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Para se gerar um diagnóstico claro sobre a forma de registro dos projetos de pesquisa desenvolvidos na UNFEI, faz-se necessário descrever a forma e procedimentos até o ano de 2014 e a partir do ano de 2015, quando foram implementadas alterações profundas ao processo.

Os procedimentos referentes aos Projetos de pesquisa, seguem a Norma interna vigente. Todos os procedimentos e regulamentos constam neste documento.

Por meio dos dados coletados na DiP, constatou-se que até o ano de 2014, o registro de projetos não estavam efetivamente formalizados.

Até o ano de 2015, as informações dos projetos encontravam-se registrados em aplicativo de processamento de textos (®Word), sem constar nº ou data de registro. Também foi verificado que não havia uma classificação sistemática, pois os dados estavam dispostos por ordem alfabética, a partir do nome do coordenador do projeto. Não havia separação por tipo ou característica e, considerando o aplicativo utilizado, havia dificuldade de se utilizar algum comando de busca.

As cópias dos projetos e as respectivas fichas preenchidas pelos docentes (coordenadores dos projetos), assim como termos de outorga (no caso de projetos que eram

financiados por órgãos externos) estavam dispostos em envelopes, separados por nome do coordenador do projeto e arquivados em caixas.

Foi observado que, apesar de estar previsto na Norma interna de registro de projetos, a obrigatoriedade de entrega de relatório final ou de conclusão do projeto, pelo coordenador, não foram encontrados, nos projetos registrados até o ano de 2014, os relatórios ou comprovante de entrega de relatórios.

Os editais de registro de projetos internos (assim considerados aqueles que não possuíam mérito ou financiamento expedido por órgãos externo de fomento), não previam critérios de seleção ou avaliação de mérito. Ou seja, registrava-se todo e qualquer projeto dessa natureza, desde que possuíssem uma estrutura básica, informada no edital, e fosse entregue na DiP, dentro do prazo estabelecido.

Salienta-se que, apesar de também haver previsão de limitação de carga horária em que o docente e demais membros do grupo de cada projeto de pesquisa, poderia dispor, referente à cada tipo de projeto, não foram encontrados nenhuma forma de controle, nem pela DiP, nem pelo Instituto ao qual o docente era vinculado.

Observou-se também que havia projetos de pesquisa com financiamento externo registrados, mesmo após o término de sua vigência.

Outra fato que merece destaque, é que não foi percebido um mecanismo que relacionasse os projetos de pesquisa registrados e as atividades de iniciação científica.

Ou seja, não havia um meio de relacionar resultados do desenvolvimento de um determinado projeto de pesquisa (interno ou externo) a planos de trabalho de iniciação científica.

Mediante essas constatações, a partir do ano de 2015, foi realizado uma espécie de “força tarefa” na DiP, onde os projetos de pesquisa arquivados foram organizados em ordem cronológica e categorizados. Foi então realizado um registro dos dados em planilha eletrônica, inserindo-se informações referentes à vigência, categoria de projeto (financiado ou não), nome do órgão financiador (se fosse o caso) nome dos membros de e outras informações pertinentes.

Esse formato permitiu facilitar o controle de emissão de declarações e entrega de relatórios.

A Norma interna de registro de projeto de pesquisa sofreu alterações de modo a criar mecanismos que obriguem a entrega de relatórios de conclusão e propiciou ao gestor

estabelecer parâmetros, índices e resultados provenientes das pesquisas desenvolvidas na UNIFEI.

Outra alteração importante foi referente ao modo de relacionar projetos de pesquisa registrados e os planos de trabalho de Iniciação Científica. Os editais de iniciação científica passaram a solicitar o número de registro de projetos registrados e ainda, os editais de registro de projetos internos, passaram a ser avaliados quanto ao seu mérito e relevância, atribuindo-se pontuação, que passou a ser considerada em editais de seleção de Iniciação Científica.

Essas mudanças aplicadas a partir do ano de 2015 foram fundamentais para que os gestores amparassem suas decisões a partir dos dados que foram surgindo.

Mesmo com a constatação de melhorias significativas no presente processo, foi verificado que ainda há espaço para aprimoramentos e refinamentos nos procedimentos.

Para melhor visualização desses espaços, foi elaborada uma análise SWOT, a qual gerou a Figura 34.

Figura 34 - Análise SWOT – processo de registro e acompanhamento de projetos de pesquisa.

•A reedição da Norma de registro de projetos discriminou de forma mais clara os tipos de projeto de pesquisa registráveis e os procedimentos de registro para cada tipo; • A regulamentação da norma de Registro prevê que os Diretores tenham ciência e/ou conhecimento da atividade do docente alocado em seu Instituto, independentemente do tipo de projeto, com objetivo de que os mesmos tenham controle sobre a carga horária do corpo docente (importante para as discussões e distribuição de aulas) e faça uma previsão sobre a utilização de sua estrutura laboratorial e insumos que, eventualmente, possa ser utilizado;

•Os editais de avaliação de mérito e seleção de projetos que não possuem financiamento externo, traz celeridade aos *editais de seleção de I.C.;

• Os editais de seleção obedecem princípios legais básicos que regem os órgãos públicos (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência);

• Docentes que não atendem ao perfil de órgãos externos de financiamento ou que não conseguiram obter incentivo financeiro à órgãos externos, têm a oportunidade de formalizar suas pesquisas, ainda que sem investimento financeiro específico; • Por meio dos editais de seleção de projetos sem financiamento, os participantes podem ter um feedback dos projetos submetidos, e, consequentemente a oportunidade de corrigir eventuais divergências apontadas, contribuindo com sua formação; •A DiP desde 2015, publica em seu site todos os projetos de pesquisa registrados, trazendo transparência e publicidade aos atos;

•A indefinição entre plano de trabalho, projeto de I.C. e projeto sem financiamento, foi dirimido através da edição da Norma de Registro de projetos;

• Os recursos destinados à DiP têm sido extremamente limitados, de modo a não abarcar projetos e programas de incentivo e promoção da Pesquisa de modo substancial;

• A quantidade de pessoal efetivo a DiP é suficiente para a execução de serviços operacionais, como acompanhamento e controle de inadimplentes; • A norma de Registro de pesquisa não prevê a obrigatoriedade ou penalidade imposta ao docente que não realiza os registros de pesquisa sob sua coordenação. Dessa forma podem existir vários projetos de pesquisa (financiados ou não) que estão sendo executados à revelia da Universidade e do Instituto; •Apesar das melhorias realizadas aos procedimentos de registro de projetos e acompanhamento, ainda existe resistência por parte dos docentes e o formato ainda dificulta a concentração dos dados e, consequentemente, a análise das informações.

• As várias alterações e modificações aos procedimentos na DiP, ainda que necessárias, devem ser realizadas de modo controlado e gradual. O excesso de alterações e a indefinição aos procedimentos, podem trazer insegurança e confundir usuários;

• A UNIFEI, em se tratando de uma Autarquia pública, tem certa liberdade em aplicar as verbas do orçamento. Neste contexto, os gestores da DiP podem rever junto à Pró- Reitoria de planejamento, uma maior parcela do orçamento para destinação à DiP de modo a melhorar o investimento em desenvolvimento de projetos de pesquisa ou ações de consolidação dos grupos de pesquisa, conforme previsto nos objetivos estratégicos de 2017– 2020;

•A DiP já tem à sua disposição, um módulo de gerenciamento do I.C. e dos projetos de pesquisa. Para sua utilização, o gestor, juntamente com o Depto. De T.I., podem elaborar um plano de implementação, incluindo o cronograma e previsão de treinamento de pessoal e usuários . A utilização de um sistema integrado pode tornar os procedimentos mais céleres e reunir dados relevantes sobre o desenvolvimento da pesquisa na Universidade;

• As limitações orçamentárias as quais as universidades federais estão sendo submetidas nos últimos anos, pode impedir o aumento de orçamento destinado á DiP e o investimento em pesquisa;

• Por se tratar de órgão público, há limitações na Universidade para contratação de pessoal efetivo. Este fato pode restringir a alocação de mais pessoal na DiP.

Oportunidades Ameaças Pontos fracos Pontos fortes Fa tor e s I nt e rnos Fa tor e s E xt e rnos

Fonte: Dados da pesquisa. Elaborado pela autora, baseado no modelo de Oliveira (2007).

Por meio das descrições e análise dos procedimentos que formam o processo, foi possível concluir que as melhorias que vêm sido implementadas tornaram mais fácil o controle e, permitiu ainda que os dados fossem colocados à disposição de consulta, tanto por usuários externos, quanto externos.

A utilização de planilha eletrônica, apesar de ser uma ferramenta simples, não trouxe custos adicionais à administração pública e poderá facilitar a alimentação de dados, no caso de uma eventual implementação de um sistema de informação mais sofisticado.

A oportunidade da DiP dispor de um módulo específico no sistema de informações integrado da UNIFEI, permitirá que os dados e controle dos projetos sejam ainda mais organizados, facilitando os procedimentos e simplificando as ações.