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Ensino Técnico Integrado Ao Ensino Médio

No documento Dissertação Versão Final 1 (páginas 127-132)

3 RETROSPECTIVA DA EDUCACÃO BRASILEIRA

4.18 Ensino Técnico Integrado Ao Ensino Médio

Proporciona aos concluintes do Ensino Fundamental a matrícula na modalidade de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional. A implantação ocorrerá gradativamente e será viabilizada por meio de assistência técnica e pedagógica, e apoio financeiro aos Sistemas de Ensino para a oferta desses cursos.

• A Hegemonia das políticas compensatórias: Os programas ESCOLA DE FRÁBRICA e O PROJOVEM

O Programa Escola de Fábrica é definido como um programa de inclusão social, direcionado para beneficiar estudantes excluídos do mercado de trabalho, e que pretende estimular empresas privadas a praticarem a responsabilidade social. Paralelamente a essa política tem-se, o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM destinados aos jovens de 18 a 24 anos, que terminaram a quarta série, mas não concluíram a oitava série do ensino fundamental e não têm vínculos formais de trabalho.

4.1.9 ESCOLA DE FÁBRICA

O Programa Escola de Fábrica é definido como um programa de inclusão social, voltado para beneficiar estudantes excluídos do mercado de trabalho, e que pretende estimular empresas privadas a praticarem a responsabilidade social.

Entre as distorções que a política de educação profissional do atual governo pretendia corrigir estava além da revogação do Decreto n. 2.208/9764, o redirecionamento dos recursos do Programa de Melhoria e Expansão da Educação Profissional (PROEP) para os segmentos públicos. De fato, no início do ano de 2004, o MEC anunciou a reativação de projetos anteriormente apresentados, iniciada pela destinação de R$ 8 milhões a mais para o segmento estadual do que para o comunitário65. (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005).

Ainda, de acordo com FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS (2005, p. 1101).

[...] é nesse mesmo período que se vê divulgada a política da parceria público-privado do governo federal, com ressonância na política de educação profissional. Anuncia-se, então, um novo programa de educação profissional usando o modelo de parceria público-privado66. Esse projeto envolveria a União, o “Terceiro Setor” (Montaño, 2002) e a iniciativa privada na oferta de formação técnica de jovens em cursos de qualificação profissional. A idéia é

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Consultar BRASIL 1997. 65

As informações constantes desse parágrafo foram obtidas em notícias divulgadas no sítio www.mec.gov.br/semtec, de 18/6/2004. O total de projetos em tramitação no PROEP era de 237, sendo 58 do segmento federal, 87 do segmento estadual e 92 do comunitário. Os projetos do segmento a que nos referimos aqui correspondem a três propostas da Superintendência Estadual de Educação Profissional (SUEPRO) do Rio Grande do Sul, no valor total de aproximadamente R$ 2,88 milhões. No segmento comunitário, trata-se de uma proposta da Fundação Esperança, de Santarém, no Pará, no valor de R$ 2,15 milhões.

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baseada no projeto Formare, da Fundação Iochpe,67 iniciado com recursos do PROEP, e se apóia nas parcerias firmadas com empresas e indústrias de todo o país para que elas façam a qualificação profissional de jovens.

Esse programa, implementado a partir de 2005, foi designado como Escola de Fábrica (Brasil, 2005a). Tinha como pretensão de atender alunos matriculados na rede pública da Educação Básica (ensino fundamental, médio, educação de jovens e adultos, Brasil Alfabetizado), com renda familiar per capita de, no máximo, um salário mínimo e meio. Com o investimento de R$ 25 milhões oriundos do PROEP, 558 projetos foram aprovados e colocados em prática, em setembro desse mesmo ano, voltados para a criação de 560 escolas, organizadas por unidades gestoras, como ONGs, instituições públicas e outras; em 250 municípios de todo o país, para beneficiar 11,5 mil alunos. Essas organizações implantam unidades de ensino nas empresas, elaboram o programa curricular, fornecem a orientação técnico-pedagógica e certificam os alunos. A certificação pode ficar também a encargo dos CEFETs. (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005).

O programa oferecerá 100 modalidades de cursos profissionais em 20 áreas, dentre as quais, marcenaria, turismo, hotelaria, confecção, agricultura familiar e informática. As empresas eram responsáveis por infra-estrutura física, funcionários e técnicos que atuam como instrutores, além dos custos da implantação das unidades formadoras. Asseguram também alimentação, uniforme e transporte aos alunos. Cada aluno receberá uma bolsa-auxílio Financiada Pelo MEC, No Valor De R$ 150,00. As Unidades Formadoras Têm Capacidade Para 20 Alunos Por Ano, Mantendo Cursos Com Duração Mínima De 600 Horas.68

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A Fundação Iochpe-Maxon S.A. é um grupo empresarial que opera nos segmentos de autopeças e equipamentos ferroviários. A Fundação desenvolve programas nas áreas de Educação, Cultura e Bem- Estar Social, realizando parcerias com entidades públicas e privadas. Informações obtidas em www.fiochpe.org.br.

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Esses cursos são compostos por três módulos: um de 120 horas para “reforço escolar do ensino básico”; um de 120 horas, abordando temas transversais relacionados à cidadania; e um terceiro módulo, com duração de 360 horas, destinado à formação profissional, módulo no qual 60 horas são de aulas práticas.

4.1.10 O PROJOVEM

Implantado Pela Secretaria-Geral Da Presidência Da República Em Parceria Com O Ministério Da Educação, O Ministério Do Trabalho E Emprego E O Ministério Do Desenvolvimento Social E Combate À Fome, O Programa Nacional De Inclusão De Jovens Chegará A Todas As Capitais Do País Com Estimativa De Atingir Sua Meta Até O Final De 2006: Atender Cerca De 200 Mil Jovens, trazendo-os de volta aos estudos para proporcionar-lhes a conclusão do Ensino Fundamental, a formação profissional necessária à inserção no mundo do trabalho e sua valorização como agentes sociais e cidadãos participativos.

O programa é destinado aos jovens de 18 a 24 anos que terminaram a quarta, mas não concluíram a oitava série do Ensino Fundamental, que não trabalham ou não têm contrato em vigência na carteira de trabalho e que residem nas capitais dos Estados e no Distrito Federal. A finalidade do programa é proporcionar formação ao jovem, por meio de uma associação entre a elevação da escolaridade, tendo em vista a conclusão do ensino fundamental, a qualificação com certificação de formação inicial e o desenvolvimento de ações comunitárias de interesse público.

Por meio de uma central telefônica (0800-642-7777), inscreveram-se mais de 182 mil jovens, aos quais foram destinadas 165 mil vagas, nas 26 capitais e no Distrito Federal. O governo federal investiu R$ 311 milhões no ProJovem. Com esses recursos, são produzidos os livros distribuídos aos alunos e os manuais para os professores; são pagos os salários dos profissionais (gestores, professores, orientadores profissionais e assistentes sociais). Um projeto político-pedagógico com diretrizes e orientações proporcionam aos jovens um curso de 5 horas diárias, por um período de 12 meses, totalizando 1.600 horas69. Aos alunos matriculados é concedida uma bolsa no valor de R$ 100,00 que cumpre, no mínimo, 75% da freqüência às aulas e das atividades programadas. Também foram adquiridos 14.400 computadores para os laboratórios de informática das Estações de Juventude.

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A formação compreende atividades de formação escolar (800 horas), qualificação profissional (350 horas) e desenvolvimento de ação comunitária (50 horas), somando 1.200 horas presenciais. Atendendo às necessidades do público desse projeto, o currículo compreenderá, ainda, 400 horas de atividades não- presenciais.

4.1.11 Ensino Superior

O orçamento global das IFES teve uma elevação de 7,7 bilhões (2004) para 8,9 bilhões (2005). O recurso de custeio aumentou de R$ 543 milhões (2004) para R$803 milhões (2005) um crescimento de 47%. Em 2003 e 2004 foram contratados 2.344 professores; em 2005, 2.586 já foram nomeados; previsão de contratação de mais 2.500 até o final do ano. Depois de seis anos sem reajuste significativo, os salários dos 74 mil professores das IFES foram reajustados entre 10% e 34,9%. A 3ª versão do Anteprojeto de Reforma Universitária foi apresentada em julho de 2005.

A Reforma Universitária, que vem sendo construída a partir de inúmeros debates com a sociedade, teve sua 3ª versão apresentada em julho de 2005. Ela contempla reivindicações históricas da comunidade como a autonomia de gestão financeira e patrimonial, administrativa e didático científica, já prevista na Constituição Federal e que na prática nunca foi concedida. Inclui mecanismos de financiamento da universidade e a garantia da gestão democrática.

4.1.12 Programa Universidade para Todos – PROUNI

O PROUNI concede bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de graduação em instituições privadas de ensino superior, com ou sem fins lucrativos. O Prouni criou 116.339 novas vagas para estudantes de baixa renda, com oferta de 112.275 bolsas integrais e parciais, além das 4.064 bolsas reservadas pelas instituições filantrópicas de ensino.

4.1.13 Ampliação E Interiorização do Ensino Universitário Federal, com Novas Universidades e Campi

Universidades criadas: ABC, Grande Dourados, UNIVASF e Recôncavo Baiano.

Universidades em processo de criação, tramitando no Congresso: Triângulo Mineiro, Semi-Árido, Alfenas, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Tecnológica do Paraná.

Adotadas medidas para a implantação dos Campi da Floresta (UFAC), de Marabá, Bragança e Castanhal (UFPA), de Caruaru (UFPE), de Garanhuns (UFRPE), de Vitória da Conquista (UFBA), de Planaltina (UnB), de Volta Redonda (UFF), de Nova Iguaçu (UFRRJ), da Baixada Santista (UNIFESP), de Sorocaba (UFSCAR) e do litoral do Paraná (UFPR).

4.1.14 Alfabetização e Inclusão Educacional

Atendeu 1.668.253 de alfabetizandos em 2003 e 1.717.229 em 2004. Em 2005 serão atendidos 2.300.000 alfabetizandos, envolvendo mais de 5.000 municípios. Conexão entre alfabetização e inclusão educacional e social - Articulação e com a Educação de Jovens e Adultos – Conceito amplo de Alfabetização - Inserção social com autonomia e elevação da auto-estima.

No documento Dissertação Versão Final 1 (páginas 127-132)