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Linha do tempo do Jornalismo Ciro Marcondes Filho divide o jornalismo em quatro fases:

1ª fase: 1789 – 1830: surgimento das estruturas de redação, jornais com economia deficitária e escritos por diversos tipos de profissionais, tais como escritores, políticos e cientistas.

2ª fase: 1830 – 1900: jornal passa a ter que dar lucro, adota-se a composição mecânica e as rotativas, surgem as agências de informação como a Havas, impulsionadas pela invenção do telefone e do telégrafo.

3º fase: 1900 – 1960: grupos monopolistas dominam a imprensa, grandes tiragens, uso da fotografia e cresce a influência da indústria publicitária e das Relações Públicas nos jornais.

4ª fase: 1970 – atualidade: toda a sociedade produz informações, crise na imprensa, alteração nas funções do jornalista motivadas pelas redes e sistemas de informação informatizados.

Roma Antiga:

No entanto, as primeiras formas de se fazer jornalismo remontam ao período da Roma Antiga.

Segundo o livro “Do Grito ao Satélite”, as principais características de um jornal são a atualidade, a periodicidade e a variedade.

Por isso, considera-se como a primeira forma de fazer jornal impresso no mundo a “Acta Diurna”, espécie de jornal mural, da Roma Antiga, no período de Júlio César. Ela era composta diariamente para levar ordens e informações oficiais ao conhecimento do povo.

Sobreviveu, provavelmente, até a queda do Império Romano do Ocidente. Mas ao longo dos séculos em que existiu, foi se transformando, incorporando assuntos variados, fatos momentosos ou incomuns. Daí o seu caráter jornalístico.

A criação do primeiro Jornal de que se tem notícia é creditado a: a) Honoré de Balzac b) Júlio César c) Napoleão Bonaparte d) Marco Antônio R: B

Idade Média:

O comércio regride e com ele, as formas de comunicação. Naquele período, uma das formas usuais de se obter notícias era por meio dos Trovadores. Eles andavam de um canto para o outro “espalhando as boas novas”, por meio de suas cantigas.

Por isso, diz-se que “Na Roma Antiga, houve jornais sem ter jornalistas e na

Idade Média, houve jornalistas sem ter jornais”.

Ainda na Idade Média surge a Tipografia. Tipografia:

É a técnica de escrever com tipos, imprimir sinais gráficos, com tintas, pelo emprego de tipos móveis (letras soltas, cada uma apresentando,

individualmente, como um minúsculo carimbo).

A primeira forma de tipografia empregada foi a Xilografia.

Xilografia: matrizes de madeira – muito utilizadas na ocasião para gravar santos. No século XV, o uso da xilografia permite a impressão dos primeiros livros europeus. Isso permite um barateamento da produção, uma vez que antes dessa técnica, os livros eram feitos sob encomenda e a mão (os copistas eram quem realizavam esse trabalho) e permite o acesso dos menos iletrados aos livros.

Tipografia: matriz de metal. Atribui-se essa invenção a Gutemberg. 1496: “Bíblia de 42 linhas de Gutemberg” – 200 exemplaresUsam-se letras góticas para se parecer o máximo possível

com a letra manuscrita da época.

No entanto, do advento da tipografia à produção de jornais, leva-se em torno de 150 anos. Nesse período, o invento foi apenas utilizado para a impressão de livros.

O surgimento dos jornais está associado aos Correios e às cartas. Foi uma invenção do alemão Johann

Gutembeg, em 1445: a) Tipografia b) Xilografia c) Linotipo d) Prensa formatadora R: A

Correio:

Roma Antiga: utilizado como mero instrumento do governo. Roma Antiga se destacava por manter uma linha extensa e ativa de correio, diferentemente da Grécia Antiga que não teve um funcionamento ideal dos Correios por não ser um Estado unificado. (Cidades-Estado).

Idade Média: retrocesso dos correios.

Idade Moderna: volta dos correios. “Família Tasso” se destaca como a maior “empresa” de correios particular da época. Os governos tinham de autorizar seu funcionamento. O uso dos correios, além de servir como instrumento do governo, também atende a fins particulares. Ex: Renascimento Cultural (troca de informações, arte).

Assim, os correios passam a entregar cartas, que são, na maioria das vezes, a única forma de uma cidade obter notícia de outra. Com isso, essas cartas transformam-se em Gazetas manuscritas (Séc. XV – Veneza) e são os primeiros jornais da Idade Média.

Ainda no tempo em que os tipógrafos produziam os primeiros livros, surgem as “Relações”, que eram a reprodução de notícias por meio da tipografia, mas sem haver periodicidade, por isso, não se pode falar em jornais.

Com o tempo, a tipografia passa a reproduzir o conteúdo das cartas nas “Relações”, concorrendo com as Gazetas.

As Relações ficam cada vez mais fáceis de serem vendidas, por isso, ganham atualidade e periodicidade.

No século XVI surgem os primeiros semanais.

1702: “Daily Courant” (Inglaterra) – primeiro diário do mundo. No entanto, ele durou apenas alguns dias.

No Brasil:

1706: tentativa de tipografia no Recife. Governo português manda fechar as portas.

1746: português Antônio Isidoro da Fonseca vem ao Brasil e imprime quatro folhetos. Governo português confisca sua oficina.

1808: com a mudança da Família Real portuguesa para o Brasil, Dom João VI permite que a Imprensa oficial seja instalada no Rio de

Janeiro. Nasce a Gazeta do Rio de Janeiro , primeiro jornal oficial do Brasil.

1808: No entanto, nesse mesmo ano, o brasileiro Hipólito da Costa produz “O Correio Braziliense ” em Londres, publicação não autorizada pelo governo português.

Sobre as proibições constantes de Portugal em relação à construção de uma indústria no Brasil, é fácil entender o motivo: como colônia, o Brasil era obrigado a comprar todas as mercadorias da Metrópole,

sem concorrência. Por isso, não era interessante que a colônia deixasse de ser um mercado consumidor bem como passar a ser concorrente da metrópole.

Telégrafos: “escrever de longe”