• Nenhum resultado encontrado

a. Riscos para os quais se busca proteção; Buscamos proteção para os seguintes riscos:

Risco de crédito

Corresponde a nosso risco de prejuízo financeiro caso um cliente ou contraparte em um instrumento financeiro deixe de cumprir suas obrigações decorrentes principalmente dos nossos recebíveis e títulos de investimento. Nossa exposição ao risco de crédito é influenciada, principalmente, pelas características individuais de cada cliente.

Risco de liquidez

Risco de liquidez é o risco de encontrarmos dificuldades em cumprir com as obrigações associadas com nossos passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista ou com outros ativos financeiros. Risco de mercado

Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado têm nos nossos ganhos ou no valor de nossas posições em instrumentos financeiros.

Risco operacional

Risco operacional é o risco de prejuízos diretos ou indiretos decorrentes de uma variedade de causas associadas a nossos processos, pessoal, tecnologia e infra-estrutura, além de fatores externos, como aqueles decorrentes de exigências legais e regulatórias e de padrões geralmente aceitos de comportamento empresarial. b. Estratégia de proteção patrimonial (hedge);

Risco de crédito

Para minimização do risco de crédito, nosso departamento comercial está direcionado para a pulverização e diversificação de nossa carteira de clientes, com foco em segmentos previamente definidos. Buscamos, ainda, ter como clientes, empresas em posição de destaque em seus segmentos de atuação e com notória credibilidade e capacidade financeira. Adicionalmente, utilizamos práticas comuns de mercado para análise de crédito de nossos clientes anteriormente à contratação e periodicamente, ao longo da duração do contrato. Para contratos materialmente relevantes, realizamos uma análise de crédito aprofundada específica. Finalmente, possuímos um comitê semanal de contas a receber (não estatutário), constituído por membros de nossas diretorias comercial, de seminovos, financeira e de pós-venda, com diversos critérios e políticas para ações rápidas em casos de inadimplência, tais como, por exemplo, a rescisão contratual para clientes inadimplentes por períodos superiores a dois meses. Com relação às vendas de veículos seminovos desmobilizados de nossa frota, buscamos pulverizar nossa carteira de clientes por meio de dois canais de venda: no atacado, seguindo os mesmos critérios acima identificados, e no varejo, apenas transferimos a posse do veículo após o pagamento, seja pelo cliente ou por seu financiador.

Estabelecemos uma provisão para redução ao valor recuperável que representa nossa estimativa de perdas incorridas com relação às contas a receber de clientes e outros créditos e investimentos. O principal componente desta provisão está relacionado a riscos significativos individuais.

Também limitamos nossa exposição a riscos de crédito ao investir apenas em aplicações de renda fixa, em instituições financeiras de primeira linha. Nossa administração monitora ativamente as classificações de créditos e nossa administração não considera que nenhuma contraparte falhará no cumprimento de suas obrigações.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, nossos 10 maiores clientes representaram, coletivamente, 42,0% de nossa receita líquida operacional (38,7% e 44,5% respectivamente, nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2013 e 2012)

Risco de liquidez

Nossa abordagem na administração da liquidez é garantir, o máximo possível, que sempre haja liquidez suficiente para cumprir com nossas obrigações tempestivamente, sob condições normais e de estresse, sem

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

causar perdas inaceitáveis ou com risco de nos prejudicar.

Utilizamos o custeio baseado em atividades para precificar nossos produtos e serviços, o que nos auxilia no monitoramento de exigências de fluxo de caixa e na otimização de nosso retorno de caixa em investimentos. Tipicamente, visamos possuir caixa à vista suficiente para cumprir com despesas operacionais esperadas para um período de 90 dias, incluindo o cumprimento de obrigações financeiras. Adicionalmente, estamos trabalhando para ampliar essa disponibilidade de caixa para suprir nosso endividamento de curto prazo. Em 31 de dezembro de 2014, nossas disponibilidades (correspondente ao nosso caixa e equivalentes de caixa somado a títulos e valores mobiliários) eram de R$206,1 milhões, enquanto nossos empréstimos, financiamentos e debêntures de curto prazo correspondiam a R$37,9 milhões. Acreditamos que esta medida mitiga o impacto potencial de circunstâncias extremas supervenientes que não podem ser razoavelmente previstas.

Risco de mercado

Parte de nossos financiamentos é captada com taxas de juros pré-fixadas, parte com taxas pós-fixadas e parte em moeda estrangeira. Com relação aos financiamentos com taxas pré-fixadas, entendemos não haver risco de perda para nossas atividades. No que tange aos financiamentos sujeitos a taxas pós-fixadas, contratamos instrumentos de proteção (hedge) por meio dos quais limitamos nossa exposição a possíveis aumentos da taxa de juros, em percentual definido por nosso Conselho de Administração. Com relação ao nosso endividamento em moeda estrangeira, obrigatoriamente contratamos instrumento para nos proteger do risco de variação cambial, conforme a orientação de nosso Conselho de Administração.

Risco operacional

Procuramos administrar os riscos operacionais a fim de evitar ocorrência de prejuízos financeiros e danos à nossa reputação. A principal responsabilidade para o desenvolvimento e implementação de controles para tratar riscos operacionais é atribuída à nossa alta administração. Esta responsabilidade é apoiada pelo desenvolvimento de padrões gerais para a administração de nossos riscos operacionais.

Estamos procedendo a uma revisão dos fluxos de nossos processos, com o objetivo de otimizá-los, assim como identificar eventuais falhas nos controles internos existentes. Também contamos com um departamento de auditoria interna que, dentre outros objetivos, efetua o monitoramento tempestivo dos processos e controles mapeados. Este departamento se reporta diretamente ao Conselho de Administração, possuindo total autonomia e independência.

c. Instrumentos utilizados para a proteção patrimonial (hedge);

Conforme descrito no item 5.2(b) deste Formulário de Referência, utilizamos os seguintes instrumentos para nossa proteção patrimonial:

• Riscos de liquidez: aplicação de nossas disponibilidades exclusivamente em instituições de primeira linha, unicamente em aplicações de renda fixa; e

• Risco de mercado:

o com relação a riscos de taxas de juros: Ajustes da tarifa de locação de frotas;

Aplicação de recursos financeiros em instrumentos atrelados à variação do CDI.

Contratação de operações de opção (hedge) por meio das quais limitamos nossa exposição a possíveis aumentos da taxa de juros.

o Com relação a riscos cambiais: contratamos operações de swap para proteger a totalidade de nossa exposição à variação cambial.

d. Parâmetros utilizados para o gerenciamento de risco

Risco de crédito

Os parâmetros utilizados para os clientes de locação de veículos: Após 1 dia de inadimplência, nossa equipe de cobrança entra ativamente em contato com o cliente. Em caso de não recebimento por um prazo superior a 15 dias da data de inadimplência, fazemos o protocolo de apontamentos no SERASA. Quando a inadimplência ultrapassa 30 dias, entramos com bloqueio dos serviços e guarda dos veículos dos clientes. Em caso de não recebimento por um período superior a 60 dias a política adotada é de rescisão contratual e retirada

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

de todos os veículos da operação alocada ao cliente. Todo este processo decisório é despachado em comitê de cobrança com a participação da Diretoria de Relacionamento com o Cliente, Diretoria Financeira e Diretoria Comercial.

Os parâmetros utilizados para os clientes de seminovos, venda no canal atacado: Após 1 dia de inadimplência, nossa equipe de cobrança entra ativamente em contato com o cliente, utilizando a força de venda como auxílio

in loco. Em caso de não recebimento por um prazo superior a 7 dias, fazemos o protocolo de apontamento de

protestos e a retomada da posse dos veículos. Todo este processo decisório é despachado em comitê de cobrança com a participação da Diretoria de Seminovos e Diretoria Financeira.

Os parâmetros utilizados para os clientes de seminovos, vendas no canal de varejo: Neste canal de venda não há inadimplência, pois temos somente venda à vista por recursos próprios dos compradores ou via repasse de financiamento bancário.

Risco de liquidez

Os parâmetros para controle efetivo do risco de liquidez são os seguintes:

• Manutenção de caixa disponível para suportar os gastos operacionais e os gastos relacionados ao serviço da dívida para os próximos 90 dias;

• Caixa livre para garantir a cobertura de no mínimo 80% da dívida de curto prazo;

• Índice de liquidez imediata acima de 40%.

Risco de mercado

Em relação aos contratos de financiamento, utilizamos os seguintes parâmetros:

• Taxa pré-fixada: Quando ocorrem reduções na taxa SELIC que resultam em diferenças nas taxas pré- fixadas do mercado, comparativamente às taxas atuais, em valores superiores a 0,20% a.m, nós buscamos novos contratos para quitação dos contratos vigentes, desde que não haja multas ou perda de benefícios fiscais em valores superiores à diferença apurada nas taxas de juros.

• Taxa pós-fixada: neste caso, utilizamos dos seguintes parâmetros proteção: o Dívida exposta à variação do CDI:

Manutenção de aplicações financeiras atreladas ao CDI, que suportam pelo menos 25% do total da dívida exposta a este indexador;

Para a exposição restante de 75%, definiu-se pela adoção de instrumentos de hedge com base em análises da curva futura de juros DI, disponibilizada no site da BM&FBOVESPA e/ou consultas a analistas de mercado;

o Dívida exposta à variação cambial:

Neste caso, a orientação é realizar empréstimos em moeda estrangeira somente se for possível associar instrumentos financeiros de proteção, como por exemplo, um swap dólar x CDI, que garantam nenhuma exposição a possíveis variações cambiais e, no caso da exposição ao CDI, adotamos a prática do item anterior.

Risco operacional

Para controle e gerenciamento dos fatores de riscos operacionais acompanhamos os índices:

• Índices de relevância para não conformidades, baseados nas demonstrações financeiras: através do cronograma anual de auditorias e nos fatores de riscos das áreas auditadas, acompanhamos a recorrência das falhas operacionais e descumprimento de normas internas da Companhia;

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

melhoria da qualidade da gestão através da excelência na execução da rotina, nos garante monitoramento constante da execução dos padrões aplicados às áreas e unidades de negócio. No programa temos os principais processos críticos e resultados esperados e são realizadas ao ano, 2 (duas) auto avaliações e 2 (duas) auditorias formais validando a pontuação obtida por cada unidade de negócio.

Através da metodologia de gerenciamento da rotina, para todas as variações negativas nos índices acima são realizados tratamentos, com identificação de causa e elaboração de plano de ação para eliminação da causa identificada.

e. Instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge)

Somente contratamos instrumentos financeiros com objetivos de proteção patrimonial. Em 2014, visando a proteção dos investimentos atuais e estoque de contratos, realizamos operação de hedge no montante de R$785 milhões à taxa Selic entre 10,63% - 11,96%. Para maiores informações, vide item 10.1(d) deste Formulário de Referência.

f. Estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

Nosso gerenciamento de riscos é responsabilidade das áreas de gestão de processos e auditoria interna, que trabalham em três diferentes etapas: (i) prevenção; (ii) verificação; e (iii) acompanhamento.

Na fase preventiva, a área de gestão é responsável pela padronização de processos, definição de indicadores e acompanhamento do tratamento de não conformidade, enquanto a auditoria interna mapeia os riscos, define os fatos geradores dos riscos e as melhores práticas para a mitigação destes riscos.

Na fase de verificação, a auditoria interna checa se os padrões gerenciais e operacionais sugeridos para a prevenção dos riscos estão sendo implementados sob os aspectos processuais, fiscais, legais, e com relação a fraudes e ouvidoria.

Por último, realizamos o acompanhamento destes processos por meio de nosso comitê de auditoria interna, reuniões mensais de diretoria e acompanhamento e tratamento de não conformidade.

g. Adequação da estrutura operacional de controles internos para verificação da efetividade da política adotada.

Procedemos à orientação para a revisão dos fluxos de processos, junto às áreas auditadas, na medida em que realizamos as auditorias. O principal o objetivo da auditoria interna é aperfeiçoar os processos, mitigar perdas financeiras e cercar as eventuais falhas nos controles internos existentes. O departamento de auditoria se reporta diretamente ao Conselho de Administração, possuindo total autonomia e independência.