• Nenhum resultado encontrado

Trabalhos encontrados

4.2 No "entrecruzamento" das demandas da ordem do social e do pedagógico

4.3.1 Demandas que mobilizam sentidos de política

Nessa direção, reúno nesta subseção os itens que apresentam em suas superfícies textuais a expressão exata "política", ou outros significantes relacionados às práticas e instituições dessa ordem.

A distribuição das questões que mobilizam sentidos de política nas provas saltou-me aos olhos. Em linhas gerais, à exceção da prova aplicada em 2008, nos anos subsequentes, embora os itens não sejam agrupados por habilidades ou objetos de conhecimento, esse tipo

186

de temática tende a aparecer em sequência. Em 2009, por exemplo, estes estão assim organizados: 56, 58, 60, 61, 62, 66. Os itens que mobilizam o campo semântico em torno do significante política tendem a responder à demanda pedagógica sintetizada na descrição da competência 5:

Utilizar conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo a atuação consciente do indivíduo na sociedade. (ENEM, 2009 p.12)

Como explicitado anteriormente, iniciei minha análise buscando pistas que

evidenciassem a relação estabelecida entre o significante política e os fluxos de cientificidade

estabilizados sob a forma de conteúdos disciplinares. Uma das formas de se pensar essa

articulação manifesta-se pela ideia de conceito que emerge nos itens analisados. Parte das

questões que mobilizam esse significante se estruturam em torno de sua definição conceitual, como, por exemplo, as questões do ENEM.2. Refiro-me às questões 29, 34 e 45 (ENEM,2010), 07 (ENEM,2012), 56 e 58 (ENEM,2009).

Uma primeira observação diz respeito aos sentidos flutuantes acerca da interface política-poder nesse conjunto de questões acima destacadas.

Para ilustrar essa afirmação, inicio destacando o item 29, inserido na prova azul, aplicada em 2010, que traz no seu texto-base uma definição de política. Importa sublinhar que este sentido fixado opera com a perspectiva histórica, sublinhando as permanências que são identificadas como o "elemento comum" entre os momentos da história da política. Nesse processo de definição, ressalta o sentido de política diretamente relacionado a um espaço de poder, de decisão e, principalmente, como enuncia a alternativa correta, como o do "controle das decisões por uma minoria".

187

Figura 5 - ENEM 2010

A problematização da questão da legitimidade desse "controle pelas minorias", embora não seja colocado em evidência, pode ser percebido nas duas expressões utilizadas para fixar o sentido de política: "autoritarismo excludente" e "democracia incompleta".

Uma outra questão (item 34, da prova azul) nessa mesma edição (ENEM de 2010) traz uma outra possibilidade de definição da interface política-poder, trazendo para o dialogo o filosofo francês Michel Foucault. .

188

A leitura dos três elementos – texto-base,enunciado e alternativas – que compõe esse item aponta para a inclusão na cadeia definidora de política do aspecto legal, valorizando a "finalidade das leis na organização moderna". Interessante observar que embora no texto-base, a situação-problema apresentada pela voz do Foucault contextualiza historicamente a emergência das leis nas organizações sociais, o enunciado e o gabarito apontam para outro encaminhamento. O caráter contingente e violento do nascimento das leis para regular a vida social é substituído por uma visão fatalista e funcionalista da vida social pelas quais as leis se apresentam como uma necessidade para "organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados".

Ao trazer para o processo de significação do significante política o aspecto legal, esta questão aponta simultaneamente uma saída para superar os aspectos "negativos" que sua

articulação com o poder lhe impõe como enunciado na questão 29 e, ao mesmo tempo,

prepara o terreno para introduzir e fixar hegemonicamente o sentido de política associada a uma definição de democracia.

Com efeito, é possível evidenciar um conjunto de questões nas quais os termos como política,democracia e cidadania tendem a se articular em uma mesma cadeia de equivalência hegemonizando um sentido de organização política.

Elejo uma questão da prova de 2012 para ilustrar esta equivalência, pois ela se ocupa com a caracterização da democracia segundo o filósofo iluminista Montesquieu, ou seja, traz em forma de síntese o sentido de democracia legalista ou formal que, entendo, se deseja ver fixado nesta política de avaliação.

189

Figura 7 - ENEM 2012

O texto que apresenta o item marca o pensamento de Montesquieu em defesa da relação estreita entre democracia e o respeito às leis. Destaco o emprego do plural “as democracias” como um indicativo de que este é um significante flutuante no jogo político de definição do conhecimento avaliado, em função das demandas articuladas em torno dele. Demandas de direito, de independência e liberdade, de "fazer tudo que as leis permitem".

Nas construções apresentadas nesta questão, o significado de democracia tem seu limite definido pelos sentidos de liberdade que estão articulados a ele, já que "a liberdade política não consiste nisso”. Interpreto que ao tomá-la (liberdade) como elemento que fecha o sentido de democracia no item, a expansão dessa cadeia é bloqueada como estratégia para evitar um “tudo vale”, ou a possibilidade de “fazer o que quer”. Nessa linha, as formas de entendimento da liberdade têm seu sentido antagonizado com o cumprimento das leis instituídas, “pois se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade”. O jogo discursivo de equivalências e diferenças estabiliza o conceito de democracia como "condicionamento de liberdade".

Do mesmo modo, a questão 45 (ENEM 2, prova azul) reforça a cadeia de equivalência

entre organização política e democracia pelo viés da valorização do termo cidadania. Esse

termo, embora esteja presente na questão anterior, está subalternizado às forças das leis como

deixa claro a alternativa b, considerada como a resposta correta, que reafirma o aspecto legal

da democracia ao reconhecer que a característica da democracia diz respeito "ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade das leis".

190

.

Figura 8 - ENEM 2010.

No caso dessa questão, a definição de democracia, no texto-base que acompanha a charge, tende a se distanciar do aspecto legal , sublinhando a soberania do povo e o papel

ativo do conjunto dos cidadãos, deslocando para o significante cidadania a função discursiva

de fechar provisoriamente o conceito de democracia. No entanto, uma leitura mais atenta do enunciado e da resposta gabarito aponta a presença da dimensão legalista. Afinal, uma "vacina contra o despotismo" significa "evitar a escolha de governantes autoritários". Se articularmos essa resposta ao gabarito da questão anterior, fica clara a solução defendida para garantir o regime democrático: o respeito do povo soberano às leis.

Nesta mesma linha de reflexão, a questão 56 (ENEM 2009 prova azul) introduz um novo elemento – direito de propriedade – que se faz no momento na cadeia definidora de democracia. Aqui, as leis, condição vista como indispensável para que a soberania do povo possa ser exercida plenamente, como formulado na questão 45, estão a serviço do individuo e de seu direito de propriedade, estabilizando a ideia de que "compete ao governo garantir que" o direito político da democracia seja preservado.

191

Figura 9 - ENEM 2009

A definição moderna de cidadania fixada no ENEM como conhecimento de escolar

qualidade a ser ensinada na Educação Básica é reafirmada na questão 58 que integrou a edição de 2009 (prova azul) desse exame. Interessante observar que, neste caso, a estratégia

discursiva utilizada consistiu em introduzir um sentido outro de democracia possível, de

192

Figura 10 - ENEM 2009

A forma como as assertivas disponibilizadas para a escolha da "resposta correta" produz um efeito de verdade deixando entrever que esse outro entendimento de democracia não era apenas diferente, era também, do ponto de vista ético-moral, negativo.

Se compararmos as duas últimas questões – 56 e 58, ambas da edição de 2009 do ENEM – o jogo discursivo para hegemonizar/universalizar o sentido particular de democracia ocidental moderna fica ainda mais evidente. Com efeito, o que é incluído e excluído pelas lógicas da equivalência e da diferença na fixação de democracia varia segundo os interesses em jogo. Se na Grécia Antiga (questão 56) a ideia de uma visão política "profundamente hierarquizada da sociedade" parece condenável, na sociedade norte-americana moderna "vincular democracia e possibilidades econômicas individuais", não caracteriza "uma visão política hierarquizada de sociedade", como ainda significa uma forma de "incluir socialmente os cidadãos".

Interessante sublinhar o que, neste processo de fixação do conceito de política que busca se hegemonizar neste exame, é produzido como antagônico. Dito de outra forma: o que não é política? Ou, o que não é organização política? Que outros tipos de organização social não foram contemplados? Ou ainda: a democracia seria necessariamente a forma de organização política mais apropriada para todos os grupos sociais? Existiriam outras formas

193

de organização política que operam na pauta de um entendimento de justiça social? O que define cidadão na sociedade moderna ocidental?

A análise deste primeiro conjunto de questões aponta para uma articulação entre demandas sociais e demandas pedagógicas pelo viés do conceito de democracia, evidenciando algumas pistas sobre a presença da unidade diferencial – conteúdos disciplinares – na cadeia

definidora de conhecimento escolar de qualidade. Os fluxos de cientificidade oriundos da

área de Filosofia me pareceram determinantes na produção e fixação do conceito democracia. Caberia nos perguntar que correntes ou matrizes filosóficas estariam representadas e que tipo de relação com este conteúdo disciplinar prevalece nesses exames. A primeira questão extrapola de longe os limites deste estudo. Quanto à segunda, procurarei explorar ao longo deste capítulo.

Trago para a discussão outra articulação possível de ser estabelecida entre demandas

sociais e demandas pedagógicas em torno dos significantes política e conteúdos disciplinares

respectivamente. Trata-se aqui da incorporação de conteúdos históricos mobilizados em algumas questões selecionadas. Interessa-me sublinhar nesse processo os efeitos dessa incorporação que ora operam com o conceito de política hegemonizado, como estratégia discursiva para estabilizar esse tipo de fechamento provisório, ora permitem pontos de escape que tendem a subverter as fronteiras hegemônicas. Nessas articulações, as demandas da ordem do "pedagógico" – relativo ao conhecimento histórico escolar73 – e do "social" – poder político – são articuladas para definir o conceito de democracia, por operações metonímicas de combinação que reforçam o discurso das competências e habilidades como "conteúdos de ensino".

Nesse grupo encontram-se questões de História do Brasil (questões: 21,61 ENEM, 2008); 60, 61, 62, 66 (ENEM, 2009); 20, 33 (ENEM, 2010); 01, 17, 18, 20, 21, 22, 41, 61 (ENEM,2011) ; 12 (ENEM, 2012), e das demais partes do mundo, comumente nomeada de

"história mundial" (questões 50, 53 ; ENEM, 2009) , 03, 35 (ENEM, 2011)74.

Procurei olhar para essas questões como fragmentos de uma narrativa histórica maior, isto é, da nossa história nacional. Esclareço, porém, que não farei aqui um discussão adensada a respeito da estrutura narrativa da história. Limito-me a reconhecer que essa construção me

73 Utilizo esta construção considerando as proposições de Gabriel (2002) ao fazer referência aos saberes

produzidos em um certo lugar (escola) e em certas condições que o vinculam à “comunidade científica” de historiadores que legitima estes saberes, mas que passam por transposições didáticas, antes mesmo de ganharem seu espaço de produção no terreno do escolar.

74Trouxe para a análise nesta tese apenas as questões relacionadas à sociedade brasileira. As demais questões

194

permite pensar nos processos de identificação que tecem fios fluídos entre "nós" e "eles", que se posicionam em relação a outras identidades co-existentes. Ao fazer esta afirmação, assumo que as identidades não pré-existem, elas são constituídas no jogo discursivo da definição.

Interessa-me evidenciar os processos de seleção de conteúdos disciplinares da área de História que são fixados neste texto curricular para dar conta da produção de um conhecimento escolar de qualidade. Quais os efeitos da imbricação das demandas sociais

(sentidos de político) nas demandas pedagógicas (seleção de conteúdos disciplinares) na

produção desse conhecimento escolar?

Em relação às 15 questões de História do Brasil selecionadas, procurei perceber as estratégias discursivas para a seleção dos conteúdos históricos que configuram a narrativa da brasilidade recontextualizada no ENEM. Interessa-me, mais particularmente, focalizar como

esses conteúdos operam com demandas sociais que mobilizam demandas de direito, tendo

como mote o significante política. Dito de outra maneira: que conteúdos históricos são incorporados na cadeia definidora do significante política e que efeitos eles produzem no sentido hegemônico fixado via transposição didática do conceito de política?

Uma primeira leitura permitiu perceber um alargamento do sentido de política em relação ao discutido no outro bloco de questões. Com efeito, a cadeia discursiva na qual são

articulados os significantes política-democracia-cidadania que fixam o conceito de política

tendem a deslocar a discussão para questões de organização social e/ou regime político. A hibridização com os fluxos de cientificidade da área disciplinar História ora consolidam essa

cadeia hegemônica ora incorporam outros elementos como ação política e/ou

conflito/social/movimentos sociais que passam a tensionar a fronteira da definição de termos como cidadania ou sujeito político. Como apontam alguns itens selecionados, essa abertura ou desestabilização permite trazer, ainda que de forma tímida, os sujeitos das demandas de direito para dentro da cadeia definidora de conhecimento escolar de qualidade.

Um primeiro bloco de questões – 60 (ENEM, 2009); 17, 18 e 20 (ENEM, 2011) – corresponde a itens que incorporam conteúdos clássicos da história política do Brasil, reforçando a articulação entre política-democracia formal-regime político. Entretanto, nesse mesmo movimento é possível perceber uma ampliação dessa cadeia, na medida em que é

introduzida simultaneamente a ideia de ação política. Percebe-se a função discursiva de

termos como voto, eleitor em torno dos quais se articulam os diferentes elementos /momentos

195

A questão 60 abaixo é um bom exemplo dessa flutuação do sentido de política na narrativa produzida sobre a História do Brasil.

Figura 11 - ENEM 2009

A leitura desse item permite observar que da mesma forma que opera com uma noção de política como forma de organização social regida pelas leis, traz para a cena os sujeitos políticos – o eleitor – como também oferece a possibilidade de abordar a definição deste termo contingencialmente. Afinal, o gabarito sublinha a mudança de sentido do significante eleitor, ao ampliar o direito de voto ao sexo feminino.

Nesta mesma linha, em 2011 a questão 20 propõe a leitura de um gráfico. Vale sublinhar que nas orientações dadas pela matriz de referência um dos eixos cognitivos considera o uso da linguagem matemática como ferramenta para compreender fenômenos e processos históricos e geográficos.

196

Figura 12 - ENEM 2011

Do mesmo modo que a questão anterior, esse item opera simultaneamente com a cadeia discursiva hegemônica política-democracia formal-cidadania e traz elementos que mostram deslocamentos da fronteira definidora de um dos termos – cidadania – que representa uma das suas unidades diferenciais. Ainda em 2011, encontro outras duas questões dessa natureza. Uma delas trazendo à tona a questão dos conflitos políticos, no contexto da formulação da Constituição de 1824 que regulamenta o direito de voto. E outra, referente ao coronelismo, como uma forma de controle e dominação desse direito.

Ressalto que os sentidos de democracia apresentados nesses dois itens operam com os

significantes direito e dominação como pares antagônicos. Dito de outra forma, a cadeia

discursiva que fixa o sentido de democracia por meio de operações metonímicas que colocam em uma mesma cadeia de equivalência "poder político" e "exercício da cidadania como liberdade de escolha" produz como seu exterior constitutivo um outro sentido de poder, associado à ideia de dominação, isto é, o poder que limita, cerceia e direciona essa escolha para concentrar o poder nas mãos de determinados grupos .

197

Em torno dessas ideias, como parte de uma operação equivalencial, a democracia é fixada como sinonímia do poder de direito. Os itens apresentados na prova de 2009, em sequência, robustecem essa ideia.

Figura 13 - ENEM 2011

Destaco no item 17 a expressão "conflitos políticos" como metáfora de ampliação dos sentidos de democracia. Ao articular de forma equivalencial o elemento "conflito" nos processos de identificação da democracia, a fronteira que a limita como regime político se desloca em função de outra ameaça, de outro exterior constitutivo: o controle centralizado. Interessante observar que esse momento de nossa história política evidencia a fragilidade da articulação discursiva hegemônica entre poder político, cidadania e democracia formal pela qual o limite do controle pela minoria é garantido pelo respeito às leis. A Constituição de 1824 opera com a ideia contrária a esta e reforça a ideia de política como um "autoritarismo excludente" ou uma "democracia incompleta". Qual o objetivo em selecionar esse tipo de informação/conteúdo para integrar o conjunto de conhecimentos históricos validados para serem ensinados? Uma possível resposta a essa questão está relacionada a uma estratégia discursiva muito mobilizada na construção da narrativa histórica que consiste em visitar o

198

passado para "iluminar" o presente. De alguma forma esse fragmento narrativo se articula a grande saga da história política nacional narrada do ponto de vista da República. Tanto no artigo 92 da Constituição de 1824 que configura o texto-base quanto no gabarito, as ideias de

exclusão e controle definem o tom metafórico do sentido hegemonizado de conflito indicado

no enunciado, explicitando que naquele contexto histórico o direito de voto ficava restrito

àqueles poucos autorizados, isto é, aos "grandes proprietários e comerciantes".

Na questão 18 a seguir, percebe-se outros momentos que evidenciam o jogo da linguagem em meio ao qual ocorrem os processos de significação, fazendo uso dos mesmos

recursos retóricos da questão anterior. Neste caso é o termo República que está sendo

disputado. Como regime político, este item deixa entrever que existem variações de sentido para esse termo e deixa claro que não basta se constituir como República para ser uma organização social democrática.

Figura 14 - ENEM 2011

Aliás, as questões que se seguem – 21 (ENEM 2011), 61 e 62 (ENEM, 2009) – definem explicitamente em qual conceito de República investir.

199

Figura 15 - ENEM 2011

Embora este item apresente a Revolução de 30 como uma produção discursiva de seus defensores, isto é como uma tradição inventada pela historiografia política nacional hegemonizada nos debates desse campo disciplinar, ela se faz presente como conteúdo selecionado e validado como verdadeiro no regime de verdade da epistemologia social escolar. Na questão 61, esse conteúdo histórico retorna não apenas como verdadeiro, mas mobilizando vetores axiológicos que consolidam a República instaurada por Vargas como o único caminho político possível. Embora na formulação do enunciado esteja explicitada a autoria do discurso defendido, as alternativas propostas e principalmente o gabarito não dão margem a uma problematização das fontes, tampouco exigem do leitor/aluno um posicionamento crítico, reforçando, por meio da introdução da voz de Francisco Campos, um discurso enaltecedor da era Vargas.

200

Figura 16 - ENEM 2009

Na questão 62, percebem-se os mesmos mecanismos discursivos que produzem uma imagem positiva de Vargas, ainda que em um regime político ditatorial. Afinal, o que se procura destacar por meio do gabarito é que o programa Hora do Brasil "contribui para consolidar a imagem de Vargas como um governante das massas"