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O Ensino e o papel da Igreja Católica

No documento Timor-Leste, outro rosto da história (páginas 48-56)

No quadro colonial, assiste-se a algumas reformas de índole administrativa sob os êxitos fornecidos pelas missões, desde a acção missionária tivera a sua afirmação em vários reinos da ilha. É a partir deste contexto que se acentua a relação colonial, com uma intervenção mais próxima e eficaz, traduzida pelas escolas existentes em todas as zonas de estações messionárias e de centros de catequese.

Os serviços dos sacerdotes espalhados no País dos Belos, floresciam e muitos dos clérigos contribuiam nos assuntos pertencentes ao poder político, principalmente na mediação entre os reinos suspeitos e o representante da Coroa. Neles, inculcando novas ideias que os tornam perspectíveis, dialogando com eles sobre problema da economia. Um factor essencial na tentativa de substituir o estado da situação social degradante por algo conseguido do cultivo da terra, indústria, artesanato.

Desde as autoridades civis, militares e religiosas achavam-se entusiasmadas por esses indícios, fazendo com que envolviam mais nativos a fazerem-se parte das organizações públicas; participando nas tarefas de utilidade colectiva para melhorar os centros administrativos, etc. Uma política escolhida em programas para executar os planos que favoreçam a educação dos filhos das elites nativas, e estende-se aos doutras famílias.

Importa-nos recodar, que no contexto colonial, até meados do século XVIII, não há exppressão de movimentos independentistas. Há focos de revolta que correspondem a problemas locais, não à expressão de uma posição teorizada de confrontação política; não há espaço, por isso numa sociedade que assenta na dependência e na diferença. Também os Estados não exercem até esta época uma política de pressão administrativa e militar. A coroa é uma entidade distante e o poder é exercido pelas elites coloniais, em autogoverno.

É também, nos finais desse século, que a monarquia dos Bragança assistiu a nova política em Portugal, emergiu com a invasão francesa. Determinou a fuga da corte real ao Brasil 85 e a crise política e económica assolou a sociedade portuguesa. Seguida por guerras civis, culminavam com o triunfo da Revolução de 1820. A monarquia absoluta substituida por monarquia constitucional de coloração liberal, por o miguelismo derrotado abandonar o governo. Os homens de D. Pedro IV, sentiam-se afirmados de seus ideais revolucionários, visavam tornar Portugal numa nova sociologia. Um olhar severo a Igreja Católica, considerada instituição do Antigo Regime. Os políticos do poder instalado, de cérebros a ferver pela extinção da

85 Wolcken, Petrick, O Império à deriva, a Corte portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821, Civilização Editora, 2007, p. 18;

influência eclesiática. No âmbito deste processo, moviam uma perseguição a clerezia e a sua hierarquia; bens apoderados, os conventos convertidos para outros fins, de carácter arreligioso.

Os serviços sociais a cargo da Igreja Católica são retirados, entregues a novas instituições criadas pelo poder liberal86. A sociedade portuguesa dividia-se dada a ruptura da Instituição secular, mais enraizada em termos da informação cristã como património cultural. Contudo, a nova política seguida não se limitou apenas na metrópole: abrangiu as colónias africanas e da Ásia 87.

Timor passava a assistir a expulsão de muitos cleros e religiosas, naturalmente, eram responsáveis de conversões dos indígenas pelas quais transmitiam os padrões civilizacionais. Da nova atitude política, aos progressos conseguidos, terão consequências de maior retrocesso durante 40 anos 88.

As religiosas e missionários abandonram o País, os colégios que acolhiam os filhos indígenas de ambos os sexos para aprender a ler e escrever, etc., tiveram que obedecer as férias impostas. As casas rudimentares que os pertenciam entregues às portas fechadas até ao estado de ruínas.

E Timor, ficou apenas com dois padres. À volta do desfalque fez sentir no Estado da Índia, promover diálogos entre autoridades políticas e eclesiásticas de forma criar portarias régias ao reenvio de padres à colónia 89.

A ordem Liberal de 1834 desanimou a conquista política dos governadores ora nomeados dirigir a administração da província 90. Época embaraçosa às autoridades lusas promoverem planos de interesse público, verificando que o clima insubmisso de certos regulados, em processo de difícil sucesso. Os governantes políticos viam-se enfraquecidos, localmente sem apoio idóneo, por tudo isso, e ainda, numa longividade para obter uma imediata indicação das hierarquias de carácter vertical. Tudo indicava que o futuro dirá por Timor, o que quer para o bem-estar e por quem esperava para o valer à inversão das coisas.

86 Neto, Vitor, o Estado, a Igreja e a Sociedade em Portugal (1832-1911), INCM, 1998, pp. 46-50; 87 Rêgo, António Silva, O Padroado Português do Oriente, Esboço histórico, Lisboa, Agência das Colónias, 1940, p. 108;

88 Kohen, Arnold S., Biografia de D. Ximenes Belo por Timor, Notícias Editorial, p. 56;

89 Por determinação do governador –geral da Índia, os dirigentes eclesiáticos enviaram 4 padres, sendo o sacerdote timorense Gregório Maria Barreto, nomeado superior das missões, conforme Teixeira, Manuel (padre), Notícia Histórica das Missões de Timor, in “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau”, N.º 419, 1939, p. 190;

90 Fernandes, Francisco (padre), Das Missões de Timor, in “Revista de Estudos Luso-Asiáticos (Macau) N.º 1, Setembro 1992, pp. 16-17;

As políticas internas da Metrópole, em favor dos programas das respectivas facções do mesmo movimento revolucionário, contribuíram o arrastamento da reorganização das missões da colónia. Os que ficavam, cada vez às idades os ameaçavam do fim das missões com eles naquela paragem do fim do mundo.

Porém, o governo liberal via-se dificultado nas suas realidades perante a resistência popular no tocante a reorganização do aparelho eclesiástico no poder instaurado. Facto que o movia aproximações com o Vaticano, no sentido de reaver entendimentos entre Portugal e o Estado Pontífice, resultaram a Concordata de 1857, assinada por D. Maria II, Rainha de Portugal e o Papa Pio IX 91. Sucesso que reconquistará a tranquilidade e a compreensão entre os extremos do mesmo Portugal. Ao nível das mudanças do regime monárquico com vista a regenerar a sociedade portuguesa, entretanto o século XIX ainda representa o retrato negativo das colónias, dado o analfabetismo mantém-se em topo. Havia escolas, em números reduzíssimos, por obedecerem apenas aos locais onde funcionava a acção missionária. Nos anos de 1850, viu-se surgir a fundação das escolas primárias nas províncias, onde Timor mereceu uma 92.

O vazio missionário na colónia foi um dos temas mais preocupara alguns quadrantes do poder régio, tanto que, a Diocese de Macau tomara decisões. Em Março de 1877, o reitor do seminário, nomeado superior e vigário geral do distrito de Timor, padre António Joaquim de Medeiros (futuro bispo de Macau) a visitar o território. As suas informações tiveram eco imediato. Sete missionários, todos europeus chegaram em Díli, a 2 de Junho do mesmo ano, e mais um sacerdote chinês, padre Francisco Leang, natural de Cantão. Foram de uma barca de vela Trio holandesa, fretada por governo.

A chegada, ficou organizado o quadro missionário por 10 padres, em Timor. Um dos primeiros passos era a reorganização das missões, concretizado. Tendo os mesmos, imediatamente colocados nas zonas, já traçadas por visitador, padre Medeiros. Instruídos a cumprir os seus deveres conforme normas aprendidas no Seminário de Sernache do Bom Jardim. Uma das prioridades do contacto directo com a sociedade nativa, são impostos a aprenderem a língua local, para se entenderem com os cristãos, catecúmenos, confissões e autoridades tradicionais, à vontade 93.

91 Azevedo, Carlos Moreira (direc.) Dicionário de História Religiosa de Portugal, CEH.UCP, Círculo Leitores, 2000, p. 404;

92 Por força do Decreto de 14 de Agosto de 1845: Marques, A. H. de Oliveira, História de Portugal, Vol. III. Das Revoluções Liberais aos nossos dias, Palas Editores, Lisboa, 1986, p. 197;

93 Goulart, Jaime (Bispo de Timor de 1945-1967), Reorganização das Missões de Timor: 1874-1878, in “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau“, n.º 423, 1939, pp. 854 -857;

Como foi dito, havia uma escola única de instrução primária, em Díli, sob a responsabilidade do governo e, uma particular, dirigida por um antigo cabo das companhias. Faltavam de tudo, sem livros, papéis e tinta para os professores.

Os problemas, constituíam-se um fenómeno lamentável na formação dos filhos nativos e o superior das missões, padre António Joaquim Medeiros com os quais tomou as medidas: logo posto, os missionários referidos, nos locais mencionados, o mesmo superior ordenou-os abrirem as escolas a servirem os indígenas 94.

Entretanto, o vigário-geral do distrito de Timor, foi substituído por padre João Gomes Ferreira, por esse fora nomeado bispo de Macau, em Março de 1885 95. Contudo, este religioso, com nova postura, a sua preocupação se redobrava através dos missionários, em serviço activo, na ilha, fizeram evoluir a missão e prestar apoios de serviços da esfera governamental. Não lhes faltava a vontade de se aproximarem dos régulos, em frequência, no sentido de criarem uma geografia humana de amizade e de paz com estes e a autoridade colonial 96.

O bispo António Joaquim Medeiros, manteve as suas atenções de unidade com o governo local, durante 24 anos de tempo, e foi ele o principal obreiro da reconstrução das igrejas de Timor. Veio falecer a 7 de Janeiro de 1897, em Lahane, Díli 97.

A começar reorganizar as missões, Timor passa a depender do bispo de Macau, a partir de 1874. Cerca de cinco anos mais tarde, chegam em Díli, as primeiras religiosas de Caridade Canossianas que fundam uma escola e um internato para as meninas. Ano a seguir, aparecerá o primeiro colégio-internato para rapazes em Lahane, Díli. Em 1903, é criado o Colégio masculino de Soibada por jesuítas, chegados em Díli a 1900.

Precisamente, neste ano, as missões foram autorizadas superiormente a obedecerem dois vicariatos, criados por decreto de 15 de Novembro do mesmo ano : um, na parte Norte, com sede em Lahane. Ficará em poder dos missionários seculares e outro, no lado Sul, cuja sede Soibada sob a administração dos jesuítas. Administrativamente, ambos obedecem a Diocese de Macau 98.

94 Idem, Ibidem, p. 858;

95 Teixeira, Manuel (padre), Notícia Histórica das Missões de Timor, in “Boletim Eclesiástico da Diocese

de Macau”, n.º 419, 1939, p. 208; 96 Idem, Ibidem, p. 211;

97 Idem, Ibidem, p. 215; 98 Idem, Ibidem, p. 215;

Perfeitamente, as missões têm já as suas organizações hierarquizadas, de forma permitirem o funcionamento a abrir-se em leque, penetrando nos agrupamentos populacionais a reavivar actos de fé, que perderam a assistência numa longa temporada.

Porém, ultrapassada a crise dos efeitos liberais de 1834, em Timor, uma certa estabilidade permite o desenvolvimento das missões, com a afirmação da crescente criação de escolas 99. Díli, que seria o centro administrativo colonial, onde se encontram as elites cultas do funcionalismo do governo. Crescem planos pela reivindicação para aperfeiçoar o cultivo da terra para melhorar a economia ainda que mantivesse instrumentos rudimentares, segurança das populações e outras obras.

As escolas se multiplicam à medida que se cresce o número missionário, elas, a partida, serviram-se como bases embrionárias bem sucedidas. O que muda, o que é novo, é o interesse em estudar ler, escrever e descobrir novas formas de vestir, viver e conviver com o próximo. São sinais evidentes, em oposição a uma constante manutenção das coisas ancestrais e do analfabetismo.

É um esforço para vencer preconceitos, é o caminhar para a adopção da compreensão da sociedade local, que tem um carácter revolucionário uma vez que valoriza o ser humano e a sua capacidade organizadora. São valores que difundem rapidamente na sociedade timorense.

O ambiente político que reclamava pela extinção da arquitectura régia constitucional não parava as suas lutas, no continente. Conquistava, mobilizava adesões populares às ambições para substituir o regime monárquico, cada vez se prenunciava, extremamente potencial.

O questionamento em curso, na sociedade portuguesa, se concretizou em destronamento da Monarquia Constitucional100 em estado permanente por República, a 5 de Outubro de 1910. Uma era que entra em luta pela mutação política para desfazer os negócios dos poderes temporal e espiritual. Retira o reconhecimento do estatuto da religião católica da Carta Constitucional. O novo rumo seguido pelos actores da democracia e do republicanismo decidem substituir as acções religiosas

99 Costa, Luís (ex-padre timorense), O Relatório “A Igreja Católica e Timor-Leste”, 1988, p.2; 100 Os partidos em extremos – esquerda e direita não se entendiam tanto como o primeiro ministro era incapaz à solução política, e infelizmente o rei D. Carlos foi assassinado quando viajava de carruagem, no Terreiro do Paço, a 1 de Fevereiro de 1908: Ramos, Rui, João Franco e o fracasso do Reformismo (1884-

nos campos de assistência, sobretudo no ensino e educação. Em lugar, estarão as instituições de novos instrumentos de inculcação que assumirão essas actividades101.

O tufão do novo regime, tornara-se, sentido em Timor português, pós os missionários em alvo de perseguição – saídos da colónia, migraram para outras regiões. Abandonaram as escolas, as missões sem continuidade.

A nova ordem ditou os 22 padres para 10, na colónia. As religiosas foram obrigadas fechar as escolas ministradas e abandonar o país, onde se tornaram em 1923 (Luís Costa, Relatório, 1988, p. 2).

Em 1920, Macau e Timor terão o novo bispo nomeado, D. José da Costa Nunes. Criou várias missões, construir Igrejas, fez existir a escola de professores catequistas, e a escola de Artes e Ofícios. Os colégios missionários indo resultar cursos de sacerdote para nativos, em Macau e na Metrópole.

O novo prelado visitara o país, concordava-se com os missionários lá em serviço abosorver o Vicariato Geral da Costa Sul ou Contra-Costa com sede em Soibada por Provisão de 15 de Setembro de 1924. Esta passará à categoria de simples Missão Central. Uma solução obtida com vista a ter um único Vigário Geral com sede em Lahane, Díli. Todas as missões da colónia são da sua dependência e administrativamente, aquele submete-se ao bispo de Macau 102.

O relatório do mesmo prelado ao ministro das colónias conforme obra do padre Manuel Teixeira, pinta-nos dizer até 1937, os missionários fundaram 46 escolas com 2970 alunos de ambos os sexos 103. Relatório que, aos nossos olhos, com o desvelar do sucesso luso pela mão dos padres, ilustra de que forma um plano de actuação na Oceania, se transformou numa irreversível presença cultural reconfiguradora das categorias mentais do Ocidente europeu, em representações então conhecidas e disseminadas.

Em termos vizinhos, geograficamente, deduzo eu, o acentuar cultural processa- se pois em sentido diametralmente adverso ao que se acontecia noutro lado do colosso, cujas Java, Sumatra, Kalimanta, Sulawessi, nestes o islamismo se abria de leque cada vez mais forte, e a outras ilhas por aí fora. Pelo raciocínio de que nenhuma abordagem do processo colonial seria completa sem tomar em consideração as relações entre o poder político e a sociedade civil, particularmente, no caso de Timor dos Belos o estatuto das missões católicas e a sua acção educadora e pastoral. Não só na Oceania, noutras partes de soberania portuguesa, nos primeiros tempos de

101 Catroga, Fernando, O Republicanismo em Portugal da formação ao 5 de Outubro de 1910 «Estado Laico», Notícias Editorial, 2000, p. 204;

102 Teixera, Manuel, Notícia Histórica das Missões de Timor, in “Boletim Eclesiástico da Diocese de

Macau”, n.º 419, 1939, p.217; 103 Idem, Ibidem, p. 219;

colonização, a falta de pessoal régio a organização cabia aos missionários criar os núcleos organizativos com vista a conduzir os indígenas em acções colectivas.

A entrada da política do Estado Novo do Império português, onde emerge a figura do Dr. António Oliveira Salazar, como presidente do conselho de ministros. Através do Acto Colonial de 1930, considera todas as colónias de África e de Ásia de Soberania lusa Ultramar são do mesmo pé de igualdade perante a única autoridade política. É neste espírito que o poder central entra em promoções pela prosperidade económica das colónias como única forma de melhorar a vida das populações.

No quadro da gestão política, os governadores se sucedem em Timor, como ocorriam em anteriores da I República. Cada um deles manifestava o seu interesse pelo bem do país, usando as suas inteligências para o tornar em nível de qualidade, à medida que indo melhorar as estruturas físicas administrativas. Logo em 1937, depara-se com uma igreja construída, pela imponência da sua estrutura, em termos formatos de uma catedral (anexo 2).

Impressionava as autoridades tanto nativas da época, inaugurada pelo governador Álvaro Fontoura e por bispo de Macau e de Timor, D. José da Costa Nunes. Evento que reunia grande massa popular de todos os estratos da contiguidade Díli.

O mesmo governante, junto do ministro conseguiu especialista geodésico deslocar-se à ilha colocar um marco, no pico do monte de Ramelau de cerca de 3000 metros, onde se inscreve a seguinte legenda:

Portugal

Alto Império que o Sol logo em nascente vê primeiro.

No mesmo píncaro, o governador contemplava as paisagens verdejantes, lá, a colónia foi benzida e a todo o Império por um sacerdote, que se integrava nessa jornada 104.

Anos a seguir surge melhorar a política sanitária, questão ocupada pelos governadores a partir por major Álvaro Fontoura, à qual decidiu dividir o país em três zonas com a repartição de Serviços de Saúde e o Hospital Principal com sede em Díli. Funcionavam de tal forma a que o enclave de Oecusse não ficava excluída desta rede. As descrições deixadas por governantes que cumpriram religiosamente a sua missão na colónia, alegam imensas dificuldades de criar mais unidades de tratamento sanitárias. Vendo as pessoas punidas por doenças de rapidez contagiosas, difícil largá-las, invadiam famílias inteiras, dificultá-las a actividades producentes.

104 Castro, Gonçalo Pimenta de (coronel), Timor (Subsídios para a sua história), Divisão de Publicações e Biblioteca. Agência Geral das Colónias., Lisboa, MCMXLIV, pp. 194 e 195;

Sob o peso insuportável em termos financeiros, o governo arriscava-se criar um pavilhão de isolamento para mitigar a intensa tuberculose. Os serviços de enfermaria se estendem para leste, oeste e central sul. Necessidades estas, geram o curso para formação de enfermeiros, no futuro, assumirão as mesmas funções noutras localidades que também merecerão 105.

O governo da República instaurado, aparecia com uma atitude reconhecível para com as missões católicas, solicitando manter as suas missões no ensino e na evangelização. O Estado as protege, paga os missionários professores, permiti-los continuar em rumos de especialidade profissional e de sacerdócio junto da sociedade. O ministro da colónia chegou criar o Estatuto Orgânico das Missões Católicas, regulamentava os subsídios destinados as missões, apoiar os missionários na contínua evangelização e civilização dos nativos, de acordo com o contexto do estatuto estabelecido.

Na sequência, as escolas que eram orientadas por indígenas sob a nova ordem da república, sem nenhuma rentabilidade resultava, associada a incapacidade directiva de quem fiscalizava. Voltarão de novo confiar aos missionários com a excepção da escola primária, em Díli, permanecendo na responsabidade do governo 106.

Muitos, terminados o curso de habilitação primária, sem postos onde os colocar. São expeditos, contribuem nos serviços das missões. Como sendo uns, formados na escola de catequistas, com aptidões inegáveis, e para obter uma vida decente, o Estado não ignorava este sentimento, permitiu-os ensinar nas escolas do interior, como monitores onde terão o ordenado - patacas e escudos.

As escolas vão sendo adaptar-se novas bases de função que se associa à prática agrícola. Incentivar nos estudantes os valores de trabalho de terra, uma fonte que garante a felicidade das pessoas.

Ainda o major Álvaro Fontoura, conseguiu fundar uma escola do nível pós- primário. Aos que, porventura tivessem capacidade continuar pós o término de instrução primária. Sob o propósito do Diploma Legislativo n.º 159, feito o Liceu. Em honra do ministro das colónias a escola ficou designada: Colégio-Liceu Dr. Francisco Machado 107. Os primeiros resultados desta escola iam sendo ocupar os postos altos do funcionalismo público, entre os quais aspirante, adjunto administrativos, chefes do postos, etc..

105 Idem, Ibidem, p. 201; 106 Idem, Ibidem, p. 203; 107 Idem, Ibidem, pp. 205-206;

No documento Timor-Leste, outro rosto da história (páginas 48-56)