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O governo brasileiro exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia do país. Essa influência e as condições políticas e econômicas do Brasil podem afetar negativamente os nossos negócios, nossa situação financeira e nossos resultados operacionais.

O governo brasileiro frequentemente intervém na economia do Brasil e, ocasionalmente, realiza mudanças significativas nas políticas e regulamentações. As ações do Governo Federal para controlar a inflação e implementar outras políticas e regulamentações frequentemente envolvem, dentre outras medidas, aumentos nas taxas de juros, controles de preços e salários, desvalorizações cambiais, restrições a remessas para o exterior, limites a importações e congelamento de contas correntes. Não temos nenhum controle sobre as políticas ou regulamentações que o Governo Federal poderá adotar no futuro, nem capacidade para prevê‐las. Nosso negócio, nossa situação financeira, nossos resultados operacionais e nossas perspectivas poderão ser afetados negativamente por mudanças nas políticas ou regulamentações que envolvem ou afetam certos fatores, como:

• inflação;

• políticas cambiais;

• crescimento da economia interna;

• redução na liquidez dos mercados internos de capital e de crédito;

• políticas monetárias;

• taxas de juros;

• instabilidades sociais ou políticas;

• políticas fiscais e mudanças na legislação tributária; e

• outros desdobramentos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que o afetem.

Medidas adotadas pelo Governo Federal ou especulação sobre ações do governo no futuro podem levar a incertezas em relação à economia brasileira e aumentar a volatilidade dos mercados de capitais domésticos, o que pode afetar negativamente o nosso negócio, nossa situação financeira, nossos resultados operacionais e nossas perspectivas. Uma das medidas adotadas pelo Governo Federal para aumentar o nível de consumo no Brasil, que foi afetado negativamente pela crise de crédito, foi a redução temporária do imposto sobre produtos industrializados (ou IPI) de até 7,0% para veículos novos. Essa medida foi implementada em novembro de 2008 e resultou em uma forte queda nos preços de veículos usados, afetando negativamente o mercado para esses produtos. Em 2012 também houve uma nova redução no IPI, e como resultado, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, efetuamos testes de valor líquido de venda nos veículos disponíveis para esta situação, e reconhecemos um prejuízo decorrente de deterioração (impairment) de R$15,0 milhões do valor previsto, e aumentamos nossa depreciação, que era de 6,3% ao ano em 31 de dezembro de 2011 para 10,3% ao ano em 31 de dezembro de 2012. Em 3 1 d e dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2014, a taxa média de depreciação sobre o ativo imobilizado médio girava em torno de 9,0% e 9 , 8 % ao ano, respectivamente.

Os esforços governamentais para combater a inflação poderão prejudicar o crescimento da economia brasileira e as nossas atividades.

O Brasil, no passado, apresentou taxas de inflação extremamente elevadas e, portanto, seguiu políticas monetárias para combater a inflação, o que teve um efeito negativo significativo sobre a economia do país. Entre 2004 e 2010, a taxa básica de juros (SELIC) no Brasil apresentou variação entre 19,8% e 8,6% ao ano. Em 31 de dezembro de 2011 e 2013, a taxa básica de juros ficou em 10,91% e 7,14%, respectivamente. A inflação e as medidas do governo brasileiro para combatê‐la, principalmente por meio do Banco Central do Brasil, tiveram e poderão ter efeitos significativos sobre a economia do país e nossas atividades. O aperto das políticas monetárias, aliado a altas taxas de juros, poderá restringir o crescimento do Brasil e a disponibilidade de crédito. Por outro lado, políticas mais tolerantes do governo e do Banco Central do Brasil e a redução nas taxas de juros poderão desencadear aumentos na inflação, e, consequentemente, volatilidade de crescimento e a necessidade de aumentos das taxas de juros repentinos e significativos, que podem afetar negativamente os nossos negócios.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

A instabilidade da taxa de câmbio poderá afetar os nossos negócios, nossa situação financeira, nossos resultados operacionais e perspectivas.

Nas quatro últimas décadas, o Governo Federal implementou diversos planos econômicos e várias políticas de taxa de câmbio, incluindo desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas (durante as quais a frequência dos ajustes tem sido diária ou mensal) e sistemas de taxas de câmbio flutuantes. Periodicamente, houve flutuações significativas na taxa de câmbio entre o real e o dólar e outras moedas estrangeiras. Por exemplo, o real desvalorizou 18,7% e 52,3% em relação dólar em 2001 e 2002, respectivamente, e valorizou 18,2%, 8,1%, 11,8%, 8,7% e 17,2% em relação ao dólar em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, respectivamente. Em 2008, principalmente como resultado da crise financeira internacional, o real apresentou desvalorização de 31,9% em relação ao dólar e fez com que investidores estrangeiros retirassem bilhões de reais da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”). Em 2009, o real valorizou 25,5% em relação ao dólar e, em 31 de dezembro de 2009, a taxa de câmbio foi de R$1,74 para cada dólar. Em 2010, o real continuou valorizando em relação ao dólar e, em 31 de dezembro de 2010, a taxa de câmbio real/dólar foi de R$1,67 para cada dólar. Adicionalmente, no segundo semestre de 2011, o real se desvalorizou e em 31 de dezembro de 2011, a taxa de câmbio real/dólar foi de R$1,87 para cada dólar. Em 2012, o real desvalorizou em mais 8,94% em relação ao dólar americano, terminando o ano a R$2,04 para cada dólar. Já em 2013, o real desvalorizou em mais 14,70% em relação ao dólar americano. Em 31 de dezembro de 2013, a taxa de câmbio do real/dólar americano foi de R$2,34 para cada dólar. Não há garantia de que o real não apresentará desvalorização ou será desvalorizado intencionalmente em relação ao dólar no futuro.

Desvalorizações do real em relação ao dólar podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil e levar a um aumento das taxas de câmbio, dos preços de aluguel de imóveis, dos preços de serviços e dos preços de produtos, que podem afetar negativamente os nossos resultados operacionais. Por outro lado, a valorização do real em relação ao dólar pode afetar as contas correntes no Brasil e a balança de pagamentos, bem como reduzir o Produto Interno Bruto - PIB devido ao aumento das importações. Dependendo das circunstâncias, a desvalorização ou valorização do real pode afetar substancialmente e negativamente o crescimento da economia brasileira, nossos negócios, nossa situação financeira, nossos resultados operacionais e perspectivas.

Em 31 de dezembro de 2014, R$ 6 0 , 0 milhões de nosso endividamento de curto e longo prazo, ou 6,8% do total de nosso endividamento, eram denominados em moeda estrangeira. Este valor, na sua totalidade, em 31 de dezembro de 2014, era protegido por operação de swap, trocando a exposição à variação cambial pela variação do CDI.

Dessa forma, não há riscos de mudanças nas taxas de câmbio a serem medidos pela análise de sensibilidade, uma vez que o endividamento, na sua essência, está exposto exclusivamente à moeda nacional.

Flutuações da taxa de juros poderão aumentar o custo de nossas dívidas, ocasionando efeitos adversos sobre nossos negócios.

O Banco Central do Brasil estabelece a meta da taxa básica de juros para o sistema financeiro brasileiro tomando por referência, dentre outros, o nível de crescimento econômico da economia brasileira e o nível de inflação. O endividamento de empresas no setor de locação de frotas, como nossa Companhia, está sujeito à flutuação das taxas de juros. No caso de as taxas de juros subirem, os custos relativos ao endividamento crescerão.

Vale ressaltar no entanto, que em 31 de dezembro de 2014, aproximadamente 86% de nosso endividamento de curto prazo estava pré-fixado à taxa Selic entre 10,63% a 11,96%. Ainda assim, qualquer aumento do CDI poderá gerar impacto negativo sobre nossas despesas financeiras e resultados operacionais.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Sensibilidade a taxas de juros

Em atendimento ao disposto na instrução CVM nº 475/08, segue a análise de sensibilidade para cenários adversos (deterioração da taxa do CDI em 25% ou 50% superiores ao cenário provável), considerando as seguintes premissas:

Em 31 de dezembro de 2014, a dívida líquida da Companhia com exposição a juros variáveis somava R$800,4 milhões.

• No que se refere ao risco de taxas de juros, baseados em pesquisas externas, estimamos que em um cenário provável, a taxa SELIC, em 31 de dezembro de 2015, será de 12,56%.

31/12/2014 (12 meses adiante) Cenário Provável CDI Cenário Possível CDI Cenário Remoto CDI

Taxas efetivas do CDI 12,56% 12,56% 12,56%

Taxas CDI conforme cenários 12,56% 15,70% 18,84%

Dívida líquida com juros variáveis 800.359 800.359 800.359

Efeito no resultado:

- Conforme a taxa efetiva (12, 56% a.a.) (100.525) (100.525) (100.525)

- Conforme cenários de stress (100.525) (125.656) (150.788)

Efeito da proteção de opção de swap de taxa de juros - 25.131 50.263

Efeito líquido no resultado - - -

Riscos relativos à deterioração geral das condições econômicas e de mercado ou da percepção de riscos em outros países.

O valor de mercado de valores mobiliários de emissoras brasileiras é afetado pelas condições econômicas e de mercado em outros países, inclusive os Estados Unidos, a União Europeia e do mercado emergente. Embora as condições econômicas nesses países possam ser significativamente diferentes das encontradas no Brasil, as reações dos investidores aos desdobramentos nesses outros países poderão afetar negativamente o valor de mercado dos valores mobiliários de emissoras brasileiras. As crises financeiras nos Estados Unidos, na União Europeia ou em países do mercado emergente poderão diminuir o interesse dos investidores em valores mobiliários de emissoras brasileiras, incluindo a nossa Companhia. Isso pode dificultar nosso acesso aos mercados de capitais e ao financiamento de nosso negócio em termos aceitáveis no futuro, quando obtidos. No passado, o desenvolvimento de condições econômicas adversas em outros países do mercado emergente acarretou a saída de investimentos e, consequentemente, na redução de recursos externos investidos no Brasil. Além disso, a crise financeira originada nos Estados Unidos no segundo semestre de 2008 resultou em um cenário recessivo em escala global, com diversos reflexos que, direta ou indiretamente, afetaram de forma negativa o mercado acionário e a economia do Brasil, tais como: oscilações nas cotações de valores mobiliários de companhias abertas, falta de disponibilidade de crédito, redução de gastos, desaceleração da economia, instabilidade cambial e pressão inflacionária. Diante destes acontecimentos, as instituições financeiras podem ficar impossibilitadas, por condições adversas de mercado, de renovar, estender, conceder novas linhas de crédito em condições economicamente favoráveis ou de honrar seus compromissos.