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IV. P OLÍTICAS S ECTORIAIS PARA 2013 E R ECURSOS F INANCEIROS

IV.6. Defesa (P006)

IV.6.1. Políticas

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) orientará a sua atividade tendo presentes os objetivos permanen- tes da política de defesa nacional e as missões atribuídas às Forças Armadas, que se encontram consti- tucionalmente definidas, bem como o facto de a incerteza que vem caracterizando o contexto internacio- nal exigir respostas flexíveis, eficazes e eficientes, num quadro cooperativo alargado.

Neste sentido, continuará a implementar medidas e ações que permitam encontrar o equilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades das Forças Armadas, libertando recursos onde eles são menos necessários, para os alocar onde realmente fazem falta.

Concluído o Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC) no MDN, com a conse- quente racionalização das estruturas e melhor utilização dos recursos, em 2013 assistir-se-á ao desen- volvimento do processo de reorganização da Estrutura Superior da Defesa Nacional e das Forças Arma- das, orientada para o incremento, coordenação e exploração de sinergias entre as diferentes estruturas.

Neste quadro, é intenção do MDN prosseguir o caminho decorrente da revisão e aprovação do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, iniciando, de forma sequente, coerente e célere, a revisão do Conceito Estratégico Militar, das Missões das Forças Armadas, do Sistema de Forças Nacional e do Dispositivo de Forças.

Manterá o seu empenhamento na segurança e desenvolvimento globais aprofundando a sua participação em missões internacionais.

Neste contexto, em 2013 o MDN irá prosseguir a sua atuação nas seguintes áreas:

• No ano letivo 2013/2014 realizar-se-ão ajustamentos nos Estabelecimentos Militares de Ensino não superior, desenvolvendo e consolidando medidas de integração e otimização de recursos iniciadas em 2012, tendo em vista a coerência e eficiência do projeto educativo assente nas características próprias da instituição militar;

• Prosseguirá a restruturação dos Estabelecimentos Fabris do Exército, dotando-os de novos modelos organizacional e jurídico e racionalizando estruturas e recursos, dando continuidade ao processo iniciado em 2012;

• Continuarão os trabalhos com vista ao início da atividade do Pólo de Lisboa do Hospital das For- ças Armadas, resultante da fusão dos Hospitais Militares dos Ramos das Forças Armadas. Para- lelamente, continuará também a avaliação da reforma do sistema de Saúde Militar tendo como objetivo a prestação de melhores serviços, suportada por recursos humanos, financeiros e mate- riais adequados às necessidades e financeiramente sustentados;

• Serão também implementadas medidas que permitam a redução do custo anualmente suportado pela Assistência na Doença aos Militares, em linha com o estabelecido nos acordos internacio- nais celebrados;

• O processo de criação do “balcão único” de apoio aos Antigos Combatentes e aos Deficientes das Forças Armadas, iniciado em 2012, e que pretende garantir a este universo de ex-militares um acesso mais fácil e procedimentos mais ágeis, continuará a ser desenvolvido por forma a poder ser implementado até ao final do ano;

• As Leis de Programação Militar (LPM) e de Programação de Infraestruturas Militares (LPIM) serão revistas, equilibrando as necessidades de reequipamento das Forças Armadas e a manu- tenção do património da Defesa Nacional com as disponibilidades económico-financeiras atuais. Para 2013 o MDN irá reduzir em 45,71% os valores previstos pela Lei de Programação Militar - redução significativa que implica a manutenção do esforço de revisão e renegociação de contra- tos atualmente em vigor;

• Será dada continuidade à reestruturação do sector empresarial da Defesa, em curso desde 2012, dinamizando a atividade da EMPORDEF e das suas participadas na procura de novos parceiros e parcerias internacionais que tragam valor acrescentado para a economia nacional, para o tecido empresarial e para as áreas da inovação científica e tecnológica;

• Prosseguirão os esforços de coordenação com outros Ministérios em áreas onde o aproveita- mento de capacidades e de sinergias pode potenciar e reforçar a capacidade de resposta nacio- nal perante diversas situações de interesse público.

Com vista à manutenção do empenhamento na segurança e desenvolvimento globais, o MDN atuará nas seguintes áreas:

• No âmbito da NATO, prosseguirá o apoio à STRIKEFORNATO, que atingiu já a sua plena capa- cidade operacional, e continuará o desenvolvimento do processo de transferência da Escola de Comunicações e de Sistemas de Informação da NATO para Portugal, assegurando a plena par- ticipação nacional no processo de transformação da Aliança;

• No quadro do relacionamento com a União Europeia, o MDN apoiará a Política Comum de Segurança e Defesa, incluindo as vertentes de Investigação e Desenvolvimento e da Indústria. • O esforço nacional em missões humanitárias e de paz sob a égide de organizações internacio-

nais, através do empenhamento das Forças Armadas Portuguesas, manter-se-á em 2013, dan- do continuidade ao compromisso com a segurança e a estabilidade internacionais;

• As relações bilaterais e multilaterais com os Países de Língua Oficial Portuguesa serão reforça- das, seja no domínio da Cooperação Técnico-Militar, seja no apoio à Reforma do Sector da Segurança, havendo abertura para dar continuidade à integração de contingentes militares de Países de Língua Portuguesa nas Forças Nacionais Destacadas, tal como sucedido com Timor- Leste (na UNIFIL, no Líbano) e com Moçambique (na operação ATALANTA, no Índico).

O MDN intensificará ainda as relações externas de Defesa e o relacionamento: com os nossos aliados e parceiros, destacando-se a relação estratégica privilegiada com os EUA; com a região do Mediterrâneo e do Magreb; bem como com parceiros atuais e potenciais na área da Economia de Defesa.

IV.6.2. Orçamento

A despesa total consolidada do Programa da Defesa em 2013, ascende a 2.188,4 M€, o que reflete um acréscimo de 14,1%, face à estimativa de 2012.

Quadro IV.6.1. Defesa (P006) - despesa total consolidada (milhões de euros)

Nota: Orçamento Ajustado = Orçamento líquido de cativos

A despesa do subsector Estado apresenta um aumento de 10% devido, essencialmente, à previsão de receita consignada, que apresenta um crescimento de 91,7% e às receitas gerais com 3,8%, em resulta- do da reposição do subsídio de Natal e dos encargos com as Forças Nacionais Destacadas. Retirando o efeito da reposição do subsídio de natal o crescimento é de 8,2%, existindo ainda uma poupança poten- cial de 38 M€ relativa à reserva efetuada no programa.

Quadro IV.6.2. Defesa (P006) - despesa dos SFA e EPR por fontes de financiamento (milhões de euros)

A despesa total consolidada dos serviços e fundos autónomos e da entidade pública reclassificada apre- senta um crescimento de 7,2% face à estimativa para 2012, justificado pelo efeito conjugado do cresci- mento no subsector dos serviços e fundos autónomos em 13,4%, com o decréscimo de 20,7%, neste caso devido ao Arsenal do Alfeite, o qual apresenta redução de receitas de funcionamento decorrentes da prestação de serviços de reparação naval à Marinha Portuguesa.

2012 2013

Estimativa Orçamento

Estado 1 851,4 2 056,8 11,1 92,9

1. Atividades 1 846,1 2040,1 10,5 92,1

1.1. Com cobertura em receitas gerais 1 726,0 1 795,8 4,0 81,1

Funcionamento em sentido estrito 1 302,5 1359,1 4,3 61,4

Dotações específicas 423,5 436,7 3,1 19,7

Encargos com a Saúde 41,0 41,0 0,0 1,8

Forças Nacionais Destacadas 51,2 54,0 5,4 2,4

Lei de Programação Militar 219,1 230,9 5,4 10,4

Pensões de Reserva 112,3 110,8 -1,3 5,0

1.2. Com cobertura em receitas consignadas 120,0 244,3 103,5 11,0

2. Projetos 5,3 16,7 214,7 0,8

2.1.Financiamento nacional 5,3 16,7 214,7 0,8

2.2.Financiamento comunitário 0,0 0,0 0,0

Serviços e Fundos Autónom os 117,7 136,9 16,3 6,2

Entidades Públicas Reclassificadas 26,3 20,9 -20,7 0,9

Consolidação entre e intra-subsetores 6,6 6,8 3,0

DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 1 992,5 2 211,8 11,0 -

DESPESA EFETIVA 1 988,8 2 207,8 Variação (%) Estrutura 2013 (%) 2012 Estimativa Receitas Gerais Receitas Próprias Financia- mento Comunitário Transferências

das AP Outras Fontes Total

Total SFA 117,7 6,7 126,1 0,6 0,0 0,0 133,5 13,4

Total EPR 26,3 20,9 20,9 -20,7

Sub-Total 144,0 6,7 146,9 0,6 0,0 0,0 154,3 7,2

Transferências intra 0,0 0,0

DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 147,8 6,7 151,0 0,6 0,0 0,0 158,4 7,2

DESPESA EFETIVA 144,0 6,7 146,9 0,6 0,0 0,0 154,3 7,2 Por Memória Ativos Financeiros 1,8 2,1 2,1 Passivos Financeiros 2,0 2,0 2,0 Orçamento Ajustado de 2013 Variação (%)

Quadro IV.6.3. Defesa (P006) - despesa por classificação económica (milhões de euros)

A estrutura da despesa total consolidada por classificação económica demonstra que as despesas com o pessoal absorvem 56,2% do total, seguindo-se a aquisição de bens e serviços com um peso de 20,7% e outras despesas correntes com 10,4%.

Quadro IV.6.4. Defesa (P006) - despesa por medidas dos programas (milhões de euros)

No P006 – Defesa a medida mais expressiva é a relativa às Forças Armadas representando 82% da despesa total.

SFA EPR Total

Despesa Corrente 1.835,7 129,4 19,6 149,0 1.978,2 90,4

Despesas com Pessoal 1.164,4 52,4 13,2 65,7 1.230,1 56,2

Aquisição de Bens e Serviços 379,2 68,7 4,7 73,4 452,6 20,7

Juros e Outros Encargos 0,0 1,6 1,6 1,6 0,1

Transferências Correntes 70,5 1,6 0,0 1,7 65,5 3,0

das quais: intra-instituições do ministério 6,6 0,0 0,0 para as restantes Adm. Públicas 3,2 0,0 0,0 3,2 0,1

Subsídios 0,0 0,0 0,0

Outras Despesas Correntes 221,6 5,0 1,7 6,7 228,3 10,4

Despesa Capital 201,0 8,1 1,2 9,4 210,2 9,6

Aquisição de Bens de Capital 200,8 4,1 1,2 5,3 206,1 9,4

Transferências de Capital 0,2 0,0 0,0 0,0

das quais: intra-instituições do ministério 0,2 0,0 0,0 para as restantes Adm. Públicas 0,0 0,0 0,0

Ativos Financeiros 2,1 2,1 2,1 0,1

Passivos Financeiros 2,0 2,0 2,0 0,1

Outras Despesas de Capital 0,0 0,0 0,0

Consolidação entre e intra-subsetores 6,7

DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 2.036,7 137,5 20,9 158,4 2.188,4 100,0

DESPESA TOTAL EXCLUINDO TRANSF PARA ADM. PÚBLICAS 2.033,5 137,5 20,9 158,4 2.185,2 -

DESPESA EFETIVA 2.036,7 133,5 20,9 154,3 2.184,3 -

Orçamento Ajustado de 2013

Estado SFA Total

Consolidado

Estrutura 2013 (%)

001 - Serv. Gerais da A.P. - Administração geral 2,4 0,1

004 - Serv. Gerais da A.P. - Investigação científica de carácter geral 0,1 0,0

005 - Defesa Nacional - Administração e regulamentação 217,9 9,9

006 - Defesa Nacional - Investigação 8,7 0,4

007 - Defesa Nacional - Forças Armadas 1.800,0 82,0

008 - Defesa Nacional - Cooperação militar externa 5,6 0,3

014 - Segurança e ordem públicas - Protecção civil e luta contra incêndios 1,2 0,1

017 - Educação - Estabelecimentos de ensino não superior 1,4 0,1

018 - Educação - Estabelecimentos de ensino superior 2,4 0,1

022 - Saúde - Hospitais e clínicas 66,2 3,0

026 - Segurança e acção social - Segurança social 2,5 0,1

027 - Segurança e acção social - Acção social 46,7 2,1

036 - Serviços culturais, recreativos e religiosos - Cultura 1,2 0,1

049 - Industria e energia - Indústrias transformadoras 20,9 1,0

065 - Outras funções económicas - Diversas não especificadas 14,1 0,6

DESPESA TOTAL NÃO CONSOLIDADA 2.195,1 100,0

DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 2.188,4 -

DESPESA EFETIVA 2.184,3 -

Por Memória

Ativos Financeiros 2,1 0,1

Passivos Financeiros 2,0 0,1

Estado, SFA e EPR

Orçamento Ajustado de

2013

Estrutura 2013 (%)