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e relevantes em conjunto

5.1 Em relação aos riscos indicados no item 4.1, informar:

a) se o emissor possui uma política formalizada de gerenciamento de riscos, destacando, em caso afirmativo, o órgão que a aprovou e a data de sua aprovação, e, em caso negativo, as razões pelas quais o emissor não adotou uma política A Gestão de Riscos e o sistema de Controles Internos são fundamentais para o Grupo EcoRodovias e partes integrantes da Governança Corporativa. Visam garantir a perenidade do negócio, assegurar os direitos dos acionistas e investidores, zelar pela imagem e reputação da Companhia e estão inseridos na nossa Estratégia de Negócio e aos demais ciclos de gestão. Em diálogo estreito com o planejamento estratégico, a Companhia busca identificar, avaliar, tratar, monitorar e comunicar eventuais riscos ou ameaças que afetem a perenidade dos negócios, contemplando aspectos estratégicos, financeiros, operacionais e de conformidade ou compliance.

Em linha com os guias de referências nacionais e internacionais (ISO 31.001, COSO I Internal Control, COSO II Enterprise Risk Management, IBGC dentre outros), o modelo de gestão de riscos, controles internos do Grupo EcoRodovias passou e continua passando por importantes transformações nos últimos anos sempre buscando o aperfeiçoamento contínuo.

O Plano Diretor e a Política de Gestão de Riscos e Controles, reestruturados e aprovados pelo Conselho de Administração em junho/2015, encontram-se em processo de reavaliação, de modo a potencializar sua compreensão, bem como aumentar sua aplicabilidade em toda a Organização, porém sem alterar sua essência.

b) os objetivos e estratégias da política de gerenciamento de riscos, quando houver, incluindo:

i Os riscos para os quais se busca proteção

A Companhia dispõe de diversas metodologias e ferramentas para identificar, avaliar, mensurar e monitorar os riscos, seguindo um modelo que preconiza a visão integrada de governança, gestão de riscos, controles internos e sua integração com os demais ciclos de gestão.

Essa abordagem considera que a origem dos riscos pode estar relacionada às categorias de natureza estratégica, operacional, financeira e de conformidade (ou compliance), as quais podem ser classificadas ainda em subcategorias aplicáveis aos nossos negócios, como por exemplo:

Categorias Sub-categorias (não exaustivo)

Estratégico Político, fusões e aquisições, Poder Concedente/contratual, Concorrência Operacional Capex, Desastres Naturais, Processos, Segurança Rodoviária, Segurança

Patrimonial, Tráfego, Condições climáticas, Saúde e Segurança e Meio Ambiente, Engenharia, Tecnologia e Informação, Tecnologia de automação e Infraestrutura

Financeiro Índices financeiros, Crédito, Liquidez

Compliance Ética Empresarial, Regulamentação, normas internas

ii Os instrumentos utilizados para proteção

No Grupo Ecorodovias a identificação de riscos é realizada de forma corporativa por meio das abordagens top-down e botton-up.

• Na abordagem top-down são identificados os riscos significativos e de cada Unidade de Negócio que podem impactar o cumprimento dos objetivos estratégicos da Companhia. Estão relacionados à análise do ambiente externo (ameaças e oportunidades) e do ambiente interno (forças e fraquezas) e traduzidos no inventário de riscos significativos (Top Risks). Sua revisão está inserida no acompanhamento e no monitoramento do cumprimento do Planejamento Estratégico.

• Na abordagem botton-up são identificados os riscos de processos na cadeia de valor dos processos de gestão, de negócio e de suporte que podem impactar o cumprimento dos objetivos dos processos da Companhia. Sua revisão está inserida nas atividades de gestão de riscos, controles internos, compliance e auditoria com acompanhamento e monitoramento periódico.

Com relação a avaliação de riscos consideramos a quantificação do impacto no negócio e da probabilidade de ocorrência de um evento de risco, assim como a análise de outros impactos. • As Na abordagem botton-up são identificados os riscos de processos na cadeia de valor dos

processos de gestão, de negócio e de suporte que podem impactar o cumprimento dos objetivos dos processos da Companhia. Sua revisão está inserida nas atividades de gestão de riscos, controles internos, compliance e auditoria com acompanhamento e monitoramento periódico.

Com relação a avaliação de riscos consideramos a quantificação do impacto no negócio e da probabilidade de ocorrência de um evento de risco, assim como a análise de outros impactos.

• As dimensões avaliadas em outros impactos incluem: Prontidão Operacional e Infraestrutura, Imagem, Saúde e Segurança, Meio Ambiente, Legal e Social.

iii A estrutura organizacional de gerenciamento de riscos

O modelo EcoRodovias de operacionalização da gestão de riscos e controles internos é baseado, nas “três linhas de defesa” propostas pelo Instituto Interno dos Auditores sendo a governança da gestão de riscos e controles internos na EcoRodovias representada pelas funções distribuídas na estrutura organizacional das unidades, por meio da aplicação de processos em diferentes níveis e dentro de contextos específicos de cada unidade.

Nesse modelo, o controle e a gestão dos riscos são a primeira linha de defesa, executada pelos gestores das unidades de negócio.

A liderança do Grupo é responsável por avaliar cenários, considerar variáveis e externalidades e emitir pareceres sobre os riscos, o apetite da empresa e em abordá-los nas decisões de negócios assim como avaliar a efetividade do sistema de controles internos.

As diversas funções corporativas de riscos e controles que efetuam o suporte técnico, as recomendações e a operacionalização são a segunda linha de defesa. A avaliação independente é a terceira linha representada pela auditoria interna.

Cada uma dessas linhas desempenha um papel distinto dentro da estrutura mais ampla da governança de gestão de riscos e controles internos. Na prática, este é um processo contínuo, conduzido por profissionais em todos os níveis, com a missão de identificar e administrar os eventos que possam afetar os negócios do Grupo.

Adicionalmente, a Companhia dispõe de diversos órgãos de Governança (Conselho de Administração, Comitê de Investimentos, Finanças e Risco, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal) e áreas de Controle que monitoram o portfólio de riscos da Companhia.

O Conselho de Administração define a orientação geral dos negócios do Grupo, aprova planos e metas, estabelece diretrizes específicas a serem adotadas, acompanha o desempenho empresarial do Grupo EcoRodovias e supervisiona a Diretoria Executiva. Além de suas atribuições legais, é responsável pela aprovação das principais decisões de investimento da Companhia.

O Comitê de Investimentos Finanças e Riscos é, composto por conselheiros efetivos ou suplentes, tem como função básica assessorar o Conselho de Administração da Ecorodovias no que se refere às questões de investimentos, fusões, aquisições, orçamento anual, financiamentos, garantias, destinação de resultados, distribuição de dividendos e práticas de gestão de riscos, assim como análise e mensuração dos riscos associados aos novos negócios, dentre estes o risco de mercado.

O Comitê de Auditoria, composto por três membros, preferencialmente conselheiros efetivos ou suplentes, tem como função básica assessorar o Conselho de Administração da Ecorodovias nas questões relacionadas a conformidade legal, demonstrações financeiras, auditoria independente, auditoria interna, sistema de controles internos e compliance, assim como análise e monitoramento dos riscos dos negócios existentes, dentre estes os riscos de mercado. O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos ou suplentes, acionistas ou não, e tem por finalidade: (i) fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; (ii) opinar sobre o relatório anual da administração e propostas dos órgãos da administração relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão; (iii) denunciar aos órgãos de administração ou à assembleia geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à Companhia; (iv) convocar, se necessário, assembleia geral ordinária ou extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes; (v) analisar o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas pela Companhia; (vi) examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar; (vii) participar das assembleias gerais respondendo aos pedidos de informações formulados pelos acionistas da Companhia; (viii) opinar sobre o relatório anual da administração fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia; (ix) fornecer ao acionista, ou grupo de acionistas que representem, no mínimo 5% (cinco por cento) do capital social da Companhia, sempre que solicitadas, informações sobre matérias de sua competência. Reuniões de acompanhamento dos temas relacionados à Gestão de Riscos e Controles Internos são monitorados periodicamente nos diversos fóruns de discussão que incluem gestores até o nível de coordenação assim como os fóruns de conselho de administração e nos comitês de assessoramento das Holdings e das Unidades de Negócio.

c) A adequação da estrutura operacional e de controles internos para verificação da efetividade da política adotada

A efetividade da política de gestão de riscos e controles internos é verificada por meio da estrutura organizacional anteriormente citada e pelas atividades de monitoramento adotadas pela Companhia.

No Grupo Ecorodovias, o monitoramento é realizado por meio de avaliações contínuas realizadas pelos próprios gestores, pela administração, e pelos órgãos de Governança, assim como por meio de avaliações independentes realizadas por auditorias e/ou terceiros para garantir com razoável segurança a presença e a eficácia dos componentes de controles internos.

O Grupo Ecorodovias dispõe de um Plano Diretor Financeiro, que se constitui em um conjunto de princípios que visam nortear a estratégia e a postura da Companhia no que tange aos aspectos financeiros do Grupo, tais como a realização de pagamentos, a gestão de contas a receber, a contratação de empréstimos, a elaboração de demonstrativos contábeis, a administração dos riscos financeiros, a avaliação financeira de investimentos e o planejamento e acompanhamento econômico-financeiro.

O Plano Diretor Financeiro aprovado pelo Conselho de Administração do Grupo em outubro de 2010 contempla, dentre outras diretrizes, a autorização da contratação de instrumentos derivativos financeiros apenas com a finalidade de “hedge” ou como parte de operações estruturadas (soluções financeiras compostas por derivativos e outros instrumentos sem assumir risco no ativo-subjacente).

O Grupo também dispõe de Diretrizes para Gestão do Capital de Giro que vetam as aplicações em Fundos de Investimento Multimercado, ou com foco em Renda Variável, e a Política para Gestão de Riscos Financeiros. As Diretrizes privilegiam, sempre, investimentos em ativos líquidos com baixo risco de mercado, que permitam que a empresa retome seus recursos em caixa com facilidade. Já a Política para Gestão de Riscos Financeiros estabelece direcionadores para a gestão tática dos riscos de crédito, liquidez e mercados derivativos dos fluxos financeiros.

a) Os objetivos e estratégias da política de gerenciamento de riscos de mercado, quando houver, incluindo:

i Os riscos de mercado para os quais se busca proteção

A Companhia está sujeita aos riscos de mercado: i) Taxas de Inflação: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, relacionado às nossas emissões de debentures e reajustes tarifários das principais concessões rodoviárias e Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M, relacionado às obrigações com o Poder Concedente; ii) Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) relacionado às nossas emissões de debentures, as aplicações financeira relativas à excedente de caixa investidos em títulos e valores mobiliários indexados em CDI e, das aplicações financeiras vinculadas ao pagamento de principal e juros de nossas emissões e iii) Taxa de juros de longo prazo (TJLP) relacionado aos nossos financiamentos de máquinas e equipamentos e nossos empreendimentos.

A Companhia realizou análises de sensibilidade, conforme relatado no item 4.2. deste formulário, e acredita que não houve a necessidade de contratação de proteção patrimonial (hedge).

ii A estratégia de proteção patrimonial (hedge)

Quando existem instrumentos derivativos relacionados ao fator de risco em relação ao qual se busca proteção, as soluções de proteção (hedge) são as mais diretas e facilmente implementáveis.

Derivativos podem ser descritos como instrumentos financeiros envolvendo direitos (ativo) e obrigações (passivo) em um único contrato. Promovem a “troca” de fatores de risco (e pela própria natureza expõem os contratantes a risco de mercado.

No Grupo Ecorodovias, uma série de análises deve preceder a contratação de derivativos: verificar se o contrato está autorizado, questões legais e contratuais, impactos tributários, tratamento contábil, instituições financeiras que oferecem o produto e podem ser admitidas como contraparte, prazo, liquidez e outras questões operacionais. De forma mais objetiva, ressalta-se que:

• A contratação de instrumentos derivativos deverá ter como finalidade a implementação de estratégias de proteção ou ser parte de operação estruturada (solução financeira composta por derivativo e um ou mais instrumentos tradicionais, sem assunção de risco no fator de risco subjacente);

• Entende-se por operação de proteção (hedge) a contratação de instrumentos financeiros com finalidade específica de proteger os fluxos de caixa da Companhia;

• Operações com o objetivo único de auferir ganhos futuros, muitas vezes rotuladas indevidamente como de arbitragem, são consideradas especulativas e terminantemente vetadas pela Companhia.

• Operações envolvendo instrumentos derivativos deverão ser criteriosamente avaliadas sob a ótica de todos os riscos envolvidos: mercado, crédito, liquidez e operacional;

• A área responsável pela negociação e contratação de derivativos deverá adquirir ou desenvolver ferramentas gerenciais apropriadas para precificação e monitoramento de derivativos.

iii Os instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

Os instrumentos de derivativos elegíveis para implementação das operações de mitigação de riscos (hedge) de fluxo de caixa ou dívida são: contratos futuros; contratos a termo (NDF); swaps (bolsa e/ou balcão – B3); compras e vendas de opções de compra (call) e de venda (put) sem alavancagem.

iv Os parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

O monitoramento de posições sujeitas a riscos de mercado no Grupo Ecorodovias, não se restringe a controles contábeis tradicionais, pois estes não capturam a natureza e a dinâmica deste tipo de risco.

São utilizados procedimentos baseados em metodologias de “marcação a mercado” (estimação do valor de mercado dos ativos), e estas deverão ser adequadamente selecionadas e documentadas.

Medidas de risco de rotina e de cenários extremos (stress analysis) são produzidas periodicamente e confrontadas com os limites estabelecidos.

Relatórios de acompanhamento rotineiros, mostrando o status corrente e a evolução temporal dessas métricas, bem como o enquadramento das métricas nos limites estabelecidos por instância organizacional competente, deverão circular tempestivamente dentre os gestores interessados.

A Companhia também é assessorada, eventualmente, por consultores externos prestadores de serviços de consultoria para empresas não financeiras, na área de Gestão de Riscos Financeiros e Carteiras de Investimento.

O trabalho de consultoria consiste na (i) identificação (mapeamento/decomposição) e mensuração dos fatores de riscos presentes nos fluxos financeiros e operacionais; (ii) atualização e manutenção da Política de Gestão de Riscos Financeiros da Companhia e (iii) monitoramento/consolidação de risco de mercado em regime. v Se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial

(hedge) e quais são esses objetivos

O Plano Diretor Financeiro da Ecorodovias permite que a Companhia contrate instrumentos derivativos financeiros apenas com a finalidade de “hedge” ou como parte de operações estruturadas (soluções financeiras compostas por derivativos e outros instrumentos sem assumir risco no ativo-subjacente). Porém, atualmente a Companhia e suas controladas não operam instrumentos financeiros com objetivo de hedge, muito menos quaisquer tipos de operações com derivativos em caráter especulativo.

vi A estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos de mercado

O controle e gerenciamento de riscos de mercado é de responsabilidade da Diretoria Executiva de Finanças. A Tesouraria da Companhia faz a gestão das transações financeiras, de forma a garantir a operacionalização dentro dos parâmetros e aprovações estabelecidos pela Instrução Normativa de Delegação de Poderes, assim como pelo Plano Diretor Financeiro e as comunica prontamente as partes envolvidas.

Adicionalmente, a Companhia dispõe de diversos órgãos de Governança (Conselho de Administração, Comitê de Investimentos, Finanças e Risco, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal) e áreas de Controle que monitoram o risco de mercado cujas atribuições estão descritas no item 5.1.b).

b) A adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

A efetividade da política de gestão de riscos e controles internos é verificada por meio do Departamento de Controles Internos e Riscos e pelas atividades de monitoramento adotadas pela Companhia.

No Grupo Ecorodovias, o monitoramento é realizado por meio de avaliações contínuas realizadas pelos próprios gestores, pela administração, e pelos órgãos de Governança, assim como por meio de avaliações

independentes realizadas por auditorias e/ou terceiros para garantir com razoável segurança a presença e a eficácia dos componentes de controle interno.