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3. METODOLOGIA

3.3 DELINEAMENTO LEVANTAMENTO DE CAMPO: CONTRIBUIÇÃO DO

O aspecto do objetivo geral relativo à identificação da contribuição que o PTe oferece a GC foi pesquisado por meio de um levantamento de campo, pois, confor- me Gil (2010):

As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pes- soas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obt e- rem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.

O levantamento de campo como método de pesquisa foi adotado, pois ele vi- abiliza a obtenção de informações diretamente das pessoas que participaram da primeira etapa, processo de PTe por meio da elaboração do TRM. O objetivo foi ob- ter os dados que subsidiaram as análises quantitativas. Conforme sugerido por Gil (2010), o objetivo desta etapa da pesquisa foi delimitado da seguinte forma:

Especificação dos objetivos. Segundo Gil (2010):

Os problemas propostos para investigação geralmente o são de maneira bastante geral […] os objetivos gerais são pontos de partida […] precisam ser redefinidos, esclarecidos, delimitados.

Esta etapa tem objetivo diferente da etapa anterior e, como forma de delimitar o objetivo geral, esta etapa busca “identificar como a elaboração do PTe por meio do TRM contribui com a iniciativa de GC da organização”.

Operacionalização dos conceitos e variáveis. Para Gil (2010):

Muitos dos conceitos ou variáveis utilizados nos levantamentos soc iais são empíricos, ou seja, referem-se a fatos ou fenômenos facilmente observáveis e mensuráveis […] outros fatos ou fenômenos, no entanto, não são passí- veis de observação imediata e muito menos de mensuração […] nestes ca- sos, torna-se necessário operacionalizar esses conceitos ou variáveis, ou seja, torná-los passíveis de observação empírica e de mensuração. Para tanto será necessário defini-lo teoricamente.

A identificação da contribuição do TRM para a GC dentro da organização, em virtude de suas características subjetivas, apresenta-se como uma situação de difícil avaliação. Isto ocorre por não existirem indicadores claros ou fenômenos objetivos que permitam atestar ou evidenciar com segurança estas relações. Neste sentido, conforme será apresentada no capítulo seguinte, a forma encon- trada para identificar estas relações foi a aplicação dos conceitos de GC, apre- sentados no referencial teórico, na elaboração do instrumento de coleta de da- dos, neste caso, um questionário.

Elaboração do instrumento de coleta de dados. Sempre conforme Gil (2010), “a elaboração do questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos es- pecíficos da pesquisa em itens bem redigidos”. Algumas das sugestões ofere- cidas pelo autor para a elaboração do questionário são: (i) as questões devem ser preferencialmente fechadas; (ii) as questões devem ser formuladas de ma- neira clara, concreta e objetiva; (iii) deve-se considerar o sistema de referência e o nível de informação do entrevistado; (iv) as questões devem ser dispersas para evitar contágio; (v) a apresentação gráfica do questionário deve facilitar seu preenchimento. Os pontos observados em relação à construção do questi- onário são apresentados no próximo capítulo.

Pré-teste do instrumento. Conforme Lakatos (2010), “o questionário precisa ser testado antes de sua utilização definitiva”. Alguns elementos a serem observa- dos durante o pré-teste, conforme o mesmo autor, são: (i) fidedignidade (qual- quer pessoa que aplique o questionário obterá os mesmos resultados), (ii) vali-

dade (os dados recolhidos são necessários à pesquisa), (iii) operatividade (vo-

cabulário acessível e significado claro). Gil (2010) adiciona outros elementos a serem observados no pré-teste: (i) tamanho (se os entrevistados derem mostra de cansaço, cabe reduzir o número de perguntas), (ii) redundância (pode ser conveniente fazer uma mesma pergunta de forma diferente, com o objetivo de sondar a reação dos pesquisados), (iii) ordem (no pré-teste pode-se ter uma ideia do contágio de uma pergunta sobre a outra), (iv) introdução (mediante a análise das indagações dos pesquisados obtêm-se importantes elementos para a formulação da introdução durante a aplicação do instrumento). O pré-teste e o seu resultado são apresentados no próximo capítulo.

Seleção da amostra. A amostragem, para Lakatos (2010), “ocorre quando a pesquisa não é censitária […] surgindo à necessidade de investigar apenas

uma parte dessa população”. Para aplicação do instrumento de coleta de da- dos, escolheu-se o método de amostragem não probabilístico intencional, pois, conforme Martins (2002), nesse método, as amostragens são feitas a partir de elementos da população selecionados de forma deliberada e intencional, onde o pesquisador dirige-se a um grupo específico de elementos. Para esta etapa da pesquisa, a população foi composta de 279 participantes e a amostra foi formada por 63 entre eles. Os critérios que nortearam a seleção do grupo amostral são apresentados no capítulo a seguir.

Coleta e verificação dos dados. A coleta de dados foi realizada por meio eletrô- nico. O questionário foi disponibilizado aos pesquisados por meio da internet, em página específica para este fim, acessível a todos os participantes que compõem a população pesquisada.

Análise e interpretação. Conforme Gil (2010):

[...] o processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codi- ficação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos […] após a análise pode ocorrer à interpretação dos dados que consiste, fundamen- talmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos […].

Nesta pesquisa, a análise foi realizada utilizando-se métodos estatísticos des- critivos.

Conclusões. Na última fase da pesquisa, são apresentadas as conclusões dos resultados obtidos das análises do questionário bem como sugestões e limita- ções percebidas durante a realização do trabalho.

4. RELAÇÕES ENTRE GESTÃO DO CONHECIMENTO E TECHNOLOGY

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