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design-based researcH e gestão escolar e educacional

A gestão escolar e educacional é outro campo fértil no âmbito da pesquisa qualitativa onde a DBR pode fortalecer os fundamentos teóricos e os aspectos metodológicos, ampliando a visão de mundo em relação aos processos gestores, considerando o espaço institu- cional interior e exterior à vida escolar. Num primeiro momento é possível estabelecer as bases para uma ação colaborativa de alunos,

professores, servidores, pais de alunos e gestores, no sentido de estabelecer caminhos inovadores que fortaleçam a práxis gestora.

Num segundo momento é necessário utilizar as ferramentas de design existentes para analisar o ambiente da escola e realizar o trabalho coletivo, para encontrar soluções qualitativas, de manei- ra participativa e colaborativa, para encontrar soluções conjuntas, para resolver os diferentes problemas encontrados no cotidiano das instituições de ensino.

Em seguida, pode-se trabalhar através de ciclos iterativos de aplicação, para ampliar os horizontes das soluções encontradas, de modo a determinar um caminho crítico, inovador, que enalteça a compreensão da solução em práxis da solução. Por último, a cada etapa do processo gestor e o encontro de soluções coletivas e cola- borativas será possível desenvolver a reflexão em torno dos prin- cípios de design, colocando a perspectiva de melhoramento cons- tante, de maneira dialética, para implementar e ampliar sempre os horizontes das teorias e das práticas gestoras, numa visão de totalidade dos processos educativos e escolares.

conclusão

Em conformidade com o que apresentamos, interpretamos o grande potencial, que apenas desponta, atualmente, para que a DBR possa ser aplicada na direção de construir propostas de me- lhoramento e de aplicação de soluções práticas, cujo ponto forte será a validação comunitária, e até mesmo, a parceira e coautoria dos sujeitos da comunidade, que desta forma, ao lado, e tendo a metodologia científica a seu serviço, e não ao contrário, poderão contar com este aporte para que se possam desenvolver as solu- ções tão demandadas hoje em dia.

Interpretamos que a DBR acaba por em diálogo produtivo e prá- tico, o conhecimento universitário e científico, com o saber popular

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comunitário, de maneira que os dois passam a ser parceiros respei- tados e companheiros de construção para benefício mútuo. O prin- cipal é que a DBR considera o saber comunitário com a última ins- tância, e isso contribui para que a comunidade não seja invadida ou tolhida, muito menos invalidada ou ainda abduzida de seus valores e saberes, até hoje, desapropriados e distorcidos.

Finalmente, entendemos que a necessidade da validação e con- trole por parte da comunidade obriga a DBR a adotar outra ecologia cognitiva, baseada no princípio do serviço do científico acadêmico, desta forma submetido, ao saber comunitário. Esperamos que este potencial possa revelar-se nos próximos anos.

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