CAPÍT Caract Figur nos t 2004/ aglom TULO 4 terização do gr ra 4.7. Dend rês pontos d /2005), obtid meração hier rupo de levedu drograma de de amostrage do a partir d rárquica pelo
uras das águas
e agrupamen em (AL, DEC da análise d o algoritmo U
s residuais do l
nto dos perf C, AR) nas d de semelhan UPGMA. lagar contínuo is representa uas campan nça de perfis ativos das le nhas de extra s pelo coefic eveduras iso acção (2003/ ciente de D oladas /2004; ICE e
UBR
O 2009
93
Os perfis representativos do ponto de amostragem AL contribuem em 75% do total de perfis analisados. Quase em simultâneo, surgem os perfis seleccionados a partir das amostras do DEC e AR, que representam respectivamente, 10,7% e 15% dos perfis analisados neste dendrograma. Estas percentagens estão de acordo com o esperado, pois revelam não só a diminuição da dimensão das populações de leveduras, bem como a diminuição da sua diversidade. As condições físico-químicas nos dois ambientes com menor número de espécies e isolados, são bem diferentes das encontradas no ambiente AL. Estes factos foram já explorados no capítulo 2. Apesar de não ter sido possível obter correlações com significância estatística entre a abundância dos grupos microbianos, e algum ou alguns parâmetros físico-químicos analisados, ficou claro que as comunidades microbianas, e em particular as de leveduras, são capazes de se adaptar a habitats com condições físico-químicas bem diferentes.
Estas adaptações poderão ocorrer dentro da mesma espécie, quando se consiga obter isolados idênticos nos três pontos de amostragem, ou podem ocorrer por sucessões ecológicas, em que espécies menos resistentes surgem nos ambientes mais favoráveis, surgindo depois outras espécies, quando as condições ambientais se alteram para menos favoráveis.
Considerando o modo como se processa a extracção do azeite (ver Capítulo 1) as espécies encontradas nas águas de lavagem corresponderão, essencialmente, a leveduras epifíticas do fruto, bem como leveduras frequentemente encontradas no ar ou ambientes aquáticos. Já as encontradas na centrífuga ou águas ruças poderão ser originárias das anteriores, que se adaptaram, ou terem como origem a maquinaria utilizada para a extracção.
No sentido de pesquisar a existência de relações do tipo indicado nos parágrafos anteriores, pesquisou-se se haveria relação entre os perfis e os pontos de amostragem, as campanhas de extracção ou as temperaturas de incubação de onde foram obtidos.
O dendrograma da Figura 4.7 apresenta a complexidade que resultou da elevada variabilidade de espécies encontrada entre os isolados de leveduras estudadas. Esta variabilidade tinha ficado patente quando se analisaram os dendrogramas de cada ponto de amostragem, em cada campanha de extracção.
De forma semelhante ao já efectuado com os perfis dos isolados em cada ponto de amostragem, os perfis representativos foram agrupados considerando uma proximidade de 50% entre os perfis em análise. Os perfis representativos aglomeram formando dois ramos, separando o agrupamento A dos restantes agrupamentos.
CAPÍTULO 4
Caracterização do grupo de leveduras das águas residuais do lagar contínuo
94
ECVA - UTAD
Neste GRUPO A, não se encontram perfis obtidos em amostras de águas ruças. O segundo conjunto de perfis deste grupo associou amostras das águas de lavagem que se repetiram em ambas as campanhas de extracção. Sequenciou-se um isolado pertencente a este grupo, tendo-se obtido, como resultado mais próximo na base de dados do GenBank, um fungo não cultivado (uncultured fungus). Estes isolados, que se encontram já em processo extensivo de identificação, recorrendo a outros marcadores genéticos e testes morfológicos, foram os que apresentaram menor similaridade com os restantes. Pode-se especular que serão característicos de zonas de olival, uma vez que surgem apenas nas águas de lavagem, indicando que poderiam estar presentes na superfície dos frutos, nas folhas da oliveira, ou ainda no solo do olival, fazendo parte integrante das poeiras que se removem da azeitona quando são lavadas. Por outro lado, houve isolamento de amostras em duas campanhas oleícolas consecutivas. Como não ocorreram perfis semelhantes nas águas ruças, mas apenas nas amostras da centrífuga vertical, e ainda assim, com similaridade de 70%, pode pensar-se que esta espécie terá dificuldades de adaptação e manutenção nas águas residuais com maior carga poluente, como ocorre nas águas ruças.
O outro ramo do dendrograma agrupa os restantes perfis representativos. Na metade superior deste ramo, onde se estabeleceram os agrupamentos B e C, encontram-se amostras dos três pontos de amostragem e das duas campanhas oleícolas analisadas. Dos isolados que foram identificados pertencentes a estes grupos encontram-se espécies de C.oleophila, C.pomicola e C.ishiwadae, Pichia
membranifaciens, P.japonica e P.manshurica, Saccharomyces cerevisiae e Zygosaccharomyces fermentatii. Estas espécies revelaram capacidade adaptativa aos
três ambientes em análise, sendo de referir que os isolados do género Candida (C.
oleophila, C.pomicola, C.ishiwadae) foram encontrados em maior número em
amostras de águas de lavagem, enquanto os isolados de Pichia (P.manshurica,
P.galeiformis, P.japonica) bem como as de Zygosaccharomyces fermentatii estão
exclusivamente presentes em amostras das águas ruças. O isolado de
Saccharomyces cerevisiae deste grupo surge apenas nas águas de lavagem.
Na metade inferior do ramo maior do dendrograma estabeleceram-se, pelo mesmo critério referido anteriormente, dois grupos, GRUPO D e GRUPO E. Também nestes, os perfis representativos englobam amostras da AL, DEC e AR.
No grupo D e no grupo E o número de perfis obtidos com amostras das águas ruças aumenta. As espécies identificadas constantes destes grupos pertencem ao género Candida com representantes das espécies C.oleophila, C.pomicola e
UBR
O 2009