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e de melhoria de qualidade de vida da humanidade, deve ser feito de forma manejada, já que uma quantidade substancial dessas substâncias deve ser usada para alcançar objetivos sociais e econômicos da comunidade mundial, já que técnicas modernas provaram que essas substâncias tóxicas perigosas podem ser usadas com alto grau de segurança e boa relação custo-eficiência. Para a proteção do meio ambiente, da saúde humana e para que o desenvolvimento seja sustentável, é importante que seja feito “o controle efetivo da geração, do armazenamento, do tratamento, da reciclagem e reutilização, do transporte, da recuperação e do depósito dos resíduos perigosos” (CNUMAD, 1992, cap. XXI, p.1). Os resíduos perigosos devem, portanto, ser caracterizados e classificados pelas Organizações Internacionais, devendo-se pensar na possibilidade de se depositar totalmente “aquelas substâncias que apresentam um risco excessivo e inadministrável e são tóxicas, persistentes ou bioacumulativas” (CNUMAD, 1992, cap. XXI, p.4), levando em consideração o princípio do poluidor pagador8.

O desenvolvimento sustentável requer um planejamento de longo prazo. Essa sustentabilidade está relacionada com o uso dos recursos naturais de modo que o impacto sobre a Terra seja mínimo, utilizando-se o princípio da precaução9. Percebe-se também que

o desenvolvimento nada mais é do que a tentativa de se levar o modelo de desenvolvimento aos países em desenvolvimento. A impressão que fica é que só os países em desenvolvimento necessitam desenvolver-se de forma sustentável. Os países desenvolvidos, entretanto, não necessitam do desenvolvimento sustentável. Já que a maior parte do documento se destina ao desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento. É notório também o uso indiscriminado da palavra sustentabilidade neste documento, que foi usada em sentidos

8 Princípio do Poluidor-Pagador ou da Responsabilidade – um princípio do direito ambiental oriundo

de convenções internacionais sobre meio ambiente promovida pela ONU, que “impõe ao ‘sujeito econômico’ que causar um problema (dano ambiental), a obrigação de arcar com os custos da neutralização do dano” (COELHO, 2004, p.44), mas de acordo com este autor, é mais importante prevenir o dano.

9 Princípio da Precaução – é um dos principais princípios, que orienta as políticas ambientais. Seu

109 109 109 109 5. A sustentabilidade em seus vários níveis de uso

diversos e até opostos (conservação da natureza e manutenção do crescimento econômico destrutivo), o que nos leva a crer que essa confusão é intencional, no sentido de se fazer com que ela perca a força que poderia ter se o seu conceito fosse claro. Tal como aconteceu com a palavra ideologia, como discutido no capítulo três desta obra.

5.1.4.3 CARTA DA TERRA

“A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade global no século XXI, que seja justa, sustentável e pacífica”. Esse documento foi discutido por milhares de pessoas no mundo inteiro e sua versão final foi aprovada no ano de 2000 pela Comissão da Carta da Terra. Essa comissão foi formada em 1997, mas a intenção de escrever uma carta com os princípios fundamentais para o desenvolvimento sustentável nasceu em 1987. E a primeira versão foi publicada durante a Rio-92.

As metas da iniciativa da Carta da Terra são: 1. Promover a disseminação, o aval e a implementação da Carta da Terra na sociedade civil, no setor de negócios e nos governos; 2. Promover e apoiar o uso educativo da Carta da Terra; 3. Procurar o respaldo à Carta da Terra por parte das Nações Unidas. Para tanto, é necessário que a carta seja conhecida no mundo inteiro. Existem versões dessa carta disponíveis em 32 idiomas/dialetos.

A Carta da Terra está estruturada em um preâmbulo e 16 princípios. Esse preâmbulo direciona a carta para uma idéia de que os recursos da Terra são finitos; e que é necessário nos unirmos em prol de uma vida sustentável10, Os 16 princípios estão separados em quatro

partes. A primeira trata do respeito e cuidado da comunidade de vida; a segunda trata da integridade ecológica; a terceira tratada justiça social e econômica e por último, uma parte que trata da democracia, da não violência e da paz.

O primeiro princípio é o mais abrangente e considera que todos os seres da Terra têm valor e, portanto, devem ser respeitados11. O segundo, o terceiro e o quarto princípios

tratam da relação humana e da responsabilidade ética: a relação entre o homem e o seu meio; entre o homem e outros homens e entre as gerações presentes e futuras. Os relatores

10 Vida Sustentável é entendida como aquela fundada no respeito à natureza, nos direitos humanos

universais, na justiça econômica e numa cultura de paz.

11 Essa é Segundo Stöhr (2002) uma ética biocêntrica, que se caracteriza por considerar que todos os seres tem

110 110 110 110 5. A sustentabilidade em seus vários níveis de uso

da carta deixam explícita a importância desses quatro primeiros princípios da primeira parte, que só serão alcançados com o cumprimento dos princípios seguintes.

A segunda parte dessa declaração remete à integridade ecológica, para tanto, foram priorizados quatro princípios (5-8), que levam em consideração a importância da diversidade biológica, que devem ser protegidos, no intuito de manter a economia mundial. Chama a atenção o fato de clamarem por uma nova forma econômica menos impactante ao ambiente e, que é regida pelo princípio da precaução quando não se tem dados suficientes sobre o impacto no ambiente de alguma atividade.

A idéia de

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encontrada neste documento, diz respeito à