SESSÃO ADMINISTRATIVA (páginas 107-110)

PUBLICADOS EM SESSÃO

RELATOR: MINISTRO CAPUTO BASTOS O egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Minas

Gerais negou provimento a recurso interposto pela Coligação Barbacena Novo Século e manteve

sentença do juiz da 23a Zona Eleitoral daquele estado

que indeferiu o pedido de registro de candidatura de Ailton Martins ao cargo de vereador do Município de Barbacena/MG.

A coligação interpôs recurso especial, em que o recorrente alega afronta aos arts. 22 da Lei

no 9.096/95 e 14 e 15 da Constituição Federal.

Defende que “(...) restou comprovado nos autos pelo documento de fls. 31 que a inclusão do nome do recorrente na lista dos filiados do Partido Popular Socialista se deu em razão de um erro da agremiação. Erro esse que não pode ser imputado ao recorrente, sob pena de violar direito relativo à cidadania do mesmo” (fl. 61).

Nesta instância, a ilustre Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo não-conhecimento do recurso e, se conhecido, pelo seu desprovimento (fls. 69-74). Decido.

O apelo não pode ser conhecido por ser intempestivo. O acórdão recorrido foi publicado em sessão de 3.9.2004 (fl. 51), tendo sido o recurso especial interposto em 15.9.2004 (fl. 58), portanto, muito além do tríduo legal.

Observo que o art. 16 da Lei Complementar no 64/90,

expressamente, estabelece que os prazos relativos aos processos de registro de candidatura são peremptórios e contínuos e correm em secretaria ou cartório, não se suspendendo, durante o período eleitoral, aos sábados, domingos e feriados.

Por isso, nego seguimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 6o, do Regimento Interno do Tribunal

Superior Eleitoral. Publique-se em sessão.

Brasília, 13 de outubro de 2004.

Publicado na sessão de 13.10.2004.

*No mesmo sentido os recursos especiais eleitorais nos 23.126/MG

e 23.953/MG.

*RECURSO ESPECIAL ELEITORAL

No 24.440/MG

RELATOR: MINISTRO LUIZ CARLOS MADEIRA

DESPACHO: Trata-se de recurso especial interposto por Marcelo da Cunha Machado contra acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG) que julgou prejudicado o recurso, tendo em vista o julgamento de processo conexo, que determinou a nulidade da convenção realizada pelo PPS, na qual o recorrente foi escolhido para concorrer ao cargo de vereador do Município de Nova Ponte/MG.

O acórdão regional está assim ementado:

Recurso. Registro de Candidatura. Eleições 2004. Coligação deferida fora dos parâmetros legais. Recurso julgado prejudicado. (Fl. 128.)

Sustenta, transcrevendo parecer do MPE regional, que se trata de matéria interna corporis e “(...) em tais

hipóteses, deve ser sempre a prevalência dos atos oficiais, isto é, praticados com observância formal das regras partidárias (...)” (fl. 153) e, que o Tribunal Regional considerou apenas as alegações do recorrido. Alega ainda que o acórdão recorrido foi proferido após o prazo previsto no art. 53 da Resolução-TSE no 21.608/2004.

Contra-razões às fls. 163-170.

A douta Procuradoria-Geral Eleitoral às fls. 174-175 opina pelo não-conhecimento do recurso especial. É o relatório.

Decido.

Oportuna e pertinente a manifestação da Procuradoria- Geral da República, da lavra do i. subprocurador-geral da República, Dr. Francisco Xavier Pinheiro Filho: 3. O presente recurso não merece ser conhecido.

4. Conforme preceitua Nelson Nery Júnior1:

“O recurso especial se presta a uniformizar o entendimento da lei federal do país, sendo cabível das decisões dos tribunais estaduais e regionais federais de última instância ou única instância quando: contrariar tratado ou lei federal ou negar- lhes vigência; julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (CF 105 III).”

5. O recorrente não demonstrou em suas razões a violação literal a qualquer dispositivo legal ou constitucional, mas apenas buscou discutir a interpretação dada às normas tidas como malferidas pelo Tribunal a quo.

6. Noutra banda, a divergência jurisprudencial não restou demonstrada, porquanto o recorrente não realizou o indispensável cotejo analítico entre os acórdãos divergentes com a transcrição dos trechos que configuram o dissídio, mencionando as circunstâncias que identificam ou assemelhem os casos confrontados. (Fls. 174-175.)

Adoto os fundamentos do parecer ministerial. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial,

com fundamento no art. 36, § 6o, do RITSE.

Publique-se em sessão.

Brasília, 13 de outubro de 2004.

Publicado na sessão de 13.10.2004.

*No mesmo sentido o Recurso Especial Eleitoral no 24.481/MG,

rel. Min. Luiz Carlos Madeira.

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL No 24.447/MG

RELATOR: MINISTRO LUIZ CARLOS MADEIRA

DESPACHO: Trata-se de recurso especial interposto por Marcelo da Cunha Machado contra Acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais

(TRE/MG), o qual modificou sentença de 1o grau e

anulou a Convenção realizada pelo Partido Popular Socialista (PPS), excluindo esta agremiação da Coligação com o PV, PMN e PSB para as eleições proporcionais, além de indeferir o pedido de registro de candidatura do recorrente, ao cargo de vereador do Município de Nova Ponte/MG.

O acórdão regional está assim ementado:

Recurso. Registro de Candidatura. Eleições 2004. Coligação deferida fora dos parâmetros legais. Preliminar de ilegitimidade ativa. Rejeitada. Mérito. Vício na convenção do partido. Recurso provido. (Fl. 154)

Sustenta, transcrevendo parecer do MPE regional, que se trata de matéria interna corporis e “(...) em tais hipóteses, deve ser sempre a prevalência dos atos oficiais, isto é, praticados com observância formal das regras partidárias (...)” (fl. 193) e que o Tribunal Regional considerou apenas as alegações do recorrido. Alega ainda que o Acórdão recorrido foi proferido após o prazo previsto no art. 53 da Resolução-TSE no 21.608/2004.

Contra-razões às fls. 203-210.

A douta Procuradoria-Geral Eleitoral às fls. 401-403 opina pelo não-provimento do recurso especial. É o relatório.

Decido.

Oportuna e pertinente a manifestação da Procuradoria- Geral da República, da lavra do i. subprocurador-geral da República, Dr. Francisco Xavier Pinheiro Filho:

5. (...) sustenta o recorrente que a quaestio iuris

sub examine diz respeito a matéria interna corporis, sendo, assim, incompetente a Justiça

Eleitoral para apreciá-la. Neste aspecto, cumpre mencionar que o Recorrente não logrou êxito em demonstrar qual dispositivo legal teria sido violado pela decisão guerreada, nem apontou divergência entre esta e julgados de outros Tribunais (...). 6. Num segundo momento, aponta o recorrente negativa de vigência ao art. 53 da Resolução-TSE

no 21.608/2004, aduzindo que em consonância com

o referido dispositivo legal, todos os recursos sobre registro de candidatura deveriam estar julgados pelos tribunais regionais eleitorais com as respectivas decisões publicadas até o dia 4.9.2004. Razão não lhe assiste, pois, como bem ressaltou o Relator dos embargos declaratórios de fls. 184/187,

a alegação de nulidade, em função da inobservância de prazo por parte deste Pretório, não merece guarida porque a matéria sub judice foi posta em sessão iniciada às 9 horas do dia 4 de setembro último, com o seu efetivo encerramento às 4h40min da madrugada seguinte, sem qualquer interrupção dos trabalhos. (Fls. 215-216.)

____________________

3

Nery Júnior, Nelson. Teoria Geral dos Recursos. 6. ed. revisada, ampl. e atual., São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004, p. 441.

E mais. O recorrente traz matéria que exige a incursão no conjunto fático-probatório, vedada na via do recurso especial.

Com efeito, a decisão do Tribunal Regional assentou a existência de vício na convenção do partido, sua reforma nos termos pleiteados exige reexame de prova.

Incidência dos enunciados nos 7 e 279 das súmulas do

STJ e STF, respectivamente.

Adoto os fundamentos do parecer ministerial. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial,

com fundamento no art. 36, § 6o, do RITSE.

Publique-se em sessão.

Brasília, 13 de outubro de 2004.

Publicado na sessão de 13.10.2004.

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL No 24.457/MG

RELATOR: MINISTRO LUIZ CARLOS MADEIRA

DESPACHO: Trata-se de recurso especial interposto pela Coligação Frente Trabalhista Social Cristã contra acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG), que indeferiu o pedido de registro de candidatura de João Xisto Guedes ao cargo de vereador do Município de Barbacena.

O acórdão foi assim ementado:

Recurso. Registro de candidatura. Eleições 2004. Indeferimento do pedido de registro.

Duplicidade de Filiação. Decisão transitada em julgado.

Recurso a que se nega provimento. (Fl. 74.) Alega violação aos arts. 14 e 15 da Constituição Federal.

Sustenta que restou demonstrado nos autos, que o pré- candidato promoveu a tempo e a modo sua desfiliação do Partido Social Liberal (PSL), para depois filiar-se ao Partido dos Aposentados da Nação (PAN). Pede a reforma da decisão para deferir o pedido de registro de candidatura (fls. 80-83).

Parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral pelo não- conhecimento do recurso e, se conhecido, pelo seu desprovimento (fls. 90-95).

É o relatório. Decido.

Está no voto condutor do acórdão regional:

In casu, vê-se que transitou em julgado, conforme

consta de fl. 73, a decisão que declarou nulas as filiações partidárias por duplicidade do recorrente. (Fl. 77.)

Reproduzo trecho do documento de fl. 73:

(...) despacho este publicado em 14.4.2004, tendo sido certificado o decurso do prazo sem interposição de recurso em 27.4.2004, e, em 29.4.2004, foi interposto Agravo Regimental, tendo a e. Corte

julgado o agravo, sessão de 20.7.2004, proferindo a seguinte decisão: Não conheceram do recurso –,

Acórdão no 1.192/2004. Publicado no DJMG de

12.8.2004 – sendo os autos, após o trânsito em

julgado, remetidos para a 23a Zona Eleitoral de

Barbacena em 26.8.2004.

Inexistindo filiação partidária, porque declaradas nulas, falta ao registrando a condição de elegibilidade prevista no art. 14, § 3o, V, da Constituição Federal.

Neste sentido:

Recurso especial. Registro de candidatura. Indeferimento. Filiação partidária. CF, art. 14, § 3o, V.

Comprovado o cancelamento da filiação partidária do candidato, torna-se ele inelegível, a teor do art. 14, § 3o, V, da Constituição Federal.

Recurso não conhecido. (REspe no 10.395/MT, rel.

Min. Carlos Velloso. Publicado em sessão de 13.10.92.)

Assim, não há violação aos arts. 14 e 15 da Constituição Federal.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (RITSE, art. 36, § 6o).

Publique-se em sessão.

Brasília, 12 de outubro de 2004.

Publicado na sessão de 13.10.2004.

RECURSO ESPECIAL No 24.487/MA

RELATOR: MINISTRO CAPUTO BASTOS A douta Procuradoria-Geral Eleitoral assim sumariou o feito (fls. 141-142):

“(...)

Consta dos autos que Francisco Freire Araújo Veras interpôs embargos de declaração e, em seguida, recurso especial contra acórdão do TRE/ MA que, dando provimento a recurso eleitoral, reformou a decisão monocrática que deferiu o seu registro de candidatura ao cargo de vereador do Município de Pedreiras, sob a assertiva da ação de desconstituição ter o condão de suspender a declaração de inelegibilidade somente quando aforada antes do prazo para a impugnação do registro de candidatura.

Alega que a alínea g do inc. I do art. 1o da Lei

Complementar no 64/90 dispõe ser inelegível aquele

candidato que tiver suas contas rejeitadas por irregularidade insanável, colacionando julgados

dessa Corte, corporificados no REspe no 20.437,

no ARO no 604 e no RO no 678.

Sustenta, ainda, que não havendo na decisão do TCE nenhuma nota de improbidade administrativa ou de irregularidade insanável, não há que se cogitar do indeferimento do registro com base na Lei

Complementar no 64/90.

Em seu recurso especial, o recorrente alega que a Justiça Eleitoral pode e deve pesquisar acerca dos motivos ensejadores da rejeição de contas, e não, simplesmente, declarar inelegibilidade de forma dessarazoada. Diz, ainda, que não há “(...) na decisão do órgão julgador (TCE/MA) nenhuma menção de irregularidade insanável ou nota de improbidade administrativa (...)” a justificar o indeferimento do seu registro (fl. 124).

Decido.

Adoto, como razão de decidir, o lúcido parecer do ilustre Dr. Carlos Frederico Santos, digníssimo Procurador Regional da República, verbis (fl. 142):

“(...)

Por outro lado, é de se salientar que embora seja considerada sanável a irregularidade quando possa ela ser remediada, desfeita ou obstada, conforme se pode depreender do significado do vocábulo

sanar, não há, nos presentes autos, como se

verificar tal fato sem o revolvimento de matéria fático-probatória, sendo de se acrescentar que a

disposição contida na alínea g do inc. I do art. 1o

da LC no 64/90 não vincula o conceito de

irregularidade insanável à prática de ato de improbidade administrativa, cuja avaliação não é afeta à esfera eleitoral.

Cabe ressaltar, ainda, que apesar do recorrente afirmar que, no caso em epígrafe, não houve comprovação da ocorrência de vício insanável, verifica-se dos autos que foi ele incluído na relação pertinente ao § 5o do art. 11 da Lei no 9.504/97, que

determina às Cortes de Contas remeterem à Justiça Eleitoral o nome daqueles que tiveram suas contas rejeitadas por irregularidade insanável e decisão irrecorrível do órgão competente (fls. 30 e 34). No que tange à alegada divergência jurisprudencial, depreende-se dos autos que não foi ela devidamente demonstrada, pois deixou o recorrente de apresentar a transcrição dos trechos dos acórdãos divergentes, com a menção das circunstâncias que se identificam ou se assemelham ao caso confrontado, limitando-se a transcrever ementas.

Não realizado o necessário cotejo entre o acórdão recorrido e os colacionados, a fim de evidenciar a alegada divergência, aplicável à espécie a Súmula no 291 do STF.

(...)”

Registro, por oportuno, que o egrégio regional – por ocasião do julgamento dos embargos declaratórios – esclareceu que “(...) o acórdão do TCE de fl. 55, onde se verifica cabalmente a menção às irregularidades insanáveis (injustificável dano ao erário e grave infração às normas legais) (...)” (fl. 116).

Diante dessa afirmação, concluir de forma diversa, importaria no revolvimento de fatos e provas, o que é

vedado pela Súmula no 279 do STF.

Com essas considerações, nego seguimento ao recurso

especial, com base no art. 36, § 6o, do Regimento

Interno do Tribunal Superior Eleitoral. Publique-se em sessão.

Brasília, 13 de outubro de 2004.

Publicado na sessão de 13.10.2004.

RECURSO ESPECIAL No 24.549/MA

RELATOR: MINISTRO CAPUTO BASTOS

No documento SESSÃO PÚBLICA SESSÃO ADMINISTRATIVA (páginas 107-110)

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