• Nenhum resultado encontrado

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

a. características do processo de produção

Para a implantação de uma usina hidrelétrica, entre os muitos critérios avaliados, podemos citar a localização do empreendimento – região que proporciona a maior queda de água – média de afluência (quantidade de água que corre na calha do rio), região com subsolo rochoso, área de inundação, etc.

Para aproveitar ao máximo as possibilidades de geração de energia a partir de um rio, é construída uma grande parede de concreto e/ou terra, para represar a água, formando uma barragem. Desse reservatório, é possível obter água de forma constante em qualquer época do ano, mesmo durante as estações mais secas, respeitadas as variações climáticas. Essa represa também produz um grande desnível, o que possibilita que a água seja levada em queda até as turbinas seguindo os passos:

Ao receber a massa de água, as pás da turbina movimentam o eixo, ao qual está acoplado o gerador. É o gerador que converte a energia cinética (decorrente do giro da turbina provocado pela água) em corrente elétrica.

Após gerada, a energia elétrica passa por um transformador e é transportada pelas linhas de transmissão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e entregues às redes de distribuição chegando ao consumidor final. Vale notar que, assim como a geração, as atividades de transmissão e distribuição são negócios independentes e executados por diversas empresas no País.

A energia produzida nas usinas no Brasil não necessariamente tem um destino preciso. A produção é destinada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Este sistema de produção e transmissão de energia elétrica, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), permite às diferentes regiões do País permutar energia entre si.

Como as usinas hidrelétricas têm altos e baixos em sua produtividade, porque dependem do índice pluviométrico para acumulação de água nos reservatórios, o Sistema Interligado Nacional (SIN) permite captar toda a energia gerada e distribuí-la da maneira mais adequada ao longo do País. As variações climáticas tendem a ocasionar excedente ou escassez de produção hidrelétrica em determinadas regiões e períodos do ano. A interligação viabiliza a troca de energia entre regiões, obtendo benefícios da diversidade das bacias hidrográficas.

Segundo o ONS, apenas 3,4% da capacidade de produção de energia do Brasil se encontram fora do SIN, em pequenos sistemas isolados, localizados principalmente na região amazônica.

Parque Gerador da AES Tietê/Localização das Usinas da AES Tietê

As usinas da AES Tietê estão localizadas nas regiões Central, Nordeste e Noroeste do Estado de São Paulo, envolvendo os rios Tietê, Grande, Pardo, Jaguari Mirim e Mogi-Guaçu. Ao todo, as hidrelétricas somam 2.658 MW (megawatts) de capacidade instalada (quantidade de energia que pode ser gerada a cada hora pelo complexo de usinas) e até 30 de setembro de 2015 a Companhia registrou uma geração de 819 MW médios.

Com um parque gerador formado por nove usinas hidrelétricas e três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s), a Companhia atua no Brasil desde 1999 na geração e a comercialização de energia elétrica. A AES Tietê possuía capacidade instalada de 2.658 MW e garantia física de 1.278 MW.

No Rio Tietê estão localizadas as usinas de Barra Bonita (Barra Bonita/SP), Bariri (Bariri/SP), Ibitinga (Ibitinga/SP), Promissão (Promissão/SP) e Nova Avanhandava (Buritama/SP), que respondiam por aproximadamente 47,3% do total da energia gerada pela Companhia no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015. Outras três usinas estão localizadas no Rio Pardo – Caconde (Caconde/SP), Euclides da Cunha (São José do Rio Pardo/SP) e Limoeiro (Mococa/SP) – e, no Rio Mogi-Guaçu, está instalada a PCH Mogi-Guaçu (Mogi Guaçu/SP) e no Rio Jaguari Mirim, estão instaladas as PCHs São Joaquim (Vargem Grande do Sul/SP) e São José (São João da Boa Vista/SP) – juntas, estas usinas totalizavam aproximadamente 7,0% da energia gerada pela Companhia no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015.

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

No Rio Grande, no município de Ouroeste, divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, fica a usina de Água Vermelha, a maior hidrelétrica da Companhia, que respondeu por 45,7% da energia gerada pela AES Tietê no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015.

A geração de energia hidrelétrica é uma tecnologia basicamente europeia – Áustria e Alemanha – a qual é bastante ampla e profundamente conhecida e dominada pelo setor de geração brasileiro. No caso da AES Tietê não é diferente, pois, a empresa possui os dois tipos de turbina mais comuns do mercado nacional e internacional, as turbinas Kaplan e Francis, e apenas um tipo de gerador, o síncrono.

A seguir indicamos os indicadores de produtividade de nossas usinas:

Os principais riscos à geração de energia são as restrições elétricas/energéticas/hidráulicas/sistêmicas, questões econômicas relacionadas ao despacho do sistema elétrico e indisponibilidades relacionadas à condição das unidades geradoras.

A indisponibilidade das unidades pode se dar por: razões técnicas, que reduzem parcialmente a capacidade de geração; falhas, que causam a parada total do sistema e originam manutenções forçadas; e paradas para manutenção programada, cujo objetivo é manter a unidade em condições ótimas para o desempenho da função de geração.

As manutenções programadas se dão com base nas horas de operação, no qual são realizados escopos preventivos pré-definidos de atividades, testes e ensaios. Essas manutenções preventivas são previamente acordadas com as diferentes áreas de interação, com o ONS e previstas no orçamento da companhia.

30/09/2015 (nove meses) 2014 2013 2012 Energia Gerada (SIN) 60933,73 61746,48 60074,42 58455,92 Energia Gerada Bruta 818,92 848,33 1.401,70 1.587,58

Água Vermelha 374,00 476,96 733,87 950,80 Bariri 56,78 46,42 83,14 79,13 Barra Bonita 46,45 33,65 70,08 69,13 Caconde 20,03 16,60 16,34 37,80 Euclides da Cunha 27,45 24,40 57,93 47,97 Ibitinga 65,46 58,63 75,51 80,93 Limoeiro 7,43 6,29 15,52 11,39 Nova Avanhandava 128,31 110,16 198,49 168,70 Promissão 90,61 74,13 146,77 137,75

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH's)

PCH's: Mogi-Guaçu/São Joaquim/São José 2,40 1,07 4,06 3,97

PCH Minas* - - - 2,07

Produção (MWmédio) Usinas Hidrelétricas

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

Portanto, são bem conhecidas e com baixo risco associado.

A categoria de manutenções forçadas são aquelas em que uma falha intempestiva leva à realização de uma manutenção corretiva. A companhia acompanha indicadores como taxa de falha e tempo de operação sem falha para monitorar as unidades com maior chance de ocorrência desse tipo de evento. Também são aplicadas técnicas de engenharia de confiabilidade para fazer a projeção da probabilidade de falhas que cessem a geração por unidade geradora. Para reduzir o tempo das indisponibilidades forçadas, caso elas venham a ocorrer, a empresa possui planos de contingência e centro de suporte e diagnóstico. A função do plano de contingência é direcionar as ações necessárias para o retorno da condição de geração. O centro de diagnóstico orienta as equipes na identificação das falhas ocorridas, reduzindo o tempo de diagnose em campo.

Todas as falhas ocorridas são investigadas e geram ações de melhoria para evitar a reincidência e servem de gatilho para alterações de projetos e procedimentos na companhia como um todo. Assim, os riscos de indisponibilidades forçadas são conhecidos, monitorados e continuamente tratados para que se mantenham em níveis consistentes com os objetivos da companhia.

Como parte do controle e mitigação dos riscos associados à geração, em especial no caso de sinistros que necessitem do aporte de grandes volumes financeiros para reparo e/ou restabelecimento da condição dos equipamentos, a empresa possui contratos de seguros que a amparam em relação aos danos materiais sofridos e sem registro de sinistros significativos.

Usinas Hidrelétricas Localização Capacidade Instalada

(MW)

Total % do Total

Água Vermelha Rio Grande (Ouroeste/SP) 1.396,0 52,5%

Nova Avanhandava Rio Tietê (Buritama/SP) 347,0 13,1%

Promissão Rio Tietê (Promissão/SP) 264,0 9,9%

Bariri Rio Tietê (Bariri/SP) 143,0 5,4%

Barra Bonita Rio Tietê (Barra Bonita/SP) 141,0 5,3%

Ibitinga Rio Tietê (Ibitinga/SP) 132,0 5,0%

Euclides da Cunha Rio Pardo (São José do Rio Pardo/SP) 109,0 4,1%

Caconde Rio Pardo (Caconde/SP) 80,0 3,0%

Limoeiro Rio Pardo (Mococa/SP) 32,0 1,2%

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH's)

PCH Mogi‐Guaçu Rio Mogi‐Guaçu (Mogi‐Guaçu/SP) 7,0 0,3%

PCH São Joaquim Rio Jaguari‐Mirim (São João da Boa Vista/SP) 3,0 0,1% PCH São José Rio Jaguari‐Mirim (São João da Boa Vista/SP) 4,0 0,2%

Total 2.658,0 100%

Índices de Geração

O volume total de energia gerada pelas usinas da AES Tietê, no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015, atingiu 5.365,5 GWh, 4% inferior ao mesmo período de 2014. Essa variação pode ser explicada pela decisão do ONS de reduzir o despacho visando à preservação dos reservatórios, e consequentemente autorizar um maior despacho térmico no período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2015 vs. o mesmo período em 2014, resultou na redução da participação da geração hidrelétrica no submercado sudeste e centro-oeste. Essa variação pode ser explicada pelas condições hidrológicas desfavoráveis, pincipalmente no último verão, que culminaram em baixos níveis de reservatórios e na necessidade de recuperá-los com elevado despacho térmico, bem como à retração da carga de energia observada, reflexo do desempenho econômico atual.

O volume total de energia gerada pelas usinas da AES Tietê, em 2014 atingiu 7.431,3 GWh, 39% inferior ao ano de 2013. Esta redução é explicada pelas condições hidrológicas desfavoráveis do país, que afetou principalmente os reservatórios das regiões oeste e sudeste durante o segundo semestre de 2013 e se estendeu ao longo de 2014.

Em 2013 este volume atingiu 12.278,9 GWh, 12% inferior ao ano de 2012. Essa variação pode ser explicada pelo alto despacho pelo ONS, nos últimos quatro meses do ano, da usina de Água Vermelha, e pelo menor volume gerado pela usina de Nova Avanhandava em 2011 que teve duas das três máquinas da usina paradas para manutenção até o mês de junho daquele ano.

Por fim, o volume total de energia gerada pelas usinas da AES Tietê em 2012 atingiu 13.945,3 GWh, 1,00% superior ao ano de 2011, o que decorre do confortável nível dos reservatórios em todo o país, que permitiu que algumas usinas, inclusive Água Vermelha, ficassem como reserva do sistema, enquanto outras usinas estavam sendo mais despachadas.

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

Geração bruta medida nos 3 (três) últimos exercícios e no período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2015: