• Nenhum resultado encontrado

Equa¸c˜ao de Euler–Lagrange

Suponha que L : [a, b]× R2 → R ´e duas vezes continuamente dife- renci´avel e que o m´ınimo local fraco ¯y ∈ Yad := {y ∈ C1[a, b]| y(a) = ya, y(b) = yb} do funcional I satisfaz ¯y ∈ C2[a, b]. Dados η ∈ C01[a, b] e ε0 > 0 suficientemente pequeno, definimos a fam´ılia de fun¸c˜oes ad- miss´ıveis

y(·; ε) := ¯y(·) + εη(·), ε ∈ (−ε0, ε0).

Por constru¸c˜ao, temosky(·; ε)− ¯yk1,∞=|ε|kηk1,∞. Note ainda que, pelo fato de ¯y ser m´ınimo local fraco de I em Yad, temos

J(ε) := I(y(·; ε)) ≥ I(¯y) = J(0), ∀ε ∈ (−ε0, ε0).

Isto ´e, ¯ε = 0 ´e m´ınimo local da fun¸c˜ao real J, definida pela composi¸c˜ao de I com a fam´ılia y(·; ε). Da an´alise real sabemos que uma condi¸c˜ao necess´aria para que isto aconte¸ca (caso J seja diferenci´avel) ´e que

d dεJ(ε) ¯ ¯ ¯ ¯ ε=0 = 0. Da Defini¸c˜ao 121, segue que

(7.8) δI(¯y; η) = d dεI(¯y + εη) ¯ ¯ ¯ ¯ ε=0 = d dεJ(ε) ¯ ¯ ¯ ¯ ε=0 = 0

148 [CAP. 7: C´ALCULO VARIACIONAL ´e uma condi¸c˜ao necess´aria para que ¯y seja m´ınimo local de I em Yad. Uma vez que L ´e, em particular, continuamente diferenci´avel, temos (veja Exemplo 123)

(7.9) δI(¯y; η) = Z b

a

[ Ly(t, ¯y(t), ¯y0(t))η(t) + Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t))η0(t) ] dt.

Note que a fun¸c˜ao

λ : [a, b]3 t 7→ Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t))∈ R

´e continuamente diferenci´avel em [a, b], devido `as hip´oteses feitas sobre L e ¯y. Como η satisfaz as condi¸c˜oes de contorno η(a) = η(b) = 0, obtemos integrando (7.9) por partes

(7.10) δI(¯y; η) = Z b a · Ly(t, ¯y(t), ¯y0(t)) − d dtλ(t) ¸ η(t) dt.

Note que (7.10) ´e v´alida para todo η∈ C1

0[a, b]. Logo, segue do lema de du Bois–Reymond (Lema 129) que

(7.11) Ly(t, ¯y(t), ¯y0(t)) − d

dtLy0(t, ¯y(t), ¯y

0(t)) = 0, ∀t ∈ [a, b]. Em (7.11) podemos reconhecer a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange obtida na Sec¸c˜ao 7.1 (veja equa¸c˜ao (7.6)). Esta equa¸c˜ao diferencial de segunda or- dem nos fornece uma condi¸c˜ao necess´aria para determina¸c˜ao de m´ınimos locais de um funcional. Como foi visto no Teorema 127, esta condi¸c˜ao ´e tamb´em suficiente para otimalidade, caso o funcional I seja convexo. Podemos resumir a discuss˜ao acima no seguinte teorema:

Teorema 131. Seja L : [a, b]× R × R → R duas vezes continuamente diferenci´avel e ¯y ∈ C2[a, b] um m´ınimo local fraco do problema (7.2). Ent˜ao, ¯y ´e solu¸c˜ao do problema de valor de contorno

(7.12)

(

Ly(t, y, y0)− ddtLy0(t, y, y0) = 0, t∈ (a, b)

y(a) = ya, y(b) = yb.

[SEC. 7.3: EQUAC¸ ˜AO DE EULER–LAGRANGE 149 Observa¸c˜ao 132 (problemas com fronteira livre). An´alogos ao problema (7.2) s˜ao os problemas em que apenas uma condi¸c˜ao de con- torno ´e imposta, por exemplo a condi¸c˜ao y(b) = yb. Construindo a fam´ılia de fun¸c˜oes admiss´ıveis

y(·; ε) := ¯y(·) + εη(·), η ∈ C1[a, b], η(b) = 0,

obtemos atrav´es de um desenvolvimento an´alogo ao anterior, a condi¸c˜ao necess´aria

(7.13)

0 = δI(¯y; η) = Ly0(a, ¯y(a), ¯y0(a))η(a)

− Z b a · Ly(t, ¯y, ¯y0)− d dtLy0(t, ¯y, ¯y 0)¸η(t) dt,

para todo η ∈ C1[a, b] com η(b) = 0. Note que (7.13) vale em parti- cular para η ∈ C01[a, b], de onde segue (novamente argumentando com o Lema 129) a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange. Tomando agora em (7.13) η∈ C1[a, b] com η(b) = 0 e η(a)6= 0, obtemos a condi¸c˜ao extra

(7.14) Ly0(a, ¯y(a), ¯y0(a)) = 0.

Sendo assim, para problemas com com fronteira livre, obtemos, al´em da equa¸c˜ao de Euler–Lagrange, uma condi¸c˜ao de contorno para ¯y no ex- tremo do intervalo [a, b], onde o problema n˜ao exige nenhuma restri¸c˜ao. Tal condi¸c˜ao surge naturalmente da formula¸c˜ao variacional do problema de otimiza¸c˜ao, sendo por isso denominada condi¸c˜ao de contorno natural. Resumindo, para que ¯y seja solu¸c˜ao do problema

         Minimizar I(y) := Z b a L(t, y(t), y0(t)) dt sujeito a y ∈ {y ∈ C1[a, b]| y(b) = y b}

´e necess´ario que ¯y seja solu¸c˜ao do problema de valor de contorno (

Ly(t, y, y0)− ddtLy0(t, y, y0) = 0

y(b) = yb, Ly0(a, y(a), y0(a)) = 0.

Note que, como ocorre no Teorema 131, obtemos uma condi¸c˜ao necess´aria expressa na forma (impl´ıcita) de uma equa¸c˜ao diferencial de segunda or- dem (equa¸c˜ao de Euler–Lagrange) com duas condi¸c˜oes de contorno. 2

150 [CAP. 7: C´ALCULO VARIACIONAL As hip´oteses ¯y ∈ C2[a, b] e L ∈ C2([a, b]× R2; R) s˜ao demasiado restritivas e devem ser enfraquecidas. Esta considera¸c˜ao nos leva a ana- lisar uma aplica¸c˜ao do lema de du Bois–Reymond diferente da utilizada na obten¸c˜ao da equa¸c˜ao (7.10) (veja exerc´ıcio 7.3).

Teorema 133. Seja L : [a, b]× R × R → R continuamente diferenci´avel e ¯y ∈ C1[a, b] um m´ınimo local fraco para o problema (7.2). Ent˜ao, a aplica¸c˜ao

[a, b]3 t 7−→ Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t))∈ R

´e continuamente diferenci´avel e ¯y ´e solu¸c˜ao do problema de valor de contorno (7.12) no Teorema 131.

Demonstra¸c˜ao: Repetindo a argumenta¸c˜ao feita na demonstra¸c˜ao do Teorema 131, obtemos para η∈ C1

0[a, b] (7.15)

Z a b

[Ly(t, ¯y(t), ¯y0(t)) η(t) + Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t)) η0(t)] dt = 0.

Integrando por partes e observando que η(a) = η(b) = 0, segue que Z b a · − Z t a Ly(s, ¯y(s), ¯y0(s)) ds + Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t)) ¸ η0(t) dt = 0. O Lema 128 implica na existˆencia de uma constante c que safisfaz (7.16)

Z t a

Ly(s, ¯y(s), ¯y0(s)) ds + Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t)) = c, t∈ [a, b].

Como a aplica¸c˜ao

[a, b]3 t 7−→ − Z t

a

Ly(s, ¯y(s), ¯y0(s)) ds∈ R ´e continuamente diferenci´avel, segue de (7.16) que a aplica¸c˜ao

[a, b]3 t 7−→ Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t))∈ R

tamb´em ´e continuamente diferenci´avel (apesar de exigirmos apenas ¯y C1[a, b]). Podemos ent˜ao derivar em rela¸c˜ao a t a express˜ao (7.16), obtendo assim a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange.3

3ao ´e poss´ıvel deduzir a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange integrando (7.15) por

partes, como na demonstra¸c˜ao do Teorema 131, pois para diferenciar a aplica¸c˜ao t 7→ Ly0(t, ¯y(t), ¯y0(t)) ´e preciso usar a regra de cadeia e a fun¸c˜ao ¯y, envolvida na

composi¸c˜ao, n˜ao ´e suficientemente regular. Entretanto, ´e poss´ıvel provar a diferen- ciabilidade de ¯y0 em todo t

0∈ [a, b] com Ly0y0(t0, ¯y(t0), ¯y0(t0)) 6= 0, caso L seja uma

[SEC. 7.3: EQUAC¸ ˜AO DE EULER–LAGRANGE 151 As considerac˜oes feitas na Observa¸c˜ao 132 sobre as condi¸c˜oes de contorno naturais continuam v´alidas no caso L ∈ C1, ¯y ∈ C1, como o leitor pode facilmente verificar.

Defini¸c˜ao 134. As solu¸c˜oes da equa¸c˜ao diferencial de Euler–Lagrange (sem condi¸c˜ao de contorno) s˜ao denominadas fun¸c˜oes estacion´arias ou extremais, independente do fato de serem ou n˜ao solu¸c˜oes do problema

variacional. 2

Observa¸c˜ao 135. Suponha que L ´e uma aplica¸c˜ao continuamente dife- renci´avel e que y∈ Yad´e uma fun¸c˜ao estacion´aria. Integrando a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange, obtemos

(7.17) Ly0(t, y, y0) =

Z t a

Ly(s, y(s), y0(s)) ds + const.

Fazendo a hip´otese extra y ∈ C2[a, b], segue da equa¸c˜ao de Euler– Lagrange d dtL(t, y, y0) = Lt(t, y, y0) + Ly(t, y, y0)y0 + Ly0(t, y, y0)y00 = Lt(t, y, y0) + d dt[Ly(t, y, y 0)y0], que pode ser reescrito como

Lt(t, y, y0) = d

dt[L(t, y, y

0)− y0L

y(t, y, y0)]. Integrando esta express˜ao, obtemos a equa¸c˜ao

(7.18) L(t, y, y0) − y0Ly(t, y, y0) = Z t

a

Lt(s, y(s), y0(s)) ds + const. que ´e conhecida como primeira integral da equa¸c˜ao de Euler–Lagrange. Note a semelhan¸ca com a equa¸c˜ao (7.17) e tamb´em o fato da exigˆencia ¯

y∈ C2[a, b] n˜ao aparecer explicitamente na equa¸c˜ao.

A equa¸c˜ao (7.18) pode ainda ser deduzida no caso geral em que o extremal y ´e uma fun¸c˜ao apenas C1[a, b]. Uma demonstra¸c˜ao sim- ples, por´em trabalhosa, pode ser encontrada em [Tr, Cap´ıtulo 6]. Essa demonstra¸c˜ao ´e levada a cabo acoplando-se a abordagem variacional com mudan¸cas de coordenadas convenientes.

No caso autˆonomo, i.e., quando a fun¸c˜ao L = L(y, y0) n˜ao depende explicitamente de t, ´e poss´ıvel obter a equa¸c˜ao (7.18) para extremais

152 [CAP. 7: C´ALCULO VARIACIONAL y ∈ C1[a, b] de uma forma simples. De fato, da equa¸c˜ao de Euler– Lagrange segue que

0 = y0 · Ly(y, y0) − d dtLy0(y, y 0)¸

= Lt(y, y0) + y0Ly(y, y0) ± y00Ly0(y, y0) − y0 d

dtLy0(y, y 0) = d dtL(y, y 0) d dt[y 0L y0(y, y0)].

Integrando esta ´ultima express˜ao, obtemos a equa¸c˜ao (7.18) para o caso autˆonomo

L(y, y0) − y0Ly0(y, y0) = const.

2 Os trˆes exemplos a seguir ilustram como a equa¸c˜ao de Euler–Lagrange ´e utilizada para determinar a solu¸c˜ao de alguns problemas cl´assicos do c´alculo variacional. S˜ao esses: determina¸c˜ao de geod´esicas no plano; de- termina¸c˜ao de geod´esicas na esfera; a Braquist´ocrona (ver Sec¸c˜ao 1.2.7). Exemplo 136. Analisamos o problema de encontrar, dados dois pontos (t0, y0) e (t1, y1) no plano, a curva de menor comprimento que os une. Representamos as curvas admiss´ıveis com parametriza¸c˜oes do tipo

y : [t0, t1]3 t 7→ y(t) ∈ R ; y(t0) = y0, y(t1) = y1.

Supondo as curvas admiss´ıveis continuamente diferenci´aveis, obtemos o seu comprimento pela express˜ao

J(y) := Z t1

t0

p

1 + y0(t) dt. Podemos ent˜ao resumir o problema como:

         Minimizar J(y) = Z t1 t0 L(t, y(t), y0(t)) dt sujeito a y∈ {C1[t0, t1]| y(t0) = y0, y(t1) = y1}

onde L(t, y, y0) = (1 + (y0)2)1/2. Da equa¸c˜ao de Euler–Lagrange obtemos 0 = Ly − d dtLy0 = 0 − d dt · y0 (1 + (y0)2)1/2 ¸ .

[SEC. 7.3: EQUAC¸ ˜AO DE EULER–LAGRANGE 153 t t=a

Meridianos

(t,y(t))

P

Q

t=b

Figura 7.1: Curva admiss´ıvel unindo os pontos P e Q.

Logo,

y0

(1 + (y0)2)1/2 = const.,

o que implica em y0 constante, ou em y ser linear. 2 Exemplo 137. Consideramos agora o problema de, fixados dois pontos P e Q na superf´ıcie da esfera de raio r, encontrar a curva de menor comprimento que os une. Estando a esfera centrada na origem, parame- trizamo-a localmente pelas coordenadas:

r(cos t cos y, sin t cos y, sin y) com t∈ (0, 2π), y ∈ (−π 2,

π 2). S˜ao consideradas apenas curvas que cortem cada meridiano em apenas um ponto. Tais curvas podem ser parametrizadas usando a latitude t como parˆametro. A longitude y de um ponto da curva ´e dada por uma fun¸c˜ao y(t) da vari´avel independente t (veja Figura 7.1). Uma curva ´e ent˜ao representada por

[a, b]3 t 7−→ r(cos t cos y(t), sin t cos y(t), sin y(t)) ∈ R3.

Suponha que os pontos a serem unidos sejam parametrizados por: (a, ya), (b, yb). Quando y ´e continuamente diferenci´avel, o comprimento da curva correspondente ´e dado por

I(y) = Z b

a

154 [CAP. 7: C´ALCULO VARIACIONAL Logo, L(t, y, y0) = r(cos2y(t) + y0(t)2)1/2 e da primeira integral da equa¸c˜ao de Euler (7.18) obtemos a identidade

− cos2y = Apcos2y + (y0)2, onde A ´e constante. Obviamente A∈ (−1, 0) e ainda

A2(y0)2 = cos4y− A2cos2y. Usando separa¸c˜ao de vari´aveis, temos

A dy

(cos4y− A2cos2y)1/2 = dt.

Logo, Z

A dy

cos y(cos2y− A2)1/2 = ±(t − a) + B,

onde B ´e constante. Fazendo a mudan¸ca de vari´aveis u = tan y, obtemos finalmente

y(t) = arctan( √

1− A2

A sin(±(t − a) + B)),

sendo as constantes A e B determinadas a partir dos dados a, b, ya, yb. Note que o equador ¯y = 0 (A = −1) ´e um extremal. Contudo, se b− a > π, uma das partes do equador n˜ao ´e o caminho mais curto. Tal fato nos leva a concluir que pequenas partes desta curva determinam o caminho mais curto, enquanto que longas partes n˜ao o fazem.4

2 Exemplo 138 (Braquist´ocrona). Voltamos agora a tratar do pro- blema apresentado na Sec¸c˜ao 1.2.7. Como j´a foi visto, o problema de encontrar a curva de tempo m´ınimo se deixa formular como

         Minimizar J(y) := Z x1 x0 µ 1 + (y0)2 2gy + c ¶1/2 dx sujeito a y∈ {C1[x 0, x1]| y(x0) = y0, y(x1) = y1}

4O tratamento de problemas como o surgido neste exemplo foi motivo de inves-

tiga¸c˜ao por Carl Jacobi, que atrav´es da teoria de campos de extremais conseguiu esclarecer quando uma fun¸c˜ao estacion´aria deixa de ser solu¸c˜ao do problema varia- cional. Maiores detalhes podem ser encontrados em [Tr, Cap´ıtulo 9].

[SEC. 7.3: EQUAC¸ ˜AO DE EULER–LAGRANGE 155 onde g ´e a constante gravitacional e c = cg,v0,y0 ´e a energia total do

corpo (cin´etica + potencial) no instante inicial. Note que o integrando ´e autˆonomo, i.e. L = L(y, y0). Logo, segue da primeira integral da equa¸c˜ao de Euler (7.18) que

const. = L(y, y0)− y0Ly0(y, y0) = (1 + (y

0)2)1/2 (2gy + c)1/2 − y0

(1 + (y0)2)−1/2 (2gy + c)1/2 y0. Ap´os alguma manipula¸c˜ao alg´ebrica, obtemos a equa¸c˜ao diferencial (7.19) (2gy + c) (1 + (y0)2) = const.

Fazendo a hip´otese simplificadora c = 0 (que corresponde ao caso par- ticular v0 = y0 = 0), obtemos no lugar de (7.19) a equa¸c˜ao diferencial (7.20) y (1 + (y0)2) = A.

(Compare com a equa¸c˜ao (1.41), obtida na Sec¸c˜ao 1.2.7 a partir do princ´ıpio de refra¸c˜ao de Fermat.) Para resolver esta equa¸c˜ao diferencial supomos o extremal y da forma

y(x) = A sin2(12θ(x)).

Substituindo em (7.20), obtemos y0 =p(A− y)/y. De onde segue

A sin(θ2) cos(θ2) dθ dx =

cos(2θ) sin(θ2). Portanto, dx = A sin2(θ2)dθ, ou ainda

x = B + 1

2A (θ− sin θ).

Sendo assim, obtemos para o extremal y a seguinte parametriza¸c˜ao: γ : [θ0, θ1]3 θ 7−→ (b + a(θ + sin θ), a(1 + cos θ)) ∈ R2,

onde os parˆametros a, b s˜ao determinados pelas condi¸c˜oes de contorno γ(θ0) = (x0, y0), γ(θ1) = (x1, y1). A curva descrita pela parametriza¸c˜ao acima ´e conhecida por cicl´oide (veja Figura 1.4). 2

156 [CAP. 7: C´ALCULO VARIACIONAL