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Desenvolvimento sustentável e aumento da resiliência às alterações climáticas Este é o pilar da estratégia de parceria do Banco Mundial com a Colômbia de maior relevo para as empresas

portuguesas do setor do ambiente e energia interessadas em investir na Colômbia, uma vez que se focaliza primordialmente em questões ambientais.

Neste pilar, há três apostas fundamentais do Banco Mundial, e que são as mais financiadas e para as quais o Banco procura maior número de parceiros privados, a saber:

 Melhoria da sustentabilidade das zonas urbanas

O Banco Mundial procura aqui investir na melhoria do acesso a serviços de transporte por parte das populações das maiores cidades, bem como das cidades envolventes e aumentar a capacidade do governo central em coordenar e oferecer serviços de transporte aos seus cidadãos;

 Melhoria da gestão de risco de desastres

Através do fortalecimento da capacidade técnica aos níveis nacional e local, para a gestão de riscos e através do fomento de uma política nacional de gestão do risco de desastres;

 Melhoria da gestão ambiental e da resiliência às alterações climáticas

Através da promoção do desenvolvimento de uma política nacional de combate às alterações climáticas e de uma política nacional de crescimento assente numa estratégia de baixo carbono, bem como do fomento à melhoria das práticas ambientais, particularmente no setor agrícola.

Como foi referido, a melhoria da sustentabilidade das zonas urbanas é uma prioridade da ação do Banco Mundial na Colômbia. A situação é particularmente gravosa na capital Bogotá, a cidade com maior densidade populacional em todo o hemisfério ocidental. As cidades colombianas são aliás caracterizadas pela sua elevada densidade demográfica. Neste sentido, ao longo dos últimos anos, o Banco Mundial tem vindo a apoiar inúmeros projetos no âmbito da sustentabilidade urbana, nomeadamente ao nível da habitação urbana, transportes, gestão de resíduos sólidos, água e saneamento, apostas que deverá, aliás, continuar ao longo dos próximos anos.

No setor da água, a aposta do governo colombiano bem como o apoio do Banco Mundial têm sito muito fortes, razão pela qual este setor tem assistido a uma evolução assinalável ao longo dos últimos anos, aumentando em muito as taxas de acesso das populações a serviços de abastecimento de água e saneamento. A participação do setor privado tem sido particularmente importante, em virtude dos esforços efetuados pelo executivo para abrir o setor a entidades privadas. Desde 1988, o Banco Mundial já financiou projetos em valor superior a 700 milhões de euros no setor colombiano da água.

No setor da gestão de resíduos sólidos urbanos, a aposta do Banco Mundial tem sido no sentido de garantir parcerias público-privadas para resolver aquele que é possivelmente o maior problema da gestão de resíduos na Colômbia: a deposição inadequada. Assim, o Banco Mundial tem instigado a criação de parcerias público- privadas para o desenvolvimento e gestão de aterros sanitário multimunicipais.

A melhoria da gestão de risco de desastres é também uma aposta ambiental fundamental por parte do Banco Mundial na Colômbia. Em função da alta taxa de urbanização do país, bem como da exposição das principais cidades a fenómenos como cheias e inundações, esta temática apresenta-se como um ponto fulcral para o desenvolvimento do país a longo prazo. Anualmente, a Colômbia assiste a mais de 600 desastres naturais. Neste momento, há dois empréstimos do Banco Mundial à Colômbia para auxiliar na mitigação deste problema.

O Banco Mundial financia também a melhoria da gestão ambiental e da resiliência às alterações climáticas na Colômbia. Como um dos países de maior biodiversidade no mundo, a Colômbia apresenta fortes problemas relacionados com a degradação ambiental, que afetam o bem-estar e a saúde pública, comprometendo o potencial do país para um crescimento e desenvolvimento sustentáveis.

Os custos ambientais mais significativos no país estão associados a condições inadequadas de abastecimento de água e saneamento, higiene e poluição ambiental, bem como à proteção de ecossistemas críticos e ao uso insustentável de recursos florestais. Assim, o Banco investe forte na gestão ambiental urbana, proteção de ecossistemas e gestão de água e saneamento. Os projetos financiados pelo Banco Mundial neste âmbito são apresentados mais à frente, num capítulo dedicado a projetos em curso no setor ambiental na Colômbia.

Crescimento inclusivo com melhoria da produtividade

A Colômbia depara-se também com o importante desafio de potenciar um crescimento mais inclusivo e mais rápido no país, efetuando para isso uma forte aposta na qualificação dos seus recursos humanos e no aumento da sua produtividade. Para tal, a aposta recai em garantir equilíbrios macroeconómicos, mitigar desastres naturais (fator fundamental para a competitividade do país) e numa aposta na melhoria da produtividade e da inovação.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

O BID conta também já com um longo historial de ação na Colômbia. Entre 2008 e 2013, o Banco já financiou projetos num valor superior a 5,8 mil milhões de dólares. As áreas de maior interesse para o BID são os transportes, a água e saneamento e o investimento social, como se pode ver na figura seguinte.

Fonte: BID 1.020,0 439,4 847,2 1.037,8 1.067,0 1.120,2 Investimento social Reforma/modernização do Estado Mercados financeiros Água e saneamento Transportes Outros

O documento estratégico de parceria entre o BID e a Colômbia (CSP) termina em 2014.

Ao nível do setor ambiental, a aposta do BID tem recaído em dois subsetores: o subsetor da água e saneamento e o subsetor da gestão de riscos ambientais. No subsetor da água e saneamento, o BID apoia preferencialmente projetos de:

 Melhoria da cobertura do serviços de abastecimento de água e saneamento em zonas rurais e periurbanas;

 Aumento da quantidade de domicílios ligados à rede pública de abastecimento de água;  Limpeza de rios e lagos poluídos;

 Melhoria da eficiência e performance das empresas do setor;  Melhoria dos sistemas públicos de drenagem;

 Tratamento de efluentes, abastecimento de água potável, distribuição e transporte. Ao nível do subsetor da gestão de riscos ambientais, são prioridades do BID:

 Apoio a uma nova política de gestão de riscos ambientais no país;

 Fomento de projetos de reconstrução e reabilitação que menorizem o risco de desastre;  Desenvolvimento de métodos e processos que permitam uma melhor gestão do risco no país;

 Apoio a projetos de caráter científico que visem a melhoria dos padrões técnicos de construção de infraestruturas no país.

O BID promove adicionalmente projetos no âmbito da gestão integrada de resíduos sólidos.