• Nenhum resultado encontrado

ESPESSURAS MÁXIMAS DO PLIOCÉNICO RECONHECIDAS EM SONDAGEM

PREFÁCIO

2. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO, GEOMORFOLÓGICO E TECTÓNICO

2.1. ORIGEM TECTÓNICA DA BACIA CONTROLO NA SEDIMENTAÇÃO

2.1.3. EVOLUÇÃO PALEOGEOGRÁFICA DURANTE O PLIOCÉNICO E O PLISTO-HOLOCÉNICO, INFLUÊNCIAS NA SEDIMENTAÇÃO

2.2.2.16. ESPESSURAS MÁXIMAS DO PLIOCÉNICO RECONHECIDAS EM SONDAGEM

QUADRO 2. 2

Espessuras máximas do Pliocénico, reconhecidas em sondagem (espessuras dos arenitos finos a grosseiros esbranquiçados) CARTA GEOLÓGICA (1:50 000) ESPESSURAS (m) LOCAL

39-A 017 Apostiça (foz ribeira)

30-D 020 Paulino (MD)

34-D 021 São João Caparica

31-A 033 Santarém (MD)

34-D 038 Charneca da Caparica

30-B 050 Asseiceira (MD)

34-D 066 Sobreda 34-D 068 Corroios 34-D 070 Miratejo 38-B 070 Aroeira 35-C 070 Gamoal 34-D 072 Talaminho 35-C 086 Pegões 34-D 087 Seixal 34-D 092 Belverde 38-B 099 Apostiça 38-B 100 Vale de Mulatas 34-D 112 Torre da Marinha 34-D 118 Amora 34-B 122 Herdade de Pancas 35-C 126 Marateca 34-D 132 Casal do Marco 34-D 136 Fogueteiro 38-B 137 Quinta do Anjo

39-A 137 Sta. Catarina

38-B 140 Fonte Negreiros

39-A 144 Tróia

31-B 146 Marmeleira

31-B 150 Entre Valas

38-B 158 Quinta do Conde

39-A 160 Praias do Sado

34-B 160 Lezíria 31-D 163 Couço 38-B 170 Casal do Sapo 35-B 170 Ciborro 35-C 176 Sesmarias 27-D 177 Casal da Foz 34-D 180 Verdizela 35-C 183 Herdade do Gancho 34-D 184 Paio Pires 34-D 186 Fisepe 31-C 190 Lamarosa 27-D 194 Sta. Margarida 34-D 196 Quimigal 35-C 200 Taipadas 34-C 203 Lavradio 34-C 205 Vale de Zebro 34-B 205 Porto Alto 38-B 214 Pinhal Novo 34-D 216 Vale da Amoreira 34-D 218 Alhos Vedros 34-D 226 Montijo 34-D 229 Barreiro

35-C 238 Herdade Maria Vicente

35-C 250 Herdade Contador

34-D 264 Moita

34-D 295 Palmela

31-D >279 Lamarosa

35-A >312 Catapereiro

31-A >360 Fazendas de Almeirim

2.2.3. PLISTO-HOLOCÉNICO

Os depósitos recentes (terraços quaternários e aluviões) são aqui tratados indistintamente. O facto deve-se à impossibilidade de os separar, nas

sondagens. Estão associados a cascalheiras avermelhadas, intercaladas com argilas esverdeadas.

2.2.3.1. REGIÃO DE SANTO ESTÊVÃO (Carta Geológica, 1:50 000, folha 35-A)

Nesta área e no topo de alguns furos surge um depósito cascalhento acastanhado, com intercalações de argilas esverdeadas, típico de leitos aluvionares recentes, a anteceder as areias esbranquiçadas pliocénicas. Em Catapereiro (5AC419419; 6JK419), no Infantado, uma sondagem mostra 20 m de argila esverdeada, por baixo de 44 m de areão; noutra sondagem, o areão tem 73 m de espessura, com 30 m intercalados de argila esverdeada. Já no Monte Bernardo (26,27JK405), em Samora Correia, o areão atinge 147 m de espessura.

2.2.3.2. REGIÃO DE MORA (Carta Geológica, 1:50 000, folha 35-B)

Em Coruche (11PS407), os depósitos recentes são constituídos por areão grosseiro amarelo-esbranquiçado, com espessura a rondar os 36 m.

2.2.3.3. REGIÃO DE LOURES (Carta Geológica, 34-B)

Em Samora Correia (13JK418), na Herdade de Pancas, os dois furos para abastecimento mostram depósitos aluvionares recentes constituídos por cascalheiras amareladas com intercalações argilosas acinzentadas; atingem 90 m de espessura. Na Lezíria, nos furos da EPAL (33AC404), os mesmos depósitos têm de 92 m a 100 m. Em Samora Correia (49PS404), a espessura aumenta para 138 m, enquanto no Porto Alto (45PS404), diminui para 62 m. Em Santo Isidro (48JK404), a espessura é de 124 m.

2.2.3.4. REGIÃO DE LISBOA (Carta Geológica, 1:50 000, folha 34-D)

Na margem sul do Tejo, a cobrir os depósitos arenosos pliocénicos, são frequentes leitos lodosos com restos de conchas nas zonas baixas próximas do estuário; nas zonas altas, surgem cascalheiras avermelhadas. No Alfeite (40JK442), temos 28 m de areia lodosa com fósseis e burgau, acinzentada, no Seixal (72TD442), leito semelhante com 24 m, e em Paio Pires (25,26AC442), não ultrapassa os 13 m. No Lavradio, no furo da CUF (27,52,69,75AC442), os lodos arenosos com conchas atingem 12 m. Na zona mais afastada do rio, os primeiros 26 m são de areia fina a grossa, com seixos, avermelhada. Nas zonas altas, na Atalaia (28TD442), os 43 m de areias grosseiras com calhaus e burgaus, amareladas, que aparecem no topo dos furos são possivelmente do Quaternário. Na Cruz de Pau (92JK442) e Torre da Marinha (1AC442), as cascalheiras atingem 10 m e 15 m, respectivamente.

2.2.3.5. REGIÃO DE SANTARÉM (Carta Geológica, 1:50 000, folha 31-A)

Em Almeirim (8AC365), no topo dos furos da Câmara Municipal, os depósitos de cascalheira acastanhados com intercalações argilosas cinzentas variam de 25 m a 33 m de espessura; nas Fazendas de Almeirim (19AC365) não excedem 10 m.

As cascalheiras acastanhadas, às vezes esbranquiçadas, com elementos de 6 cm a 35 cm de diâmetro, chegam aos 48 m de espessura em Alpiarça (12AC353); em Vale de Cavalos, (9AC353), os mesmos depósitos grosseiros podem ter de 15 m a 22 m de espessura; atingem 51 m em Lagoalva de Cima (27PS353).

Na Chamusca, as cascalheiras com calhaus rolados, de diâmetro superior a 20 cm, constituem os primeiros 18 m da sondagem em Casal das Águas Vivas (31PS353).

2.2.3.6. REGIÃO DE CORUCHE (Carta Geológica, 1:50 000, folha 31-C)

Cascalheiras recentes podem ver-se em alguns furos nesta área, a anteceder as areias esbranquiçadas pliocénicas. As espessuras variam muito. Em alguns casos, estes depósitos cascalhentos (calhaus até 15 cm) estão intercalados, a meio, por espessa camada argilosa esverdeada. Em Batalhoz (Marinhais) (29PS377), temos 66 m de areão com calhaus rolados amarelo- acastanhados; noutro local, em Marinhais (28PS377), o mesmo areão com intercalações argilosas chega a 83 m. Em Glória do Ribatejo (18FA378), estes depósitos têm 46 m de espessura; em Foros de Salvaterra (20PS391), têm 71 m, mas a anteceder 20 m de argila. As espessuras máximas, de 135 m e 110 m, verificam-se na Herdade do Valão (10AC392) e em Susalva (8AC392), respectivamente.

2.2.3.7. REGIÃO DE ALENQUER (Carta Geológica, 1:50 000, folha 30-D)

Em Castanheira do Ribatejo (74TD390; 106,107,108,110JK390; 109PS390), as aluviões do Tejo atingem 50 m de espessura. Os primeiros 30 m correspondem a lodos e argilas lodosas acinzentados; os restantes 20 m, a cascalheiras de elementos de grandes dimensões em matriz arenosa grosseira.

2.2.3.8. REGIÃO DE TORRES NOVAS (Carta Geológica, 1:50 000, folha 27-C)

Na confluência do rio Almonda com o rio Tejo, em Ponte do Pinto (12AC329), os depósitos de cascalheiras têm cerca de 28 m de espessura.

2.2.3.9. REGIÃO DE ABRANTES (Carta Geológica, 1:50 000, folha 27-D)

As aluviões do Tejo entre Tramagal e Chamusca, na margem esquerda do rio, atingem espessuras escassas. Assentam no substrato xistoso ou granítico. Depósitos cascalhentos avermelhados, com 25 m de espessura, sobrepõem-se ao substrato granítico em Tramagal (14TD331; 15,16,17,18AC331) (nos furos da Câmara Municipal). Em Constância (8,9JK330; 17TD330), encostados ao rio, na margem direita, sobre os xistos, os mesmos depósitos atingem 26 m e, na Chamusca (18TD330), Carregueira (8,9AC342), junto do rio, na margem esquerda, tais depósitos, sobre granitos, não ultrapassam os 20 m. Nos furos do Arrepiado e São Miguel do Rio Torto (27,32AC331), aqui cobrindo xistos, cascalheiras acastanhadas atingem 24 m de espessura.

Na margem direita do Tejo, no Entroncamento, a 1000 m de distância, o furo da CP (22AC330) atravessou 100 m de aluvião sem atingir o substrato.

Em Vale das Rãs (Abrantes) (4,5AC331), os depósitos quaternários, constituídos por areias com seixos e calhaus amarelados, às vezes argilosos, têm 52 m de espessura, enquanto em Montalvão, os mesmos depósitos, sobre gnaisses, ficam-se pelos 28 m.

Ao longo da ribeira de Ulme (15PS342), os sedimentos superficiais compreendem depósitos grosseiros cascalhentos amarelados, com 30 m de espessura, perto de Chamusca, e 16 m, em Casal da Foz (13PS342). Em Ulme (11,12JK342), os depósitos grosseiros só têm 3 m de espessura e passam em profundidade a argilas arenosas amareladas. Estas cascalheiras superficiais parecem atribuir-se a depósitos aluvionares recentes ou a terraços quaternários.

2.2.3.10. ESPESSURAS MÁXIMAS DO PLISTO-HOLOCÉNICO