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2 CAPÍTULO INTRODUTÓRIO: CONHECENDO O TEMA

4 CAPÍTULO METODOLÓGICO: UM ESTUDO QUALITATIVO

4.3 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS

4.4.4 Equipe de formação

A SME tem uma equipe responsável pela formação continuada dos profissionais do magistério frente à tecnologia, formada por um gerente e formadores. Os integrantes da equipe são profissionais que atuam no Departamento de Tecnologia e Difusão Educacional (ETD), mais especificamente na Gerência de Tecnologias Educacionais, responsáveis pelo planejamento e execução das formações para as tecnologias dos profissionais do magistério da RME.

A inserção deste grupo neste estudo deve-se à relevância do trabalho na formação, além de representar um elo entre a SME e os professores cursistas na questão da adoção da inovação.

Os gerentes entrevistados compunham o quadro dos profissionais do magistério que atuam ou atuaram na Gerência de Tecnologias Educacionais e apresentam as seguintes características (Infográfico 2).

Infográfico 2 - Perfil dos gerentes.

Fonte: A autora (2018).

Os formadores entrevistados integravam o quadro dos profissionais do magistério que atuam ou atuaram na Gerência de Tecnologias Educacionais e se caracterizam da seguinte maneira (Infográfico 3).

119 Infográfico 3 - Perfil dos formadores.

Fonte: A autora (2018).

O primeiro ciclo de codificação foi realizado pelo método elementar, que

verifica as abordagens primárias para a análise de dados qualitativos. Essa codificação possui filtros básicos, mas focados, para revisar o corpus e criar uma base para futuros ciclos de codificação. (SALDAÑA, 2013).

No método elementar, aplicou-se a codificação estrutural por ser apropriada

para praticamente todos os estudos qualitativos, em particular àqueles que empregam vários participantes, protocolos de coleta de dados padronizados ou semiestruturados, testes de hipóteses ou investigações exploratórias para coletar lista de tópicos ou índices de grandes categorias ou temas. Esta codificação baseia-se em perguntas que agem como um dispositivo de rotulagem e indexação, permitindo que os

pesquisadores acessem rapidamente dados, provavelmente relevantes para a análise específica de um conjunto de dados, sendo ainda adequada à utilização das transcrições de entrevista, como notas de campo geradas pelo pesquisador, bem como para as respostas de pesquisa abertas.

A codificação estrutural categoriza, inicialmente, o corpus para examinar as semelhanças, diferenças e relacionamentos dos segmentos comparáveis e, geralmente, resulta na identificação de grandes segmentos de texto em tópicos amplos, viabilizando a construção da base para uma análise aprofundada dentro ou entre tópicos. (SALDAÑA, 2013). O método de codificação pode ser mantido em um patamar básico, aplicando-o como uma técnica de categorização para análise de dados qualitativa adicional. (SALDAÑA, 2013).

Na análise dos dados sobre os gerentes, no primeiro ciclo de codificação, surgiram os seguintes códigos, que possuem grandes segmentos de textos e que serviram como base para o segundo ciclo de codificação (Quadro 37).

Quadro 37 - Sistematização dos códigos gerados no primeiro ciclo de codificação: gerentes.

Fonte: A autora (2018).

Na análise sobre os formadores, no primeiro ciclo de codificação, surgiram os seguintes códigos, com grandes segmentos de textos e que serviram como base para o segundo ciclo de codificação (Quadro 38).

121 Quadro 38 - Sistematização dos códigos gerados no primeiro ciclo de codificação: formadores.

Fonte: A autora (2018).

A finalidade de se realizar um ciclo de transição consiste em retornar os primeiros esforços de codificação para propiciar a obtenção de um avanço estratégico para uma codificação adicional e métodos analíticos de dados qualitativos. Saldaña (2013) mencionaou que o intuito de uma codificação transitória compreendia a seleção de novos métodos de codificação para uma reanálise dos dados, construindo categorias a partir da classificação de seus códigos, ou o desenho de modelos

preliminares das ações primárias no trabalho dos dados, auxiliando na reorganização e na remontagem dos dados transformados, melhorando o foco do estudo.

Para este ciclo, aplicou-se o mapeamento de códigos, conjunto completo de

códigos, que é reorganizado em uma lista selecionada de categorias e se condensa em temas ou conceitos centrais do estudo (SALDAÑA, 2013). Este mapeamento serve como parte do processo de auditoria para um estudo de pesquisa, documenta uma lista de códigos e é classificada, recategorizada e conceituada ao longo do percurso analítico, proporcionando uma visão textual densa do estudo transformando, potencialmente, seus códigos primários em categorias organizadas (SALDAÑA, 2013).

Para os gerentes, o mapeamento de código não foi aplicado, considerando-se o número reduzido de códigos, sendo aplicado para os formadores. No quadro 39, é apresentado a reorganização dos códigos do primeiro ciclo.

Quadro 39 - Grupos de códigos com os respectivos códigos para os formadores.

Fonte: A autora (2018).

Aplicou-se o código landscaping, para propiciar suporte ao Mapeamento de Códigos caracterizando como um paisagismo que apresenta uma tecnologia visual, conhecida como tag ou nuvem de palavras, em que a frequência de palavras aumenta o tamanho delas. Saldaña (2013) alertou que essa entrada inicial de dados oferecia uma aparência visual de primeiro rascunho das palavras mais frequentes do seu texto e, portanto, códigos e categorias em potencial.

123 A figura 12 corresponde à visualização das palavras com maior recorrência na entrevista dos gerentes.

Figura 12 - Palavras recorrentes nas entrevistas dos gerentes.

Fonte: A autora (2018) com <www.wordart.com>.

A figura 13 corresponde à visualização das palavras mais recorrentes na entrevista dos formadores da Gerência de Tecnologias Digitais.

Figura 13 - Palavras recorrentes nas entrevistas dos formadores.

Fonte: A autora (2018) com <www.wordart.com>.

A necessidade de realização do segundo mapeamento reside na exploração da complexidade no trabalho no corpus, isto é, uma forma de avançar na reorganização e reanalisar os dados obtidos no primeiro ciclo. Foram utilizados os códigos de padrões, que, segundo Saldaña (2013), são códigos explicativos ou inferenciais, que identificavam um tema emergente, configuração ou explicação, reunindo os dados em uma unidade de análise mais significativa e parcimoniosa, podendo ser apresentado também com um metacódigo.

O quadro 40 corresponde às inferências que surgiram após a realização do segundo ciclo de codificação para os gerentes.

125 Quadro 40 - Inferências do segundo ciclo de codificação: Gerentes.

Fonte: A autora (2018).

O quadro 41 refere-se às inferências que surgiram após a realização do segundo ciclo de codificação para os formadores.

Quadro 41 - Inferências do segundo ciclo de codificação (formadores).

Fonte: A autora (2018).

4.5 PROCESSO METODOLÓGICO PARA PERSPECTIVA DA FUNÇÃO E