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Diagramação e infográfico

Diagramação é a disposição das matérias, fotos, anúncios e colunas nos meios de comunicação impressos. (Atualmente, também se pode falar no desenvolvimento da diagramação para os meios digitais, de igual importância. Utiliza-se o termo “Web design” para a definição da diagramação on-line).

“Planeja a edição, assegura a conformidade da matéria do jornal ou revista com interesses empresariais e políticos e prevê o volume de informação necessário para as edições de uma ou mais edições”.

Desde o surgimento dos jornais impressos, a diagramação é elemento substancial na composição desses. Ao passar dos anos, ela se torna cada vez mais importante, pois deixa o veículo mais atrativo.

O marco do desenvolvimento da diagramação dos jornais foi a Revolução Industrial, no século XIX. Com ela, há um aumento da capacidade de impressão e distribuição. Antes, os jornais tinham pouco espaço em branco, não havia espaço para arte.

Ainda no século XIX, surge a Linotipia, que foi a responsável pelo salto nas produções de jornais. De 3.000 para 100.000 exemplares por hora. Houve então nessa época a seguinte preocupação: o que fazer como excedente?

Solução: modificação visual dos jornais. Cores, títulos maiores, textos enxutos, páginas menores. Isso atraiu leitores menos letrados para os jornais, aumentando as vendas.

Concepção gráfica de uma página de jornal deve ter as seguintes características: contraste, equilíbrio, proporção, harmonia e ritmo.

As cores das artes gráficas: Básicas: azul, verde e vermelho. Cian = azul + verde

Amarelo = vermelho + verde Magenta = azul + vermelho

Branco = azul + verde + vermelho + cores secundárias

Fontes Bastões: sem serifa. Muito utilizadas na Internet e em propagandas, pois apresentam alto grau de legibilidade.

Ex: Arial, Tahoma, Helvética

Fontes Romanas: com serifa. Consideradas tipologias clássicas e muito utilizadas em jornais, revistas e livros.

Ex: Times New Roman, Garamond, Calisto MS. Elementos textuais que compõem a diagramação:

1. Título:

a) Subtítulo: também chamada linha-fina ou sutiã, é colocado abaixo do título para complementá-lo.

b) Antetítulo: também chamado de chapéu ou cartola, é colocado acima do título e instiga à leitura do texto.

c) Intertítulo: também chamado de “quebras”, é colocado no meio do texto, para dividi-lo e facilitar a leitura.

d) Olho: colocado no meio da massa do texto, entre colunas, para ressaltar trechos e substituir quebras.

2. Foto: deve vir sempre acompanhada do crédito (nome do fotógrafo) e da legenda ou texto-legenda.

3. Arte:

a) Charge: desenho satírico. Critica de maneira humorística o fato.

Reproduz uma notícia segundo a ótica do desenhista. Pode usar só imagens ou combiná-las com texto.

b) Caricatura: imagem de forma satírica e humorística como instrumento de opinião. É assinada e faz um retrato do ser humano ou de objetivos. Obs: Basicamente, a diferença entre charge e caricatura é que a caricatura é simplesmente o desenho assinado sem conter qualquer crítica que

contenha uma opinião. Já a charge, pode conter uma caricatura e sempre expressa a opinião por meio desse desenho.

c) Ilustração: desenho ou pintura que acompanha um texto.

d) Box ou caixa: espaço graficamente delimitado e que, normalmente, inclui um texto explicativo. Para Lustosa, Elcias em O texto da notícia – a função primordial do box é possibilitar uma melhor descrição de um ambiente ou de um personagem, a fim de permitir ao leitor situar diferentes elementos que interferem na informação principal da notícia.

f) Infográfico: inclui mapas, gráficos estatísticos, sequências e esquemas visuais. Ou seja, são representações visuais de informação. Pode complementar a notícia ou substitui-la, portando-se como a própria.

Surge na tentativa de esclarecer determinado fato com mais nitidez, ou seja, é um meio didático de se fazer entender a notícia. No entanto:

 É independente, pois pode ser descartado do texto que o acompanha, bem como o contrário é presumível.

 Não deve ser utilizado para preencher espaços vazios. O infográfico tem uma razão de se apresentar.

 Estrutura multilinear.

Os infográficos têm sido cada vez mais utilizados no jornalismo. Eles representam a convergência de linguagem verbal e não verbal, propiciando uma nova forma de produção jornalística.

Segundo Júlio PLAZA: “Imagens de terceira geração, ou seja, as imagens de

síntese”.

Segundo Lívia CIRNE:

“Infografia multimídia ou videográfica, incorporando recursos de sons e movimentos, permite ao usuário sensações muito próximas do real”.

“Tem o objetivo de transmitir de maneira diferenciada e interessante, alguns detalhes importantes” (VELHO, 2001, p. 7).

Segundo PLAZA, o marco para o desenvolvimento da infografia foi a Guerra do Golfo, pois as fotografias já não eram mais suficientes nas matérias. No Brasil, o destaque para o uso da infografia é para a revista Superinteressante, que já em 1990 inovou, integrando arte e informação, o que lhe rendeu diversos prêmios nacionais e internacionais.

O infográfico multimídia (que integra vários tipos de mídia em uma única) começou a ser amplamente difundido após os atentados terroristas de 11 de setembro.

Segundo CIRNE, os infográficos podem ser:

a) Não interativos: Fusão de textos e imagens (fotografia e ilustração). É inerte, ou seja, sem animação. Encontrado em jornais, revistas, manuais, folders, tutoriais e até mesmo na web.

b) Multimídia: Fusão de textos, imagens (admitindo movimento) e áudio. Tem efeitos de animação. Utilizado no suporte analógico, como na TV convencional e em suportes digitais, como na web, celular e TV digital.

c) Interativos: Fusão de textos, imagens (inclusive em movimento) e áudio. Tem efeitos de animação e é induzida pelo espectador. Utilizado apenas em suportes digitais.

Segundo CIRNE, os infográficos ainda podem ser de quatro tipos:

1. Narrativo: explicar ao leitor uma experiência através da história, da narrativa. Ex: estudos de caso.

2. Instrutiva: intenção de esclarecer algo, permitindo ao leitor acompanhar a sequência da informação. Ex: passo a passo, instruções.

3. Exploratório: propõe ao leitor uma oportunidade de ativamente explorar e descobrir as invenções. Ex: os que costumam permitir que o leitor explore por si próprio, o conteúdo.

4. Simulatório: permitir aos expectadores a experiência virtual de um fenômeno do mundo real. Ex: simulações de um acontecimento. Leia o artigo completo de Lívia Cirne sobre infográfico:

http://www.cchla.ufpb.br/ppgc/smartgc/uploads/arquivos/8c99 93063620101112101044.pdf

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