• Nenhum resultado encontrado

EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE JUNHO/

CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS 1 a TURMA

EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE JUNHO/

Processo nº: 10768.010478/98-06 Recurso nº: 103-122642 Matéria: IRPJ

Recorrente: INFRANAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Interessado: FAZENDA NACIONAL

Sessão de: 21 de setembro de 2005 Acórdão nº: CSRF/01-05.300

IRPJ - SUPRIMENTOS DE CAIXA - O pagamento aos sócios de empréstimos por eles feitos à empresa, e sobre os quais não houve qualquer questionamento por parte do fisco, comprovam, até as suas forças, a origem externa dos suprimentos de caixa que lhes sejam posteriores, realizados pelo autor daqueles empréstimos.

DECORRÊNCIA - PIS, IRRF, CSLL e COFINS - Em se tratando de exações calculadas com base nos mesmos fatos que di- taram o lançamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, os lançamentos do Imposto de Renda na Fonte e das contribuições são reflexivos e, assim, a decisão de mérito prolatada no julgamento do lançamento do imposto da pessoa jurídica constitui prejulgado na decisão dos lançamentos decorrentes, salvo se situações específicas ditarem outra solução, o que não ocorreu na espécie.

Recurso especial parcialmente provido

Por maioria de votos, DAR provimento PARCIAL ao re- curso, para afastar das bases de cálculo do IRPJ, da contribuição para o PIS, da COFINS, do IRRF e da CSL, nos meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto e dezembro, todos de 2004, as quantias de Cr$ ..., Cr$ ..., Cr$ ..., Cr$ ..., R$ ..., R$ ... e R$ ..., respectivamente. Vencidos os Conselheiros Marcos Vinícius Neder de Lima (Relator), Cândido Rodrigues Neuber e Manoel Antônio Gadelha Dias que negaram provimento ao recurso. Designado para redigir o voto ven- cedor o Conselheiro Carlos Alberto Gonçalves Nunes.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente

Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Redator Designado Processo nº: 13301.000053/2003-39

Recurso nº: 103-136837

Matéria: IRPJ E OUTROS - Exs: 1998 a 2002 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: DISBERE - DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS E REFRIGERANTES LTDA.

Sessão de: 05 de dezembro de 2005 Acórdão nº: CSRF/01-05.329

MULTA QUALIFICADA - ARTIGO 44, II, DA LEI N° 9.430/96 - EVIDENTE INTUITO DE FRAUDE - LANÇAMENTO FORMALIZADO TENDO POR BASE INFORMAÇÕES PRESTA- DAS PELA EMPRESA AO FISCO ESTADUAL - NECESSIDADE DE TIPIFICAÇÃO COM BASE NA LEI N° 4.502/64: Em recurso especial contra decisão cameral que desqualificou a multa sob en- tendimento de não restar provada a prática de dolo ou fraude e especialmente quando o fisco, para fixar o quantum devido, tem acesso a certos dados obtidos junto à Fazenda do Estado por oferta do sujeito passivo no cumprimento da obrigação do tributo estadual, e mais, não tendo sido apontado objetivamente a figura tributária penal tratada na Lei n° 4.502/94, deve ser mantida a decisão recorrida.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros Marcos Vinícius Neder de Lima, José Clóvis Alves, Mário Junqueira Franco Júnior e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provimento ao recurso. Fez sustentação oral o Senhor Procurador da Fazenda Nacional Dr. Paulo Roberto Riscado Junior.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Carlos Passuello - Relator

Processo nº: 10680.002568/2001-04 Recurso nº: 107-129580

Matéria: CSLL - Ex: 1995 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: AUTOCAR S.A. VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS. Sessão de: 05 de dezembro de 2005

Acórdão nº: CSRF/01-05.345

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO QUANTO À APRECIAÇÃO DE ARGUMENTOS EXPENDIDOS NO RE- CURSO ESPECIAL: A omissão na parte expositiva do voto condutor da decisão embargada de apreciação de argumento expendido no recurso especial deve ser suprida, já que tal argumento se alinha contrário ao veredicto, mesmo que se mantenha a decisão embargada. Os embargos devem ser apreciados nos seus estreitos limites. Ainda que não se altere a decisão, deve ser alterada a parte expositiva do voto com inclusão da apreciação do argumento não atacado, em garantia da ampla defesa e do contencioso.

Embargos acolhidos.

Por unanimidade de votos, ACOLHER os embargos de de- claração opostos, a fim de suprir a omissão apontada no Acórdão n.º CSRF/01-04.582, de 10 de junho de 2003, e ratificar a decisão nele consubstanciada.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Carlos Passuello - Relator

Processo nº: 10882.001235/94-11 Recurso nº: 103-128453

Matéria: IRPJ - Ano calendário: 1992 e 1993 Recorrente: COMÉRCIO DE CARNES CSE LTDA. Interessado: FAZENDA NACIONAL

Sessão de: 20 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.390

IRPJ - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. LANÇA- MENTO. INAUGURAÇÃO DO LITÍGIO. IMPOSSIBILIDADE DE NOVO LANÇAMENTO SEM QUE TENHA HAVIDO DECISÃO SOBRE A MATÉRIA LITIGADA. NULIDADE. - Descabe a lavratura de novo Auto de Infração tendo por base a mesma matéria tributária quando, inaugurada a fase litigiosa do procedimento, deixa a auto-

ridade competente de proferir decisão sobre lançamento anteriormente efetuado. A superveniente formalização da exigência, por ineficaz, não produz qualquer efeito, devolvendo-se os autos para que sejam ob- servadas as disposições contidas no Decreto n 70.235, de 1972.

Preliminar de nulidade acolhida.

Por maioria de votos, ACOLHER a preliminar suscitada, para declarar a nulidade de todos os atos processuais praticados a partir da primeira impugnação, exclusive. Vencidos os Conselheiros Cândido Rodrigues Neuber e Victor Luis de Salles Freire.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Carlos Passuello - Relator

Processo nº: 10930.000321/2001-56 Recurso nº: 105-139251

Matéria: CSL - Ex: 1997

Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: FERRAZ PAPA AROPECUÁRIA LTDA. Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.394

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - ATIVIDADE RURAL - TRAVA DOS 30% - A compensação de bases de cálculo negativas oriundas da atividade rural não se sujeita ao limite de 30% do lucro líquido ajustado, de que tratam o art. 58 da Lei nº 8.981/95 e os arts. 12 e 16 da Lei nº 9.065/95.

Recurso especial negado.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cido o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima que deu pro- vimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 10120.003236/2001-84 Recurso nº: 105-139777

Matéria: CSL - Ex: 1997

Recorrente: FAZENDA NACIONAL Interessado: ABS AGROPECUÁRIA LTDA. Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.395

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - ATIVIDADE RURAL - TRAVA DOS 30% - A compensação de bases de cálculo negativas oriundas da atividade rural não se sujeita ao limite de 30% do lucro líquido ajustado, de que tratam o art. 58 da Lei nº 8.981/95 e os arts. 12 e 16 da Lei nº 9.065/95.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cido o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima que deu pro- vimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 10120.001229/2003-18 Recurso nº: 105-139774

Matéria: CSL - Ex: 1999

Recorrente: FAZENDA NACIONAL Interessado: ABS AGROPECUÁRIA LTDA. Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.396

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - ATIVIDADE RURAL - TRAVA DOS 30% - A compensação de bases de cálculo negativas oriundas da atividade rural não se sujeita ao limite de 30% do lucro líquido ajustado, de que tratam o art. 58 da Lei nº 8.981/95 e os arts. 12 e 16 da Lei nº 9.065/95.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cido o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima que deu pro- vimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 10120.008945/2002-37 Recurso nº: 103-135674

Matéria: IRPJ

Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: RURALCAMPO PRODUTOS AGROPECUÁ- RIOS LTDA.

Sessão de: 20 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.399

MULTA QUALIFICADA DE 150% - LEI 9430/96, ART. 44, II -NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO DOLO - A hi- pótese prevista no art. 44, II, da Lei 9430/96, deve ser interpretada restritivamente, e aplicada somente nos casos de evidente intuito fraude em que tenha sido tipificada a ação em um dos institutos dos artigos 71 a 73 da Lei 4502/94, e desde que tenha ficado demonstrado pela fiscalização que o contribuinte agiu dolosamente.

DECLARAÇÃO INCORRETA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - APLICAÇÃO DO LANÇAMENTO DE OFÍ- CIO - As declarações inexatas do contribuinte, que diferem dos do- cumentos e elementos contábeis e fiscais colocados à disposição do Fisco, não são, por si só, razão para aplicar-se a multa qualificada. O lançamento de ofício desconsidera o ato do contribuinte denominado lançamento por homologação e deve se basear nos livros contábeis e fiscais, agindo nos termos do art. 142 do CTN; se não há vício nos livros e documentos contábeis e fiscais, não há que se falar em fraude.

Recurso especial negado.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros José Clovis Alves, Marcos Vinícius Neder de Lima, Mário Junqueira Franco Junior e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Henrique Longo - Relator

Processo nº: 10730.000610/96-92 Recurso nº: 105-134646 Matéria: IRPJ E OUTROS Recorrente: FILÓ S.A.

Interessado: FAZENDA NACIONAL Sessão de: 20 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.408

CSL - DIFERENÇA IPC/BTNF - LEI N° 8.200/91 - EN- CARGOS DE DEPRECIAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA - O Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da Lei n° 8.200/91 no julgamento do RE nº 201.465-6, entendendo tratar-se a utilização do IPC como índice de correção monetária das demons- trações financeiras um benefício concedido à contribuinte, sendo vá- lidas as determinações contidas no Decreto n° 332/91 a respeito do escalonamento do aproveitamento de seus efeitos no âmbito do IRPJ. O art. 3º da Lei n° 8.200/91 não incluiu a Contribuição Social sobre o Lucro no campo destas restrições, limitando-a ao IRPJ. Por força do artigo 5o desta mesma lei, as empresas deverão corrigir as demons- trações financeiras com base no IPC, influenciando a apuração do lucro liquido, ponto de partida para a determinação desta contri- buição.

Recurso especial provido parcialmente.

Por maioria de votos, DAR provimento PARCIAL ao re- curso, para cancelar a exigência da CSL relativa à diferença IPC/BTNF. Vencidos os Conselheiros Cândido Rodrigues Neuber e Victor Luis de Salles Freire que deram provimento integral ao re- curso. Presente ao julgamento a representante da recorrente Sra.Luiza Cristina de Castro Faria, C. I. nº 2107138/DF.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Marcos Vinícius Neder de Lima - Relator Processo nº: 10410.000719/2002-42 Recurso nº: 105-133435

Matéria: IRPJ

Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: SOCÔCO S.A. INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.410

IRPJ - DECADÊNCIA - LANÇAMENTO POR HOMO- LOGAÇÃO - A partir do ano-calendário de 1992, exercício de 1993, por força das inovações da Lei nº 8.383, de 30/12/91, o contribuinte do Imposto de Renda passou a ter a obrigação de pagar o imposto, independentemente de qualquer ação da autoridade administrativa, cabendo-lhe verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação cor- respondente, determinar a matéria tributável, calcular e, por fim, pa- gar o montante do tributo devido, se desse procedimento houvesse tributo a ser pago. E isso porque ao cabo dessa apuração o resultado poderia ser deficitário, nulo ou superavitário (CTN art. 150, § 4º). Amoldou-se, assim, à natureza dos impostos sujeitos a lançamento por homologação a ser feita, expressamente ou por decurso do prazo decadencial estabelecido no art. 150, § 4º, do Código Tributário Nacional. No caso concreto, a empresa declarou o imposto referente ao ano calendário de 1996 pelo lucro real anual, e o fato gerador da obrigação tributária ocorreu em 31/12/96 e, como a ciência do auto de infração que lançou o tributo se fez em 19/02/2002, decaiu o direito da Fazenda Nacional.

Recurso especial negado.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros Marcos Vinícius Neder de Lima, e Cândido Rodrigues Neuber que deram provimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 10410.000716/2002-17 Recurso nº: 105-133434

Matéria: CSLL

Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: SOCÔCO S.A. INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.411

CSSL - DECADÊNCIA - A Contribuição social sobre o lucro líquido, instituída pela Lei nº 7.689/88, em conformidade com os arts. 149 e 195, § 4º, da Constituição Federal, tem a natureza tributária, consoante decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, por unanimidade de votos, no RE Nº 146.733-9-SÃO PAULO, o que implica na observância, dentre outras, às regras do art. 146, III, da Constituição Federal de 1988. Desta forma, a contagem do prazo decadencial da CSLL se faz de acordo com o Código Tributário Nacional no que se refere à decadência, mais precisamente no art. 150, § 4º.

Recurso especial negado.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros Cândido Rodrigues Neuber, Marcos Vinícius Neder de Lima, Mário Junqueira Franco Junior e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 16327.001011/00-65 Recurso nº: 105-129467 Matéria: IRPJ

Recorrente: MULTIPLIC S.A. Interessado: FAZENDA NACIONAL Sessão de: 20 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.415

IRPJ - DECADÊNCIA - AUSÊNCIA DE RECOLHIMEN- TO - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - A classificação do lançamento, se por homologação e portanto com o prazo de de- cadência fixado pelo art. 150, parágrafo 4º, do CTN, não depende do recolhimento do tributo. Tributo sujeito por homologação é aquele em que a lei estabelece ao contribuinte o dever de apurar e recolher o tributo independentemente de ato administrativo prévio.

1

Recurso especial provido

Por maioria de votos, DAR provimento ao recurso. Vencidos os Conselheiros Cândido Rodrigues Neuber e Marcos Vinícius Neder de Lima que negaram provimento ao recurso. Presente ao julgamento o advogado da recorrente Dr. Luiz Paulo Romano, OAB/DF nº 14.303.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Henrique Longo - Relator

Processo nº: 10293.001297/96-05 Recurso nº: 107-137735

Matéria: IRPJ E OUTROS - Exs: 1991 a 1994 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: EMPRESA AMAZÔNICA DE ENGENHARIA LTDA. Sessão de: 20 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.416

LANÇAMENTO - REVISÃO - PRAZO DE DECADÊNCIA - ART. 149, § ÚNICO DO CTN - O termo final para revisão do lançamento é o mesmo para o lançamento revisado, ou seja, no caso de lançamento por homologação é de 5 anos a partir do fato ge- r a d o r.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros Marcos Vinícius Neder de Lima, Mário Jun- queira Franco Júnior e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Henrique Longo - Relator

Processo nº: 10580.004247/97-62 Recurso nº: 107-123104

Matéria: IRPJ E OUTROS - Ex: 1993 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: CONSTRUTORA VERDEMAR LTDA. Sessão de: 21 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.426

PIS FATURAMENTO - BASE DE CÁLCULO - ELEMEN- TO TEMPORAL - SEMESTRALIDADE - CORREÇÃO MONE- TÁRIA DA BASE DE CÁLCULO: Até a vigência da Medida Pro- visória n° 1.212/95 a base de cálculo era o faturamento obtido pela empresa seis meses antes da ocorrência do fato gerador (REsp n° 144708/RS).

Recurso especial da negado

Por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso. Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente

José Carlos Passuello - Relator Processo nº: 16707.002617/2001-31 Recurso nº: 105-138233

Matéria: CSLL

Recorrente: FAZENDA NACIONAL Interessado: DIAS HOTÉIS E TURISMO S/A Sessão de: 21 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.431

CSSL - DECADÊNCIA - A Contribuição social sobre o lucro líquido, instituída pela Lei nº 7.689/88, em conformidade com os arts. 149 e 195, § 4º, da Constituição Federal, tem a natureza tributária, consoante decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, por unanimidade de votos, no RE Nº 146.733-9-SÃO PAULO, o que implica na observância, dentre outras, às regras do art. 146, III, da Constituição Federal de 1988. Desta forma, a contagem do prazo decadencial da CSLL se faz de acordo com o Código Tributário Nacional no que se refere à decadência, mais precisamente no art. 150, § 4º.

Recurso especial negado.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente Carlos Alberto Gonçalves Nunes - Relator Processo nº: 10120.002077/2003-62 Recurso nº: 103-137281

Matéria: IRPJ - Exs: 1999/2003 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: DISBELLA DISTRIBUIÇÃO DE UTILIDA- DES DOMÉSTICAS LTDA.

Sessão de: 21 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.435

MULTA QUALIFICADA DE 150% - LEI 9430/96, ART. 44, II -NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO DOLO - A hi- pótese prevista no art. 44, II, da Lei 9430/96, deve ser interpretada restritivamente, e aplicada somente nos casos de evidente intuito fraude em que tenha sido tipificada a ação em um dos institutos dos artigos 71 a 73 da Lei 4502/94, e desde que tenha ficado demonstrado pela fiscalização que o contribuinte agiu dolosamente.

DECLARAÇÃO INCORRETA - LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - APLICAÇÃO DO LANÇAMENTO DE OFÍ- CIO - As declarações inexatas do contribuinte, que diferem dos do- cumentos e elementos contábeis e fiscais colocados à disposição do Fisco, não são, por si só, razão para aplicar-se a multa qualificada. O lançamento de ofício desconsidera o ato do contribuinte denominado lançamento por homologação e deve se basear nos livros contábeis e fiscais, agindo nos termos do art. 142 do CTN; se não há vício nos livros e documentos contábeis e fiscais, não há que se falar em fraude.

TRANSFERÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA A TERCEIRO - NÃO CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDE RELATIVA AO FATO GERADOR - A transferência de quotas representativas de participação no capital social da empresa autuada, ainda que a pes- soas consideradas "laranjas" pela fiscalização, não encontra funda- mento legal para aplicação da multa qualificada de 150% do inciso II do art. 44 da Lei 9430/96, pois não pode ser considerada como fraude relativa ao fato gerador.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros José Clovis Alves, Marcos Vinícius Neder de Lima, Mário Junqueira Franco Júnior e Manoel Antonio Gadelha Dias que deram provimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Henrique Longo - Relator

Processo nº: 11080.015564/2002-91 Recurso nº: 105-140691

Matéria: CSL - Exs: 1998 e 1999 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: INCOBRASA AGRÍCOLA LTDA. Sessão de: 21 de março de 2006

Acórdão nº: CSRF/01-05.436

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO - ATIVI- DADE RURAL - COMPENSAÇÃO DE BASES NEGATIVAS - TRAVA DOS 30% - As empresas que se dedicam à atividade rural não estão sujeitas ao limite de 30% de que trata o art. 58 da Lei nº 8.981, de 20/01/95, na compensação de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Recurso especial negado

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cido o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima que deu pro- vimento ao recurso.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Henrique Longo - Relator

Processo nº: 10840.000341/2001-36 Recurso nº: 103-128875

Matéria: IRPJ E OUTROS - Exs: 1996 a 2000 Recorrente: FAZENDA NACIONAL

Interessado: UNIMED DE RIBEIRÃO PRETO - COOPE- RATIVA DE TRABALHO MÉDICO

Sessão de: 21 de março de 2006 Acórdão nº: CSRF/01-05.441

DECADÊNCIA - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO E PIS - A contribuição social sobre o lucro liquido, "ex vi" do disposto no art. 149, c.c. art. 195, ambos da C.F., e, ainda, em face de reiterados pronunciamentos da Suprema Corte, tem caráter tri- butário. Assim, em face do disposto nos arts. n° 146, III, "b" , da Carta Magna de 1988, a decadência do direito de lançar as con- tribuições sociais deve ser disciplinada em lei complementar. À falta de lei complementar específica dispondo sobre a matéria, ou de lei anterior recebida pela Constituição, a Fazenda Pública deve seguir as regras de caducidade previstas no Código Tributário Nacional.

MULTA ISOLADA - FALTA DE PAGAMENTO DO IRPJ E DA CSLL COM BASE NO LUCRO ESTIMADO - A regra é o pagamento com base no lucro líqüido apurado no trimestre, a exceção é a opção feita pelo contribuinte de recolhimento da contribuição e adicional determinados sobre base de cálculo estimada. A Pessoa Jurídica somente poderá suspender ou reduzir o IRPJ E A CSLL devidos a partir do segundo mês do ano calendário, desde que de- monstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do IRPJ e ou da contribuição, inclusive adicional, calculados com base no lucro líqüido do período em curso (Lei nº 8.981/95, art. 35 c/c art. 2º Lei nº 9.430/96).

A falta de recolhimento está sujeita às multas de 75% ou 150%, quando o contribuinte não demonstra ser indevido o valor dos tributos do mês em virtude de recolhimentos excedentes em períodos anteriores (Lei nº 9.430/96 44 § 1º inciso IV c/c art. 2º).

A base de cálculo da multa é o valor dos tributos calculados sobre lucro estimado não recolhido ou diferença entre a devido e o recolhido até a apuração da contribuição anual. A partir da apuração do IRPJ E CSLL anuais, o limite para a base de cálculo

da sanção dos tributos devidos com base nesse lucro (Lei nº 9.430/96 art. 44 caput c/c § 1º inciso IV e Lei 8.981/95 art. 35 § 1º letra "b").

A multa pode ser aplicada tanto dentro do ano calendário a que se referem os fatos geradores, como nos anos subseqüentes den- tro do período decadencial contado dos fatos geradores.

Indevida a multa quando lançada após o ano relativo aos fatos geradores quando a empresa tenha apurado prejuízo anual. In- devida também em relação às diferenças apuradas pela fiscalização em virtude da ausência de previsão legal para cumulação das pe- nalidades.

Recurso especial negado.

Por maioria de votos, NEGAR provimento ao recurso. Ven- cidos os Conselheiros Cândido Rodrigues Neuber que deu provimento parcial ao recurso para afastar a decadência da CSL e da contribuição para o PIS, José Henrique Longo, que deu provimento parcial ao recurso para restabelecer a exigência da multa isolada, Mário Jun- queira Franco Junior, que deu provimento parcial ao recurso para afastar a decadência da CSL, e Manoel Antonio Gadelha Dias que deu provimento parcial ao recurso para afastar a decadência da CSL e restabelecer a exigência da multa isolada. Ausente momentanea- mente o Conselheiro Marcos Vinícius Neder de Lima.

Manoel Antonio Gadelha Dias - Presidente José Clóvis Alves - Relator