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5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercadono período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2015 foi de R$535,0 milhões

O valor realizado de custo relativo ao rebaixamento no ano de 2014 foi de R$757,8 milhões, no ano de 2013 foi de R$37,9 milhões e no período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2015 foi de R$535,0 milhões.

Risco de regulação

As atividades da AES Tietê, assim como de seus concorrentes são regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre as atividades da Companhia.

Risco de recontratação de energia

A Companhia pode ser afetada de forma adversa caso não consiga a partir de 2016 recontratar a totalidade de energia hoje vendida à AES Eletropaulo. Nos termos do Contrato de Compra e Venda de Energia, celebrado entre a Companhia e a AES Eletropaulo, a Companhia vende a quase totalidade de sua garantia física à AES Eletropaulo até 31 de dezembro de 2015 e possui mais de 84% de sua garantia física comercializada no mercado livre a partir de 2016 e com mais de 77% em 2017.

Risco financeiro

Risco associado às aplicações financeiras depositadas em instituições financeiras que estão suscetíveis às ações do mercado e ao risco a ele associado, principalmente à falta de garantias para os valores aplicados, podendo ocorrer a da perda destes valores. Risco de aceleração de dívidas

Com a Incorporação da AES Tietê, a Companhia assumiu contratos de debêntures e notas promissórias, com cláusulas restritivas (“covenants”) normalmente aplicáveis a esses tipos de operações, relacionadas ao atendimento de índices econômico-financeiros, geração de caixa e outros. Caso a Companhia não cumpra, ou não consiga cumprir, com as cláusulas restritivas de seu contrato de debêntures e notas promissórias, tais operações poderão ser vencidas antecipadamente, o que teria um impacto adverso no fluxo de caixa da Companhia.

Risco de liquidez

Considerando o vencimento em dezembro de 2015 do contrato de energia com a AES Eletropaulo, a AES Tietê iniciou em 2012 sua estratégia de comercialização no ambiente de contratação livre/ mercado livre, de forma a substituir totalmente o contrato bilateral com a AES Eletropaulo.

Caso a demanda por energia no mercado livre seja reduzida, o preço de venda de energia nesse mercado pode ser reduzido, de forma a reduzir as receitas futuras da Companhia. Tal redução de preços poderá diminuir as margens líquidas e operacionais da Companhia e limitar a sua capacidade de honrar seus compromissos com seus fornecedores e credores e poderá limitar a capacidade de captação de recursos, além de afetar decisões de investimentos previstos pela Companhia, conforme indicado no item 11 desse Formulário de Referência. Qualquer redução no volume de energia comercializada pela Companhia poderá causar um efeito adverso em sua receita e seu fluxo de caixa.

A Companhia mantém um nível mínimo de caixa e estabelece diretrizes para contratação de operações de hedge em caso de operações em moeda estrangeira.

Operações com instrumentos financeiros e derivativos

Em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, a Companhia não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos. A Companhia adota como política de gerenciamento de risco: (i) manter um nível mínimo de caixa como forma de assegurar a disponibilidade de recursos financeiros e minimizar riscos de liquidez; (ii) estabelecer diretrizes para contratação de operações de hedge para mitigação dos riscos financeiros da Companhia, bem como a operacionalização e controle destas posições. As estratégias e instrumentos utilizados estão especificados nos itens abaixo.

a. riscos para os quais se busca proteção

Risco de Crédito

Visando à mitigação desse tipo de risco, a Companhia (i) no contrato de venda de energia para a Eletropaulo, as vendas para a Eletropaulo estão garantidas pelos seus recebíveis, tendo a Companhia o direito de requerer o bloqueio das contas bancárias de seu cliente até a recuperação do valor total a receber; e (ii) nos contratos bilaterais, a Companhia exige em garantia fiança bancária. Adicionalmente, para mitigar o risco associado às aplicações financeiras depositadas em instituições financeiras, a Companhia e sua controlada atuam de modo a diversificar o risco de crédito junto às instituições financeiras, centralizando as suas transações apenas em instituições de primeira linha e estabelecendo limites de concentração, seguindo suas políticas internas quanto à avaliação dos investimentos em relação ao patrimônio líquido das instituições financeiras e aos respectivos ratings das principais agências.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

operações de hedge para mitigação dos riscos financeiros da Companhia, bem como a operacionalização e controle destas posições. Risco de Inflação

O principal risco de mercado para o qual a Companhia pode buscar proteção seria relacionado a uma eventual oscilação do IGP-M, índice de inflação que reajusta o preço da energia vendida via o Contrato de Venda de Energia. A Companhia pode buscar ainda proteção para o risco de liquidez, risco de crédito e risco cambial referente a eventuais obrigações atreladas à moeda não funcional. Risco de Instabilidade Cambial

A Companhia também monitora potenciais necessidades de contratação de instrumentos para proteção de risco de liquidez, taxa de juros e risco cambial referente a eventuais obrigações atreladas à moeda estrangeira, mas no momento nenhum instrumento é utilizado diante da inexistência de risco efetivo.

b. e stratégia de proteção patrimonial (hedge)

Uma vez identificados os riscos a serem mitigados, a Companhia, bem como suas controladas, poderão buscar os instrumentos mais adequados para contratar o hedge. Os principais fatores que deverão direcionar a decisão do instrumento a ser utilizado estão listados a seguir:

 Situação de liquidez da Companhia;

 Condição de crédito junto a o mercado financeiro; e

 Cenário de mercado. O valor de mercado do hedge é calculado com base nos preços médios divulgados diariamente pela BM&FBOVESPA e considera a variação cambial do período com base na PTAX- V (câmbio médio divulgado diariamente pelo BACEN após o fechamento do mercado) do dia imediatamente anterior da data inicial e do período analisado.

c. instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge) )

Os instrumentos financeiros disponíveis visando à proteção patrimonial são:

SWAPs, Juros Máximos (Cap) e Floor Agreements para proteção (Hedge) contra exposição a dívidas de taxa flutuante sem direito a reclamações (non-recourse); e

SWAPs e Contratos a Termo para proteção (Hedge) contra o risco de moeda estrangeira em certas obrigações atreladas à moeda não funcional.

 Instrumentos derivativos de energia elétrica, incluindo SWAP, Opções, Contratos a Termo e Futuros para gestão do risco relacionado à compra e venda de energia elétrica.

Definido o objeto do hedge e o instrumento a ser utilizado, a Companhia precifica tais operações sempre seguindo as metodologias de mercado vigentes. Em 31 de dezembro de 2014, não havia instrumentos de hedge contratados pela Companhia.

d. parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

A Companhia busca gerenciar perdas devido a um cliente ou uma contraparte de instrumento financeiro não cumprir com suas obrigações contratuais, sendo os principais contas a receber de clientes, caixa e equivalentes de caixa e investimentos de curto prazo (instrumentos financeiros).

As vendas de energia da Companhia são efetuadas para a AES Eletropaulo, consumidores livres, comercializadoras e geradoras principalmente por contratos bilaterais ou mercado de curto prazo. As vendas para a Eletropaulo estão garantidas pelos seus recebíveis, tendo a Companhia o direito de requerer o bloqueio das contas bancárias de seu cliente até a recuperação do valor total a receber. Para os contratos bilaterais atuais e naqueles que substituirão o contrato da AES Eletropaulo a partir de 2016, a Companhia solicita em garantia produtos de mercado comuns a contratos de compra e venda de energia elétrica, tais como fiança bancária, seguro garantia e aplicações. Para o mercado curto prazo, eventuais inadimplências nos contratos de venda estão sujeitas à regulamentação da ANEEL, a qual tem a finalidade de garantir a liquidez no mercado de energia.

Quanto à proteção à sua exposição ao risco de crédito presente em instrumentos financeiros, selecionando instituições financeiras pelos critérios de reputação no mercado (instituições sólidas, seguras e de boa reputação) e pelo fato de poderem ou não prover um tratamento diferenciado nas operações, seja em custos, qualidade de serviços, termos e inovação. As operações também deverão atender aos requisitos de compliance e as instituições financeiras deverão se enquadrar em classificação de risco para operações de aplicações financeiras conforme tabela abaixo:

Ratings em escala nacional e moeda local

Fitch Atlantic Rating Moody’s Investor Standard & Poor’s

AA, AA+, AAA Aa2, Aa1, Aaa AA, AA+, AAA

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

Quanto aos valores de exposição máxima por instituições financeiras, a Companhia definiu os seguintes critérios: • Critério de Caixa: Aplicações de no máximo 20% ou 25% do total da carteira por instituição financeira;

• Critério de Patrimônio Líquido (PL) da Companhia: Aplicações de no máximo 20% de seu PL por instituição financeira ou até R$ 4.000.000,00 para empresas com PL abaixo de R$ 20.000.000,00; e

• Critério de PL da Instituição Financeira recebedora de recursos: Cada instituição financeira poderá receber recursos de no máximo 3 ou 5% de seu PL.

Vale o mais restritivo dos critérios i, ii e iii.

A Companhia controla sua estrutura de capital de acordo com as condições econômicas, para possibilitar pagamentos de dividendos, retorno de capital aos acionistas, bem como a captação de novos empréstimos e emissões de debêntures, entre outros instrumentos que julgar necessário. Desde o exercício findo em 31 de dezembro de 2008, não houve mudança nos objetivos, políticas ou processos de estrutura de capital. A Companhia monitora a estrutura de alavancagem financeira por meio de indicadores presentes nos contratos de dívida, sendo o principal deles calculado pelo total de dívida líquida dividida pelo EBITDA, que deve ficar abaixo de 3,5 vezes, além de buscar o alongamento do perfil de suas dívidas, de forma a mitigar o risco de refinanciamento.

A Companhia monitora constantemente os riscos do seu negócio que possam impactar de forma adversa suas operações e seus resultados, realizando sensibilidades de cenários macroeconômicos, hidrológicos e de impactos regulatórios e setoriais que possam influenciar nossas atividades, analisando índices de preços e de atividade econômica, assim como a oferta e demanda da Companhia. A Companhia possui uma área de gerenciamento de riscos dinâmica, que pode criar novos parâmetros de acordo com o surgimento de necessidades de cada período.

e. se a Companhia opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

A Companhia não opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge).

f. estrutura organizacional de controle de gerenciamento desses riscos

A Companhia possui uma Gestão Integrada de Riscos que permite uma visão consolidada de todos os riscos ainda que eles sejam gerenciados nas áreas de origem em que há a exposição. Em sua estrutura, a Companhia conta com a Gerência de Análises Contábeis e a Gerencia de Gestão de Riscos que tem como principais atribuições garantir o mapeamento de atividades de controle sobre práticas que possam afetar às demonstrações financeiras, imagem, a capacidade de atingir os objetivos estratégicos bem como auxiliar na revisão de processos de maneira a assegurar que as políticas, procedimentos e normas internas em geral estabeleçam um ambiente e de controles internos confiável e níveis adequados de aprovação para desembolsos e contratações. Complementarmente, a Diretoria de Auditoria Interna atua em quatro segmentos: operacional, financeiro, tecnologia da informação e forense. A primeira avalia todos os processos e procedimentos ligados à operação da

Companhia, a segunda avalia as demonstrações financeiras e os controles associados, a terceira os controles de segurança da informação e, por fim a investigação de possíveis fraudes e irregularidades, ambas em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley, exigências da legislação brasileira, normas regulatórias do setor elétrico, normas e procedimentos internos.

Os riscos empresariais mais significativos que possam vir a afetar financeiramente a Companhia, bem como sua imagem e a capacidade da organização de alcançar os objetivos estratégicos e do negócio são classificados, analisados e tratados por meio de ações estruturantes, tendo como base o Modelo COSO ERM (Comitê das Organizações Patrocinadoras, ERM - Enterprise Risk Management).

A partir da identificação dos riscos empresariais, estes são classificados nas seguintes categorias: Fiscal / Jurídico, Regulamentação Setorial, Acesso à Informação (Tecnologia da Informação) e Financeiro, e posteriormente analisados por meio de prioridade, onde são levados em consideração a exposição do risco com a importância relativa (qualitativa) e financeira (quantitativa), onde mensalmente os riscos considerados de maior impacto (Key Risks) são apresentados em reunião de diretoria e os demais riscos são divididos em avaliações quadrimestrais e anuais. Trimestralmente os riscos prioritários são são levados a reuniões de conselho de administração e conselho fiscal.

A Companhia conta com a Gerência de Controles Internos que possui a principal atribuição de assessorar as áreas da Companhia na revisão de processos e implementação de controles para garantir exatidão das informações financeiras e o cumprimento de leis, normas, regulamentos e procedimentos internos. A eficácia dos controles chaves implementadas pela companhia para garantir a exatidão das Demonstrações Financeira é testada anualmente. Em caso de identificação de eventuais pontos de melhoria sobre esses controles, a Companhia elabora planos de ação, definindo prazos e responsabilidades, para garantir a mitigação de todos os riscos associados. A Companhia também conta com uma Diretoria de Auditoria Interna, que atua em quatro segmentos: (i) operacional; (ii) financeiro; (iii) tecnologia da informação; e (iv) forense. O segmento operacional avalia todos os processos e procedimentos ligados à operação da Companhia, o segmento financeiro avalia as informações contábeis e os controles associados, o segmento de tecnologia da informação

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

riscos e tem como principal objetivo prover avaliação independente sobre riscos, ambiente de controle e deficiências significativas que possam impactar as Demonstrações Financeiras e processos da Companhia. Eventuais deficiências ou não conformidades são remediadas por meio de planos de ação estabelecidos pelos responsáveis pelos processos, revisados pela área de Controles Internos e sua implementação devidamente acompanhada pelas áreas de Controles Internos e Auditoria Interna. O plano de auditoria é aprovado pelo Comitê de Auditoria da AES Corporation e pelo Conselho de Administração da Companhia. Além disto, o resultado das respectivas auditorias e o plano de ação regularização de potenciais melhorias são apresentados ao Conselho Fiscal periodicamente.

g. adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

Conforme citado acima, a Companhia executa o monitoramento da gestão dos riscos e os testes de verificação da efetividade desta gestão são efetuados pela área de Auditoria Interna. Para mais informações sobre o tema, consultar o item 10.6 deste Formulário de Referência.

Análise de sensibilidade dos investimentos de curto prazo – consolidados

Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos indexadores nos investimentos e nas dívidas aos quais a Companhia e suas controladas estavam expostas na data base de 31 de dezembro de 2014, foram definidos 05 cenários diferentes. Com base no relatório FOCUS de 26 de dezembro de 2014, foi extraída a projeção do indexador CDI para um ano e assim definindo-o como o cenário provável; a partir deste foram calculadas variações de 25% e 50%.

Para cada cenário foi calculada a receita e despesa financeira bruta, que representa o efeito esperado no resultado e patrimônio líquido em cada cenário projetado, não levando em consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato programado para um ano. A data base utilizada da carteira foi 31 de dezembro de 2014, projetando os índices para um ano e verificando a sensibilidade dos mesmos em cada cenário.

Análise de sensibilidade das dívidas – consolidadas

Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos indexadores nas dívidas aos quais a Companhia e suas controladas estavam expostas na data base de 31 de dezembro de 2014, foram definidos 05 cenários diferentes. Com base no relatório FOCUS de 26 de dezembro de 2014, foi extraída a projeção dos indexadores CDI / IGP-DI / IGP-M / DOLAR para o ano de 2015 e assim definindo-os como o cenário provável; a partir deste foram calculadas variações de 25% e 50%.

Para cada cenário foi calculada a despesa financeira bruta não levando em consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato programado para um ano. A data base utilizada da carteira foi 31 de dezembro de 2014, projetando os índices.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

CDI+1,12% a.a. CDI+1,75% a.a. CDI+1,50% a.a. CDI+1,50% a.a. CDI+1,24% a.a. CDI+1,60% a.a. CDI+1,50% a.a. 250.000 200.000 360.000 600.000 750.000 350.000 480.000 18.575 16.198 28.201 47.002 56.680 27.789 37.601 26.437 22.527 39.565 65.941 80.295 38.849 52.753 34.324 28.876 50.965 84.942 103.985 49.943 67.954 42.212 35.226 62.366 103.943 127.675 61.038 83.154 50.099 41.575 73.766 122.944 151.365 72.133 98.355

CONTROLADA AES T IETÊ

6,24% 9,35% 12,47% 15,59% 18,71% CDI+1,20% a.a. CDI+0,79% a.a. 108,20% CDI CDI+1,20% a.a. 300.060 498.000 300.000 500.000 22.549 35.255 21.620 37.574 31.993 50.865 31.035 53.311 41.467 66.525 40.480 69.098 50.941 82.186 49.926 84.885 60.416 97.846 59.371 100.673 493.571 - 296.114

Taxa de Juros Posição em 31.12.2014 (*)

Cenário I Cenário II (-50%) (-25%)

Cenário Provável

Cenário III Cenário IV