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distribuição dos transcritos do gene Cyp19A no cérebro do macho Nesta secção são apresentados os resultados da hibridação in situ para o gene Cyp19A no

RECEPToREs dE EsTRoGénios

4.3.2 e xPressãO da arOmatase nO CérebrO dO maChO

4.3.2.2 distribuição dos transcritos do gene Cyp19A no cérebro do macho Nesta secção são apresentados os resultados da hibridação in situ para o gene Cyp19A no

cérebro de um macho de O. mossambicus, utilizando a sonda 3OV1. A abordagem será idêntica à da secção anterior, olhando para cortes adjacentes aos utilizados para a sonda F3BR3. A marcação da sonda 3OV1 foi feita com biotina, conjugada com peroxidase e foi utilizado DAB como substrato, o que produziu uma coloração castanha.

Nas duas primeiras secções analisadas (periferia até aproximadamente 1300μm), os sinais específicos não são muito claros, sendo por esta razão apresentados em conjunto na mesma imagem. Este resultado é de alguma forma coerente com o detectado com a sonda F3BR3 em que também não tinha sido possível detectar quaisquer sinais nesta região mais periférica do cérebro do macho. No entanto, parece haver algumas reacções positivas que serão apresentadas na Figura 40. As principais regiões que se encontram patentes na Figura 39 foram já caracterizadas em pontos anteriores, nomeadamente quando foi feita a descrição da Figura 34. Por esta razão, a mesma descrição não será aqui apresentada.

Figura 39 – Desenho esquemático de dois cortes sagitais do cérebro de um macho adulto. A – esquema correspondente a um corte com 440μm de profundidade em relação à periferia do tecido; (B) esquema correspondente a um corte da mesma estrutura com 1408μm de profundidade em relação à periferia do tecido. Nos cortes encontram-se as indicações das regiões onde foi detectado sinal com a sonda 3OV1, bem como algumas indicações gerais para melhor localização.

A Diencéfalo A Diencéfalo A Diencéfalo A Diencéfalo Diencéfalo A A Diencéfalo Telencéfalo Bolbo olfactivo

Tecto óptico Cerebelo

Diencéfalo Ventrículo tectal Crista cerebellaris Medula oblongata Medula espinal B B C Telencéfalo Bolbo olfactivo

Tecto óptico Cerebelo

Diencéfalo Ventrículo tectal Crista cerebellaris Medula oblongata Medula espinal B B B C C

Na região mais periférica, apenas pôde ser apresentada uma reacção positiva na região diencefálica e imediatamente por baixo do tecto óptico, no que parece ser uma região francamente celular (Figura 40A). Ainda nesta região foi também detectado um sinal fraco que pareceu localizar-se numa estrutura membranar envolvente ao tecido nervoso. Embora pouco claros, foram detectados dois sinais específicos para esta sonda na região até 1408μm. Um deles aparece associado à região inicial do tecto óptico, mais precisamente entre a zona cinzenta periventricular do tecto óptico e o tálamo dorsal (Figura 40B). A zona cinzenta periventricular do tecto óptico é rica em corpos celulares e a região

do tálamo dorsal que emerge por baixo da porção caudal do núcleo habenular ventral, aproximadamente na fronteira com mesencéfalo com o telencéfalo. O segundo (Figura 40C) apresenta um núcleo específico em que também pode ser identificado um sinal claro em posição ventral ao lobo vagal.

Figura 40 – Hibridação in situ com a sonda 3OV1. A – região diencefálica; B – Região rostral ventral do tecto óptico; C – Tracto celular localizado ventralmente ao lobo vagal. Ampliação: A – 400 ×; B – 400 ×; C – 400 ×.

Por último, o esquema do corte sagital correspondente à região mediana do cérebro do macho com o qual foi hibridada a sonda 3OV1. À semelhança do que foi feito anteriormente, a Figura 41 apresenta algumas das estruturas do cérebro e com um contorno azul estão ainda representadas as zonas que revelaram os sinais específicos mais claros e para os quais serão apresentadas as fotografias na Figura 42. Adicionalmente, este esquema apresenta ainda a sombreado as regiões em que foram detectados sinais positivos para o gene Cyp19A. Mais uma vez, embora neste corte de forma bastante mais clara, pode observar-se um tracto celular que se desenvolve ao longo da medula oblongata (Figura 41B, C) e que parece ter origem por baixo do tecto óptico e do ventrículo tectal, (Figura 41G). Este tracto localiza- se ao longo da comissura ventral telencefálica, fundamentalmente celular e com diferentes núcleos de células que se destacam pelas grandes dimensões, e do fascículo mediano longitudinal. Ambas as estruturas celulares se localizam ventralmente em relação à crista cerebellaris, ao lobo facial e ao lobo vagal. Este tracto celular parece projectar-se dorso- rostralmente pelo griseu central (Figura 41F) até atingir a região posterior do ventrículo tectal na base do toro longitudinal (Figura 41G).

Figura 41 – Corte sagital esquemático da região mediana do cérebro de um macho (1760μm desde a periferia do tecido). São apresentadas as principais regiões, bem como a azul se encontram realçadas as principais zonas onde foram detectados sinais específicos, cujas fotografias são apresentadas na Figura 42.

Bolbo olfactivo Telencéfalo Tecto óptico Cerebelo Pituitária Ventriculo tectal Crista cerebellaris Lobo facial Lobo vagal Medula oblongata Medula espinal Corpo mamilar

Núcleo difuso do lobo inferior

Ventrículo rombencefálico A E B C D F G Bolbo olfactivo Telencéfalo Tecto óptico Cerebelo Pituitária Ventriculo tectal Crista cerebellaris Lobo facial Lobo vagal Medula oblongata Medula espinal Corpo mamilar

Núcleo difuso do lobo inferior

Ventrículo rombencefálico A E B C D F G Telencéfalo Tecto óptico Cerebelo Pituitária Ventriculo tectal Crista cerebellaris Lobo facial Lobo vagal Medula oblongata Medula espinal Corpo mamilar

Núcleo difuso do lobo inferior

Ventrículo rombencefálico A A E E B B C C D D FF G G

Também a zona cinzenta periventricular do tecto óptico parece apresentar um sinal significativo. Esta região é fundamentalmente constituída por corpos celulares, projectando-se os axónios para a periferia. Outro sinal mais nítido encontra-se na porção mais caudal do toro longitudinal e perto da divisão média da válvula do cerebelo (Figura 41A), na transição do tecto óptico para o cerebelo. A Figura 41D mostra a região de ligação do corpo mamilar com o restante diencéfalo e, também aqui, pode ser observado um sinal específico.

A Figura 42 mostra as fotografias das principais regiões registadas na Figura 41. Foram seleccionadas seis regiões por apresentarem os sinais mais evidentes. A Figura 42A compreende a parte mais caudal do toro longitudinal que se situa sob o tecto óptico. O sinal específico situa- se em torno de uma região marcadamente celular, aparecendo associado à região nuclear. Nas Figura 42B e C os sinais de hibridação com o gene Cyp19A localizam-se na comissura ventral rombencefálica (Cven). Esta região é característica por ter núcleos específicos bem individualizados estendendo-se ao longo de toda a medula oblongata. Os sinais encontram-se de forma mais ou menos dispersa nas regiões identificadas na Figura 41.

Na região mais caudal do diencéfalo, por cima do corpo mamilar encontra-se ainda um grupo perfeitamente individualizado de células que hibridaram com a sonda 3OV1 (Figura 42D) e que se inserem numa região maioritariamente celular. Por último, todo o núcleo difuso do lobo inferior e o corpo mamilar apresentam uma reacção positiva à sonda 3OV1 embora não muito intensa.

Em posição ventral ao ventrículo rombencefálico estende-se um núcleo de células que apresentam sinal, embora um pouco disperso. Esta região, que parece ser o griseu central (Figura 42F), apresenta corpos celulares dispersos, onde se verifica o sinal específico. Este tracto celular parece continuar pela medula oblongata ao longo da comissura ventral rombencefálica.