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DIREITO ADMINISTRATIVO RAFAEL OLIVEIRA

53 De acordo com o Decreto-lei n. 218, de 18 de julho de 1975, são requisitos considerados para o estágio proba-tório, com exceção de:

(A) idoneidade moral.

(B) aprovação em curso de profissionalização na Acade-mia de Polícia.

(C) assiduidade.

(D) disciplina.

(E) produtividade.

Letra e.

Art. 6º Estágio Probatório é o período de 02 (dois) anos de efetivo exercício, a contar da data de início deste, durante o qual são apurados os requisitos ne-cessários à confirmação do funcionário policial ao cargo efetivo para o qual foi nomeado.

§ 1º Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:

1) aprovação em curso de profissionalização na Aca-demia de Polícia;

2) idoneidade moral;

3) assiduidade;

4) disciplina;

5) eficiência.

54 De acordo com a Lei n. 12.016/2009, que trata do Man-dado de Segurança, assinale a alternativa incorreta.

(A) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídi-ca sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

(B) Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políti-cos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do po-der público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

(C) Cabe mandado de segurança contra os atos de ges-tão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

(D) Quando o direito ameaçado ou violado couber a vá-rias pessoas, qualquer delas poderá requerer o man-dado de segurança.

(E) Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suporta-das pela União ou entidade por ela controlada.

Letra c.

Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegal-mente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que cate-goria for e sejam quais forem as funções que exerça.

(Vide ADIN 4296)

§ 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárqui-cas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do po-der público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administrado-res de empadministrado-resas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (Vide ADIN 4296)

§ 3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança.

Art. 2º Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato con-tra o qual se requer o mandado houverem de ser su-portadas pela União ou entidade por ela controlada.

55 De acordo com a Lei n. 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrativa – e os conhecimentos do STJ, assinale a alternativa incorreta.

(A) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

(B) Quando o ato de improbidade causar lesão ao pa-trimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

(C) É inadmissível a responsabilidade objetiva na apli-cação da Lei n. 8.429/1992, exigindo-se a presença de dolo nos casos dos arts. 9º e 11 (que coíbem o enriquecimento ilícito e o atentado aos princípios administrativos, respectivamente) e ao menos de culpa nos termos do art. 10, que censura os atos de improbidade por dano ao Erário.

(D) O Ministério Público não tem legitimidade ad causam para a propositura de Ação Civil Pública objetivando o ressarcimento de danos ao erário, decorrentes de atos de improbidade.

(E) O Ministério Público estadual possui legitimidade recursal para atuar como parte no Superior Tribunal de Justiça nas ações de improbidade administrativa, reservando-se ao Ministério Público Federal a atua-ção como fiscal da lei.

Letra d.

(A) Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patri-mônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

(B)

Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a in-disponibilidade dos bens do indiciado.

(C) Jurisprudência em Teses do STJ.

(D) Tem legitimidade. Jurisprudência em Teses do STJ.

(E) Jurisprudência em Teses do STJ.

56 O Direito Administrativo é definido como o conjunto de regras e princípios que regulam as atividades do Estado para o cumprimento de seus fins. Esse é o conceito de:

(A) Critério das Relações Jurídicas.

(B) Escola do Serviço Público.

(C) Critério do Poder Executivo.

(D) Critério Legalista.

(E) Critério Finalista.

Letra e.

(A) Defendida por De Gérando e Macarel, define o di-reito administrativo como o conjunto de leis adminis-trativas (leis, decretos, regulamentos). Esse conceito é incompleto. O Direito Administrativo é mais do que um amontoado de textos jurídicos.

(B) Defendida por Duguit, Gaston Jèze, Bonnard, for-mou-se na França, inspirada na jurisprudência do Conse-lho de Estado francês a partir do caso Blanco de 1873, e define o Direito Administrativo como a disciplina jurídica que regula a instituição, a organização e o funcionamen-to dos serviços públicos, bem como o seu oferecimenfuncionamen-to aos administrados.

(C) Acolhido por Meucci e por Ranelletti, segundo esse critério o Direito Administrativo é o conjunto de regras jurídicas que disciplinam os atos do Poder Executivo.

(D) Defendida por De Gérando e Macarel, define o di-reito administrativo como o conjunto de leis adminis-trativas (leis, decretos, regulamentos). Esse conceito é incompleto. O Direito Administrativo é mais do que um amontoado de textos jurídicos.

Manual de Direito Administrativo. Licínia Rossi, 6ª ed. 2020.

57 Fonte do Direito Administrativo é tudo aquilo que leva à definição de uma regra de Direito Administrativo. A expressão deriva do latim fons, que significa origem, nascente. Assinale a alternativa que não é considerada como fonte do Direito Administrativo.

(A) Lei. metaforica-mente, pois em sentido próprio fonte é a nascente de onde brota uma corrente de água. Justamente por ser uma expressão figurativa tem mais de um sentido. Cinco são as fontes do Direito Administrativo:

a) lei;

b) doutrina;

c) jurisprudência;

d) costumes;

e) princípios gerais do direito.

58 É a prerrogativa atribuída ao administrador que não lhe confere qualquer traço de liberdade, nem a possibilida-de possibilida-de realização possibilida-de juízo possibilida-de valor (por consequência, também não é possível a realização de um critério de conveniência ou oportunidade para a prática do ato, já que os requisitos para sua realização estão previstos ex-pressamente em lei).

O conceito acima remete a ideia de:

(A) poder vinculado ou regrado.

(B) poder discricionário.

(B) É o contrário de vinculado. Hely Lopes Meirelles con-ceitua o poder discricionário: “É o que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo”. Essa atividade encontra sua justificativa no fato de que seria impossível o legislador elencar na lei todos os atos que a prática administrativa exige.

(C) É o instrumento, a prerrogativa utilizada pela Ad-ministração para aplicar sanção (exemplo 1: demissão;

exemplo 2: suspensão; exemplo 3: advertência; exem-plo 4: destituição do cargo em comissão; exemexem-plo 5:

cassação de aposentadoria) a um de seus agentes em razão da prática de uma infração disciplinar. Portanto, só poderá ser afetado por esse poder aquele que está no exercício de um mister público, de uma função pública.

(D) O poder hierárquico é o instrumento de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, esta-belecendo a relação de subordinação entre os servido-res de seu quadro de pessoal (MEIRELLES, Hely Lopes.

Direito administrativo brasileiro, p. 124).

(E) O Estado deve sempre atuar pautado no princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, isto é, o interesse do particular deve curvar-se diante do interesse coletivo. Temos aqui uma relação vertical, em que há o interesse público se sobrepondo ao interesse particular.

Manual de Direito Administrativo. Licínia Rossi, 6ª ed. 2020.

59 Sobre o princípio da continuidade dos serviços públicos, assinale a alternativa incorreta.

(A) O princípio da continuidade dos serviços públicos es-tabelece que o serviço público deve ser prestado de forma contínua e sem interrupções.

(B) A Lei n. 8.987/1995, em seu art. 6º, § 3º, traz hipóte-ses em que não se caracteriza a descontinuidade do serviço: se houver sua interrupção em caso de urgên-cia (independentemente de aviso prévio ao usuário) e com aviso prévio nos casos de desobediência de normas técnicas ou de inadimplemento do usuário.

(C) O fundamento do corte em caso de inadimplemento são os princípios da supremacia do interesse público sobre o particular, da indisponibilidade do interesse público e da isonomia.

(D) A Constituição Federal possibilita o direito de greve aos servidores, porém condiciona seu exercício nos termos da lei – é norma constitucional de eficácia li-mitada (consoante a classificação constitucionalista clássica).

(E) Em decorrência deste princípio, o serviço público pode parar como regra, tendo especial aplicação com relação aos contratos administrativos e ao exercício da função pública, trazendo diversas consequências aos contratos administrativos como a aplicação da teoria da imprevisão.

Letra e.

(A) Certo.

(B) Certo. Conforme previsão legal.

(C) Certo. São fundamentos para eventual corte.

(D) Certo. Precisa de regulamentação.

(E) Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que em decor-rência deste princípio, o serviço público não pode parar, tendo especial aplicação com relação aos contratos

ad-ministrativos e ao exercício da função pública, trazendo diversas consequências aos contratos administrativos como a aplicação da teoria da imprevisão, a inaplica-bilidade da exceptio nom adimpleti contractus contra a Administração (hoje mitigada) e o reconhecimento de prerrogativas à Administração como a encampação da concessão de serviços públicos.

60 Sobre delegação de competência, assinale a alternativa incorreta.

(A) A delegação de competência é instrumento de des-centralização administrativa.

(B) Objetivo da delegação: assegurar maior rapidez e ob-jetividade às decisões.

(C) É aspecto inerente às estruturas hierarquizadas a viabilidade de o superior hierárquico transferir ao in-ferior função que originariamente lhe foi cominada.

Referido procedimento qualificação como “delega-ção de competência”.

(D) Segundo a doutrina clássica, a delegação de com-petência afigura-se lícita quando exercida em um mesmo Poder, organizado hierarquicamente em sua estrutura administrativa, desde que não se trate de competência exclusiva, nem mesmo de determina-dos atos de natureza política como o poder de tribu-tar, sancionar ou vetar lei aprovada pelo Legislativo.

(E) Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índo-le técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Letra e.

(A) Certo.

(B) Certo. Com a delegação, há mais eficiência.

(C) Certo. Conceito de delegação.

(D) Certo. Condições para que ocorra a delegação.

(E) Errado. “ainda que lhe sejam hierarquicamente su-bordinados”.

61 Em relação a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa incorreta.

(A) Em regra, o Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a profissional de imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de mani-festação pública.

(B) São prescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de persegui-ção política com violapersegui-ção de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar.

(C) Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos; exceção:

quando demonstrado nexo causal direto.

(D) O art. 927, parágrafo único, do Código Civil pode ser aplicado para a responsabilidade civil do Estado.

(E) Para que o Município seja responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário compro-var que ele violou dever jurídico específico de agir (concedeu licença sem as cautelas legais ou tinha co-nhecimento de irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular).

Letra b.

São imprescritíveis.

As demais alternativas estão alinhadas à jurisprudência do STJ e do STF.

REGULAMENTO DO ESTATUTO DOS

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