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A ESTÉTICA DECADENTISTA NA ESTRUTURA DO TEATRO DE D‟ANNUNZIO

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 48-58)

A definição e a abrangência do termo “Decadentismo” tem sido foco de inúmeras reflexões que objetivam distanciar esse vocábulo da definição negativa e limitada que durante vários anos delimitaram sua a abrangência e autonomia. Essa dificuldade pode ser observada, por exemplo, no artigo de Flora de Paoli Faria As

marcas europeias nos saberes decadentistas brasileiros (2011) que diz

O termo “Decadentismo”, em seu significado específico, sugere o conceito negativo de decadência, ou melhor, de declínio ou morte de alguma coisa. Tal traço significativo é, no entanto, apenas um dos aspectos estruturantes desse complexo fenômeno artístico, em conexão direta com o esvaziamento dos valores que o racionalismo, o positivismo e o Romantismo haviam eleito como paradigmas de representação do real. (p.1)

Outro estudioso da estética decadentista, Mauro Porru, no seu segundo capítulo da tese de Doutorado Visconti: o intérprete do estetismo decadente (2000), afirma que o Decadentismo Italiano surge em um momento de recusa em tratar a realidade objetiva, como ocorria durante o Verismo, por parte de alguns intelectuais europeus que surgem no final do século XIX. O estilo verista, anterior ao decadentista, foi um movimento literário e artístico inspirado no Naturalismo francês e no Positivismo, desenvolvido na Itália, no período entre 1875 e 1890.

Ao tratarmos do teatro, esse movimento verista teorizou uma rigorosa fidelidade à realidade efetiva das situações, dos fatos, dos ambientes, dos personagens, explica Porru, e uma correspondência com o sentir e o falar dos personagens representados. O Verismo procurou também descrever a vida de pessoas humildes, dos que estavam à margem da sociedade e que lutavam para sobreviver.

Os intelectuais desse período, diz Porru, se preocupavam com as situações quotidianas reais: as classes marginais e os respectivos trabalhos e a imigração.

Antonio Piromalli em Storia della Letteratura31, explica que “per la prima volta

nella nostra letteratura moderna i personaggi-plebe non sono incatenati all'idealismo bucolico, al paternalismo ipocrita”32 (Cap. 18 - §4).

Os escritores veristas, continua Porru, procuravam a verdade por meio da análise das classes subalternas e privilegiavam os ambientes rurais, pois não eram ainda contaminados pelas convenções sociais repletas de artificialidades impostas pela sociedade.

Alfredo Sisca, em seu livro Cultura e Arte nello stil nuovo del Verga (1970), informa que

Per quanto il Verga abbia avuto un interesse sociale e reale più marcato, anche per i tempi ben diversi in cui visse, si può dire che anche lui abbia suscitato, almeno nei riguardi dei contemporanei, scarso interesse e presso le classi abbienti – e ciò poteva essere ovvio – e presso le classi depresse, specialmente il popolo siciliano di cui si era fato disperato cantore. (p.156)33 É na Sicília, então, que o Verismo encontra seu máximo representante, Giovanni Verga (1840-1922).

O nascimento do teatro verista, que se baseava na objetividade da representação, ocorre em 1884, com a representação de Cavalleria Rusticana, de Verga. Giovanni Antonucci em Storia del Teatro Italiano (1995) afirma que:

Autori come Verga e Di Giacomo prediligono (...) non solo ambientazione all‟aperto e la coralità dela folla, ma anche una realtà contadina e pastorale il primo, una realtà citadina e pleba il secondo. 34 (p.66)

Eleonora Duse, musa inspiradora de D‟Annunzio, representou essa peça de Verga, em 14 de janeiro de 1884. Segundo Antonucci (1995) essa apresentação foi

“la vera e propria rivelazione di un nuovo teatro che aveva la forza del documento

32 Pela primeira vez na nossa literatura moderna os personagens – plebes não são acorrentados ao idealismo bucolico, ao paternalismo hipócrita. (Tradução própria)

33 Enquanto Verga tenha tido um interesse social e real mais marcado também para os tempos bem diversos no qual viveu, se pode dizer também que ele tenha causado, ao menos no que se refere aos contemporâneos, pouco interesse junto às classes mais favorecidas – e isso poderia ser óbvio - e junto às classes deprimidas, especialmente o povo siciliano o qual se fez desesperado cantor.

3Autores como Verga e Di Giacomo privilegiam não só a ambientação ao ar livre e a coralidade da multidão, mas também uma realidade camponesa e pastoral, o primeiro e uma realidade da cidade e plebeia, o segundo.

34 Autores como Verga e Di Giacomo privilegiam não só a ambientação ao ar livre e a coralidade da multidão, mas também uma realidade camponesa e pastoral, o primeiro e uma realidade da cidade e plebeia, o segundo.

della vita e insieme un‟aria da tragedia greca con la sua atmosfera di inesorabile fatalità”35. (p.66)

O teatro verista, segundo Antonucci, se funda na superação da tragédia histórica e política com temas inspirados em territórios, regiões ou grupos de regiões diferentes entre si pelas suas históricas formações, por maneiras de viver e diversas estratificações étnicas, pelos “mundos” sociais desde o campo ao desenvolvimento urbano e na superação do drama. A objetividade era mais importante do que a sensibilidade individual, o romance não havia o risco de se aprofundar no drama, mas era uma diversa caracterização das angústias vividas por diferentes grupos, como pescadores, camponeses e artesão, por exemplo. As histórias de amor não eram representadas como no Romantismo, o amor verista não era idealizado, mas era posto de acordo com a situação ambiental vivida pelos personagens e que conta suas experiências de maneira idealizada.

Ainda segundo Sisca, para Verga, o ponto mais importante em sua literatura é a linguagem. Sua preocupação sempre foi “di assimilare un linguaggio letterario, consapevole di saper padroneggiare, al suo punto di partenza, soltanto il dialetto”36(p.157).

Siaca identifica também na produção teatral verghiana uma carência de filosofia da linguagem, embora reconheça a existência de uma consciência estilística, procurando primeiro se opor ao sistema dialetal existente e apresentar um sistema fácil, ainda que nem sempre tenha alcançado êxito.

Dessa forma, Verga é considerado “dono di uno stile che (...) diventò, specialmente negli ultimi cinquenta anni, lo stil nuovo di una generazione di scrittori in Italia e fuori d‟Italia”37 (p. 158).

35 A verdadeira e própria revelação de um novo teatro que havia a força do documento da vida e junto a uma ária de tragédia grega com a sua atmosfera de inexorável fatalidade.

36 De assimilar uma linguagem literária consciente de saber dominar ao seu ponto de partida, somente o dialeto.

37 Dono de um estilo que (...) se tornou especialmente nos últimos cinquenta anos, o novo estilo de uma geração de escritores na Itália e fora da Itália.

Ao retomarmos, portanto, ao período que nos propomos a estudar, o Decadentismo italiano, Mauro Porru observa a mudança de opinião de pensadores e literatos italianos a respeito do Positivismo, principalmente no que se refere aos aspectos sociais. Existia na Itália o claro desinteresse dos escritores na investigação das condições desfavoráveis em que viviam as camadas mais carentes da sociedade.

Segundo o pesquisador, com o surgimento dos conflitos sociais, os escritores italianos do final do século XIX procuraram difundir ideias e expressar sentimentos mais próximos de um público de leitores burgueses, público esse que estava afastado dos ideais progressistas e humanitários do início do século e que buscava uma nova identidade.

O interesse pelos problemas políticos e sociais assume aspectos aristocráticos e motivos mundanos. As classes mais humildes, os rejeitados são retratados friamente ou com um gosto estético marcado pelo primitivo e o pitoresco. A literatura dessa época promove sobretudo uma narrativa de tipo psicológico, que traz consigo, em lugar de um aprofundamento dos temas realistas, a proposta de modelos excecionais, estetizados, bizarros, nos quais os leitores possam se identificar para fantasiar a derrota de uma sociedade hostil ou simplesmente para se refugiar no sonho. (PORRU, p.11)

Os próprios autores aqui já citados, Verga e Capuana, começam a apresentar um distanciamento dos problemas sociais das classes mais carentes da Itália e uma concepção idealista da literatura.

A falta de confiança na razão, a fuga da realidade quotidiana e o sentimento de profunda solidão e de angústia, para Porru, são as características dos intelectuais do final do século XIX. Intelectual esse que se coloca à margem da sociedade e que contrasta com ela, recusando, por não aceitar e entender ser algo além da sociedade comum, a adquirir determinadas experiências históricas e sociais do seu tempo.

Esse individualismo é possível também ser observado no conceito de

superuomo, desenvolvido por Friedrich Nietzsche e anteriormente discutido.

de uma vida utilitária e burguesa e contrapõe a isso um ser ideal que encarna a vontade de viver além de cada escrúpulo ético e religioso tradicional (p.12).

Para Porru, o Decadentismo não pode ser entendido como um fenômeno unitário, como o Positivismo e o Verismo, nem como uma linha filosófica ou uma estética. Isso ocorre, pois o decadentismo surge em um momento de atitude de revolta contra a classe dirigente, responsável por permitir o declínio da Itália no âmbito internacional e uma aversão contra a velha Itália dos professores, eruditos, antiquados e positivistas, identificados como o símbolo da angústia e do provincialismo italiano.

Inicialmente, esclarece Porru, o termo “decadentista” foi usado, na França, em 1880, com um tom depreciativo para caracterizar tendências poéticas inusitadas, de poetas como Arthur Rimbaud e Stèphane Mallarmé, por exemplo. Conhecidos como “simbolistas”, esses poetas iniciam a poesia “decadente”.

Na Itália, a recusa das ideias progressistas do Positivismo torna-se mais categórica, ou seja, o intelectual burguês da Itália do final do século XIX “sonha com um governo reservado aos eleitos e que consiga reduzir ao silêncio a plebe”, afirma

Porru.

E justamente por essa razão o termo “decadentista” inicialmente foi visto como algo negativo, principalmente com as análises de Benedetto Croce (1866- 1952), que entende a poética decadentista como sendo o sinônimo de “não sinceridade” e “vazio”.

Assim como Mauro Porru, não entendemos o decadentismo como fenômeno, linha filosófica ou estética, mas sim como poética. Isso porque segundo Walter Binni, em La poetica del decadentismo (1988), ao utilizarmos o termo “poética” nos referimos ao entendimento crítico que o poeta possui da própria natureza artística e o seu ideal estético. Segundo Binni, no campo da experiência artística esse termo pode assumir diversos significados. O autor também nos oferece exemplos, como a poesia de um poeta vista como “ars”, o horizonte cultural de um artista compreendido a partir de suas preferências pessoais, o mecanismo inerente ao

“fazer poético”, a psicologia do poeta, traduzida em termos literários, o poeta transformado em maestro ou a maneira histórica e suscetível de construir uma escola (literária) que encontramos sublimada na atuação pessoal do artista.

Poética também, para Binni, é escolha e imposição de conteúdo, tanto

violenta quanto exterior, sendo considerada a força nativa do poeta (assim como ocorreu com os poetas e artistas futuristas).

Todos esses significados são aproximações que não eliminam um dos outros, explica Binni, ou seja, não é necessária a escolha de uma definição, pois todas coexistem. E, a partir delas, é possível distinguir um ideal para o termo poética. Outra questão, continua Binni, é a diferenciação entre poética e estética. Estética é a teorização e poética possui um valor pessoal formado de experiências e de um gosto nativo do poeta. A estética procurará dar uma explicação cientifica ao gosto nativo e para a poética há a necessidade de se concretar a vida ativa pertencente a uma fantasia e a construção de um mundo poético.

No que se refere ao decadentismo, se nos pautarmos apenas pela questão estética e utilizarmos a expressão “estética decadentista”, estaremos restritos somente a uma discussão filosófica, conceitua Binni. Quando adotamos, porém, o termo poética, e a expressão “poética decadentista”, passamos para um campo de pesquisa muito mais amplo, abrangendo a literatura, a arte e uma experiência teórica não baseada somente em textos poéticos.

O cenário negativo em que o decadentismo italiano se encontrava nas críticas literárias só irá mudar, afirma Porru, com os estudos de Mario Praz, em La carne, La

morte e il diavolo nella letteratura romântica (1930) e com Walter Binni em La poetica del decadentismo italiano (1936), por exemplo.

Segundo Porru, Praz atribui ao decadentismo a autonomia que Croce lhe

negara. Faria (2011) acrescenta ainda que Praz “(...) contribuiu decisivamente para a definição da estética Decadentista, além de apontar os traços distintivos que a

separavam da corrente Simbolista.” (p.2).

A autora ainda proporciona um quadro, produzido junto aos estudos de Federico Roncoroni em Lingua, Storia e Società, que sintetiza as principais características da poética decadentista:

1. Ruptura com a realidade: o artista decadentista antevê uma separação entre sujeito (poeta-artista) e objeto (realidade a ser representada). Essa separação deriva da perda das certezas positivistas, fundadas na razão. O escritor decadentista busca esses resultados de forma intuitiva, prescindindo da mediação da razão, valendo-se de uma espécie de “iluminação”.

2. Ruptura com o presente: o artista decadentista rejeita totalmente a sociedade burguesa, ostentando um modo de vida anômalo, distanciado das regras do bom senso comum.

3. Ruptura com o passado: o artista decadente recusa qualquer forma de tradição, sobremaneira, no que tange às técnicas poéticas, já que o poeta decadentista deve se deixar levar por esses princípios: a) a poesia como instrumento privilegiado da consciência através da intuição; b) o símbolo visto como expressão do encontro mágico entre poeta e mundo externo; c) a busca de uma técnica expressiva que não seja determinada nem pela lógica, nem pela objetividade, nem pela necessidade descritiva, mas sim por exigências alusivas, desvinculada de esquemas métricos, capaz de prosseguir através de ressonâncias e analogias, superando, assim, a separação prosa/poesia (p.2)

Binni, como já visto aqui, distancia a definição de decadentismo de qualquer preconceito moralista, definindo-o como uma nova civilização artística e literária que se inicia no final do século XIX, dando, pela primeira vez, uma condição histórica, separando-a do conceito abstrato de decadência.

Representante máximo da poética decadentista italiana foi Gabriele D‟Annunzio. Muitos críticos, como Croce, o achavam artificial e insincero, estabelecendo paralelos entre sua vida e sua obra. Entretanto, vida e arte são caminhos diferentes. A obra de arte não está ligada aos fatos da vida cotidiana, mas, provavelmente, Croce julgava o poeta erroneamente por esse levar a própria vida, afirma Porru, como uma obra de arte.

D‟Annunzio se destaca dos poetas anteriores e dos contemporâneos a ele, pois esses eram:

(...) per mancanza di maturità, tutti i predannunziani si limitano a volere il nuovo, a fiutare, senza capirli, gli stranieri, e, in sostanza, a ribellarsi alla tradizione, equivocando contenutisticamente sul decoroso clássico e sulla libertà moderna. E non hanno quindi che negativamente un senso rivoluzionario. (BINNI, Walter. La poetica del decadentismo. p.45)38

Dentre as características decadentistas apresentadas aqui por FARIA e o conceito de poética desenvolvido por BINNI, entendemos que a poesia decadentista é aquela que nasce difícil e que é reservada aos iniciados, possuindo um reflexo do isolamento dos intelectuais que, diante da crise da sociedade, se retiram para um lugar secreto.

Podemos observar nos textos dannunzianos uma poesia trabalhada no significado da palavra, principalmente. D‟Annunzio se apropria de palavras e de expressões estrangeiras, enriquecendo o seu significado e ampliando o seu leque de significações. Um exemplo deste uso encontra-se na palavra fulvo39 que originalmente era uma palavra rara que se tornou comum na obra dannunziana. Esse adjetivo é utilizado pelo escritor, pois D‟Annunzui sofreu a influência dos clássicos latinos e de Carducci, poeta decadentista. Esta palavra aparece várias vezes em narrativas dannunzianas, visto que é uma de suas palavras preferidas.

Não é por acaso que ele é considerado um artista visual, já que ele dá à narrativa cor e imagem, como declara PRAZ (1988)

Se la visibilità del poeta si fosse espressa in colori, anzichè in parole, una delle prime note che avrebbero colpito nei suoi quadri sarebbe stato quell‟acceso “fulvo”40. (p.395)

Como o próprio D‟Annunzio declara, ele tinha a necessidade das fontes de inspiração para fornecer-lhe a nota musical, o lá para a realização de um fato, de uma rima, de uma frase que ajudasse a compor a narrativa. A riqueza do vocabulário dannunziano se expande para além da literatura, utilizando exemplos de

38 Por falta de maturidade, todos os predannunzianos se limitam a querer o novo, a intuírem, sem entender, os estrangeiros, e, substancialmente, a se rebelar contra a tradição, cometendo um equivoco conteudisticamente sobre o decoroso clássico e sobre a liberdade moderna. E não possuem, portanto, mais que negativamente um sentido revolucionário.

39 Cor amarelo avermelhado.

40 a visibilidade do poeta fosse expressa em cores, ao invés de palavras, uma das primeiras notas que estariam em seus quadros seria aquele amarelo avermelhado.

palavras de vários campos semânticos, tais como da náutica, da astronomia, da botânica, etc. ele afirma que o essencial era ter com a palavra um relacionamento tão íntimo que fosse possível excitar a palavra para que ela oferecesse o seu significado mais profundo

C‟è una sola scienza al mondo, suprema: - la scienza delle parole. Chi conosce questa, conosce tutto; perché tutto existe solamente per mezzo del Verbo.41 (p.399)

A poética do decadentismo italiano deve muito de suas características a Gabriele D‟Annunzio, mas foi ele quem soube utilizá-las e acrescentar a elas as suas próprias. Suas influências já foram anteriormente discutidas, como a leitura de Nietzsce, o conceito de femme fatale, seus conhecimentos além de literatura, de artes e seu amor e devoção à busca pela palavra. D‟Annunzio, portanto, acrescenta a sua poética:

1- O estetismo artístico, ou seja, a concepção da poesia e da arte como criação de uma beleza, em absoluta liberdade de motivos e de formas, surge como reação às misérias do Verismo;

2- O estetismo prático, que possui uma ligação com o estetismo artístico. A vida prática deve também ser realizada em absoluta liberdade, além de qualquer lei e de cada freio moral;

3- A análise narcisista agradada pelas próprias sensações mais raras, sofisticadas e refinadas;

4- O gosto pela palavra, escolhida mais pelo seu valor evocativo e musical que pelo seu significado lógico;

5- A tendência a se abandonar à vida dos sentidos e do instinto, a se dissolver e a se igualar com as forças e os aspectos da natureza, astros, mares, rios, árvores

41 somente uma ciência no mundo, suprema: - a ciência das palavras. Quem conhece esta, conhece tudo; pois que tudo existe somente por meio do Verbo.

etc. A se sentir, portanto, parte de tudo.

São essas marcas decadentistas e particulares dannunzianas vistas aqui que serão passíveis de serem observadas em seus textos trágicos.

D‟Annunzio, entretanto, por ser um poeta e estudioso voraz de diversos campos culturais fez de sua poética um estilo próprio, o dannunzianesimo42.

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 48-58)

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