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Definição constitutiva e operacional das variáveis

3. METODOLOGIA

3.1 ESPECIFICAÇÃO DO PROBLEMA

3.1.3 Definição constitutiva e operacional das variáveis

A análise das relações entre as variáveis de estudo fundamenta-se na constituição e operacionalização das mesmas conforme descrição a seguir.

Contexto ambiental

D.C.: conjunto de todos os fatores do contexto externo das organizações que, de fato ou potencialmente, as influenciam e são por elas influenciados. Foi verificado com base nas noções de ambiente técnico e de ambiente institucional da dimensão ou contexto ambiental.

Ambiente técnico

D.C.: “aquele cuja dinâmica de funcionamento se desencadeia por meio da troca de bens ou serviços, de modo que as organizações que neles se incluem são avaliadas e

V I

V M Esquemas

interpretativos Contexto

ambiental

Recursos Organizacionais

Estratégias de internacionalização V D

recompensadas pelo processamento tecnicamente eficiente do trabalho” (MACHADO-DA-SILVA e FONSECA,1999, p. 32).

D.O.: caracterizado a partir da análise documental e de conteúdo das informações reunidas em fontes de dados secundários, entre eles: indicadores macro-econômicos, relatórios de bancos, dados da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), estudos do BNDES, literatura especializada no setor (livros, artigos de jornais e revistas), entre outras fontes conforme se pode observar nos Anexos 8, 9 e 10. As informações coletadas foram organizadas com base nas condições de dependência e incerteza propostas por SCOTT (1998), conforme Quadro 4 da base teórico-empírica.

Ambiente institucional

D.C.: aquele que se caracteriza “pela elaboração e difusão de regras e procedimentos que proporcionam às organizações legitimidade e suporte contextual” (MACHADO-DA-SILVA e FONSECA, 1999, p. 32).

D.O.: operacionalizado a partir da análise documental e análise de conteúdo de dados secundários em que se procurou identificar e evidenciar temas relevantes, opiniões e idéias compartilhadas que de alguma forma caracterizam as estruturas e atividades cognitivas, normativas e regulativas que promovem estabilidade e significado ao comportamento social das indústrias de alimentos.

Contexto ambiental de referência

D.C.: refere-se ao nível de visualização dos ambientes técnico e institucional sob o ponto de vista da organização, podendo ser regional, nacional e internacional, e que serve como referencial para suas ações e estratégias. (MACHADO-DA-SILVA, FONSECA E FERNANDES, 1999).

D.O.: operacionalizado a partir das respostas obtidas às questões 49 a 55 do questionário enviado aos dirigentes do nível estratégico (vide Anexo 4). As questões do tipo múltipla escolha, tiveram por objetivo identificar parâmetros que apontam para o quadro de referência no qual se baseiam as ações e estratégias da organização.

Ressalta-se que os diferentes níveis de análise ambiental foram previamente definidos de acordo com os procedimentos de análise de conteúdo apresentados na definição operacional do contexto ambiental, e assim possibilitaram a classificação das organizações segundo sua amplitude de análise ambiental: regional, nacional ou internacional. As alternativas de resposta para cada uma das questões foram construídas visando representarem de modo mutuamente excludente cada um dos níveis de análise ambiental, seguiu-se neste sentido as prerrogativas utilizadas por GUARIDO FILHO (2000).

Recursos organizacionais

D.C.: atributos de propriedade ou controle da organização entendidos como forças que podem ser utilizadas para a concepção e implementação de estratégias. Neste sentido, podem ser classificados como: recursos financeiros, físicos, humanos e organizacionais (BARNEY, 1996).

D.O.: verificados a partir da análise estatística das respostas dos dirigentes organizacionais do nível estratégico das indústrias de alimentos do Estado do Paraná, às perguntas de número 56 a 72 do questionário (vide Anexo 4). Para a mensuração das categorias de recursos propostas por BARNEY (1996) utilizou-se de questões objetivas, dicotômicas, múltipla escolha e Likert de 7 pontos, na seguinte distribuição:

i) recursos financeiros (questões 56 a 59); recursos físicos (questões 60 a 62); recursos humanos (questões 63 a 67); e recursos organizacionais (questões 68 a 72).

Esquemas interpretativos

D.C.: conjunto de valores e crenças compartilhados pelos membros da organização que operam como quadros de referência para a ação organizacional (HININGS e GREENWOOD, 1988; MACHADO-DA-SILVA e FONSECA, 1996). Foram verificados a partir de dois de seus principais componentes: os valores e as crenças.

Valores

D.C.: indicam padrões de preferências racionalizados por um indivíduo e compartilhados por um grupo da organização, que influenciam a escolha dos meios desejáveis para a ação e os fins, enquanto resultados ou objetivos a serem alcançados (MACHADO-DA-SILVA e FONSECA, 1993).

D.O.: identificados com base na análise estatística das respostas ao questionário enviado aos dirigentes do nível estratégico das organizações industriais do setor alimentício paranaense.

Crenças

D.C.: “pressupostos subjacentes que fornecem aos atores organizacionais as expectativas que influenciam nas percepções, pensamentos e emoções sobre o mundo e a organização” (MACHADO-DA-SILVA, FONSECA e FERNANDES, 2000, p.

132).

D.O.: identificadas com base na análise estatística das respostas ao questionário enviado aos dirigentes do nível estratégico das indústrias de alimentos do Estado do Paraná.

Estratégias de internacionalização

D.C.: ações organizacionais diretamente relacionadas à expansão internacional, desenvolvidas com base na cognição dos integrantes da empresa, em especial dos dirigentes do nível estratégico, em face das pressões do contexto ambiental e dos recursos internos disponíveis na organização.

D.O.: identificadas mediante a resposta dos dirigentes do nível estratégico das organizações em estudo às perguntas de número 6 a 48 do questionário (vide Anexo 4). A primeira série de perguntas (de 6 a 12) focaliza aspectos relativos a mensuração do grau de internacionalização das empresas. Já a segunda (de 13 a 48), seguindo a proposta de JONES (1999), compreende a listagem de diversas possibilidades de ligações externas, tanto de entrada (inward) quanto de saída (outward), baseadas nos indicadores constantes no Quadro 3 da base teórico-empírica. Solicitou-se que, no caso de as empresas terem desenvolvido alguma das atividades internacionais listadas, estas informassem o ano em que tal operação ocorreu pela primeira vez. Tais informações possibilitaram identificar o caminho de internacionalização percorrido por cada uma das empresas respondentes.