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1 INTRODUÇÃO

2.2 MODA

2.3.1 Diretrizes Curriculares, PPI e PDI

As Diretrizes Curriculares constituem no entender do Ministério da Educação, orientações para a elaboração dos currículos, que devem ser necessariamente respeitadas por todas as instituições de ensino superior (BRASIL, 1997).

Os cursos de graduação precisam ser conduzidos, através das Diretrizes Curriculares a abandonar as características de que muitas vezes se revestem, quais sejam as de atuarem como meros instrumentos de transmissão de conhecimento e informações, passando a orientar-se para oferecer uma sólida formação básica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das condições de exercício profissional (BRASIL, 1997, p.2).

Visando assegurar a flexibilidade e a qualidade da formação oferecida aos estudantes, as diretrizes curriculares devem observar alguns princípios que estão dispostos no Quadro 4.

Quadro 4 – Princípios a serem considerados na elaboração das diretrizes curriculares

Princípios

1) Assegurar às instituições de ensino superior ampla liberdade na composição da carga horária a ser cumprida para a integralização dos currículos, assim como na especificação das unidades de estudos a serem ministradas;

2) Indicar os tópicos ou campos de estudo e demais experiências de ensino-aprendizagem que comporão os currículos, evitando ao máximo a fixação de conteúdos específicos com cargas horárias pré-determinadas, as quais não poderão exceder 50% da carga horária total dos cursos;

3) Evitar o prolongamento desnecessário da duração dos cursos de graduação;

4) Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas em um mesmo programa;

5) Estimular práticas de estudo independente, visando uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno;

6) Encorajar o reconhecimento de conhecimentos, habilidades e competências adquiridas fora do ambiente escolar, inclusive as que se referiram à experiência profissional julgada relevante para a área de formação considerada;

Princípios

7) Fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando a pesquisa individual e coletiva, assim como os estágios e a participação em atividades de extensão;

8) Incluir orientações para a condução de avaliações periódicas que utilizem instrumentos variados e sirvam para informar a docentes e a discentes acerca do desenvolvimento das atividades didáticas.

Fonte: BRASIL (1997,p.2-3).

Um aspecto relevante descrito nos princípios citados anteriormente, diz respeito ao fortalecimento da teoria com a prática, sendo o estágio uma das formas mais eficazes de interação dos estudantes do ensino superior com a realidade das empresas.

Segundo Veiga (1995, p.12), “No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo

projicere, que significa lançar para diante.”

Nas palavras de Gadotti (1994 apud Veiga, 1995, p.12): Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) é um instrumento político, filosófico e teórico-metodológico que norteará as práticas acadêmicas da Instituição de Educação Superior (IES), tendo em vista sua trajetória histórica, inserção regional, vocação, missão, visão e objetivos gerais e específicos (BRASIL, 2006a).

Em sua fundamentação, o PPI deve expressar uma visão de mundo contemporâneo e do papel da educação superior em face da nova conjuntura globalizada e tecnológica, ao mesmo tempo

em que deve explicitar, de modo abrangente, o papel da IES e sua contribuição social nos âmbitos local, regional e nacional, por meio do ensino, da pesquisa, e da extensão como componentes essenciais à formação crítica do cidadão e do futuro profissional, na busca da articulação entre o real e o desejável (BRASIL, 2006a, p.35).

Neste documento de orientação acadêmica deve constar, ente outros, o histórico da instituição; seus mecanismos de inserção regional; sua missão; âmbitos de atuação; princípios filosóficos gerais; as políticas de gestão, de ensino, de pesquisa, de extensão; perfil humano, perfil profissional; concepções de processos de ensino e de aprendizagem, de currículo, de avaliação de ensino e de planejamento e os diversos programas (BRASIL, 2006a).

A qualidade deve ser um dos princípios norteadores do projeto pedagógico. Segundo Veiga (1995), a qualidade não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. A qualidade que se busca implica duas dimensões indissociáveis: a formal ou técnica e a política. Uma não está subordinada à outra; cada uma delas tem perspectivas próprias.

Na visão de Demo (1994, p.19), qualidade “implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar.” A qualidade formal “[...] significa a habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento.” (DEMO, 1994, p.14).

A qualidade política é condição imprescindível da participação. Está voltada para os fins, valores e conteúdos, quer dizer “a competência humana do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana.” (DEMO, 1994, p.14).

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), elaborado para um período determinado, é um instrumento de gestão que considera a identidade da IES, no que diz respeito à sua filosofia de trabalho, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades acadêmicas e científicas que desenvolve ou que pretende desenvolver (BRASIL, 2006a).

O PDI apresenta os seguintes eixos temáticos: perfil institucional; gestão institucional; organização acadêmica, infra- estrutura; aspectos financeiros e orçamentários, sustentabilidade econômica; avaliação e acompanhamento do desempenho institucional e cronograma de execução (BRASIL, 2006a).

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